domingo, 17 de junho de 2007

Um quinto da América do Sul vai virar deserto, diz ONU

A América do Sul pode perder até um quinto de suas terras produtivas até 2025, alerta a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês). Segundo a entidade, o processo de desertificação no continente sul-americano tem se intensificado nos últimos anos, principalmente em países de grandes extensões, como a Argentina e o Brasil.

O oficial da unidade de facilitação para América Latina e Caribe da UNCCD, o brasileiro Heitor Matallo, afirma que as mudanças climáticas estão agravando o problema.

“Há um ciclo em que um fenômeno alimenta o outro. Se o meio ambiente é degradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água diminuem, aumentando as áreas desertas', afirma Matallo.

'Por sua vez, essas terras degradadas influenciam no clima, impedindo a formação de chuvas e aumentando ainda mais a desertificação.”

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, dois dias antes do Dia Mundial da ONU para o Combate à Desertificação. Este ano, a campanha aborda a ligação entre a desertificação e o aquecimento global.

Perdas econômicas

Segundo Matallo, 1,5 milhão de km² do território brasileiro são compostos de áreas semi-áridas e abrigam 40 milhões de pessoas. A Argentina, com território de 3 milhões de km², tem 1,75 milhão de Km² cobertos pelo deserto.

O representante da ONU diz que a área semi-árida do nordeste brasileiro, com o clima sujeito a secas freqüentes, vem aumentando com a degradação ambiental e as mudanças climáticas.

“Se até 2050 a temperatura do planeta subir 6 graus, a área semi-árida do nordeste pode aumentar outro milhão de quilômetros quadrados”, estima Matallo. “Sem falar da Amazônia, que já sofre com os efeitos da seca.' (Informações do JB Online)


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