domingo, 2 de setembro de 2012

Justiça flagra hospital em uso eleitoreiro em Mossoró


 juiz eleitoral de Mossoró, responsável pela propaganda, José Herval Sampaio Júnior, ladeado pela promotora eleitoral Karine Crispim, fez uma blitz – surpresa – no Hospital Wilson Rosado.
Herval: rigor contra abuso
A iniciativa das duas autoridades flagrou procedimento abusivo da direção do hospital, impondo constrangimento a seus empregados. O episódio foi ao final da tarde dessa sexta-feira (31).
Os empregados eram obrigados ao uso de camisas em tom “laranja”, associando seus serviços a um dos símbolos da candidata a prefeito pelo sistema governista, vereadora Cláudia Regina (DEM).
Um representante da direção do hospital contra-argumentou, que se tratava de algo normal , numa “empresa privada”. Juiz e promotor redarguiram.
Salientaram o óbvio: parte considerável da receita do Wilson Rosado deriva de rubrica pública.
Herval Júnior foi mais incisivo. Ponderou que não tomaria medida imediata a retirada do fardamento de propósito politiqueiro, em respeito à maioria dos funcionário, formada por mulheres.
Mas mesmo assim estabeleceu prazo curto de horas à alteração. A manutenção do abuso – disse – implicaria em sanção contra os directores, aliados do esquema governista.
Fartura
O Hospital Wilson Rosado não pode se queixar do sistema público de saúde nos últimos anos em Mossoró. Enquanto outros hospitais fecharam e quem sobrou vive em estado de insolvência, ele se agiganta.
Os privilégios são muitos, em face do alinhamento político com o esquema da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.
Quer um exemplo escabroso?
O Wilson Rosado possui 20 leitos de UTI, mas 16 são reservados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por uso ou não da totalidade dos 16 leitos, o hospital empalmou R$ 4 milhões e 430 mil no ano passado.
O SUS assegura repasse de R$ 473 ,72 por diária-SUS e a Prefeitura de Mossoró ainda dá um enxerto de mais R$ 291,22, totalizando R$ 770,00.
Nada demais. Nada mal, heim!?
O absurdo é que igual tratamento não ocorre, por exemplo, com a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR), administrada por familiares adversários do esquema da prefeita Fafá.
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Para lá, o sistema de saúde plena gerenciado pelo munícipio é mão fechada. Os repasses relativos aos 6 leitos de UTI da CSDR são apenas no valor repassado pelo Sus. E precisam ser ocupados, lógico. Paga R$ 473,72. Nada de adicional.
Há outro agravante entre outros: como Mossoró não tem uma Central de Regulação de Leito UTI, o próprio Wilson Rosado decide quem espicha ou não em suas 16 vagas. Vida e morte nas mãos de poucos.


Do Blog do jornalista  Carlos Santos

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