terça-feira, 17 de março de 2009

Greve continua e professores preparam nova contraproposta

Próxima assembleia será dia 23 de março

A greve dos professores continua por tempo indeterminado. Este foi o resultado da assembleia da categoria realizada hoje na escola estadual Wiston Churchil, onde se reuniram professores da rede estadual e municipal. Em greve desde o dia 3, os educadores não acataram o apelo de retorno às aulas e ainda aguardam uma proposta melhor do poder público.
A atual oferecida pelo Estado assegura as promoções verticais e horizontais, com um acréscimo de R$ 63 milhões na folha, previstos para serem pagos ao longo de dois anos, além de cumprimento da lei nº 11.738, que regulamenta o Piso Nacional do Professor. No entendimento do Sindicato dos Trablhadores em Educação (Sinte/RN), a proposta não segue arcordos passados e o piso não está sendo cumprido conforme a lei.
No município, a situação é mais amena, com promessa de reajuste salarial de 12%, sendo 5% referentes às perdas salariais e 7% da inflação dos últimos quatro anos, mais capacitação dos educadores infantis. Até o fim do ano passado, estes profissionais eram lotados na Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas). A pauta de reivindicações, encaminhada pelo Sinte, pede 34% de reposição e inclusão dos educadores no Plano de Cargos e Carreiras dos professores, pela Secretaria Municipal de Educação (SME). Ontem, o secretário Elias Nunes incrementou a proposta, solicitando o nome de dois integrantes do Sinte para compor a comissão que debaterá, a partir de junho, o pagamento restante.
A representante da coordenação-geral do Sinte/RN, Fátima Cardoso, relatou que a categoria apresentou sua insatisfação aprovando a continuidade da greve, tanto pela falta de novidades por parte do Estado como pelo encaminhamento dado pelo secretário. "Não tem consistência e a categoria reagiu. Durante a semana iniciaremos algumas ações, que serão divulgadas para a imprensa", diz Fátima.
Ela adiantou algumas das deliberações aprovadas, como a busca de apoio no poder legislativo, tanto com os deputados estaduais como vereadores, para em seguida agendar audiências com a governadora Wilma de Faria e a prefeita Micarla de Sousa. Fátima revelou que está sendo produzida uma contraproposta para ser apresentada nas duas esferas do executivo. "Sem radicalismo de nenhuma das partes, daremos este passo em busca de apoio, continuidade e avanço das negociações. A decisão da categoria é de continuidade do movimento por tempo indeterminado, com assembleia agendadas para o dia 23", adianta Fátima.


Repórter: Leonardo Dantas

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