sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

FHC gastava ainda mais com cartões corporativos

Por Josias de Souza

Emparedado pelo noticiário, o governo decidiu fazer por pressão o que não fizera por obrigação. Montou-se em Brasília, a toque de caixa, uma operação para tentar arrancar a gestão Lula do córner em que se encontra desde que começaram a pipocar nas páginas dos jornais e revistas notícias sobre as malfeitorias escondidas nas dobras dos extratos dos cartões de crédito corporativos.

Os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (Controlador da União) anunciaram, em entrevista, mudanças nas regras que regulam o uso dos cartões. Restringiram-se, por exemplo, os saques em dinheiro. Antes, a CGU, órgão chefiado por Hage, divulgara um informe para tentar demonstrar que, sob FHC, gastava-se mais com cartões do que sob Lula.

O levantamento da CGU engloba apenas os gastos com suprimentos de fundos para as repartições públicas. Despesas que, na contabilidade oficial, são chamadas de “Tipo B”. Leva-se em conta que os cartões não são portados apenas por ministros de Estado. Há na administração pública 7.145 funcionários autorizados a utilizar cartões. Alguns deles manuseiam mais de um cartão. O número total de cartões é de 13.567.

O texto da CGU, veiculado no portal mantido pela repartição na Internet, diz o seguinte: “Enquanto em 2001 e 2002 os gastos do governo federal com suprimento de fundos foram de R$ 213,6 milhões e R$ 233,2 milhões respectivamente, a partir de 2003 esse tipo de gasto foi significativamente reduzido, mantendo-se, nos últimos cinco anos, a média anual de R$ 143,5 milhões”.

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