Por que o voto nulo?
Todo ano eleitoral emergem no Brasil uma gama de campanhas pelo voto nulo. Não sou adepto dessas campanhas, mesmo votando nulo também. Acredito que cada cidadão deva ter seu poder de escolha do voto como bem entender. Sou adepto da divulgação de informações, e não de “campanhas de convencimento”. Isso porque acredito que o “convencimento” muitas vezes pode vir expresso de forma distorcida. É sempre um risco. Não é à toa que pairam tantos mitos sobre o voto nulo.
Esses mitos são sempre criados por motivações que não estão ditas nos discursos. Para cidadãos que não têm conhecimento sobre as legislações, esses ‘convencimentos’ são sempre mais factíveis, quando embebidos em ideais de transformação do mundo via colapsos sociais. A anulação de uma eleição seria um desses “colapsos”, ou, “crise”. Sem dúvida seria um acontecimento sem igual na vida política do país a anulação de um processo eleitoral.
Acontece que muita gente “torce contra”, ou, em outras palavras, torce “para o barco afundar”. Não é o meu caso. Minha opção pelo voto nulo tem outras finalidades - até porque é um devaneio desvairado acreditar que os votos nulos somariam mais de 50% em uma eleição. É apenas uma possibilidade. Remota. Muito remota, por sinal.
Minha opção pelo voto nulo, como já disse no início do texto, deve-se ao fato de que não advogo a tese do “voto no menos ruim”, ou ainda, “voto no que estiver liderando as pesquisas, para não jogar meu voto fora.” Ademais, não vejo sérios projetos de sociedade (apenas de poder) nos candidatos que estão disponíveis à elegibilidade dos próximos pleitos, nem dos candidatos pretensamente de esquerda, nem de direita, nem do centro. Minha escolha também se deve ao fato de que sou frontalmente contrário à obrigatoriedade do voto, e, por fim, não confio em nosso sistema de proporcionalidade, no qual não está garantida a majoritariedade para a vereança, ou seja, corremos sempre o risco de eleger um candidato que nem mesmo saberemos quem é.
Alguns enunciados apregoam que o voto nulo demonstra pleno “analfabetismo político”. Ou, ainda, que a democracia se faz com o voto, e que votar nulo é um gesto anti-democrático. Este enunciado é uma falácia, um ledo engano, mas, não um engano sem propósito. tem sim o objetivo bastante claro de ludibriar os mais desavisados.
Não acredito que democracia se resuma a apertar alguns botões de tempos em tempos. Acredito que uma democracia é uma construção política que se faz no dia a dia da vida de uma sociedade e de seus cidadãos. Democrático é respeitar as opiniões alheias, por mais que batam de frente com as nossas. Por mais que refutem todos os nossos argumentos.
Não vou citar Voltaire para não cair em clichês óbvios e tagaleras. Prefiro dizer que democrático seria ter nas urnas eletrônica uma tecla para Voto Nulo. Pois, como todos sabem, para votar nulo é preciso “votar errado”. Democrático seria o voto opcional e não o voto obrigatório - que apenas macula nossa democracia, dando margem a toda sorte de manipulação dos anseios e dos desejos de uma sociedade. A luta pela democracia é também uma luta contra a tecnocracia do desejo. É uma luta contra os pequenos fascismos a que estamos submetidos em nosso cotidiano, em nossa vida prática.
Assim, uma democracia se constrói com não com consensos inescrupulosos e imposições de pontos de vistas. Mas, com acordos sociais, provenientes de uma relação de respeito às diversidades étnicas, políticas, religiosas e filosóficas, entre outras.
Destarte, acredito que o voto nulo é uma decisão individual. Trata-se de um protesto solitário, com fins políticos bastante definidos. Visa demonstrar uma insatisfação com nossas instituições e com a fauna política que povoa nossa sociedade. Essa é a minha opção, e acredito bastante válida. Votar nulo não é se omitir, não é um voto “apolítico”, como dizem por aí. Pelo contrário, é uma forma de sugerir a necessidade de maiores aprofundamentos nas discussões políticas e sociais de um País.
Esses mitos são sempre criados por motivações que não estão ditas nos discursos. Para cidadãos que não têm conhecimento sobre as legislações, esses ‘convencimentos’ são sempre mais factíveis, quando embebidos em ideais de transformação do mundo via colapsos sociais. A anulação de uma eleição seria um desses “colapsos”, ou, “crise”. Sem dúvida seria um acontecimento sem igual na vida política do país a anulação de um processo eleitoral.
Acontece que muita gente “torce contra”, ou, em outras palavras, torce “para o barco afundar”. Não é o meu caso. Minha opção pelo voto nulo tem outras finalidades - até porque é um devaneio desvairado acreditar que os votos nulos somariam mais de 50% em uma eleição. É apenas uma possibilidade. Remota. Muito remota, por sinal.
Minha opção pelo voto nulo, como já disse no início do texto, deve-se ao fato de que não advogo a tese do “voto no menos ruim”, ou ainda, “voto no que estiver liderando as pesquisas, para não jogar meu voto fora.” Ademais, não vejo sérios projetos de sociedade (apenas de poder) nos candidatos que estão disponíveis à elegibilidade dos próximos pleitos, nem dos candidatos pretensamente de esquerda, nem de direita, nem do centro. Minha escolha também se deve ao fato de que sou frontalmente contrário à obrigatoriedade do voto, e, por fim, não confio em nosso sistema de proporcionalidade, no qual não está garantida a majoritariedade para a vereança, ou seja, corremos sempre o risco de eleger um candidato que nem mesmo saberemos quem é.
Alguns enunciados apregoam que o voto nulo demonstra pleno “analfabetismo político”. Ou, ainda, que a democracia se faz com o voto, e que votar nulo é um gesto anti-democrático. Este enunciado é uma falácia, um ledo engano, mas, não um engano sem propósito. tem sim o objetivo bastante claro de ludibriar os mais desavisados.
Não acredito que democracia se resuma a apertar alguns botões de tempos em tempos. Acredito que uma democracia é uma construção política que se faz no dia a dia da vida de uma sociedade e de seus cidadãos. Democrático é respeitar as opiniões alheias, por mais que batam de frente com as nossas. Por mais que refutem todos os nossos argumentos.
Não vou citar Voltaire para não cair em clichês óbvios e tagaleras. Prefiro dizer que democrático seria ter nas urnas eletrônica uma tecla para Voto Nulo. Pois, como todos sabem, para votar nulo é preciso “votar errado”. Democrático seria o voto opcional e não o voto obrigatório - que apenas macula nossa democracia, dando margem a toda sorte de manipulação dos anseios e dos desejos de uma sociedade. A luta pela democracia é também uma luta contra a tecnocracia do desejo. É uma luta contra os pequenos fascismos a que estamos submetidos em nosso cotidiano, em nossa vida prática.
Assim, uma democracia se constrói com não com consensos inescrupulosos e imposições de pontos de vistas. Mas, com acordos sociais, provenientes de uma relação de respeito às diversidades étnicas, políticas, religiosas e filosóficas, entre outras.
Destarte, acredito que o voto nulo é uma decisão individual. Trata-se de um protesto solitário, com fins políticos bastante definidos. Visa demonstrar uma insatisfação com nossas instituições e com a fauna política que povoa nossa sociedade. Essa é a minha opção, e acredito bastante válida. Votar nulo não é se omitir, não é um voto “apolítico”, como dizem por aí. Pelo contrário, é uma forma de sugerir a necessidade de maiores aprofundamentos nas discussões políticas e sociais de um País.
Fonte:Acerto
1 comentários:
oi Professor, aki é o Thullyo seu aluno no 1° ano "g" da EEPAD, gostei mto do seu blog eu tbm comecei a atualizar um, o endereço é: www.apodiblog.zip.net
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