terça-feira, 28 de maio de 2013

Criar o Imposto sobre Grandes Fortunas é fazer justiça social no Brasil

Desde que o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu o poder no Brasil, em 2003, ouvimos bastante o discurso de exterminar a pobreza. No entanto, não há como termos um crescimento eficaz das classes menores com a carga tributária absurda do País, que a cada dia está pior. E quem mais paga imposto, proporcionalmente, é o pobre.
A maioria dos impostos brasileiros é igual tanto para os milionários quanto para os miseráveis. Para diminuir a desigualdade, é necessário que haja uma mudança nessa concepção. Em vez de termos impostos gerais cada vez mais abusivos, é preciso criar impostos exclusivos para a população de renda alta e diminuir os demais, pagos por toda a população.
Existem no Congresso Nacional dois Projetos de Lei, um do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e outro do PSOL, que preveem a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). O Objetivo é taxar a camada da sociedade que tem patrimônio acima de R$ 2 milhões.
No entanto, nunca esses projetos foram votados. Coincidentemente, a grande maioria dos deputados federais e senadores pagaria esse novo imposto. O governo federal, que se diz socialista, não tem pressionado sua bancada para colocar as propostas em votação.
A mudança na distribuição de renda do País só ocorrerá com medidas gradativas que ajustem a carga tributária à sociedade. Programas emergenciais como o “Bolsa Família” ajudam milhares de famílias a sair da miséria. Mas dificilmente as farão sair da pobreza sem melhores oportunidades e pagando a quantidade de impostos que hoje pagam no Brasil.
A transformação social passa para pela reforma tributária. Também não ajudará em nada a aprovação do IGF se os impostos dos pobres não forem reduzidos. Chegou a hora de o governo do PT mostrar se realmente pretende mudar a distribuição de renda no Brasil ou apenas manter a população pobre dependente de programas sociais, o que garante a sustentação do partido no poder. Bancada numerosa para aprovar essas mudanças o governo tem.
Por Allan Darlyson 


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