quarta-feira, 23 de março de 2011

Uern vive situação de calamidade financeira

Está no jornal De Fato,edição de hoje:


Devagar, quase parando. É assim que anda a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) atualmente. Motivo é o orçamento curto para o ano de 2011.
Segundo denúncia feita pela Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), são vários os problemas vivenciados na Uern no momento, como telefones cortados, fornecedores com pagamentos atrasados e falta de combustível nos veículos.
O presidente da Aduern, Flaubert Torquato, esclarece que as dificuldades financeiras da Uern começaram no ano passado, quando o Governo do Estado deixou de repassar mais de R$ 1 milhão destinados ao custeio da instituição, e se mantiveram neste ano por conta dos cortes no orçamento do Estado.
Flaubert informa que houve corte no orçamento para todas as ações da Uern neste ano, como custeio, investimento e folha de pessoal.
Para custeio, por exemplo, menos da metade do que foi solicitado chegou aos cofres da universidade. A Uern solicitou R$ 14,2 milhões, mas a Assembleia Legislativa (AL) aprovou R$ 9,6 milhões, que foram reduzidos para R$ 6,7 milhões com o contingenciamento do orçamento do Estado em 30%.
Para investimentos, apenas R$ 3,5 milhões dos R$ 22,1 milhões solicitados foram liberados.
Nem mesmo os recursos pedidos para o pagamento da folha de pessoal foram atendidos em sua totalidade. A AL aprovou R$ 141,6 milhões dos R$ 175,8 milhões solicitados. "Com os recursos limitados, a Uern está com suas atividades comprometidas e em alguns casos até paradas", denuncia o presidente.
Flaubert relata que as aulas de campo, por exemplo, estão sendo custeadas pelos professores e alunos, quando a responsabilidade é da universidade.
Ele critica o corte de 30% feito no orçamento da Uern. "Esse corte no orçamento já reduzido é injustificável. É um retrocesso no desenvolvimento educacional do Estado, pois causará enormes prejuízos na qualidade do ensino na instituição", alerta.
O vice-presidente da Aduern, Neto Vale, lembra que o corte no orçamento compromete até a campanha salarial dos professores.
A reportagem tentou falar com o reitor da Uern, Milton Marques de Medeiros, mas os telefones celulares dele se encontravam desligados.

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