Estudo coloca em dúvida a eficácia das mamografias
Foto: Damian Dovarganes / AP
Um estudo publicado nesta terça-feira (11) no The British Medical Journal propôs novas questões sobre a eficácia da mamografia na redução de mortes por câncer de mama. “As mamografias não reduzem a mortalidade por câncer de mama mais do que fazem os exames físicos ou o tratamento, e também não são uma vantagem na hora de detectar um câncer de mama, que é tão pequeno, que quase não pode ser sentido ao tato [...] "Além disso, um de cada cinco tumores malignos achados graças a uma mamografia não é um perigo para a mulher e não requer tratamento -nem radioterapia, nem cirurgia, nem quimioterapia”, explica a investigação elaborada por especialistas da Universidade de Toronto.
Segundo o The New York Times, esse estudo promoverá um debate ainda maior entre os que acreditam que a mamografia pode salvar vidas e aqueles que veem o método como ineficaz. “Durante o tempo de estudo produziram-se as mesmas mortes entre aquelas que se submeteram a esta prova e as que não”, explica o documento, baseado em uma amostra de 90.000 mulheres analisadas durante 25 anos.
A Sociedade Americana de Câncer assegurou que revisarão os resultados obtidos, “mas que a gente tem que saber que segundo várias investigações as mamografias reduzem em 15% a incidência de mortes em mulheres com 40 anos e 20%, entre aquelas que são maiores”. Os pesquisadores alegaram que estes resultados não podem ser extrapolados a todos os países, mas recomendam aos Governos que revisem seus programas de mamografias anuais. Até o momento, apenas a Suíça se propôs a pôr em dúvida a eficácia deste método. Informações do El País.
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