sábado, 26 de setembro de 2009

Estudos comprovam que motos poluem quatro vezes mais que carros

Apesar de ser muito comum o pensamento de que as motos poluem menos que os carros e de que elas são mais "ambientais", um relatório feito pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostra que as motocicletas produzidas e vendidas em 2008 chegam a poluir quatro vezes mais que os carros.

Coordenadora do programa de educação ambiental de Mossoró, Renata Pífer, explicou que o sistema "dois tempos" criados pelas montadoras dificultam a instalação de filtros que controlam a emissão de gases poluentes e contribuem para diminuir a poluição.

Trabalhando com motocicletas há mais de 10 anos, o mecânico José Antônio ficou surpreso ao ser informado por nossa reportagem sobre essa estatística. Ele reconheceu que sabia da diferença entre os sistemas de queima de combustível das motos e o adotado pelos carros, porém, ainda não conhecia esse índice de poluição.
MOSSOROENSE

"Saber disso é bom, agora eu vou orientar meus clientes a tomarem mais cuidado com a limpeza de filtros e manutenção das suas motos, para ver se ajudam a evitar esses problemas", falou o mecânico.

De acordo com informações contidas no site do Detran, até a tarde da última sexta-feira, foram registradas na cidade 44.691 motocicletas. Uma delas é a da vendedora Leila de Souza, que também desconhecia o potencial poluidor das motos. A ser interrogada pela reportagem sobre o que faz para manter sua moto regulada, informou que segue todas as instruções do fabricante.

"Eu comprei esta moto zero quilômetro e desde o dia em que a recebi, tomo todos os cuidados para que ela permaneça em boas condições e sigo todas as instruções da fábrica, cumprindo as datas das revisões", disse a vendedora.

Isso, segundo o mecânico, é o comportamento que deveria ser unânime entre os possuidores de motocicletas, já que, segundo ele, elas apresentam sinais de defeito rapidamente, mesmo que ainda funcione. Para José, barulho diferenciado no motor, demora na partida, liberação de fumaça além do normal, ou quando esta estiver mais escura, devem servir como alerta para os motociclistas procurarem ajuda especializada.

Leila, porém, é apenas uma das quase 45 mil pessoas de Mossoró que possuem moto. E foi com base nesse índice que a Prefeitura começou a se preocupar com a emissão de gases na cidade.

Para analisar, além de outras coisas, a poluição gerada por motos, foi criado o Conselho Municipal do Meio Ambiente, composto por membros de diversas secretarias. Juntamente com a Promotoria Pública, o conselho está estudando as possibilidades de diminuir essa incidência de gases poluentes. Este grupo realiza reuniões mensais e estão discutindo a criação de uma minuta de lei contra a poluição do ar em Mossoró e o Plano de Controle da Poluição Veicular.

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