domingo, 29 de setembro de 2013

FRASE DO DIA

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma" - Joseph Pulitzer

Haja coração!

Isaac Ribeiro - repórter

A maioria das pessoas sabe que estar acima do peso ou obeso, ter uma alimentação desbalanceada, repleta de gordura e frituras, e ainda por cima fumar, consumir bebidas alcoólicas e não praticar nenhum tipo de atividade, pode causar várias doenças, principalmente cardiovasculares. Para conscientizar a população sobre o perigo gerado por esses fatores de risco e reforçar a importância da prevenção, é comemorado, hoje, o Dia Mundial do Coração.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia no Rio Grande do Norte, cardiologista Carlos Maia, este ano a entidade está centrando alvo em crianças e adolescentes, investindo em ações educativas, já que é nessa faixa da vida onde os maus hábitos costumam aparecer e se estabelecer.

O presidente da SBC/RN credita que boa parte do aumento dos fatores de risco na população deve-se aos avanços tecnológicos , principalmente no ambiente doméstico.

“Praticamente tudo é automatizado. Você não faz esforço; não levanta nem para desligar a televisão, já deixa no timer; você não levanta o vidro do carro, não pega um ônibus, estaciona onde você vai descer; praticamente não faz atividade física — isso tudo tem contribuído, pois as crianças não brincam mais como brincavam antes. Elas vivem mais presas a um computador, a um videogame ou à televisão mesmo”, analisa o cardiologista. “Lógico que também estamos preocupados com o adulto, mas nós temos que começar a educar desde cedo para chegar na fase adulta já bem diferente.”

Diminuindo o risco
De acordo com dados da SBC,  doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 17 milhões de mortes por ano, em todo o planeta, sendo que 82% delas em países de baixa e média renda. No Brasil, esse número chega a 300 mil pessoas de mortes anualmente; ou seja, uma morte a cada dois minutos. Praticar exercícios físicos regularmente é uma boa maneira de tentar fugir das estatísticas.

O Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração recomendam a prática de atividades aeróbicas de intensidade moderada por, no mínimo, 30 minutos, cinco dias por semana. Ou então atividades intensas pelo menos 20 minutos, três vezes por semana.


A atividade física ajuda a reduzir os níveis de pressão arterial e glicose; e ainda ajuda a melhorar o colesterol.

Sedentarismo adoece

Natal tem sido apontada nas pesquisas como uma das cidades mais sedentárias do Brasil. O Vigitel 2011, estudo do Ministério da Saúde que monitora a frequência e a distribuição dos fatores de risco e proteção para a Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), inclui a capital potiguar em algumas categorias. E todo esse sedentarismo é refletido no avanço dos males do coração.

Natal apresenta um índice de 52% de excesso de peso entre seus habitantes adultos. Acima da média nacional, que é 51%. No quesito obesidade, a cidade também ocupa lugar de “destaque”, estando com 21%, empatada com Rio Branco (AC) e Campo Grande (MS).

O cardiologista Carlos Faria, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia no RN, considera os níveis alarmantes. Ele chama a atenção também para o avanço das doenças cardiovasculares nas regiões Norte e Centro-Oste, além da Nordeste. 
“Será que o pessoal no Nordeste não está tendo atenção com os hábitos de vida, não está indo ao médico para ter orientação ou será que foi um erro estatístico?”, questiona Faria.

Para outras informações e orientações sobre prevenção de doenças cardiovasculares, consulte o site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (www.www.cardiol.br). 

Seguindo tudo à risca
A personal trainer Aline Melo, 26 anos, não se preocupa apenas com a saúde de seus alunos. Ela não se descuida e diz estar sempre atenta ao seu bem-estar e ao funcionamento de seu organismo. Por isso, anualmente, faz um checape completo, vai ao cardiologista, faz teste de esteira, verifica a pressão arterial. 


Divulgação

Aline Melo, 26, é personal trainer e cuida do coraçãoAline Melo, 26, é personal trainer e cuida do coração

Todos os dias Aline também pratica uma hora de atividade física, alternando entre aeróbica (duas vezes por semana) e musculação. “Ter um sono bem tranquilo ajuda no rendimento do dia-a-dia.”

Aline também não se descuida da alimentação, incluindo sempre azeite em todos os pratos, e preferindo peixes e vegetais. Mas também evitando frituras e doces. 

Para a personal trainer, as pessoas se descuidam muito da saúde, principalmente com relação à atividade física. “Falta disposição e interesse. Elas querem um milagre! Só pensam em estética, mas quando surge uma osteoporose ficam lamentando”, comenta Aline, que também vê problemas na alimentação da população. “É tudo uma questão de hábito.”

bate-papo - Carlos Faria - presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia no RNSobrepeso e obesidade têm avançado em todo o Brasil

Natal tem sido apontada como uma das cidades mais sedentárias do Brasil. Isso tem se refletido também nos índices de doenças cardiovasculares?
Tem aumentado. Uma pesquisa do Ministério da Saúde trouxe uns dados preocupantes, de que aqui no Nordeste a incidência de doenças cardiovasculares tinha aumentado, assim como nas regiões Norte e Centro-Oeste. Enquanto que no Sudeste e no Sul tinha diminuído. Será que no Nordeste o pessoal não está tendo atenção com os hábitos de vida; não está indo ao médico para ter uma orientação; ou será que foi um erro estatístico? Se não era notificado antes e está notificando agora significa que vai aumentar o número de pessoas com doenças cardiovasculares. Mas mesmo assim deixou um alerta. Nesse mesmo período, a pesquisa Vigitel 2011 trouxe outro dado muito preocupante para nós aqui de Natal. A cidade tinha o maior número de pacientes obesos e com sobrepeso. E esse perfil não mudou muito agora não! E no geral, no Brasil todo, aumentou muito o número de pacientes com sobrepeso e com obesidade. 
Magnus Nascimento
Carlos Faria, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia no RNCarlos Faria, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia no RN

Como você vislumbra o futuro desse homem dito moderno, vivendo em meio a tanto estresse, má alimentação e sedentarismo?
A epidemiologia das doenças tem uma transformação que é da própria evolução. Se você for considerar, por exemplo, o Brasil de anos, décadas atrás, havia uma epidemiologia que as pessoas morriam de desnutrição, de doenças infecciosas. Hoje ainda morre-se disso também, mas a incidência é menor. Naquela época, não se tinha doenças como câncer, os percentuais era menores; e o percentual de doenças cardiovasculares também era menor. Hoje os dois são maiores. Duas coisas aconteceram: a informação chegou mais, quer dizer houve uma ação não só da parte estatal mas da própria comunidade, de uma maneira geral, dos meios de comunicação, orientando essas pessoas; e houve com que deixasse de ter doenças infecciosas e viessem as doenças modernas, do primeiro mundo, que são as doenças cardiovasculares e o câncer. Isso já era assim nos Estados Unidos. Mas na África ainda existe muita gente que morre de doenças infecciosas. Lá não chegou o padrão, mas vai chegar um dia que a África vai ficar com um padrão epidemiológico igual do Brasil e dos Estados Unidos ou da Europa mais desenvolvida. Tem isso e também existem algumas doenças que têm aumentado muito por falta de orientação, como é o caso da diabetes, que tem aumentado muito a incidência; da pressão arterial, que podia diminuir mais; e das doenças cardiovasculares, que têm aumentado de uma maneira geral. Mas é por isso que nós fazemos essas campanhas porque depende não só do médico, como depende da forma de o médico convencer a população que ela tem de mudar o estilo de vida. 

Se o homem continuar neste ritmo, ele vai morrer mais do coração?
Vai! Mas tem uma coisa que, de certa maneira, ameniza: a evolução da Medicina. Novos meios de diagnósticos, que se pode fazer de forma cada vez  mais precoce. Talvez até um pouco dessa incidência menor dessas doenças cardiovasculares  e maior agora também se deva a isso. Porque antes as pessoas morriam e não se sabia de que. A tendência é aumentar muito, porque houve uma mudança. A obesidade, por exemplo. Nos EUA é um problema enorme. Eles gastaram milhões e milhões em prevenção em prevenção de doença, para ver se mudava o hábito de alimentação deles.  



Fonte:TN

Jornal mais antigo do mundo abandona o papel

O Estado de São Paulo
Numa decisão que está sendo considerada como um marco na história da imprensa, o jornal mais antigo do mundo ainda em circulação, o Lloyd’s List, anunciou que vai abolir sua versão impressa e passará a existir apenas na web a partir de 20 de dezembro.
O jornal foi criado há 279 anos em Londres, servindo à indústria naval no centro do que era então a maior potência comercial mundial. Em seus primeiros dias, os interessados em vender algo ou anunciar alguma notícia colocavam papéis escritos em um das paredes de um café. O jornal foi fundado por Edward Lloyd, que fixava em seu café também notícias sobre a chegada de embarcações à cidade, despedidas, contratações e mortes.
Segundo a direção do jornal, a decisão de se dedicar ao mundo online veio após uma pesquisa com os assinantes mostrar que apenas 25 clientes ainda esperavam para ler a versão impressa. “Isso é apenas uma parte natural de nossa evolução”, disse o editor Richard Meade. A pesquisa também apontou que 97% dos entrevistados disseram usar mais a versão online.
Com circulação de 1,2 mil exemplares e mais de 16 mil assinaturas online, Meade confessou que não via a hora de acabar com a edição impressa.
Phil Smith, diretor do grupo Informa – atual dono do jornal – divulgou comunicado informando que, nos últimos anos, a expansão na web havia sido relevante, enquanto o número de cópias físicas do jornal havia sido drasticamente reduzido.
O Lloyds não é o primeiro a abandonar sua versão impressa. Outros, como o Christian Science Monitor e a revista Newsweek também optaram pela web como forma de sobrevivência.

Uma semana de greve: Mais de 10 mil agências bancárias estão fechadas no Brasil

Uma semana de greve: Mais de 10 mil agências bancárias estão fechadas no Brasil
Foto: José Marques / Bahia Notícias
Balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) aponta que em pouco mais de uma semana da greve nacional dos bancários foram fechados 10.633 agências e centros administrativos em todo o país até esta sexta (27). A confederação reclama de "um silêncio" da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que “se recusa a apresentar proposta com aumento real de salário, valorização do piso, melhoria da participação nos lucros e resultados”, além de não fazer novas contratações, para diminuir a rotatividade e acabar com as terceirizações. Os bancários enviaram ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, carta de rejeição do reajuste de 6,1%, apresentado no dia 5 de setembro. Entre as principais reivindicações, estão o reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), piso salarial de R$ 2.860,21, auxílios-alimentação, refeição e creche de R$ 678 ao mês, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas.

Pelo menos 30 militares brasileiros vivem união estável ou casamento homossexual

Pelo menos 30 militares brasileiros vivem união estável ou casamento homossexual
As Forças Armadas registram ao menos 30 militares gays e lésbicas que tiveram os cônjuges oficialmente reconhecidos como dependentes até setembro de 2013, segundo levantamento realizado pelo Ministério da Defesa. O maior número está na Marinha: são 26 pessoas que apresentaram declaração de união estável ou certidão de casamento. O Exército registra três pedidos e a Aeronáutica diz que não é possível contabilizar os números, pois o sistema de registro não faz essa distinção. Mas há ao menos um caso confirmado: em abril, a FAB reconheceu como dependente o marido de um sargento homossexual que é controlador de voo em Recife (PE). Informações do G1.

Tráfico de remédios falsos torna mercado mais lucrativo que o das drogas ilícitas

Tráfico de remédios falsos torna mercado mais lucrativo que o das drogas ilícitas
O tráfico de remédios falsificados, no qual indivíduos particulares competem com criminosos profissionais, se tornou um novo negócio muito mais lucrativo do que o das drogas ilícitas, segundo estudo divulgado recentemente pelo Instituto Internacional de Investigação das Falsificações de Medicamentos. Eric Przyswa, investigador da Mines-ParisTech e autor do relatório, disse que "há uma democratização da criminalidade e da cibercriminalidade". Segundo o Center for Medicine in the Public Interest, uma organização especializada americana, a venda de medicamentos falsos aumentou 90% entre 2005 e 2010, para atingir 75 bilhões de dólares (55 bilhões de euros). A atividade seria de 10 a 25 vezes mais rentável do que o tráfico de drogas ilícitas.

Qualquer tipo de medicamento pode ser objeto de tráfico: antibióticos, anticoncepcionais, anti-malária e inclusive remédios contra o câncer, informa reportagem do R7. O espaço das organizações criminosas "clássicas" e das redes terroristas neste tráfico, difícil de estimar, parece limitado, destacou o relatório. Só o IRA (Exército Republicano Irlandês) conseguiu, nos anos 1990, transformar realmente este tráfico em uma fonte de financiamento. Para Eric Przyswa, o mercado de remédios falsificados parece dominado, ao contrário, por um tipo de "crime do colarinho branco que atua no setor da saúde" e às vezes se alia a particulares. Para se ter uma ideia do problema, em alguns países árabes, da América Latina e da África, um terço é de remédios falsos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Nessas regiões, mais do que em qualquer outro lugar, o tráfico é particularmente perigoso: em 2009, 84 crianças nigerianas morreram depois de ingerir um xarope para tosse.

O Brasil tem somente um problema: a política

 RENATO RIELLA
 O Brasil vive uma triste realidade política. Como as manifestações de rua desapareceram, não se sabe como o povo vai reagir um dia, diante de tanto desalento. O problema mais grave do país não é a economia, nem a violência, nem a fome (hoje minimizada). O problema mais grave é a existência, por enquanto, de 32 partidos dominados por pessoas que não têm compromisso com o bem.

Nenhum partido tem proposta clara. O eleitor vai chegar às urnas, em 5 de outubro de 2014, mais do que nunca votando em branco ou escolhendo candidatos de forma aleatória.
A ex-senadora Marina Silva, que seria uma proposta de novidade com o seu partido Rede, quase certamente não conseguirá registrar a agremiação. E aí vai uma avaliação crítica: se Marina não teve nem tem estrutura, nem liderança, nem pique para registrar um partido, como conseguiria disputar uma eleição milionária?
Será que o povo vai acordar antes da eleição? Não houve reforma política, nem reforma partidária, nem mesmo uma mini-reforma eleitoral.
Os cargos eletivos serão disputados pelas mesmas pessoas de sempre, sem que homens e mulheres de valor tenham acesso a partidos dominados por figuras que, muitas vezes, nem disputam eleição (ou, quando disputam, obtêm poucos votos).
O processo político brasileiro é porta fechada para quem pensa num Brasil melhor. Os eleitos vão lutar pelo Brasil de sempre – a favor dos seus interesses.
Mas por que o país progride? Antigamente, dizia-se que o Brasil progride à noite, quando os governos estão dormindo. Provavelmente essa sabedoria ainda está válida. Vamos botar esse povo todo pra dormir?

sábado, 21 de setembro de 2013

Um dado significativo da última década

Certamente por muitos ângulos se deve examinar a última década em nosso País – desde que a eleição de Lula, em 2002, interrompeu o reinado neoliberal, patrocinado por FHC, aos dias atuais. Em que medida o Brasil vem se afirmando, no concerto internacional, como nação soberana? Como tem sido possível melhorar nossa débil e distorcida democracia? Qual a dimensão das conquistas sociais alcançadas.

Nesse último aspecto, vale anotar conclusões de pesquisa recente do Ipea que aponta uma redução em 19,3%, da vulnerabilidade das famílias brasileiras, no período.

Considerando informações dos censos demográficos de 2000 e 2010, o Ipea atesta que há dez anos a vulnerabilidade era de 0,305, enquanto que em 2010 caiu para 0,246.

Segundo os pesquisadores, o acesso ao trabalho (29,4%) e aos recursos financeiros (36,2%) se destacam entre os seis componentes do índice geral, com maior peso na redução média nacional. O item desenvolvimento infanto-juvenil diminuiu em 16%.

Por outro lado, com desempenho negativo aparecem as condições habitacionais (-13%) e o acesso ao conhecimento (-11,9%).

Ainda que aqui não se aprofunde a análise (que pode ser feita através do estudo detalhado de nota técnica do Ipea a respeito, no sitewww.ipea.gov.br), é possível sublinhar, a partir dos indicadores mencionados, o inegável avanço na melhoria da qualidade de vida da população, lastreada na enorme expansão do mercado de trabalho e na efetiva valorização da renda dos trabalhadores.

No polo oposto, o registro das condições habitacionais, que são precárias para contingente enorme das famílias, assim como o padrão de escolaridade ainda muito aquém das crescentes demandas que acompanharam, no período, o incremento das atividades econômicas.

 
O fato, entretanto, é que os dados aqui mencionados são uma espécie de ponta do iceberg em sentido positivo, subproduto da combinação entre crescimento econômico e inclusão social, que vem caracterizando o Brasil (e alguns países da América do Sul), na contramaré da regressão social que se verifica no EUA e na Europa, atolados em crise sistêmica.


Mesmo no difícil ano passado, a economia semiestagnada operou com taxa de desemprego pouco acima de 5% - o que tecnicamente se pode considerar pleno emprego para muitas categorias -, em tremendo contraste com o que ocorre agora nos países capitalistas centrais.

Dados inquestionáveis, portanto, que instigam uma análise cuidadosa e multilateral, para que se compreenda o processo de mudanças em curso no País, sujeito a avanços e a retrocessos em meio à penosa transição da ordem herdada de FHC para um novo projeto de desenvolvimento.


Luciano Siqueira

Pedro Taques fala sobre corrupção

A CULTURA DO ISOLAMENTO

A CULTURA DO ISOLAMENTO

Robson Kindermann Sombrio - Psicólogo CRP 12/05587 - robsonsombrio@matrix.com.br

Vivemos em uma sociedade que está com pro-blemas. Em que sentidos são esses problemas? Penso que as pessoas andam preocupadas demais com seu status social, querem chamar a atenção pelo carro que andam, pelas roupas de grifes que vestem, ou seja, estão preocupadas em mostrar coisas, objetos que não são tão importantes assim (isso é o que está valendo nessa sociedade de hoje). Não vejo mais pai e mãe preocupados em reunir a família aos domingos, em sentar a mesa juntos para falarem cada um sobre sua vida. Vivemos a era do isolamento, cada um na sua.
Hoje as pessoas estão se privando de conhecer uns aos outros por culpa da cultura do isolamento. Todos parecem desconfiar de tudo e de todos, isso é muito ruim. Sempre escrevi, agora vou repetir, o encontro com as pessoas e muito bom, falar, trocar risadas, desabar, chorar para o outro se for necessário são situações vividas que se nos permitirmos vale muito a pena. Outro dia conversando com um conhecido, ele estava com problemas no seu relacionamento que ele mesmo disse que sente falta de ter um amigo para que possa contar as suas angústias, dizia ele estar com o coração muito apertado. 
Comentava esse conhecido que amigos para conversar sobre o novo carro que saiu ele tinha, que se o assunto fosse futebol ele tinha, mas para dialogar assuntos mais íntimos, não tinha ninguém. Como tudo e como sempre, evoluções e involuções, fazem parte do mesmo pacote. Entretanto, temos que abrir um parêntese, será também que ele quer ouvir alguém que está passando por dificuldades? Será que sabemos ouvir sem querer colocar nossa opinião na conversa? Tudo isso nós temos que pensar. 
Por fim, toda essa tecnologia que podemos utilizar hoje pode aumentar nosso prazerindividual, mas reduz nosso prazer coletivo. Você pode não querer falar com ninguém, mas em troca também não escuta ninguém. E sem escutar, não se inicia uma nova amizade. Aliás, sem escutar uma amizade não existe, nem mesmo as amizades mais antigas, estáveis e longas. Sem querer escutar, só o silêncio vai viver ao nosso redor, e só a solidão nos entra pelos ouvidos.

Larissa Rosado denuncia caos na Educação do RN

A deputada Larissa Rosado (PSB) destacou durante a sessão desta terça-feira, 17, os resultados da reunião da Comissão Especial, da Câmara Federal, que discutiu a reforma do ensino médio brasileiro, ontem (16), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A comissão está percorrendo os Estados para recolher opiniões e sugestões sobre as mudanças a serem implementadas. A parlamentar aproveitou para divulgar dados sobre o desempenho do Rio Grande do Norte nas avaliações do ensino público.
A parlamentar destacou os dados do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. “Em 2011, o Estado teve um dos piores desempenhos do ensino fundamental do país. Nos anos iniciais fica a frente apenas de Alagoas. A evasão escolar chega a 19% no Rio Grande do Norte e metade dos jovens com 19 anos declaram ter concluído o ensino médio. Resumindo o que se precisa é que os governos tenham cada vez mais empenho para educação”, declarou.
Outra denúncia da parlamentar foi em relação a falta de professores. “O Rio Grande do Norte em março de 2013 começou a fazer um tipo de rodízio na rede pública estadual. Três dias de aula e dois em casa, atingindo principalmente os alunos dos últimos anos do ensino fundamental”, denunciou a parlamentar.
Por Allan Darlyson


Sebos ganham preferência dos leitores

Canindé do Sebo é o livreiro mais antigo de Mossoró, no ramo há pelo menos 17 anos
As livrarias estão fugindo de Mossoró. Por hora, o município de mais de 280 mil habitantes dispõe apenas de uma loja, localizada no único shopping da cidade. A Saraiva substituiu a Siciliano quando esta fechou em 2010, por falta de clientes. No mais, o mossoroense encontra algumas publicações na sede da editora Queima Bucha ou nas papelarias Independência e Asa Branca. A outra opção são os sebos, que ao contrário das livrarias, estão cada vez mais populares e se beneficiando de algo que segue em sua contramão: a internet.
Francisco Canindé Cordeiro de Freitas é conhecido na cidade como Canindé do Sebo. Há 17 anos no ramo, é o livreiro mais velho em atividade. Sua loja, um cubículo 3 x 3, fica localizada no shopping Oásis, no centro da cidade, mas ele já rodou por vários outros pontos. Chama atenção a desorganização do lugar. Livros entulhados impedem que o cliente entre no espaço, mas quem disse que isso é preciso? Basta perguntar que, como uma máquina, ele sabe não só se possui o título, mas onde ele está guardado. Mais que isso, provavelmente, Canindé já tenha lido a obra e pode comentá-la em detalhes.
Ser livreiro é uma paixão para Canindé, mas ele não nega que começou o negócio por necessidade. À época, por volta de 1996, ele entrou no ramo quando Gustavo Luz, o primeiro sebista de Mossoró, estava saindo. O dono da editora Queima Bucha tinha outros planos e Canindé o ajudou a se livrar do estoque de livros antigos. Como vendeu com certa facilidade seus primeiros livros, ele decidiu seguir carreira. Fez o nome próximo ao Colégio das Irmãs e hoje tem bala na agulha para manter seu escritório no coração comercial da cidade.
Quase sempre, Canindé recebe uma visita ilustre em seu sebo. Marcos Pereira é outro livreiro conhecido da cidade por dois motivos: o primeiro, por ter um dos acervos mais cobiçados; e o segundo, por ter feito fama com uma loja que só abre aos sábados, por isso o nome Sêbado. Marcos é dentista, por isso só pode abrir a loja, instalada em um conjugado da própria casa, uma vez por semana. Pela manhã, ele recebe os clientes e fregueses, mas à tarde, dedica-se aos amigos que vão lá ouvir música, cantar, recitar poesia e beber o que levam.
O Sêbado é uma tradição para os boêmios e artistas, mas também tem atraído muita gente nova que se volta à nostalgia dos livros raros ou mesmo dos vinis. Há oito anos no ramo, percebe-se que Marcos tem mais prazer do que trabalho naquilo que faz como hobby. “O Sêbado é um prazer que se renova a cada dia; o prazer compensa o trabalho”, garante.
Atualmente, Mossoró tem quatro Sebos abertos. Além do de Canindé e do de Marcos, funcionam ainda o de Maria Fernandes, também no Centro, funcionando há 10 anos, e o mais recente, o de Rafaela Costa, localizado próximo à Biblioteca Municipal. Contrariando as expectativas, os microempresários dos livros dizem que a vida de sebista não é fácil, mas garantem que a clientela só aumenta.
DEFATO

Diálogo com pais é forma de combater álcool na adolescência


Bem aceito por boa parte da sociedade, o consumo de álcool deve ser tema de conversa entre pais e filhos, defendem especialistas



Bem aceito por boa parte da sociedade, legalizado e promovido pela publicidade, o consumo de álcool deve ser tema de conversa entre pais e filhos, defendem especialistas. Eles acreditam que é a melhor forma de combater o uso durante a adolescência. O tempo certo para a conversa, no entanto, é variável e depende de cada família.

"É bom que não seja depois dos 12 anos, que é a idade em que muitos têm o primeiro contato com o álcool, mas é claro que a necessidade de aconselhar a criança depende do grau de exposição à bebida. Tudo depende do contexto. Se a criança começa a ser exposta ao álcool mais cedo, vendo as pessoas e os próprios pais beberem, isso tem que ser conversado", argumenta a professora do departamento de medicina preventiva da Universidade Federal de São Paulo Zila Sanchez, integrante do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.

No 6º Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Privada, nas 27 capitais brasileiras, com dados de 2010, os pesquisadores do centro de pesquisa constataram que a idade média do primeiro contato com as bebidas alcoólicas é 13 anos.

Foram ouvidos 50.890 estudantes, e 15,4% dos que tinham entre 10 e 12 anos declaram que tinham consumido álcool no ano da pesquisa. A proporção sobe para 43,6% entre 13 e 15 anos, e para 65,3% entre 16 e 18 anos. De todo o universo pesquisado, 60,5% dos estudantes declararam ter consumido álcool. A taxa foi maior entre os alunos das escolas privadas (65%) do que entre os das públicas (59,3%). Mais que um quinto dos estudantes (21,1%) tinha consumido álcool no mês da pesquisa.

Outro estudo, divulgado pela companhia cervejeira Ambev mostra que 33% dos pais brasileiros não conversam com os filhos sobre o consumo de álcool, apesar de 98% dizerem que consideram importante. Entre os 11 países pesquisados, o Brasil só fica na frente da Ucrânia (34%) e da China (53%). Na Alemanha, apenas 15% dos pais disseram não ter falado.

Quase metade dos pais brasileiros, que disseram não ter tocado no assunto, consideram que o filho é muito novo para isso (48%), apesar de a idade média que os entrevistados consideraram a ideal para a conversa ser 9 anos. Vinte e dois por cento disseram não saber como tocar no assunto, 15% afirmaram confiar nos filhos e 9% alegaram que acham estranho ou têm vergonha de conversar sobre isso.

"Geralmente eles mesmos consomem e até de forma exagerada. É difícil falar de uma coisa que você faz, às vezes, na frente dos filhos. Os pais que não consomem de maneira abusiva na frente dos filhos, os protegem do consumo. É uma questão de avaliar o quanto você está expondo seu filho. O ideal é que não consuma, mas, se consumir, é importante deixar claro que é bebida de adulto", diz Zila.

A professora chama a atenção para o fato de a porcentagem de jovens que consomem bebida alcoólica ter caído entre as duas pesquisas do centro de informações sobre drogas. Em 2004, eram 41,2% os estudantes de 10 a 12 anos que tinham consumido álcool, percentual que caiu para 27,9%. Para Zila, a queda é resultado de políticas públicas e conscientização, mas é preciso maior convencimento sobre o problema, uma vez que o consumo excessivo tem crescido.


"A queda é uma questão de políticas públicas e maior controle, mas o aumento do consumo em grande quantidade tem mais a ver com uma cultura que tolera a embriaguez, e que a favorece. Ela é estimulada de várias formas, como em músicas e festas", diz a pesquisadora. Ela recomenda que os pais sejam presentes na vida dos filhos para acompanhar essa questão. "A melhor forma que os pais têm de conhecer os hábitos e os ambientes que o filho frequenta é levando-o a festas e casa dos amigos e buscando-os. Assim ele sabe se o local vai ter álcool, quem está lá, e em que estado o adolescente volta para casa".

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Prêmio Professores do Brasil

Professores da educação básica que tenham desenvolvido experiências pedagógicas bem-sucedidas nas escolas podem participar do 7º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo MEC. As inscrições estão abertas até 30 de outubro. Nesta edição, serão selecionados até 40 trabalhos, oito por região do país.


Para incentivar os educadores a participar do prêmio, o coordenador-geral de tecnologias da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Maurício de Almeida Prado, esclarece que a experiência não precisa ser inédita ou inovadora, mas deve estar bem fundamentada, ser bem executada, bem-sucedida e ter produzido impacto na aprendizagem. Os autores dos trabalhos receberão R$ 6 mil, troféus e certificados. Os primeiros colocados em cada uma das oito subcategorias, que serão conhecidos apenas no dia da premiação, terão um adicional de R$ 5 mil. As escolas em que foram desenvolvidas as experiências vencedoras ganharão placa comemorativa.

ANOTE

Sem sinal de vida em Marte, diz Nasa

Sem sinal de vida em Marte, diz Nasa
Foto: Divulgação
Em uma descoberta que é tão significativa cientificamente quanto um golpe na imaginação popular, a Nasa informou que um de seus veículos-robôs em Marte, o Curiosity, fez murchar as esperanças de que a vida existe em Marte atualmente. A conclusão, publicada na revista “Science”, vem do fato de o Curiosity estar procurar por metano, um gás considerado sinal da atividade de micro-organismos, e até agora não encontrou nada. Embora a ausência de metano não descarte por completo a possibilidade de vida em Marte hoje – há muitos micróbios, na Terra pelo menos, que não produzem metano – ela joga a ideia de volta ao reino da pura especulação, sem a perspectiva de dados para apoiá-la. Segundo o jornal O Globo, a história da fascinação humana com a possibilidade de vida em Marte é rica, compreendendo uma miríade de trabalhos de ficção científica, os quixotescos esforços de Percival Lowell de mapear o que acabou se descobrindo serem canais imaginários, o pânico causado em 1938 pela transmissão em rádio de “Guerra dos Mundos” por Orson Welles e, claro, o inimigo de Pernalonga, Marvin, o Marciano. Mas Marvin aparentemente não emitiu metano suficiente para que os sensíveis instrumentos do Curiosity o encontrasse.

Ator que interpretou Harry Potter é cotado para viver Freddie Mercury em filme

Ator que interpretou Harry Potter é cotado para viver Freddie Mercury em filme
Foto: Reprodução
Famoso pela interpretação de Harry Potter no cinema, o ator Daniel Radcliffe foi convidado para viver em filme o astro do rock, Freddie Mercury, líder da banda inglesa Queen, morto em 1991. Segundo o site De acordo com o site Daily Star, o nome de Daniel Radcliffe tem sido apontado como favorito ao papel e os produtores estariam dispostos a aumentar o cachê para ter o ator. “Já foi dito a ele (Daniel) que o papel é dele caso queira”, disse um informante ao site. Dois argumentos concorrem para  justificar a preferência por Radcliffe: a estatura próxima à de Freddie e os comentários positivos sobre o desempenho de Daniel no filme Kill Your Darlings, no qual interpreta o poeta gay Allen Ginsburg e que deve estrear nos Estados Unidos no dia 18 de outubro. A saída de Sacha das filmagens tem a ver com desentendimentos com Brian May e Roger Taylor, integrantes da banda inglesa. Foi relatado pela imprensa internacional que os músicos parceiros de Mercury queriam que o filme tivesse um tom mais leve, para ser assistido por adultos e adolescentes, enquanto o ator queria focar na orientação sexual do cantor e no envolvimento dele com as drogas, fatores que elevariam a classificação indicativa do longa. Informações de Gabriel Perline, Agência Estado.

DIA DA ÁRVORE

frases árvore

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Transtorno bipolar atinge 4% da população brasileira, estima associação

Sintomas como euforia, fala rápida, irritação, agitação, insônia, agressividade, hostilidade e depressão podem ser sinais de vários transtornos que acometem o humor, seja para o polo depressivo, seja para o da euforia. Porém, quando os sintomas vêm alternados em uma mesma pessoa, pode ser um alerta para o transtorno bipolar, uma doença sem cura, mas com tratamento e controle.

De acordo com a ABTB (Associação Brasileira de Transtorno Bipolar), o distúrbio atinge 4% da população. O censo feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010, informa que o Brasil tem uma população de 190.732.694 pessoas. Sendo assim, cerca de 7,6 milhões fazem parte da estatística da ABTB.

A doença se manifesta em fases que alternam a hiperexcitabilidade e a agitação com profunda tristeza e depressão. A duração de cada fase varia de pessoa para pessoa, podendo durar horas, dias, meses e até anos. Um complicador para a pessoa portadora do transtorno surge quando as duas fases se misturam, o chamado estado misto.

A presidente da ABTB, Ângela Scippa, explica que “a pessoa pode estar acelerada, hiperativa, mas triste por dentro, e até pensando em se matar”.

Dados da entidade apontam que em 60% dos casos a doença se manifesta antes dos 20 anos de idade. Ângela explica que, na infância, os sintomas mais comuns são a distorção do humor e o avanço precoce da sexualidade.

— A criança passa por uma tempestade afetiva e é muito importante que a família fique atenta, porque é na infância que a criança passa pelo processo de modelação do comportamento. Se o transtorno bipolar não for detectado e cuidado a tempo, pode gerar vários problemas no desenvolvimento comportamental e psicológico dessa criança.

A especialista ressalta que na adolescência é mais comum os parentes perceberem os sintomas.

— Nesses casos, o adolescente passa a ter sintomas depressivos, gastos excessivos, e briga muito. É imprescindível que a família fique atenta, observe, e o encaminhe para um especialista.

De acordo com a psiquiatra Ângela Scippa o distúrbio pode ter origem por vulnerabilidade genética e fatores ambientais que podem agir de forma combinada.

— Por fatores ambientais, podemos considerar maus-tratos que o indivíduo pode sofrer, como negligência, abuso sexual, entre outros. Assim, o paciente de transtorno bipolar tem obrigatoriamente esses dois fatores.

A professora de psiquiatria da UnB (Universidade de Brasília) Maria das Graças de Oliveira, por sua vez, relatou que há estudos consistentes com indícios de que a pessoa bipolar tem uma inteligência acima da média.

— Tem alguns estudos que mostram que as pessoas com transtorno bipolar foram crianças com maior fluência verbal. É um transtorno mais frequente em pessoas mais criativas, muito frequente em artistas, cantores, escritores, pintores. A genética, associada ao transtorno bipolar, parece ser a mesma que está associada à criatividade.

A especialista detalha que existem dois tipos de transtorno bipolar. O tipo 1, que acomete cerca de 1% dos brasileiros portadores da síndrome, se caracteriza por episódios de depressão e de exaltação de humor mais graves e agitação psicomotora em que a pessoa faz movimentos involuntários causados pela tensão.

Em cerca de 15% dos portadores do tipo 1 do transtorno bipolar, a doença também apresenta sintomas psicóticos. No quadro de mania, são registrados os episódios de exaltação de humor mais intensos, que se manifestam por delírios de grandeza, em que a pessoa se considera famosa, acredita ter poderes especiais ou ser mais habilidosa que os outros. Já nos episódios de depressão, os sintomas psicóticos vêm com pensamentos delirantes de inutilidade, de ruína, culpa, ou com a certeza de uma doença física grave. Não é raro, nessa fase, a pessoa ter pensamentos suicidas.

Já o tipo 2 do transtorno bipolar atinge entre 5% e 6% dos brasileiros portadores da doença e se manifesta por episódios depressivos e de exaltação de humor mais brandos, sem sintomas psicótico.

Graça de Oliveira detalhou que a vulnerabilidade é herdada geneticamente e que os sintomas do transtorno bipolar são desencadeados por estressores psicossociais, situações que perturbam psicologicamente.

— Estressores psicossocias são comuns na vida de todos, mas a maioria das pessoas não adoece psiquicamente, apenas as que trazem consigo uma vulnerabilidade. Quanto maior a vulnerabilidade, menor a dimensão do estressor necessário para desencadear os sintomas.

A especialista ainda destacou que há estudos consistentes com indícios de que a pessoa bipolar tem uma inteligência acima da média.


— Tem alguns estudos que mostram que as pessoas com transtorno bipolar foram crianças com maior fluência verbal. É um transtorno mais frequente em pessoas mais criativas, muito frequente em artistas, cantores, escritores, pintores. A genética, associada ao transtorno bipolar, parece ser a mesma que está associada à criatividade.

domingo, 15 de setembro de 2013

Pesquisa investiga situação do consumo em Natal

Diante de todas as implicações motivadas a partir da popularização e do aumento no consumo dos suplementos alimentares, o professor de Educação Física Roberto Cabral se uniu a Adriana Silva e Ítalo Ferreira e, juntos decidiram investigar e diagnosticar a atual situação em Natal.

Eles procuram saber quem está usando, quais as academias que vendem suplementos e qual a finalidade do uso. Até agora, nenhuma academia se recusou a colaborar com os pesquisadores. Ainda não podem ser repassados resultados, pois ainda estão sendo aplicados questionários com os usuários. “Temos tido uma excelente receptividade e tenho certeza que vamos dar uma contribuição muito grande na parte educacional para a saúde”, observa Cabral.

Alex Regis
Angélica Saraiva, nutricionista, analisa suplementos
Angélica Saraiva, nutricionista, analisa suplementos

Tudo com o respaldo do Conselho Regional de Educação Física, responsável inclusive por passar o cadastro das academias devidamente habilitadas e regularizadas do ponto de vista ético e científico. “Temos tido uma excelente receptividade e tenho que vamos dar uma contribuição muito grande na parte educacional para a saúde”, comenta Roberto Cabral, membro do Conselho Estadual do Desporto e conselheiro federal dos Crefs. 

Analisando uma possível causa para o aumento no consumo, Cabral também chega aos anseios estéticos de boa parte de quem frequenta as academias de musculação. E para chegar a essa conclusão, sua análise passa pelo estilo de vida saudável preconizado pela Organização Mundial de Saúde e o aparecimento da figura do personal trainer — a quem ele atribui a preconização de um tipo de vida ativa, focado no trabalho dos músculos e na parte estética.

E os suplementos surgiram justamente para otimizar essa performance, na opinião de Roberto Cabral. Muitas vezes, a forma que chegam ao consumidor não é a mais confiável, ele observa. “Eu posso dizer a vocês, clandestinamente, vindo do Paraguai e dos Estados Unidos. E o grande local onde esse comércio está havendo esse comércio indiscriminado são as academias.  Existe uma denúncia, que o Ministério Público já está trabalhando, que está havendo um consumo indiscriminado de suplementos”, revela Cabral. 

Ele diz não ter autoridade para falar sobre os malefícios do uso equivocado ou excessivo, mas diz ter autoridade para falar sobre as competências e habilidades da profissão de Educador Físico — que é a prescrição de exercícios físicos.  

bate-papo Daniel Sodré - nutricionista esportivo

Por que tem crescido tanto o consumo de suplementos alimentares? Virou moda?
De fato a suplementação alimentar popularizou-se demais nos últimos tempos, porém atualmente nosso modelo de vida cada vez mais corrido e estressante, sem que haja tempo suficiente para nos alimentarmos corretamente, ou por um simples fator de estética corporal,  faz com que procuremos saídas mais práticas para nos alimentarmos. E são muitas vezes os suplementos alimentares.
Cedida
Daniel Sodré - nutricionista esportivo
Daniel Sodré - nutricionista esportivo

Está havendo um consumo indiscriminado desses suplementos? O que o uso indevido do produto pode causar ao organismo?
De fato algumas pessoas fazem uso indiscriminado de certos suplementos, que podem causar várias complicações orgânicas, como cetoacidose hepática, cálculo renal, hipervitaminoses, cefaleia, acidentes vasculares cerebrais, alergias dentre outras complicações.

O que diz a legislação sobre prescrição e venda de suplementos?
No Brasil somente os profissionais médicos e nutricionistas são habilitados a prescreverem suplementos alimentares. Como estes produtos são considerados fontes alimentícias, segundo a Anvisa, pode haver comercialização destes produtos em qualquer estabelecimento que trabalhe neste ramo.

Há limite ou restrição de idade ou qualquer um pode tomar? Quais as indicações para o uso?
Pessoas obesas, anêmicas, idosos, gestantes e crianças necessitam de um controle maior no uso de qualquer suplemento alimentar, sendo necessário o acompanhamento de um profissional nutricionista para auxiliá-lo no consumo correto. Suplementos só devem ser utilizados por pessoas que tenham uma necessidade calórica aumentada, ou que desempenhem uma função na qual necessitem de reposição de certas vitaminas e(ou) minerais, ou que apresentem alguma carência na sua alimentação de substratos presentes na suplementação alimentar. 

Ideal estético aumenta o consumo

A busca frenética por um corpo perfeito, característica de nossos tempos, aliada a indução de amigos e professores nas academias, são os maiores responsáveis pelo aumento no consumo de suplementos alimentares. É o que pensa a nutricionista Angélica Saraiva, acreditando ainda num crescimento maior no setor com a proximidade do verão.

Alex RegisBusca por corpo perfeito, aliada à influência de amigos e professores de academias de ginástica, incita a procura pelos suplementos
Busca por corpo perfeito, aliada à influência de amigos 
e professores de academias de ginástica, incita a procura 
pelos suplementos

Mas seja qual foi o incentivo para procurar suplementação alimentar, orientação profissional é fundamental. E apenas um especialista da área médica, nutrólogo ou nutricionista podem prescrever o produto.

Angélica Saraiva comenta que os conselhos ou indicações repassados entre as máquinas das academias de ginástica podem levar ao consumo de um suplemento não indicado para determinado caso específico, onde não haja a real necessidade de complementação.

“E o que acontece? Aquilo que o organismo não quer ou não está precisando, ele vai excretar. Se não fizer assim, ele vai armazenar de uma forma incorreta. E isso é ruim! O organismo tem a necessidade de vários nutrientes, mas quem vai poder dizer isso é o profissional”, recomenda a nutricionista.

Ela exemplifica citando um atleta que treina de três a quatro horas por dia e não tem sua necessidade nutricional atendida pela alimentação convencional. É quando a suplementação entra em cena. 

Diferente do atleta, o suplemento não é indicado para quem vai à academia três vezes por semana, por exemplo. Neles, a própria alimentação diária já atende todas as necessidades. “Se uma pessoa é magra e quer ter um ganho de peso melhor e não consegue através da alimentação, a suplementação também pode ser recomendada, como esclarece a nutricionista.

Reações ao excesso

Entre os componentes mais comuns entre os suplementos consumidos estão as proteínas, principalmente as do soro do leite, ou Whey, como são mais conhecidas no universo da malhação. A nutricionista Angélica Saraiva comenta o alto valor biológico dessas proteínas e, portanto, a importância do uso correto delas. “O excesso dessa proteína pode acarretar problemas futuros, principalmente em alguns órgãos e, sobretudo, o rim.”

Reações adversas são observadas de acordo com o tipo de suplemento consumido equivocadamente. Quem consome protéicos para ganhar músculos sem orientação corre o risco de ganhar gordura, além de suor excessivo, insônia, dor, cansaço e aceleração dos batimentos cardíacos.    

Consumidora diz sentir mais vigor

Dos frequentadores de academia, o educador físico Roberto Cabral classifica os adolescentes como quem busca o lado estético; diferente de adultos e idosos, “que possuem objetivos e metas para a melhoria de sua saúde, a amplitude de seus movimentos, a melhoria da tonicidade muscular, o retorno venoso e todo os benefícios advindos da prática regular de exercícios prescritos dentro do respeito à individualidade biológica.”
Alex RegisRayane Alves, vendedora, confirma vendas altas
Rayane Alves, vendedora, confirma vendas altas

A vendedora de loja de suplementos Rayane Alves, 24 anos, também estudante de nutrição, confirma a grande procura por esse tipo de produto, tanto por parte de desportistas mais experientes como por quem está começando a malhar — esses, ela diz, geralmente chegam com prescrição de nutricionistas.

“Tem gente que vem por que um amigo está tomando. Isso geralmente acontece com as mulheres. Os homens já vêm com uma pesquisa feita e já sabem o que querem”, analisa Rayane.
Alex RegisElaine Martins, 22 anos, consome suplementos há dois meses
Elaine Martins, 22 anos, consome suplementos há 
dois meses

A universitária Elaine Martins, 22 anos, começou a tomar suplementos há pouco mais de dois meses. Mas já diz sentir mudanças no desempenho durante os exercícios. “Tenho mais força, consigo pegar mais peso.”

Seu cardápio suplementar é composto por proteínas, creatina, compostos vitamínicos, melatonina e dextrose (carboidrato). “A indicação foi dada por uma amiga que trabalha numa loja de suplementos. Não sinto nada estranho, pelo contrário.”

Blog do Prof. Ozamir Lima - Designer: Segundo Freitas