domingo, 7 de abril de 2013

Intimidade em manchete


capas
A condição sexual da cantora baiana Daniela Mercury, sua privacidade amorosa, acaba de dar-lhe o que sua longa carreira de intérprete de axé e puxadora de trio elétrico jamais conseguiu: as capas das duas principais revistas semanais do Brasil, e num mesmo fim de semana.

Veja e Época, carros-chefes dos produtos impressos da editora Abril e do grupo Globo, respectivamente, chegaram às bancas nesse sábado com reportagens centrais dedicadas à revelação de Daniela sobre o “casamento” com a jornalista Malu Verçosa, também baiana como a cantora.
Na era das redes sociais, onde a intimidade das pessoas é exposta por elas próprias, numa instantaneidade de urgência, como a comprovar o vaticínio de Andy Warhol sobre todos buscarem a luz da notoriedade, nem que fosse por 15 minutos, a condição gay está virando clichê ideológico e até plataforma política.
Nas manifestações contra o preconceito, tanto há os gestos e palavras de ordem que buscam romper a cortina do conservadorismo, como também existem as “bicocas” e “trava línguas” que só servem como apelo de marketing para levantar carreiras em baixa e resgatar personalidades não muito cultuadas pela indústria efêmera da fama.

Alex Medeiros

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