sábado, 13 de julho de 2013

RN, o Governo e a seca (II)

JOÃO LYRA NETO - jornalista

Pelo que se viu, um dos estados do Nordeste mais atingidos pela seca foi o Rio Grande do Norte. Mesmo com o trabalho, em outras épocas, pelo DNOCS, com a construção de açudes e barragens de grande porte, o Rio Grande do Norte nunca escapou desse desastroso mal. Há quase um século com a atuação do IFOCS, órgão federal no trabalho contra a estiagem, o combate era mais difícil. As áreas atingidas pela falta d’água eram atendidas pelo trabalho de moto-bombas, carros-pipas e, ainda cata-ventos, meios capazes de recuperar o plantio atingido pela falta de chuvas. O agricultor, ao que parece, não recebia tanto apoio do Governo Federal e a agricultura plantada morria, deixando o agricultor e a sua família sem comida e sem água para as suas obrigações diárias.

A “Transposição do Rio São Francisco” para atender às necessidades do abastecimento d’água em todo o Nordeste, é uma meta que vem desde o governo do presidente Itamar Franco, estimulada pelo ex-ministro de Integração Aluízio Alves. Arrastando-se pelo tempo, durante os altos e baixos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem, agora, recebendo uma enorme força da presidente Dilma. O semiárido do Rio Grande do Norte é uma área agrícola constantemente vítima da estiagem e pronta para receber as águas do São Francisco, para dinamizar a sua agricultura. Disso é o que a agricultura mais precisa. No Rio Grande do Norte, em termos de culturas agrícolas, temos, com destaque, o melão, o caqui e outras altamente produtivas, que favorecem a economia do Estado. Em termos disso, não se tem ideia do que os órgãos governamentais podem fazer em favor da agricultura, como é o caso da Secretaria de Agricultura que tem a função de estudar e promover o desenvolvimento das ações do meio rural. O Rio Grande do Norte não é diferente dos demais estados, todos tem seus problemas e as suas reinvindicações.


Tem sido do interesse do atual Governo encontrar soluções necessárias para o desenvolvimento no setor das terras plantadas. As dificuldades impedem a melhoria de vida dos que tem a sua agricultura para fazer dinheiro nas feiras. As famílias que trabalham na chamada “Agricultura Familiar” obtêm recursos em bancos oficiais, como é o caso específico do Banco do Nordeste, ligado a essa atividade. Aí, é que vai entrar a ação do Governo. A presidente, no Rio Grande do Norte, autorizou a compra de caminhões, enxadas e todo o material usado pelos agricultores. O Governo, portanto, vê a necessidade do uso desse material no trabalho que a seca acabou. De resto, a ajuda às áreas atingidas pela seca deve ser feita pelos órgãos disponibilizados pelo governo do Estado. Aí está, portanto, a solução.

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