Células-Tronco
Ontem o STF ouviu especialistas para discutir "quando a vida começa". Esta consulta é inédita e pode validar ou não a pesquisa com células-tronco embrionárias. Sua utilização, para fins terapêuticos, pode representar talvez a única esperança para o tratamento de inúmeras doenças (doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas e nefropatias) ou para pacientes que sofreram lesões incapacitantes da medula espinhal que impedem seus movimentos.
"As células-tronco existem em vários tecidos humanos, no cordão umbilical e em células embrionárias na fase de blastócito. Pesquisas com células-tronco, porém, estão cerceadas pela desinformação ou por certas posições religiosas que vêem nelas um atentado contra a vida em vez de um recurso terapêutico que possibilitará salvar muitas vidas". (Dra. Mayana Zatz, professora de Genética Humana e Médica do Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade São Paulo.
A ação direta de inconstitucionalidade, cujo resultado desta audiência está ligado, foi movida pelo procurador Fontenele, baseando-se numa equivocada questão moral. A Igreja, com sua histórica resiliência ao avanço do mundo, coloca a pesquisa no mesmo balaio que envolve a questão do aborto.
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