segunda-feira, 28 de maio de 2007

CORRUPÇÃO


País perde R$ 1,5 bi ao ano por corrupção

Além dos milhões de reais desviados dos cofres públicos e consumidos em propinas todos os anos, a corrupção custa ao Brasil cerca de R$ 1,5 bilhão por ano em perdas indiretas. Esse é o total de recursos que deixam de ser gerados por causa dos efeitos da corrupção sobre os investimentos, os gastos do governo, a inflação, a educação e a credibilidade do país, segundo cálculos do especialista Axel Dreher, professor do centro de pesquisas de conjuntura do Instituto Econômico Suíço. Com esse dinheiro, o governo federal poderia tapar os buracos de 4 mil quilômetros de estradas.


De acordo com os cálculos de Dreher, o Brasil perde por ano, em média, 0,08% do PIB por causa de custos indiretos da corrupção (em valores de 2006, US$ 715 milhões). Em PIB per capita, o País deixa de ganhar US$ 270 todos os anos.


“A corrupção leva à queda do investimento estrangeiro direto, as elites cleptocratas ganham renda à custa de uma possível redução da pobreza, e enquanto os efeitos no volume de investimentos do governo não são claros, há uma evidente perda de qualidade nesses investimentos”, diz Dreher, autor de outros estudos sobre o impacto da corrupção na expectativa de vida, escolaridade, investimento, gastos do governo e inflação. Para a pesquisa, ele considerou índices de corrupção entre 1984 e 2006 e calculou as perdas todo ano em que o país supera a média mundial.


Segundo Daniel Kaufman, diretor do Instituto Banco Mundial e um estudioso do assunto, não há sinais de que a corrupção tenha diminuído no Brasil nos últimos dez anos, embora haja melhoras pontuais, como em telefonia e energia.


“Há muitos países com índices de corrupção piores do que o Brasil”, diz Kaufman. “Mas dado o status de potência do País na região e no mundo, os brasileiros deveriam se esforçar para entrar também na liga dos países poderosos que têm boa governança e combatem a corrupção.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

0 comentários:

Blog do Prof. Ozamir Lima - Designer: Segundo Freitas