Estado contrata 667 estagiários para a Educação
Publico na íntegra:
De acordo com o secretário adjunto da Educação, Marino Azevedo, os estagiários são contratados para cobrir a falta de professores da rede estadual de educação. “Como existe um déficit de professores no Estado, os estagiários suprem isso. O estagiário entra como custeio, para manutenção normal. Os professores entram na folha de pagamento”, disse. Segundo ele, isso justifica porque a Secretaria tem recursos para bancar os estagiários e não tem como convocar professores.
Marino Azavedo não soube especificar quanto os estagiários custam à Secretaria, mas lembrou que a bolsa é R$350 para os que trabalham 30 horas por semana. De acordo com a lista divulgada no Diário Oficial, o que a bolsa paga aos estagiários representa aproximadamente R$210 mil por mês. Segundo o secretário adjunto os estagiários estão à frente das aulas, mas têm supervisão da equipe técnica das escolas. “Se eles sentirem dificuldades, podem levar o problema à equipe”, explicou.
Os estagiários são colocados no lugar de professores que estejam de licença médica, maternidade ou que estejam afastados por algum motivo. De acordo com Marino Azevedo, o estagiário pode permanecer na escola no mínimo por um mês e no máximo por um ano. A carga horária varia de acordo com a necessidade de aulas em cada escola.
Segundo ele, o déficit de professores no Rio Grande do Norte é hoje de 593 professores. No início deste mês 277 professores concursados assumiram. “Precisávamos de 870, mas estamos no limite e não existe recurso para isso”, afirmou Marino Azevedo.
As disciplinas com maior número de déficit de professores no Estado são matemática, português, química, física e biologia. Qualquer universitário que esteja a partir do terceiro período, pode se candidatar a ministrar uma disciplina que esteja relacionada com seu curso. O secretário adjunto acredita que a substituição de professores por estagiários, pode oferecer um risco à qualidade da educação.
Para a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Fátima Cardoso, os estagiários estão atuando no lugar de professores classificados em concursos. “O Governo está se aproveitando da mão-de-obra barata dos estagiários”, disse. De acordo com ele, é um absurdo estagiários cumprirem a mesma carga horária que profissionais formados. “Isso é um absurdo, além do que o estagiário ainda não está tão preparado”.
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