sábado, 31 de março de 2012

O PODER DE COLLOR

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Oficiais de Justiça demoraram quase quatro anos para notificar o ex-presidente Fernando Collor

ISTOÉ - IZABELLE TORRES

Aos 47 anos, Rosane Malta é uma mulher decidida a reconstruir a própria vida Desde que se separou do ex-presidente Fernando Collor, a primeira-dama do impeachment vive uma verdadeira saga Em busca de uma pensão alimentícia determinada pela Justiça e do direito de dividir com Collor parte do patrimônio milionário acumulado durante o casamento, Rosane moveu, em 2008, duas ações contra o ex-marido Mas a partir daí começou a provar o gosto amargo de ser adversária do poderoso senador por Alagoas.

Advogados abandonaram seu processo sem maiores explicações, magistrados protelaram o desfecho do caso e depois se declararam impedidos de prosseguir com o trabalho e agora o Tribunal de Justiça demora a indicar um substituto para a juíza Nirvana Coelho, a última a desistir da ação O drama vivido pela ex-primeira-dama é um retrato da influência política na terra dos marechais “Aqui acontecem coisas muito estranhas, difíceis de acreditar O Fernando controla tudo de uma forma assustadora E ninguém tem coragem de enfrentá-lo”, diz Rosane.

A reclamação de Rosane Malta tem razão de ser. Há um ano a Justiça determinou que, na divisão de bens, ela teria direito a dois apartamentos e dois carros de luxo ou a uma indenização estimada em R$ 900 mil. Collor recorreu e o processo parou.

Em outra frente, a ex-primeira-dama luta por quase dois anos de pensão alimentícia atrasada e calcula que deveria receber perto de R$ 290 mil. Como se sabe, pensão atrasada é problema sério para um cidadão comum. Mas com Collor tudo é diferente. Os oficiais de Justiça em Alagoas passaram três anos e dez meses sem notificar o atual senador, alegando que ele não estava sendo encontrado. Continue lendo

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