terça-feira, 2 de outubro de 2007

MOVIMENTO TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

Essa é a proposta de um colega da Bahia, mas vale para O Rio Grande do Norte.

CARTA/REFLEXÃO DE UM PROFESSOR, SOBRE NOSSOS SALÁRIOS.
Prezados amigos:
Sou professor de fisica de ensino médio de um escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$ 650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$ 440,00. Será que alguém acha que com um salário assim, a rede ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, mas atualmente a regra é essa: O professor faz de conta de dá aula, o aluno faz de conta que aprende e a escola aprova o aluno mal preparado.Incrível, mas é a pura verdade!

Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$ 10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$ 11.545. Na Itália, são gastos com parlamentares R$ 3,9 milhões, na França, pouco mais de R$ 2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$ 850 mil e na vizinha, Argentina, R$ 1,3 milhão. Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país por baixo: 688 professores com curso superior! Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha., na qual o lema será:

"TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES"

(*)(*) Poderia ter colocado no lema para 688 professores, mas coloquei a metade (344), pois assim, sobra uma verba para aumentar o nosso salário, que é uma vergonha…

Atenciosamente

Um professor de física do interior da Bahia.

2 comentários:

Anônimo

Valeu amigo, dessa a lenha isso é um absurdo!!!!!
Cesar Augusto

Unknown

Na semana da absolvição imoral de Renan Calheiros promovida pelos senadores/2007, vi um adesivo colado no vidro traseiro de um carro popular dizendo:
“Eu tenho vergonha dos senadores do meu País”.
Esse adesivo traduz um pequeno aspecto do meu sentimento sobre aquela já deplorável casa: o Senado Federal.
Vou mandar fazer um adesivo daquele para mim.

Nunca pensei que um dia eu pudesse desrespeitar tanto uma classe como a classe dos senadores do Brasil.
Este é um sentimento ruim que não faço questão nenhuma de controlar nem de esconder. Parto, então, para a merecida descompostura. Dirijo-me a todos vocês, senadores, distintamente, considerem-se nominados, e quando eu o fizer no singular é porque quero o tom de quem lhes olha bem nos olhos.

“Desprezíveis senadores, meu senso de moral não me permite evitar de considera-los assim, desprezíveis.
Sou de uma cidade em que os homens têm brio.
Certamente, a julgar por suas manobras sórdidas no senado, não sabem o que é isso: brio.
Sinto-me então, na obrigação de lhes ensinar.
Brio é o sentimento da própria dignidade, pudor, vergonha de seus atos.
Brio é um dos primeiros sentimentos que um pai busca despertar em seu filho.
Em minhas conjecturas sobre vocês e seus atos, chego a questionar a honradez de suas famílias, pois me é difícil acreditar que foram criados e educados por pais honestos e honrados.
Lá na cidade de onde eu vim, todo homem é espelho da criação que teve de seu pai.
Lá na cidade de onde eu vim, famílias honradas não produzem filhos desprovidos de moral como vocês se mostram a cada manobra.

Não me peçam para tratá-los por qualquer título que julguem merecer, seria muita arrogância de sua parte e indisfarçável falsidade minha se acolhesse. Não contem com isso.
Por suas atitudes últimas vocês acabaram de se descredenciar como merecedores desse meu respeito.

Não tenho dúvidas em meu íntimo, senador: não há pai que possa ter deixado de ensinar a seu filho princípio tão essencial como o da vergonha, a menos que não a tivesse também. Sendo assim, não posso ter respeito também pelo seu pai, que não lhe ensinou o que é o sentimento pela própria dignidade.
Além de ensinar para os meus filhos e netos o que é brio, terei de ensinar-lhes que essa é uma qualidade que os senadores de 2007 não têm.
Por fim, senadores, a partir de suas atitudes de tamanha desfaçatez e envenenamento da dignidade, avalio a possibilidade de os classificar como animais peçonhentos porque lá na cidade de onde eu vim, com a consciência e a sensação do dever cumprido, animal peçonhento a gente mata.” Eduardo Gebara

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