segunda-feira, 28 de maio de 2007

Cultura e política

No Japão acusado de corrupção se mata

Há alguns anos um dos ministros da Economia da França, na era Mitterand, acusado de ter recebido um apartamento de presente de um empresário, suicidou-se com um tiro na cabeça. Agora o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, acusado de desviar dinheiro público, pôs fim à própria vida enforcando-se. Aqui no Brasil, diante de situações semelhantes, os ministros se demitem de seus cargos e, às vezes, são até defendidos pelo presidente da República.


Mas esta não é a única diferença na cultura política brasileira em relação a outros países. A Polícia Federal acaba de concluir uma, das centenas de operações que realizou nos últimos cinco anos, a Navalha, e pediu ao STJ a prisão de 40 pessoas investigadas. A Justiça atendeu, legalmente, ao pedido da Polícia Federal. Integrantes da elite política do país passaram alguns dias na cadeia. Foi o que bastou para que uma saraivada de críticas fossem feitas à Polícia Federal. Foram feitas críticas aos excessos. Que excessos? Se foi tudo feito dentro da lei. Claro, o inquérito, que corre em segredo de Justiça, vazou para a imprensa e foi publicado. Mas não se pode responsabilizar a PF por esse episódio. É o tal negócio, em pleno século XXI, ainda se pratica aquele surrado discurso de "aos amigos tudo, aos adversários os rigores da lei".

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