sábado, 12 de outubro de 2013

Pela universalização do bem-estar de todas as crianças

Hoje é o Dia das Crianças, e todas as atenções das famílias, nesta data, estão voltadas para lhes dar alegria. Não poderia ser diferente, pois elas constituem o bem maior de uma sociedade. Infelizmente, muitas delas não podem desfrutar desse privilégio, pois – vítimas da desigualdade e violência – são privadas até dessa alegria.
Costuma-se, nesta data, presenteá-las com brinquedos, guloseimas ou com programações recreativas. Mas, sobretudo, de lhes regalar momentos de maior atenção e amor para que se sintam acolhidas e amadas. Às vezes, mesmo em famílias dotadas de alto status financeiro e social, este é um dos raros dias em que filhos têm a oportunidade de gozar maior atenção dos pais.
A própria escolha dos brinquedos deve ser cuidadosa, os pais e responsáveis não devem levar em conta só o interesse do filho, mas se os brinquedos estão adequados ao estágio do desenvolvimento infantil, bem como se atendem aos requisitos de segurança.
A verdade é que apenas uma faixa privilegiada de crianças experimenta esse dia como diferente dos demais. Dados do Unicef informam que 45,6% das crianças brasileiras vivem em famílias de baixa renda. Na região do semiárido, por exemplo, vivem 13 milhões de crianças, mais de 70% delas e dos adolescentes são classificados como pobres. No entanto, todas deveriam estar sendo beneficiadas pelos direitos constituídos em lei, tendo pleno acesso à saúde, educação, alimentação, lazer, liberdade, habitação e um bom ambiente familiar, tal como é assegurado pela Declaração Universal dos Direitos das Crianças, pela Constituição Federal e pelo próprio. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Há um grande número de crianças ainda exploradas pelo trabalho infantil, de forma ilegal. No entanto, há de se reconhecer os avanços registrados a partir de programas sociais, como o Bolsa Família e outros de teor semelhante. A queda fantástica (77%) da mortalidade infantil, nas últimas duas décadas, é uma sinalização inequívoca dos avanços conseguidos. Muito, no entanto, há por fazer ainda nessa área, e isso dependerá da disposição dos governos em manter o compromisso social com as crianças e adolescentes.
(O POVO / Editorial)

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