segunda-feira, 11 de junho de 2007

Audiência pública desnuda os problemas da educação no RN

Pego carona no blog trapo, para falar da audiência pública sobre a educação que aconteceu hoje em Natal:
Idi Ota, nosso jaraponga, foi escalado hoje para fazer a cobertura da audiência pública, convocada pela Assembléia Legislativa, para discutir o Plano Estadual de Educação.

Plano, registre-se, que já foi entregue pela governadora Wilma de Faria ao ministro Fernando Haddad, sem passar pelo fórum de debates.

Pelo o que Idi pode entender, foi ferro na boneca.

Nada de hipoglós. Ninguém quis aliviar.

Nem mesmo os aliados.

O deputado Fernando Mineiro (PT) disse que a educação está sucateada no Rio Grande do Norte e divulgou o resultado preliminar de um levantamento que está sendo feito pela assessoria parlamentar dele.

Olha só. “Em 88% das escolas por nós visitadas os laboratórios de informática não funcionam. Ou porque os computadores ainda não foram instalados, ou porque não há espaço, ou porque não há internet, ou porque há internet e espaço, mas não há pessoal qualificado.”

Mineiro criticou ainda a falta de um plano para a educação e a alta rotatividade de secretários. Foram seis em quatro anos e meio de governo Wilma.

Disse também o vereador petista que a situação da Universidade Estadual é IN-SUS-TEN-TÁ-VEL.

Depois foi a vez de Fátima Cardoso, da diretoria do Sinte/RN. Cacete na educação.

Fátima lembrou que em 2003 o Sinte sugeriu a implantação de um plano estadual de educação, mas o governo preferiu fazer vistas grossas.

Veio a professora Rosário Carvalho. Pau na educação.

Lembrou que o debate está tão atrasado no Rio Grande do Norte que ainda se discutem “questões obsoletas” como inclusão digital. E perguntou: será que a eleição direta dos diretores de escolas é a melhor escolha?

Às 13h51 hora da postagem desta mensagem, a audiência ainda rolava na Assembléia Legislativa, mas a platéia já não era a mesma. Quando chegou a hora do almoço foi aquela debandada.

Debandada que recebeu um protesto do professor Jônatas (ex-ETFRN, ex-Churchill, atualmente exercendo uma cadeira de vereador em Jardim do Seridó), que disse ter abandonado o magistério quando decidiram que as escolas não poderiam mais reprovar nenhum aluno.

"Quando eu era aluno tinha orgulho de vestir a farda do meu colégio, de disputar os jogos estudantis, coisa que não existe mais. E não existe porque a escola hoje é ruim", disse Jônatas.
Fonte:trapo

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