Não há direito quando causa a morte do outro
A greve de médicos na Paraíba ganhou contorno macabro e cruel com a morte da jovem de 28 anos Elisângela de Lurdes Nonato de Souza, ocorrida dois dias depois do criminoso cancelamento da cirurgia cardíaca que faria no SUS que estava agendada a três meses.
Não deve haver, para os humanistas, nenhum direito a greve que possa ter como resultante a morte de quem depende do cuidado do grevista e do serviço paralisado.
A greve da saúde na Paraíba, como em Alagoas, traz à mesa a exigência de realização de um debate público sobre uma questão que é mais que trabalhista; é ética. E que deve abranger também a discussão sobre outras áreas igualmente vitais, que não podem ficar sujeitas a uma visão deturpada de "realismo sindical". Greve não rima com morte!
Elio Gaspari escreve sobre o assunto na FSP de hoje [ler o artigo "As greves de médicos beiram o crime" ...]
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