[Apodi] Deputado Walter Alves defende PMDB com Gorete Pinto
Transcrevo a matéria na íntegra
Com quem deve ficar o PMDB de Apodi, com o prefeito José Pinheiro ou com o grupo da vice-prefeita dissidente Gorete Pinto? A pergunta teve resposta direta do deputado estadual Valter Alves: “Deve ficar com o grupo de Gorete.”
A entrevista com o parlamentar peemedebista, ocorrida na sala do jornalista César Santos, diretor-presidente do JORNAL DE FATO, foi testemunhada pela própria Gorete Pinto, que estava acompanhada do vereador Nilson Fernandes (ex-presidente local do PMDB), Klinger e Agostinho Pinto. Valter Alves disse que a sua posição será apresentada à cúpula estadual do partido, no momento em que será tomada a decisão em relação ao PMDB apodiense.
A posição de Valter não é apenas uma retribuição ao apoio que recebeu do grupo de Gorete Pinto nas eleições do ano passado, que lhe garantiu 2.370 votos, mas principalmente pela fidelidade dos Pintos ao PMDB. O deputado sabe que Pinheiro subiu no palanque do senador Garibaldi Filho, mas seu grupo reforçou a campanha da governadora Wilma de Faria, o que teria sido fatal para a derrota de Garibaldi em Apodi nos dois turnos das eleições 2006.
A derrota de Garibaldi em Apodi por mais de dois mil votos, revelou a ausência da estrutura de Pinheiro na campanha, que acabou deixando o grupo de Gorete isolado na campanha peemedebista.
Valter Alves evitou discutir a questão do passado, preferindo olhar para o futuro do PMDB de Apodi. Segundo ele, é provável que no recesso parlamentar de julho, os líderes estaduais decidam a situação do partido no município. “Já está na hora, acho que em julho essa questão estará resolvida”, previu.
DIVISÃO
Há quase dois anos o PMDB se dividiu em Apodi. A vice-prefeita Gorete Pinto se sentindo isolada, decidiu se afastar do poder. Seu marido, médico Klinger Pinto, entregou a Secretaria Municipal de Saúde, alegando que a pasta estava desprestigiada. Agostinho Pinto acompanhou e levou parte do PMDB, como o vereador Nilson Fernandes, entre outros membros.
A partir daí, a situação se agravou na medida em que compromissos firmados na campanha de 2004 foram quebrados. Um desses compromissos seria o apoio de Pinheiro à candidatura de Gorete Pinto nas eleições de 2008. É certo que isso não acontecerá, uma vez que o prefeito provavelmente apoiará a candidatura de Célio Martins, que faz parte de sua equipe de secretários.
A divisão ficou ainda mais exposta nas eleições do ano passado, o que provocou profundo prejuízo aos candidatos apoiados pelo PMDB, principalmente a Garibaldi Filho, derrotado no município.
Gorete acha cedo, mas admite disputar Prefeitura
A vice-prefeita Gorete Pinto vê com naturalidade o apoio do deputado Valter Alves. Entende que é o retorno do esforço do seu grupo nas eleições do ano passado, que garantiu votação surpreendente, no município, ao jovem político.
“Cumprimos o nosso compromisso, reforçamos a nossa filidade ao PMDB, então, nada mais justo que receber o reconhecimento”, disse. “Durante a campanha, Valter visitou Apodi apenas duas vezes, e em nenhuma delas discursou, mesmo assim, obeteve quase 2.400 votos”.
Gorete avalia que essa votação comprovou a força do seu grupo e que isso faz com que possa projetar uma disputa em 2008 pela Prefeitura de Apodi. No entanto, não confirma a sua candidatura à prefeita. “Ainda é cedo para definições”, diz.
No entanto, a vice-prefeita sabe que o seu nome está bem cotado no município. Em todas as rodas de conversa sobre sucessão municipal, ela aparece na preferência, o que deixa evidenciado a aceitação popular. “Fico feliz, é resultado do nosso trabalho em prol dos apodienses. É muito gratificante.”
A vice-prefeita, no entanto, ressalta que o momento é de reestruturar o PMDB de Apodi, por isso, o seu grupo aguarda uma definição da cúpula estadual. “Depois de resolvida a questão interna no nosso partido, é natural que o nosso grupo passe a discutir a sucessão municipal”, disse Gorete. “E se o nosso nome permanecer bem aceito, aceitaremos o desafio”.Gorete Pinto era o nome de preferência do prefeito José Pinheiro, até ocorrer a divisão no PMDB. Ele tinha o compromisso assumido em 2004, quando Gorete aceitou ser a vice-prefeita. Agora, desfeito.
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