LEIS TRABALHISTAS
A revista Época da semana, trouxe uma matéria muito importante sobre a reforma trabalhista, como é só para assinantes, publiquei-a para os interessados lerem.
Há três semanas, quando foi oficialmente indicado ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do PDT, teve um encontro com o então titular da pasta, Luiz Marinho, do PT. Objetivo: iniciar as negociações sobre a troca de cargos entre os dois partidos. Marinho, agora ministro da Previdência, pediu a Lupi a manutenção do economista Paul Singer na Secretaria Nacional de Economia Solidária.
Disse que, como contrapartida, Lupi poderia indicar nomes para o segundo escalão do Ministério da Previdência. "O PT pode ficar com a Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo, se o PDT levar a gerência regional do INSS de lá", diz o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Na agenda de Lupi, praticamente só há lugar para discutir o loteamento de cargos. Não há espaço - nem interesse - para discutir uma reforma trabalhista, o projeto mais importante da área e uma condição essencial para destravar o crescimento do país.
Lupi é contra a flexibilização das leis trabalhistas. Seu partido, o PDT, é ligado à Força Sindical, segunda maior central sindical do país, atrás apenas da CUT, de Luiz Marinho. O setor sindical é, tradicionalmente, o mais resistente a mudanças nessa área.
"Por que a discussão tem de ser sempre para retirar direitos dos trabalhadores?", disse Lupi na cerimônia de sua posse, na semana passada. Em seguida, afirmou que a melhor saída para o problema seria fazer uma reforma tributária. "Tal atitude reflete o clima de república sindicalista em que as duas centrais adversárias repartem o governo", diz o cientista político Amaury de Souza, da consultoria MCM. "As reformas são altamente improváveis neste governo."
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