Duas cidades do RN possuem mais eleitores que habitantes
EDILSON DAMASCENO
Duas cidades potiguares aparecem
entre as 194 que possuem mais eleitores que habitantes em todo o Brasil. A
constatação foi feita pelo site G1(www.g1.com.br) com base nos números do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Rio Grande do Norte, os
municípios que aparecem são Severiano Melo e Passagem. Em ambas, o total de
habitantes é bem inferior ao número de votantes. Em Severiano Melo, por
exemplo, existem 4.674 habitantes e 7.227 eleitores. Com a devida subtração
populacional, chega-se a 2.553 pessoas a mais no dia da eleição.
A questão é que, embora existam
4.674 habitantes em Severiano Melo, isso não quer dizer que todos sejam
eleitores, que estejam em idade acima de 16 anos. Isso implica dizer que o
número de eleitores a mais na cidade localizada na região do Médio Oeste do Rio
Grande do Norte é bem maior do que o total que surge na primeira avaliação.
Severiano Melo ocupa a segunda
colocação no ranking nacional, de cidade onde o número de eleitores é maior que
o de habitantes. Isso em termos percentuais, porque se a questão numérica for
levada em consideração, a cidade potiguar é a primeira na disparidade
habitante/eleitor. O município de Oliveira de Fátima, no Tocantins, é quem
lidera, conforme material jornalístico elaborado pelo portal de notícias G1. A
cidade possui 1.085 habitantes e se apresenta com 1.729 eleitores. O percentual
eleitor/habitante em Oliveira de Fátima é de 1,59. A taxa em Severiano Melo é
de 1,55, conforme divulgou o portal de notícias.
O outro município potiguar que
apresenta mais eleitores que habitantes é Passagem. Os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são de que a cidade possui 3.040
moradores, mas o total de eleitores cadastrado no Tribunal Superior Eleitoral é
de 4.113. Ou seja, existem 1.073 votantes a mais ou que não moram na cidade. A comparação
morador/eleitor indica percentual de 1,39.
Municípios que passaram por
revisão biométrica, como Mossoró, Areia Branca e Grossos – todos localizados no
Oeste do Rio Grande do Norte – apresentaram as mesmas características
constatadas em Severiano Melo e Passagem. Como alguns não conseguiram comprovar
residência nas cidades tampouco laços familiares ou de trabalho, tiveram que
transferir seus títulos aos municípios onde moram.
Severiano Melo e Passagem não se
submeteram à revisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
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