sábado, 13 de julho de 2013

OUTRA REPÚBLICA?


Por Mino Carta.

Vivemos um momento de extrema perplexidade e, se, em meio a esta névoa de incerteza e desencanto, hesitamos e tateamos em busca do caminho, bastaria lembrar que o antídoto existe, de comprovada eficácia. Seria possível usá-lo?
Apresso-me a repisar, estou a sonhar, mesmo que o estado de autonomia sem peias do sonhador tenha ligações com a realidade. Inegáveis os resultados positivos atingidos pelos governos dos derradeiros dez anos. Os avanços sociais promovidos precipitaram necessidades e demandas desconhecidas até então, ao cabo de mais de um século de história, desde a República fundada pelos generais.
Por quantas repúblicas já passamos? A primeira termina com Getúlio Vargas e logo deságua no Estado Novo. A segunda começa com a queda de Getúlio e se encerra com o golpe de 1964. A terceira nasce com o fim da ditadura, ampara-se, contudo, em uma democracia que mantém de pé casa-grande e senzala. Há um Brasil em desconforto, que dá mostras de não se adaptar às pretensas injunções das circunstâncias e de amadurecer para a fundação da Quarta República.

Soa no devaneio a hora dos estadistas. Onde estão? Pode parecer incrível, mas nas pregas do transporte onírico parece-me ver transitar a sombra de José Bonifácio, de Mauá, de Joaquim Nabuco.

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