Transtornos afastam docentes das salas de aula
Histórias de
transtornos emocionais entre os professores se repetem em todo o País. No
Distrito Federal, do quadro de servidores públicos, cerca de 2% estão afastados
por este motivo. No Rio de Janeiro, 7 mil dos 64 mil professores ativos não dão
aula atualmente pelo mesmo diagnóstico.
Os transtornos
emocionais também podem ser chamados de comportamentais, de humor ou mentais.
São doenças como estresse agudo, depressão, síndrome do pânico, síndrome de
burnout – quando o profissional, motivado pela estafa, desenvolve relação
apática com o ofício -, estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade,
entre outros.
O problema, porém, não
é mensurável. Não existem números nacionais do Ministério da Educação (MEC). Os
dados são resultado de pesquisas realizadas em algumas secretarias de Educação
do País ou universidades.
Sucateamento da
esperança – Doutora no assunto, a psicóloga e professora da Universidade de São
Paulo (USP) Renata Paparelli explica que o cenário atual é o grande responsável
pelos problemas dos docentes. Segundo Renata, a escola hoje representa uma
desestruturação de tudo o que o professor acredita.
“A desvalorização do
professor e do lugar de conhecimento, bem como as condições adversas, os baixos
salários e uma jornada infinita de trabalho contribuem com as doenças”,
analisa. As políticas públicas falhas da educação também corroboram para o
desencantamento. “Hoje, os professores vivem um quadro de sucateamento da
esperança”, diz.
Fonte: Diário de
Pernambuco
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