Leia os destaques de capa dos principais jornais.
JORNAL DO BRASIL
Papa sai para o ataque
* Frente a uma platéia de 400 bispos na Catedral da Sé em São Paulo, o papa Bento XVI fez o mais duro discurso desde a chegada ao Brasil. Criticou seitas cristãs, condenou o divórcio, a ganância de empresários e políticos além dos desvios sexuais na Igreja. Pediu que os religiosos saiam em busca de novos fiéis e recuperem quem se afastou. Depois de mencionar a aguda desigualdade na distribuição de renda no Brasil, orientou os bispos para que influenciem a formação dos políticos. O papa voltou a atacar o aborto e a união fora do casamento. Na cerimônia de canonização de Frei Galvão, diante de 1 milhão de fiéis, Bento XVI censurou a mídia por menosprezar o casamento e a virgindade. (pág. 1 e Editoria, págs. A2 e A3)
*A venda das refinarias da Petrobras à Bolívia, por US$ 112 milhões, foi aprovada pelo mercado financeiro. A empresa garante que não teve prejuízos e admitiu uma volta futura àquele país. (pág. 1 e Economia, pág. A17)
FOLHA DE SÃO PAULO
Papa ataca mídia, "seitas" e divórcio
- Nos dois eventos públicos de que participou ontem em São Paulo, o papa Bento 16 criticou a mídia e as igrejas evangélicas (que chamou de 'seitas') que tiram fiéis do catolicismo. Também defendeu os valores morais da igreja, atacando o divórcio. (pág. 1)
- Ao participar ontem do encerramento do primeiro Fórum Nacional de TVs Públicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que já "pegou no breu" o projeto da rede pública nacional de rádio e TV e que ela será criada sem "trololó". "A coisa pegou no breu. Ou seja, quando eu convidei o Franklin [Martins] pra ser ministro [da Comunicação Social], uma das coisas que eu disse pro Franklin é o seguinte: "Nós vamos fazer a TV pública, vamos fazer sem trololó". Vamos fazer porque é preciso fazer", disse o presidente durante evento num hotel de Brasília. (...) (pág. 1)
- O governo cedeu à pressão das TVs e decidiu adiar por 45 dias a vigência das novas regras para a veiculação de programas. A portaria de classificação da programação das emissoras foi publicada há 90 dias e entraria em vigor a partir de amanhã. O documento determina que os programas sejam classificados por faixas etárias e horárias (ex: novela imprópria para menos de 14 anos não pode ir ao ar antes das 21h). Também exige que a classificação seja informada pelas emissoras por meio de símbolos padronizados. (...) (pág. 1)
- Após três meses de discussão, as centrais sindicais conseguiram fechar um acordo para serem reconhecidas juridicamente e garantir o repasse de 10% do imposto sindical como fonte de financiamento. Com isso, as centrais devem receber ao menos R$ 100 milhões por ano, considerando o valor desse imposto compulsório recolhido pela Caixa Econômica em 2006 (R$ 1,073 bilhão) e repassado às entidades sindicais. (...) (pág. 1)
- A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 4,131 bilhões no primeiro trimestre de 2007, com queda de 38% em relação ao mesmo trimestre de 2006 (R$ 6,675 bilhões). Na comparação com o quatro trimestre de 2006, quando lucrou R$ 5,2 bilhões, a retração foi de 21%. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, de cerca de R$ 5 bilhões. Foi a primeira vez, desde pelo menos o quarto trimestre de 1999, que o lucro trimestral da Petrobras não foi o maior do país. (...) (pág. 1)
O ESTADO DE SÃO PAULO
- Papa critica ganância política
- Em encontro na Catedral da Sé, em São Paulo, o papa Bento XVI pediu aos bispos brasileiros mais empenho para "formar nas classes políticas e empresariais um autêntico espírito de veracidade e honestidade" que evite a primazia de "ganâncias pessoais". Ele lamentou a desigualdade social do País e a existência de "um imenso contingente de brasileiros vivendo em situação de indigência", afirmando que a Igreja deve ajudar no combate a essa situação. Em discurso que durou 35 minutos, Bento XVI apresentou um receituário rigoroso aos 300 religiosos que lotavam a catedral. Fez um apelo para que as normas litúrgicas sejam seguidas à risca, defendeu o celibato e recomendou dedicação total aos fiéis. Disse que é preciso trabalhar para ficar mais próximo dos pobres que vivem nas periferias urbanas e se dedicar mais à evangelização para combater "o proselitismo agressivo das seitas" ao qual estão vulneráveis as pessoas que "possuem uma fé fragilizada". O papa não evitou abordar temas delicados e recomendou cuidado na seleção e formação dos padres: "Um bom e assíduo acompanhamento espiritual evita desvios no campo da sexualidade". (págs. 1 e H5)
- Enquanto o papa Bento XVI cobrava em São Paulo honestidade dos políticos, o presidente Lula, em Brasília, ressaltava a autonomia do Estado em relação à Igreja. E defendeu o debate de dois temas polêmicos: a legalização do aborto e o uso pela ciência de células-tronco embrionárias. (págs. 1 e H5)
- Notas e Informações - Evo Morales tem razão quando afirma que "com o irmão Lula jamais vamos nos enfrentar". Sempre que desafiou Brasília, o presidente Lula não reagiu. Não há, portanto, enfrentamento. (págs. 1 e A3)
- A Petrobras teve lucro de R$ 4,131 bilhões no 1º trimestre, 38% inferior aos R$ 6,774 bilhões do mesmo período de 2006. O resultado da área internacional foi o pior: saiu de lucro de R$ 236 milhões para prejuízo de R$ 259 milhões. Atraso de plataformas, mudanças de operação na Venezuela e na Bolívia e alteração no plano de previdência dos funcionários foram alguns dos problemas. (págs. 1, B1 e B4)
- O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconheceu como legal uma vantagem paga aos magistrados de São Paulo. A chamada sexta parte equivale a 1/6 dos vencimentos, o que adiciona entre R$ 3 mil e R$ 4 mil aos salários. Com a concessão, ainda provisória, os pagamentos ultrapassam o teto do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 24,5 mil - limite imposto ao funcionalismo. (págs. 1 e A4)
O GLOBO
- Papa condena corrupção e quer padres mais perto dos pobres
- O Papa Bento XVI fez ontem seu discurso mais incisivo desde que chegou ao Brasil. Ao falar para 240 bispos, em São Paulo, cobrou deles maior aproximação com os pobres e criticou a situação social no país, lembrando que há um "contingente de brasileiros vivendo em situação de indigência e uma desigualdade na distribuição de renda que atinge patamares muito elevados". Por isso, afirmou, "o povo pobre das periferias urbanas ou do campo precisa sentir a proximidade da Igreja". Numa referência à corrupção, disse que políticos e empresários precisam ter um "espírito de veracidade e de honestidade". Para Bento XVI, quem exerce liderança na sociedade deve seguir critérios de "maximização do bem comum, ao invés de procurar ganâncias pessoais". O papa demonstrou sua preocupação com a evasão de católicos e atracou o "proselitismo agressivo das seitas". Também alertou os bispos para que evitem desvios no campo da sexualidade dos padres, numa referência aos casos de pedofilia e assédio sexual envolvendo o clero. (pág. 1)
- O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, contou ontem de quem partiu a ordem para que parasse de polemizar sobre o aborto: de sua mãe. "Puxei a orelha dele. Meu filho não é a favor disso, não. Ele é muito religioso", confirmou dona Sara, de 89 anos. (pág. 1)
- Enquanto discute uma lei de greve mais dura para o funcionalismo, o governo federal decidiu repassar às centrais sindicais cerca de R$ 100 milhões por ano do imposto sindical. Por acordo fechado anteontem, as centrais serão reconhecidas legalmente. (págs. 1 e 3)
- A queda nos preços do petróleo e gastos com aposentadorias de funcionários ajudaram a encolher o lucro da Petrobras no primeiro trimestre do ano. O resultado ficou em R$ 4,13 bilhões, 38% inferior ao mesmo trimestre de 2006. (págs. 1 e 31)
- O secretário de Estado Tarcisio Bertone, segundo homem na hierarquia do Vaticano, criticou o surgimento de governos autoritários na América Latina, pedindo respeito à liberdade religiosa. Em entrevista A Gerson Camarotti, disse que a violência urbana preocupa a Igreja. (pág. 1)
GAZETA MERCANTIL
- Brasil a um passo do grau de investimento
- A melhora na avaliação do País pela agência Fitch Ratings foi comemorada com entusiasmo pelo governo. Com o upgrade, a nota da dívida externa de longo prazo do Brasil passa de "BB" para "BB+" e coloca o País a apenas um nível do "investment grade" (ou grau de investimento), classificação que, por indicar baixo risco, estimula os investimentos externos e reduz seu custo. Nas outras duas agências de rating, a Standard &Poor's (S&P) e a Mood's, ainda faltam dois degraus a ser percorridos.
A decisão ocorre um mês após o lobby feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, junto às agências de classificação de risco durante viagem a Nova York. O ministro preferiu não fazer qualquer avaliação sobre quando o Brasil deve chegar ao grau de investimento - patamar onde estão há tempos emergentes como China, México e Chile. Ao se referir à crescente acumulação de reservas externas, apontadas pela Fitch como importante aspecto do upgrade, Mantega disse apenas que "o céu é o limite".
O mercado financeiro ainda está cauteloso. "A melhora era esperada; agora, novo upgrade dependerá da disposição do governo de fazer a lição de casa", diz Joel Bogdanski, gerente de política monetária do banco Itaú. A Fitch cita como pontos frágeis do País a elevada dívida interna e o baixo crescimento do PIB.
A mesma Fitch elevou a grau de investimento a nota da Petrobras, posição que a empresa já detinha na classificação da S&P. (págs. 1 e B-1)
- Tesouro Nacional captou ontem R$ 750 milhões com a segunda reabertura do Global 2028. O retorno ao investidor ficou em 8,938% ao ano. (págs. 1 e B-2)
- O presidente Lula reafirmou a defesa de um Estado laico durante encontro com o papa Bento XVI, em São Paulo, o que frustrou os planos do Vaticano, que queria fechar acordo com o Brasil para, entre outros itens, manter históricas isenções fiscais. (págs. 1, A-6 e A-7)
- Brasil e Bolívia chegaram ontem a um acordo para a venda de duas refinarias da Petrobras no país vizinho. Depois de quatro dias de intensas negociações, a estatal boliviana de gás e petróleo YPFB aceitou pagar os US$ 112 milhões pedidos pela empresa brasileira na segunda-feira. Inicialmente, a Petrobras, porém, queria US$ 200 milhões pelas refinarias.
O anúncio do acordo foi feito ontem pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, às 20 horas. Apesar de ter sondado a Petrobras para continuar como sócia minoritária a Bolívia aceitou comprar 100% das refinarias. Segundo o ministro, o pagamento será feito em duas parcelas. (págs. 1 e A-12)
- O nível de emprego na indústria paulista cresceu 2,42% em abril, segundo dados divulgados pela Fiesp. No mês passado, foram criadas 52 mil vagas acima das 18 mil abertas em março. No acumulado deste ano, o índice aponta alta de 5,47% com a criação de 114 mil postos de trabalho. (págs. 1 e A-4)
- O mix com produtos de maior valor agregado e aumento das vendas no mercado local garantiram para o grupo siderúrgico Usiminas um lucro de R$ 642 milhões no primeiro trimestre deste ano, 86% maior do que o registrado em igual intervalo de 2006. (págs. 1 e A-5)
- Escritórios com até dez advogados estão aderindo aos sistemas de TI para melhorar a rentabilidade. A estimativa é que o faturamento dessas bancas tenha aumento de até 30%, apenas com a adesão aos sistemas jurídicos de TI. Tais escritórios já representam cerca da metade do faturamento das empresas que desenvolvem esses sistemas. Direito Corporativo. (págs. 1 e A-10)
- Com 90% da produção mundial de soja, Estados Unidos, Brasil, Argentina e Paraguai vão agir em conjunto para, inicialmente, abrir novos mercados e ampliar o consumo do complexo da soja. A iniciativa foi da American Soybean Association (ASA), que firmou com cada um desses países acordo que pode abranger também ações conjuntas contra barreiras comerciais, como as dos transgênicos.
O receio americano tem como base a certeza de que a demanda pelo complexo soja será reduzida até 2020. Isso porque outras matérias-primas vão substituir parte desse consumo. No caso do biodiesel, o óleo de soja sofrerá forte concorrência do óleo de palma, conforme projeta o diretor-global da ASA, Craig Ratajczyk. A retração do consumo do farelo está centrada na substituição parcial pelo DDG - proteína resultante da produção de etanol de milho. Diante desses cenários, a ASA está investindo US$ 1 milhão por ano para estimular o consumo de soja na Índia e contará com a ajuda financeira do Brasil. (págs. 1 e C-7)
- A 1ª Semana do Resgate Quilombola, realizada em São Mateus, no Espírito Santo, reuniu comunidades locais e intelectuais em torno da importância de manter viva a cultura destas comunidades afro-brasileiras. Nas mesas de discussão, um dos temas abordados foi a devolução de terras a estes povos, pois o território é essencial para que sua cultura se mantenha viva. O Incra prevê que, no total, de 15 milhões a 21 milhões de hectares devem retornar às mãos dos descendentes de escravos, como forma de saldar uma dívida histórica do governo federal. (págs. 1 e 2)
CORREIO BRAZILIENSE
- Frei Galvão, rogai por nós
- Bento XVI segue implacável. Em seus "mandamentos", não poupa ninguém. Logo na chegada a São Paulo, bateu forte nos defensores do aborto. No dia seguinte, enquadrou os jovens - ao pregar a castidade e defender o namoro, em vez do "ficar". Ontem, após canonizar frei Galvão, o primeiro santo 100% brasileiro, foi duro com os líderes da própria Igreja Católica no país. Censurou possíveis desvios sexuais por parte do clero. Condenou as uniões livres e o divórcio. Além disso, voltou a ser impiedoso com o aborto, atacou a corrupção e criticou meios de comunicação que ironizam a castidade no casamento. (pág. 1)
VALOR ECONÔMICO
- Câmbio leva empresas a focar o mercado interno
- A Nokia, uma das maiores fabricantes de celulares do país, chegou a exportar US$ 1 bilhão em 2005. No primeiro trimestre deste ano, as vendas caíram para US$ 34 milhões. Depois de atender Estados Unidos e Europa, a empresa só vai exportar quando houve excesso de produção. O objetivo é aproveitar a demanda do mercado interno, no qual a participação da Nokia chegou a 29%.
A multinacional finlandesa não é um caso isolado. Depois de dedicar esforços a conquistar clientes no exterior, empresas de setores distintos como Honda, Móveis Carraro e Eliane redirecionaram sua estratégia para o mercado interno. A decisão reflete o câmbio pouco favorável à exportação e uma mudança na demanda interna, que vêm se mostrando aquecida.
A fabricante de revestimentos cerâmicos Eliane pretende reduzir de 45% para 35% o percentual da produção destinada à exportação até o fim do ano. Pela primeira vez desde 1984, a empresa adotará essa estratégia. O objetivo é aproveitar o boom de vendas da construção civil internamente. No primeiro trimestre, as vendas da Eliane no país cresceram 6%.
A quantidade exportada caiu 15% no caso dos automóveis, 13% em têxteis, 5% em móveis e subiu apenas 1,8% em máquinas no acumulado de 12 meses até março de 2007, em relação a igual período do ano anterior, aponta a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Já a produção cresceu 3,6% em automóveis, 13% em móveis e 15% para máquinas, segundo o IBGE.
Os fabricantes de tecidos, vestuário e calçados se consideram em um beco sem saída. Pressionados pelo aumento do custo da mão-de-obra, por conta da valorização do real, essas empresas também não encontram alento no mercado interno. Esse tipo de produto ficou "espremido" pelo crescimento das vendas de alimentos e produtos de higiene, favorecidos pela elevação da renda, e de eletrodomésticos, beneficiadas pela expansão do crédito. Sobrou pouco dinheiro no bolso do consumidor para roupas e calçados. A West Coast acredita que a única alternativa é produzir sapatos para exportação em outros países e está procurando opções na América Latina, como a Guatemala, e Ásia. (págs. 1 e A14)
- Brasil e Bolívia acertaram a venda das duas refinarias da Petrobras à estatal boliviana YPFB, por US$ 112 milhões, informou ontem à noite o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau. O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações foi fundamental para que se chegasse a um "final feliz". Segundo Morales, a proposta inicial da Petrobras era de US$ 153 milhões.
O assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, disse em Buenos Aires que haverá um período de transição no qual a Petrobrfas, "para preservar seu nome e credibilidade", deverá trabalhar com assessores da estatal boliviana YPFB. Ele acrescentou que a empresa brasileira deve se preocupar também com critérios de segurança e, por isso, vai precisar de algum tempo antes de passar a administração das refinarias Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder, em Santa Cruz de la Sierra, para os bolivianos. "O Brasil depende do gás da Bolívia. Mas a Bolívia depende do mercado brasileiro", disse Garcia.
A Petrobras decidiu vender as refinarias após a assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no domingo, que concedeu monopólio de exportação de petróleo no país à YPFB e afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira. (págs. 1 e A3)
- Aumento das importações, com destaque para o petróleo, eleva o déficit comercial dos EUA em 10,4% em março, para US$ 63,9 bilhões. (págs. 1 e A10)
- A Fitch Ratings elevou ontem a nota de risco de crédito do Brasil - de "BB" para "BB+" - e colocou o país a apenas um degrau do nível de investimento. A decisão ajudou o país a vender mais R$ 787,5 milhões de títulos em reais no exterior, com prazo de vencimento em janeiro de 2028, pagando pela primeira vez juros prefixados em reais de um dígito: 8,938% ao ano. É uma queda de 1,34 ponto percentual em relação ao mesmo papel vendido no fim de março. No total, o governo brasileiro já emitiu R$ 9,4 bilhões de bônus em reais no exterior. Segundo Douglas Chen, diretor do Deutsche Bank, o mercado se antecipou e o Brasil já paga prêmios de risco de emissores que são grau de investimento. (págs. 1, C1 e C2)
- Em um ano que poderá ser o melhor da história dos fabricantes de eletrodomésticos para lavanderia e cozinha, nem todas as notícias são boas: as siderúrgicas já avisaram que vão aumentar os preços do aço, principal matéria-prima da linha branca. "Essa é a única variável que nos preocupa', diz José Drummond, vice-presidente da Whirlpool. "Se houver o aumento que eles propõem, teremos que elevar nossos preços também", avisa.
O reajuste, segundo Usiminas e CSN, decorre do aumento de custos de matérias-primas e insumos (minério de ferro, zinco, estanho e gusa) e maior pressão da demanda interna. Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas, afirma que no mercado interno os preços subiram em média 5,9%. "Os aumentos são feitos caso a caso", acrescenta. Para maio e junho, estão previstos reajustes de 6% para todos os tipos de aços planos. Nas montadoras, o aumento começou a ser sentido nas estamparias. (págs. 1 e B4)
- O Sistema Usiminas (Usiminas e Cosipa) lucrou R$ 641,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 86% sobre igual período de 2006. A receita cresceu 13%, para R$ 3,33 bilhões. (págs. 1 e B8)
- Márcio Garcia: para reduzir mais significativamente os juros, é preciso cortar carga tributária e abrir economia. (págs. 1 e A13)
- Considerado um mercado promissor para os países ricos compensarem suas emissões de gases estufa, o Brasil já está com escassez de bons projetos de créditos de carbono. A falta de informação levou a um boom de projetos impraticáveis, tanto do ponto de vista jurídico e financeiro como de metodologia.
Sem candidatos fortes à vista, o Brasil perde aportes volumosos, que começam a migrar para países em desenvolvimento concorrentes, sobretudo a China. A burocracia também atrapalha.
"Temos uma carteira total de US$ 2 bilhões para o Brasil e não encontramos clientes", diz Werner Grau Neto, do Pinheiro Neto Advogados. (págs. 1 eA5)
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Papa e novo santo entusiasmam os fiéis
- Mais de 1 milhão de católicos acompanharam a canonização do frei Antônio de Sant'anna Galvão, primeiro santo nascido brasileiro. O papa aproveitou para pregar contra o que considera uma ridicularização do casamento pela mídia. (págs. 1, 12 e 13)
- Licença-maternidade das servidoras do Estado terão seis meses. (pág. 1)
FOLHA DE SÃO PAULO
Papa ataca mídia, "seitas" e divórcio
- Nos dois eventos públicos de que participou ontem em São Paulo, o papa Bento 16 criticou a mídia e as igrejas evangélicas (que chamou de 'seitas') que tiram fiéis do catolicismo. Também defendeu os valores morais da igreja, atacando o divórcio. (pág. 1)
- Ao participar ontem do encerramento do primeiro Fórum Nacional de TVs Públicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que já "pegou no breu" o projeto da rede pública nacional de rádio e TV e que ela será criada sem "trololó". "A coisa pegou no breu. Ou seja, quando eu convidei o Franklin [Martins] pra ser ministro [da Comunicação Social], uma das coisas que eu disse pro Franklin é o seguinte: "Nós vamos fazer a TV pública, vamos fazer sem trololó". Vamos fazer porque é preciso fazer", disse o presidente durante evento num hotel de Brasília. (...) (pág. 1)
- O governo cedeu à pressão das TVs e decidiu adiar por 45 dias a vigência das novas regras para a veiculação de programas. A portaria de classificação da programação das emissoras foi publicada há 90 dias e entraria em vigor a partir de amanhã. O documento determina que os programas sejam classificados por faixas etárias e horárias (ex: novela imprópria para menos de 14 anos não pode ir ao ar antes das 21h). Também exige que a classificação seja informada pelas emissoras por meio de símbolos padronizados. (...) (pág. 1)
- Após três meses de discussão, as centrais sindicais conseguiram fechar um acordo para serem reconhecidas juridicamente e garantir o repasse de 10% do imposto sindical como fonte de financiamento. Com isso, as centrais devem receber ao menos R$ 100 milhões por ano, considerando o valor desse imposto compulsório recolhido pela Caixa Econômica em 2006 (R$ 1,073 bilhão) e repassado às entidades sindicais. (...) (pág. 1)
- A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 4,131 bilhões no primeiro trimestre de 2007, com queda de 38% em relação ao mesmo trimestre de 2006 (R$ 6,675 bilhões). Na comparação com o quatro trimestre de 2006, quando lucrou R$ 5,2 bilhões, a retração foi de 21%. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, de cerca de R$ 5 bilhões. Foi a primeira vez, desde pelo menos o quarto trimestre de 1999, que o lucro trimestral da Petrobras não foi o maior do país. (...) (pág. 1)
O ESTADO DE SÃO PAULO
- Papa critica ganância política
- Em encontro na Catedral da Sé, em São Paulo, o papa Bento XVI pediu aos bispos brasileiros mais empenho para "formar nas classes políticas e empresariais um autêntico espírito de veracidade e honestidade" que evite a primazia de "ganâncias pessoais". Ele lamentou a desigualdade social do País e a existência de "um imenso contingente de brasileiros vivendo em situação de indigência", afirmando que a Igreja deve ajudar no combate a essa situação. Em discurso que durou 35 minutos, Bento XVI apresentou um receituário rigoroso aos 300 religiosos que lotavam a catedral. Fez um apelo para que as normas litúrgicas sejam seguidas à risca, defendeu o celibato e recomendou dedicação total aos fiéis. Disse que é preciso trabalhar para ficar mais próximo dos pobres que vivem nas periferias urbanas e se dedicar mais à evangelização para combater "o proselitismo agressivo das seitas" ao qual estão vulneráveis as pessoas que "possuem uma fé fragilizada". O papa não evitou abordar temas delicados e recomendou cuidado na seleção e formação dos padres: "Um bom e assíduo acompanhamento espiritual evita desvios no campo da sexualidade". (págs. 1 e H5)
- Enquanto o papa Bento XVI cobrava em São Paulo honestidade dos políticos, o presidente Lula, em Brasília, ressaltava a autonomia do Estado em relação à Igreja. E defendeu o debate de dois temas polêmicos: a legalização do aborto e o uso pela ciência de células-tronco embrionárias. (págs. 1 e H5)
- Notas e Informações - Evo Morales tem razão quando afirma que "com o irmão Lula jamais vamos nos enfrentar". Sempre que desafiou Brasília, o presidente Lula não reagiu. Não há, portanto, enfrentamento. (págs. 1 e A3)
- A Petrobras teve lucro de R$ 4,131 bilhões no 1º trimestre, 38% inferior aos R$ 6,774 bilhões do mesmo período de 2006. O resultado da área internacional foi o pior: saiu de lucro de R$ 236 milhões para prejuízo de R$ 259 milhões. Atraso de plataformas, mudanças de operação na Venezuela e na Bolívia e alteração no plano de previdência dos funcionários foram alguns dos problemas. (págs. 1, B1 e B4)
- O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconheceu como legal uma vantagem paga aos magistrados de São Paulo. A chamada sexta parte equivale a 1/6 dos vencimentos, o que adiciona entre R$ 3 mil e R$ 4 mil aos salários. Com a concessão, ainda provisória, os pagamentos ultrapassam o teto do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 24,5 mil - limite imposto ao funcionalismo. (págs. 1 e A4)
O GLOBO
- Papa condena corrupção e quer padres mais perto dos pobres
- O Papa Bento XVI fez ontem seu discurso mais incisivo desde que chegou ao Brasil. Ao falar para 240 bispos, em São Paulo, cobrou deles maior aproximação com os pobres e criticou a situação social no país, lembrando que há um "contingente de brasileiros vivendo em situação de indigência e uma desigualdade na distribuição de renda que atinge patamares muito elevados". Por isso, afirmou, "o povo pobre das periferias urbanas ou do campo precisa sentir a proximidade da Igreja". Numa referência à corrupção, disse que políticos e empresários precisam ter um "espírito de veracidade e de honestidade". Para Bento XVI, quem exerce liderança na sociedade deve seguir critérios de "maximização do bem comum, ao invés de procurar ganâncias pessoais". O papa demonstrou sua preocupação com a evasão de católicos e atracou o "proselitismo agressivo das seitas". Também alertou os bispos para que evitem desvios no campo da sexualidade dos padres, numa referência aos casos de pedofilia e assédio sexual envolvendo o clero. (pág. 1)
- O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, contou ontem de quem partiu a ordem para que parasse de polemizar sobre o aborto: de sua mãe. "Puxei a orelha dele. Meu filho não é a favor disso, não. Ele é muito religioso", confirmou dona Sara, de 89 anos. (pág. 1)
- Enquanto discute uma lei de greve mais dura para o funcionalismo, o governo federal decidiu repassar às centrais sindicais cerca de R$ 100 milhões por ano do imposto sindical. Por acordo fechado anteontem, as centrais serão reconhecidas legalmente. (págs. 1 e 3)
- A queda nos preços do petróleo e gastos com aposentadorias de funcionários ajudaram a encolher o lucro da Petrobras no primeiro trimestre do ano. O resultado ficou em R$ 4,13 bilhões, 38% inferior ao mesmo trimestre de 2006. (págs. 1 e 31)
- O secretário de Estado Tarcisio Bertone, segundo homem na hierarquia do Vaticano, criticou o surgimento de governos autoritários na América Latina, pedindo respeito à liberdade religiosa. Em entrevista A Gerson Camarotti, disse que a violência urbana preocupa a Igreja. (pág. 1)
GAZETA MERCANTIL
- Brasil a um passo do grau de investimento
- A melhora na avaliação do País pela agência Fitch Ratings foi comemorada com entusiasmo pelo governo. Com o upgrade, a nota da dívida externa de longo prazo do Brasil passa de "BB" para "BB+" e coloca o País a apenas um nível do "investment grade" (ou grau de investimento), classificação que, por indicar baixo risco, estimula os investimentos externos e reduz seu custo. Nas outras duas agências de rating, a Standard &Poor's (S&P) e a Mood's, ainda faltam dois degraus a ser percorridos.
A decisão ocorre um mês após o lobby feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, junto às agências de classificação de risco durante viagem a Nova York. O ministro preferiu não fazer qualquer avaliação sobre quando o Brasil deve chegar ao grau de investimento - patamar onde estão há tempos emergentes como China, México e Chile. Ao se referir à crescente acumulação de reservas externas, apontadas pela Fitch como importante aspecto do upgrade, Mantega disse apenas que "o céu é o limite".
O mercado financeiro ainda está cauteloso. "A melhora era esperada; agora, novo upgrade dependerá da disposição do governo de fazer a lição de casa", diz Joel Bogdanski, gerente de política monetária do banco Itaú. A Fitch cita como pontos frágeis do País a elevada dívida interna e o baixo crescimento do PIB.
A mesma Fitch elevou a grau de investimento a nota da Petrobras, posição que a empresa já detinha na classificação da S&P. (págs. 1 e B-1)
- Tesouro Nacional captou ontem R$ 750 milhões com a segunda reabertura do Global 2028. O retorno ao investidor ficou em 8,938% ao ano. (págs. 1 e B-2)
- O presidente Lula reafirmou a defesa de um Estado laico durante encontro com o papa Bento XVI, em São Paulo, o que frustrou os planos do Vaticano, que queria fechar acordo com o Brasil para, entre outros itens, manter históricas isenções fiscais. (págs. 1, A-6 e A-7)
- Brasil e Bolívia chegaram ontem a um acordo para a venda de duas refinarias da Petrobras no país vizinho. Depois de quatro dias de intensas negociações, a estatal boliviana de gás e petróleo YPFB aceitou pagar os US$ 112 milhões pedidos pela empresa brasileira na segunda-feira. Inicialmente, a Petrobras, porém, queria US$ 200 milhões pelas refinarias.
O anúncio do acordo foi feito ontem pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, às 20 horas. Apesar de ter sondado a Petrobras para continuar como sócia minoritária a Bolívia aceitou comprar 100% das refinarias. Segundo o ministro, o pagamento será feito em duas parcelas. (págs. 1 e A-12)
- O nível de emprego na indústria paulista cresceu 2,42% em abril, segundo dados divulgados pela Fiesp. No mês passado, foram criadas 52 mil vagas acima das 18 mil abertas em março. No acumulado deste ano, o índice aponta alta de 5,47% com a criação de 114 mil postos de trabalho. (págs. 1 e A-4)
- O mix com produtos de maior valor agregado e aumento das vendas no mercado local garantiram para o grupo siderúrgico Usiminas um lucro de R$ 642 milhões no primeiro trimestre deste ano, 86% maior do que o registrado em igual intervalo de 2006. (págs. 1 e A-5)
- Escritórios com até dez advogados estão aderindo aos sistemas de TI para melhorar a rentabilidade. A estimativa é que o faturamento dessas bancas tenha aumento de até 30%, apenas com a adesão aos sistemas jurídicos de TI. Tais escritórios já representam cerca da metade do faturamento das empresas que desenvolvem esses sistemas. Direito Corporativo. (págs. 1 e A-10)
- Com 90% da produção mundial de soja, Estados Unidos, Brasil, Argentina e Paraguai vão agir em conjunto para, inicialmente, abrir novos mercados e ampliar o consumo do complexo da soja. A iniciativa foi da American Soybean Association (ASA), que firmou com cada um desses países acordo que pode abranger também ações conjuntas contra barreiras comerciais, como as dos transgênicos.
O receio americano tem como base a certeza de que a demanda pelo complexo soja será reduzida até 2020. Isso porque outras matérias-primas vão substituir parte desse consumo. No caso do biodiesel, o óleo de soja sofrerá forte concorrência do óleo de palma, conforme projeta o diretor-global da ASA, Craig Ratajczyk. A retração do consumo do farelo está centrada na substituição parcial pelo DDG - proteína resultante da produção de etanol de milho. Diante desses cenários, a ASA está investindo US$ 1 milhão por ano para estimular o consumo de soja na Índia e contará com a ajuda financeira do Brasil. (págs. 1 e C-7)
- A 1ª Semana do Resgate Quilombola, realizada em São Mateus, no Espírito Santo, reuniu comunidades locais e intelectuais em torno da importância de manter viva a cultura destas comunidades afro-brasileiras. Nas mesas de discussão, um dos temas abordados foi a devolução de terras a estes povos, pois o território é essencial para que sua cultura se mantenha viva. O Incra prevê que, no total, de 15 milhões a 21 milhões de hectares devem retornar às mãos dos descendentes de escravos, como forma de saldar uma dívida histórica do governo federal. (págs. 1 e 2)
CORREIO BRAZILIENSE
- Frei Galvão, rogai por nós
- Bento XVI segue implacável. Em seus "mandamentos", não poupa ninguém. Logo na chegada a São Paulo, bateu forte nos defensores do aborto. No dia seguinte, enquadrou os jovens - ao pregar a castidade e defender o namoro, em vez do "ficar". Ontem, após canonizar frei Galvão, o primeiro santo 100% brasileiro, foi duro com os líderes da própria Igreja Católica no país. Censurou possíveis desvios sexuais por parte do clero. Condenou as uniões livres e o divórcio. Além disso, voltou a ser impiedoso com o aborto, atacou a corrupção e criticou meios de comunicação que ironizam a castidade no casamento. (pág. 1)
VALOR ECONÔMICO
- Câmbio leva empresas a focar o mercado interno
- A Nokia, uma das maiores fabricantes de celulares do país, chegou a exportar US$ 1 bilhão em 2005. No primeiro trimestre deste ano, as vendas caíram para US$ 34 milhões. Depois de atender Estados Unidos e Europa, a empresa só vai exportar quando houve excesso de produção. O objetivo é aproveitar a demanda do mercado interno, no qual a participação da Nokia chegou a 29%.
A multinacional finlandesa não é um caso isolado. Depois de dedicar esforços a conquistar clientes no exterior, empresas de setores distintos como Honda, Móveis Carraro e Eliane redirecionaram sua estratégia para o mercado interno. A decisão reflete o câmbio pouco favorável à exportação e uma mudança na demanda interna, que vêm se mostrando aquecida.
A fabricante de revestimentos cerâmicos Eliane pretende reduzir de 45% para 35% o percentual da produção destinada à exportação até o fim do ano. Pela primeira vez desde 1984, a empresa adotará essa estratégia. O objetivo é aproveitar o boom de vendas da construção civil internamente. No primeiro trimestre, as vendas da Eliane no país cresceram 6%.
A quantidade exportada caiu 15% no caso dos automóveis, 13% em têxteis, 5% em móveis e subiu apenas 1,8% em máquinas no acumulado de 12 meses até março de 2007, em relação a igual período do ano anterior, aponta a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Já a produção cresceu 3,6% em automóveis, 13% em móveis e 15% para máquinas, segundo o IBGE.
Os fabricantes de tecidos, vestuário e calçados se consideram em um beco sem saída. Pressionados pelo aumento do custo da mão-de-obra, por conta da valorização do real, essas empresas também não encontram alento no mercado interno. Esse tipo de produto ficou "espremido" pelo crescimento das vendas de alimentos e produtos de higiene, favorecidos pela elevação da renda, e de eletrodomésticos, beneficiadas pela expansão do crédito. Sobrou pouco dinheiro no bolso do consumidor para roupas e calçados. A West Coast acredita que a única alternativa é produzir sapatos para exportação em outros países e está procurando opções na América Latina, como a Guatemala, e Ásia. (págs. 1 e A14)
- Brasil e Bolívia acertaram a venda das duas refinarias da Petrobras à estatal boliviana YPFB, por US$ 112 milhões, informou ontem à noite o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau. O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações foi fundamental para que se chegasse a um "final feliz". Segundo Morales, a proposta inicial da Petrobras era de US$ 153 milhões.
O assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, disse em Buenos Aires que haverá um período de transição no qual a Petrobrfas, "para preservar seu nome e credibilidade", deverá trabalhar com assessores da estatal boliviana YPFB. Ele acrescentou que a empresa brasileira deve se preocupar também com critérios de segurança e, por isso, vai precisar de algum tempo antes de passar a administração das refinarias Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder, em Santa Cruz de la Sierra, para os bolivianos. "O Brasil depende do gás da Bolívia. Mas a Bolívia depende do mercado brasileiro", disse Garcia.
A Petrobras decidiu vender as refinarias após a assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no domingo, que concedeu monopólio de exportação de petróleo no país à YPFB e afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira. (págs. 1 e A3)
- Aumento das importações, com destaque para o petróleo, eleva o déficit comercial dos EUA em 10,4% em março, para US$ 63,9 bilhões. (págs. 1 e A10)
- A Fitch Ratings elevou ontem a nota de risco de crédito do Brasil - de "BB" para "BB+" - e colocou o país a apenas um degrau do nível de investimento. A decisão ajudou o país a vender mais R$ 787,5 milhões de títulos em reais no exterior, com prazo de vencimento em janeiro de 2028, pagando pela primeira vez juros prefixados em reais de um dígito: 8,938% ao ano. É uma queda de 1,34 ponto percentual em relação ao mesmo papel vendido no fim de março. No total, o governo brasileiro já emitiu R$ 9,4 bilhões de bônus em reais no exterior. Segundo Douglas Chen, diretor do Deutsche Bank, o mercado se antecipou e o Brasil já paga prêmios de risco de emissores que são grau de investimento. (págs. 1, C1 e C2)
- Em um ano que poderá ser o melhor da história dos fabricantes de eletrodomésticos para lavanderia e cozinha, nem todas as notícias são boas: as siderúrgicas já avisaram que vão aumentar os preços do aço, principal matéria-prima da linha branca. "Essa é a única variável que nos preocupa', diz José Drummond, vice-presidente da Whirlpool. "Se houver o aumento que eles propõem, teremos que elevar nossos preços também", avisa.
O reajuste, segundo Usiminas e CSN, decorre do aumento de custos de matérias-primas e insumos (minério de ferro, zinco, estanho e gusa) e maior pressão da demanda interna. Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas, afirma que no mercado interno os preços subiram em média 5,9%. "Os aumentos são feitos caso a caso", acrescenta. Para maio e junho, estão previstos reajustes de 6% para todos os tipos de aços planos. Nas montadoras, o aumento começou a ser sentido nas estamparias. (págs. 1 e B4)
- O Sistema Usiminas (Usiminas e Cosipa) lucrou R$ 641,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 86% sobre igual período de 2006. A receita cresceu 13%, para R$ 3,33 bilhões. (págs. 1 e B8)
- Márcio Garcia: para reduzir mais significativamente os juros, é preciso cortar carga tributária e abrir economia. (págs. 1 e A13)
- Considerado um mercado promissor para os países ricos compensarem suas emissões de gases estufa, o Brasil já está com escassez de bons projetos de créditos de carbono. A falta de informação levou a um boom de projetos impraticáveis, tanto do ponto de vista jurídico e financeiro como de metodologia.
Sem candidatos fortes à vista, o Brasil perde aportes volumosos, que começam a migrar para países em desenvolvimento concorrentes, sobretudo a China. A burocracia também atrapalha.
"Temos uma carteira total de US$ 2 bilhões para o Brasil e não encontramos clientes", diz Werner Grau Neto, do Pinheiro Neto Advogados. (págs. 1 eA5)
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Papa e novo santo entusiasmam os fiéis
- Mais de 1 milhão de católicos acompanharam a canonização do frei Antônio de Sant'anna Galvão, primeiro santo nascido brasileiro. O papa aproveitou para pregar contra o que considera uma ridicularização do casamento pela mídia. (págs. 1, 12 e 13)
- Licença-maternidade das servidoras do Estado terão seis meses. (pág. 1)
2 comentários:
“SÓ QUEREMOS O CUMPRIMENTO DA CONSTITUIÇÃO”
Os idosos Ex Cabos da Força Aérea Brasileira só querem do Presidente Lula, o respeito do juramento feito por vossa Excelência em cumprir e defender a nossa Constituição brasileira. Com descumprimento da Lei da Anistia Política 10.559/2002, e dezenas de Leis descumpridas pela Administração Pública Federal, onde a nossa Constituição de 1988 foi totalmente desrespeitada comparada as Constituições de 1946 e 1967 pisoteadas pelo o Governo do Regime Militar.
É uma vergonha um governante democrático que no ínicio do seu mandato jurou defender a nossa Constituição, e hoje quebra o juramento dando continuidade a repressão ocorrida nos tempos da Ditadura. O Grupo dos idosos Ex-militares da Força Aérea Brasileira só querem do Senhor Presidente da República Luis Ignácio Lula, o cumprimento da Lei de ANISTIA POLÍTICA 10559/2002, desrespeitada há quatro anos e três meses pela administração do seu Governo.
“SÓ QUEREMOS O CUMPRIMENTO DA CONSTITUIÇÃO”
Os idosos Ex Cabos da Força Aérea Brasileira só querem do Presidente Lula, o respeito do juramento feito por vossa Excelência em cumprir e defender a nossa Constituição brasileira. Com descumprimento da Lei da Anistia Política 10.559/2002, e dezenas de Leis descumpridas pela Administração Pública Federal, onde a nossa Constituição de 1988 foi totalmente desrespeitada comparada as Constituições de 1946 e 1967 pisoteadas pelo o Governo do Regime Militar.
É uma vergonha um governante democrático que no ínicio do seu mandato jurou defender a nossa Constituição, e hoje quebra o juramento dando continuidade a repressão ocorrida nos tempos da Ditadura. O Grupo dos idosos Ex-militares da Força Aérea Brasileira só querem do Senhor Presidente da República Luis Ignácio Lula, o cumprimento da Lei de ANISTIA POLÍTICA 10559/2002, desrespeitada há quatro anos e três meses pela administração do seu Governo.
Postar um comentário