domingo, 29 de julho de 2012

A politica é um negócio



É óbvio que não defendo, nem quero uma ditadura. O não poder falar, pensar, criticar livremente é a morte, é a não civilização. Mas convêm pensar, refletir sobre o artigo abaixo que transcrevo e que mostra uma diferença marcante entre os governantes militares e os governantes civis em nosso país, antes da democratização e depois da democratização. A politica hoje virou um campo de negócio (e ainda criticam o capitalismo!) dos mais abomináveis, abjeto, inescrupuloso, aético. Recentemente conversando com um amigo ele me disse de que um amigo dele que foi um péssimo aluno, faltava aulas, não queria nada "com o basquete", parecia que não ia "ser muita coisa na vida", até que se tornou politico numa cidade do interior do RN. Hoje é um bem sucedido "homem de negócios", rico, com apartamento de luxo, casa em condomínio fechado, saindo em colunas sociais. E esse meu amigo perplexo (e petista também) me questionou: "como pode isso?". Pois é, como pode? Bom leiam o artigo abaixo e tirem suas conclusões.


Por Anhangüera

O jornalista Carlos Chagas recentemente publicou o seguinte: "Erros foram praticados durante o regime militar. Eram tempos difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos. Mas uma evidência salta aos olhos: A honestidade pessoal de cada um! Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, e uma poucas ações de empresas públicas e privadas. Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no Palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana, Rio de Janeiro. Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão. Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamomos, em Teresópolis, RJ, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio de Janeiro. João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado, que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação. Foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro.

Não é nada, não é nada, mas os cinco generais presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas. Bem diferente dos tempos atuais, não é?" Acrescento: Nenhum deles mandou fazer um filme pseudo biográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto à própria personalidade! Nenhum deles usou dinheiro público para fazer um parque homenageando a própria mãe. Nenhum deles usou o hospital Sírio Libanês. Nenhum comprou avião de luxo no exterior. Nenhum deles enviou nosso dinheiro para "ajudar outro país". Nenhum deles saiu de Brasilia, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados. Nenhum deles exaltou a ignorância. Nenhum deles falava errado. Nenhum deles apareceu embriagado nem se mijou em público. Nenhum deles passou a apoiar notórios desonestos, depois de tê-los chamado de ladrões. Está bom para vocês ou querem mais? Tem mais um pouco.A revista Forbes acaba de classificar o Lulinha, o filhinho ronaldinho dele, como o 14º mais rico dos brasileiros. Notícia contida no site Transparência Brasil. E os eleitores aplaudem, considerando isso uma evolução, para quem recolhia bosta de elefante no zoológico de São Paulo. Pelo visto, o meu amigo Marcos tem razão: O eleitor brasileiro adora fazer o exame tradicional de próstata.

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