RN, o Governo e a seca (II)
JOÃO LYRA NETO - jornalista
Pelo que se viu, um dos estados do Nordeste mais atingidos pela seca
foi o Rio Grande do Norte. Mesmo com o trabalho, em outras épocas, pelo DNOCS,
com a construção de açudes e barragens de grande porte, o Rio Grande do Norte
nunca escapou desse desastroso mal. Há quase um século com a atuação do IFOCS,
órgão federal no trabalho contra a estiagem, o combate era mais difícil. As
áreas atingidas pela falta d’água eram atendidas pelo trabalho de moto-bombas,
carros-pipas e, ainda cata-ventos, meios capazes de recuperar o plantio
atingido pela falta de chuvas. O agricultor, ao que parece, não recebia tanto
apoio do Governo Federal e a agricultura plantada morria, deixando o agricultor
e a sua família sem comida e sem água para as suas obrigações diárias.
A “Transposição do Rio São Francisco” para atender às necessidades do
abastecimento d’água em todo o Nordeste, é uma meta que vem desde o governo do
presidente Itamar Franco, estimulada pelo ex-ministro de Integração Aluízio
Alves. Arrastando-se pelo tempo, durante os altos e baixos do governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem, agora, recebendo uma enorme força da
presidente Dilma. O semiárido do Rio Grande do Norte é uma área agrícola
constantemente vítima da estiagem e pronta para receber as águas do São
Francisco, para dinamizar a sua agricultura. Disso é o que a agricultura mais
precisa. No Rio Grande do Norte, em termos de culturas agrícolas, temos, com
destaque, o melão, o caqui e outras altamente produtivas, que favorecem a
economia do Estado. Em termos disso, não se tem ideia do que os órgãos
governamentais podem fazer em favor da agricultura, como é o caso da Secretaria
de Agricultura que tem a função de estudar e promover o desenvolvimento das
ações do meio rural. O Rio Grande do Norte não é diferente dos demais estados,
todos tem seus problemas e as suas reinvindicações.
Tem sido do interesse do atual Governo encontrar soluções necessárias
para o desenvolvimento no setor das terras plantadas. As dificuldades impedem a
melhoria de vida dos que tem a sua agricultura para fazer dinheiro nas feiras.
As famílias que trabalham na chamada “Agricultura Familiar” obtêm recursos em
bancos oficiais, como é o caso específico do Banco do Nordeste, ligado a essa
atividade. Aí, é que vai entrar a ação do Governo. A presidente, no Rio Grande
do Norte, autorizou a compra de caminhões, enxadas e todo o material usado
pelos agricultores. O Governo, portanto, vê a necessidade do uso desse material
no trabalho que a seca acabou. De resto, a ajuda às áreas atingidas pela seca
deve ser feita pelos órgãos disponibilizados pelo governo do Estado. Aí está, portanto, a solução.
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