domingo, 29 de junho de 2014

Copa dos gols deve ensinar nossos "professores"

Ricardo Kotscho

É gritante a diferença entre o futebol ofensivo e cheio de gols a que estamos assistindo neste Mundial e o futebolzinho chato, previsível e burocrático apresentado pelos nossos principais clubes na primeira fase do Brasileirão. Parece até que é um outro esporte.

Agora que gostamos tanto de ver a bola correr com rapidez da defesa para o ataque, com chutes de qualquer distância e lugar, sem aquela irritante troca de passes na defesa e no meio de campo a que já estávamos acostumados, vai ser difícil voltar a ver nossos times jogando para fazer um golzinho e ficar o resto da partida na retranca para garantir o resultado.

Este primeiro dia sem jogo desde o início da Copa no Brasil é um bom momento para que os nossos treinadores façam uma reflexão sobre o abismo entre o futebol praticado aqui, que já foi modelo para o mundo, e o que seleções sem a mesma tradição e talento vieram nos mostrar. Deveriam passar a sexta-feira inteira revendo os grandes jogos, que foram muitos, para descobrir como se busca com rapidez e eficiência o principal objetivo de um jogo de futebol, que é fazer gols, a grande alegria de qualquer torcida em qualquer lugar.

Com 136 gols marcados em 48 jogos, a primeira fase do Mundial mostra a média de 2,83 por partida, a maior já registrada desde a Copa do tri, em 1970, no México. Enquanto isso, a primeira fase do Brasileirão teve a média de gols mais baixa desde que passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003:  apenas 2,14.

Talvez seja por isso que Felipão, que passou muito mais tempo trabalhando no exterior do que aqui, depois da conquista do tetra, em 2002, e está antenado nas mudanças táticas e técnicas operadas no futebol mundial, tenha chamado apenas quatro jogadores em atividade no país dos 23 convocados para a disputa do hexa.

Não sei de onde surgiu esta mania dos jogadores nativos de chamarem seus técnicos de "professores". Professores de quê? Técnico é técnico, professor é professor e bola é bola. Não é preciso reinventar a roda nem fazer mídia training e ficar falando difícil para montar um time competitivo que jogue para ganhar e não para não perder, e garantir assim o emprego do treinador. Mano Menezes, por exemplo, esteve dois anos à frente da seleção brasileira, convocou mais de 100 jogadores e nunca conseguiu montar um time.

Ao assumir seu lugar, em poucas semanas Felipão escalou sua seleção, que conquistou a Copa das Confederações e, com mudanças pontuais, está aí até hoje, com grandes chances de conquistar mais uma Copa. Já na reta final do primeiro turno do Brasileirão, os "professores" dos grandes times continuam escalando um time diferente a cada jogo, em busca da "formação ideal". O problema não está apenas em quem escalar, mas na mentalidade reinante na direção de todos os clubes que pagam fortunas para seus técnicos e se curvam diante de suas velhas idiossincrasias _ "o importante é não tomar gol" _ que cada vez mais afastam o público dos estádios e levam nossos melhores craques para fora do país.

Nem se trata de jogar feio ou bonito, dar ou não espetáculo, mas de ter fome de bola, jogar com garra, prazer e vergonha na cara, como têm demonstrado os jogadores desta Copa, incluindo os da seleção de Felipão. Está na hora dos milionários "professores" devolverem a alegria e a ousadia ao futebol brasileiro, soltando suas feras com um esquema tático bem definido antes de entrar em campo, em lugar de ficar gritando e xingando feito celerados à beira do gramado, durante todo o jogo.

Com a seleção erguendo ou não a taça, esta Copa pode ser um divisor de águas no futebol brasileiro. Um bom recomeço seria mandar nossos técnicos mais jovens fazerem um estágio lá fora, dispostos a aprender, deixando de lado as velhas certezas dos "professores", que estão levando os clubes à ruína. Faz muitos anos que são sempre os mesmos, revezando-se nos grandes clubes, incapazes de apresentar qualquer novidade a cada temporada.

Se os dirigentes do futebol brasileiro também são sempre os mesmos, fica difícil sair deste círculo de ferro, mas nunca é tarde.

Até a vitória, rapaziada!

Ciência e carreira docente nas Universidades públicas

José Luis Simões

Inicialmente, entendo que a discussão e aprofundamento da temática que trata este artigo é fulcral para o desenvolvimento tecnológico e sustentável do Brasil. É essencial fortalecer a política de formação de quadros altamente qualificados para novas formas de trabalho, assim como para o progresso da Ciência e da Tecnologia. 

Todos os indicadores mostram que houve, tanto no Magistério Superior quanto no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), evolução da titulação docente ao longo dos últimos anos. Ampliou-se o sistema de fomento do CNPQ e da CAPES, todavia, novos desafios se apresentam para o sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Vejamos o perfil atual do professor universitário nas instituições federais: em sua maioria, atuam no regime de dedicação exclusiva (87,44%, 61. 870 docentes), destes, 73 % são doutores e 23% mestres.

Apesar dessa evolução e do empenho de nossos pesquisadores, é preciso reconhecer que a produção científica no Brasil ainda está muito aquém do ideal. Para uma mudança nesse cenário se faz fundamental, além de fortalecer as políticas de Ciência & Tecnologia, políticas de incentivo para recém-formados e a Educação Básica ser assumida como prioridade de Estado.

O governo deve à sociedade brasileira uma política de Ciência e Tecnologia consistente, que tenha clareza e regularidade no financiamento. A respeito da carreira docente, rememoro a recente luta da greve nas universidades federais em 2012 e a importância de pleitear uma carreira que ofereça condições de mobilidade e ascensão ao docente. O projeto de carreira do movimento docente se baseia na experiência acadêmica, na formação e no regime de trabalho, priorizando sempre a contratação de novos docentes em dedicação exclusiva.

Muitos docentes já tiveram a experiência de ter suas propostas de projetos negados pelo CNPQ, e não sabem quais os critérios dessa rejeição. A transparência nos processos de seleção de projetos com financiamento público é fundamental.

É preciso também ampliar o debate sobre a atuação do CNPQ e CAPES. Dados recentes da distribuição de bolsas das Cátedras da Educação mostram que, embora os maiores desafios educacionais do Brasil estejam no norte e nordeste, 87% das bolsas estão concentradas no sul e no sudeste. Isso é evidência de desigualdade regional, financiada pelo Estado.

Precisamos ter um trabalho mais intenso nos órgãos de fomento para mudar essa realidade. É urgente uma política efetiva de distribuição e atendimento aos pesquisadores. Assim, é necessário rediscutir a existência dos comitês assessores que julgam quem deve e quem não deve ter sua pesquisa financiada. É preciso, ainda, fortalecer os grupos de pesquisa e definir outros parâmetros de inserção da produção acadêmica.

Com melhor orçamento, maior rigor, transparência e igualdade na distribuição dos recursos a ciência avançará muito no Brasil. É o que todos nós, pesquisadores, desejamos; e é o que o país precisa.

José Luis Simões, doutor em Educação, professor no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE e presidente da ADUFEPE (Associação dos Docentes da UFPE).

[A frustração dos que torcem pelo fracasso ]A Copa e o desespero dos abutres

Por Bepe Damasco

Nenhum reboco caiu na cabeça dos torcedores nos estádios, nos quais prevalece o clima de congraçamento e festa. Torcedores de todos os países são bem tratados pela população brasileira. O transporte público tem permitido que milhares de pessoas acessem as arenas sem atropelos. Em alguns estados, novas vias inauguradas facilitam a ida e a volta dos jogos. Nos aeroportos, turistas embarcam e desembarcam com
tranquilidade. No campo, temos uma Copa do Mundo de média alta de gols, nível técnico elevado e jogos emocionantes, alguns até épicos como Holanda 5 x 1 Espanha. Cadê as manifestações que inviabilizariam a Copa ?

O cenário é diametralmente oposto ao pintado ao longo de sete anos pela mídia cretina e partidarizada brasileira. Massacraram as pessoas o tempo inteiro supervalorizando cada parte dos estádios não concluída, mesmo sabendo que as obras ficariam prontas a tempo. Inventaram essa bobagem de caos aéreo, ignorando que os aeroportos estavam sendo modernizados e que uma força-tarefa reunindo vários órgãos públicos trabalhava dia noite para impedir problemas graves no transporte aéreo.

Mas os profetas do apocalipse só tinham olhos para o que não ficou pronto a tempo (como se algo entregue depois da Copa fosse crime de lesa-pátria) e para sistemas de ar condicionado que eventualmente entravam em pane. E sempre usando o bordão imbecilizado "imagina na Copa."

Fico pensando na cara de tacho dos apresentadores de uma programa que vai ao ar todas as noites na Rádio CBN, um tal de "Quatro em campo". Se fosse possível cronometrar o tempo que esses jornalistas gastaram atacando a realização da Copa, chegaríamos a mais da metade do programa, que dura uma hora. Isso todos os dias.

Exibindo um complexo de vira-latas incurável, se fartaram de dizer que o Brasil fora extremamente irresponsável ao se candidatar a sediar a Copa sem ter as mínimas condições para isso. E viviam a bradar o não cumprimento da matriz de responsabilidades, sempre na linha de criminalizar a atividade política, como se o monopólio da mídia fosse um poço de virtudes.

E o que farão agora os jornalistas do "Quatro em campo" ? Nada, rigorosamente nada. Assim como toda a nossa velha mídia, não serão capazes sequer de ensaiar uma autocrítica, por mais tímida que seja. Vida que segue. Aposto que vão se comportar como se nunca tivessem se pronunciado contra a Copa. Haja cinismo.

Esse é o comportamento padrão da imprensa. Foi assim com apagão que não houve. Com a inflação que não estourou a meta. Com as contas públicas que não inviabilizaram as finanças do país. Com o Bolsa Família que não gerou acomodação e preguiça. Com a valorização do salário mínimo que não arruinou a economia do país. Com o Programa Mais Médicos que não exportou a revolução cubana. 

Voltando à Copa, claro que problemas pontuais ocorrem e ocorrerão, o que é absolutamente natural numa competição dessa envergadura. Nada, porém, capaz de empanar o brilho da festa. Contudo, não custa ficar de olhos de bem abertos para a possibilidade de atos de sabotagem por parte dos inconformados com o sucesso do evento, como alerta o Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania. Não podemos esquecer que o ambiente de ódio e intolerância disseminado pela mídia é terreno fértil para a ação de descerebrados.

Educação e saúde vão receber mais royalties do petróleo

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (25) que a contratação direta da Petrobras para explorar o excedente de petróleo em quatro áreas do pré-sal, anunciada ontem (24), vai elevar a quantidade de recursos em royalties destinados à saúde e educação. Em discurso durante a convenção do PSD, Dilma defendeu valorização da educação e dos professores.

“A boa notícia é que isso significa que teremos mais de R$ 600 bilhões a título de royalties e de excedente em óleo para aplicar em educação e saúde. São 75% em educação e 25% em saúde. A segunda boa notícia é que geralmente você tem de esperar entre cinco e seis anos para começar a exploração. Como essas áreas são contíguas às áreas que a Petrobras tinha obtido em 2010, a empresa vai poder começar explorar imediatamente esse campo imenso”, disse.

Durante o discurso, Dilma voltou a criticar os que estavam pessimistas com a realização da Copa do Mundo no Brasil e diziam que haveria caos nos aeroportos e problemas de falta de infraestrutura. “O Brasil não pode se deixar contaminar pelos profetas do caos. Não levou três dias para o caos desaparecer, para que nós enterrássemos o 'Não Vai Ter Copa'. A Copa está ai e o país está gostando”, disse.

Ao comentar a disputa eleitoral de outubro, Dilma disse que a campanha vai exigir serenidade de candidatos e partidos para evitar provocações. “Essa campanha vai exigir principalmente serenidade para que não aceitemos provocações que buscam rebaixar o nível do debate, acirrar o antagonismo levando o antagonismo a um nível rasteiro”, avaliou.

“Mas uma candidatura que tem muito a mostrar, muitas ideias para discutir, não precisa fazer campanha negativa. Quem precisa é quem não tem projetos, propostas para o país, é quem não tem o que mostrar”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil

Projeto une criação de tilápias a outras atividades agrícolas em Apodi

Modelo de negócio reaproveita água da criação de tilápias para uso em outras culturas agrícolas, gerando renda extra e sustentabilidade no meio rural

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Experiências exitosas registradas no setor de agronegócio estão mobilizando empreendedores na busca por inovação e sustentabilidade. No Sítio Carpina, zona rural de Apodi, resultados obtidos por meio de projeto desenvolvido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, denominado de sistema integrado de piscicultura, atrai produtores de outros municípios que pretendem replicar a ideia. O modelo de negócio, baseado no reaproveitamento de água da criação de tilápias em tanques escavados, para a prática de outras atividades agrícolas, gera renda extra e estimula ações de sustentabilidade no meio rural.
Ao reaproveitar a água fertilizada naturalmente dos tanques escavados, rica em nitrogênio e fósforo, são reduzidos, por exemplo, o uso de adubos no cultivo de diversas culturas, como feijão, milho e mandioca, banana, batata doce e pastagens. Antes da concepção do projeto nada era cultivado na propriedade rural.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados. Antes desse projeto nós não cultivávamos nada na fazenda. Com o apoio do Sebrae, pudemos colocar o projeto para frente e, além da tilápia, vendida na região, estamos produzindo diversos produtos que garantem renda extra no final do mês”, detalha Clauber Gama, proprietário do Sítio Carpina.
Por meio do Projeto de Piscicultura realizado pelo Escritório Regional do Alto Oeste, em Pau dos Ferros, o Sebrae-RN atua na orientação e acompanhamento a projetos de piscicultura, no sentido de apresentar diagnóstico a respeito da viabilidade do investimento. Para isto, realiza, inicialmente, levantamento relativo ao potencial para a exploração da atividade na propriedade rural.
“A busca por informações para a implantação de projetos da piscicultura tem aumentado a cada dia, isso se dá pela crescente aceitação da tilápia no mercado, e pela adaptação desse peixe às condições climáticas do Estado. Paralelo a isso, estamos incentivando ações como esta, que geram renda e sustentabilidade”, explica o gestor de Piscicultura do Sebrae-RN, Renato Gouveia.
O projeto deverá, em breve, ser replicado em Umarizal e Severiano Melo. Em recente missão técnica realizada ao Sítio Carpina, produtores rurais dos dois municípios conheceram a estrutura e os resultados obtidos. A partir de agora, serão realizados diagnósticos nas propriedades rurais para com o objetivo de avaliar a adequação às condições do projeto.
“Vários produtores se interessaram pela implantação do projeto, e vamos iniciar a fase de diagnósticos para saber se a propriedade tem condições de instalar os tanques escavados para a criação de tilápias, e, posteriormente, para o reaproveitamento da água no cultivo de outras culturas”, detalha o gestor.
Em caso de diagnóstico favorável, o projeto segue com a fase de consultorias, que inclui a implantação dos tanques e manejo do cultivo.

Jornal de hoje

Quase 90% dos professores brasileiros se sentem desvalorizados, diz estudo

Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria está satisfeita com o emprego. O resultado foi apresentado semana passada pela Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que ouviu 100 mil professores e diretores escolares em 34 países.
De acordo com o levantamento, somente 12,6% dos professores brasileiros consideram-se valorizados. A proporção está abaixo da média internacional, de 30,9%. No entanto, 87% dos professores brasileiros consideram-se realizados no emprego, próximo da média global de 91,1%.
Apesar de não se sentirem valorizados, os professores brasileiros estão entre os que mais trabalham, com 25 horas de ensino por semana, seis horas a mais do que a média internacional. Em relação ao tempo em sala de aula, os professores brasileiros ficam atrás apenas da província de Alberta, no Canadá, com 26,4 horas trabalhadas por semana, e do Chile, com 26,7 horas.
Mesmo trabalhando mais que a média, os professores brasileiros gastam mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Segundo o levantamento, 20% do tempo em sala é usado para controlar o comportamento dos alunos, contra 13% na média internacional.
Todos os entrevistados na pesquisa dão aula para a faixa etária de 11 a 16 anos. A publicação também mostra que nos países em que os professores se sentem valorizados, os resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tendem a ser melhores.
Quanto à formação, mais de 90% dos professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. Segundo a falta de especialização reflete-se no ensino. Professores com conhecimento de pedagogia e de práticas das disciplinas que lecionam relataram se sentir mais preparados do que aqueles cuja educação formal não continha esses elementos.
Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), os dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, para que se possam criar descrições ainda mais detalhadas da situação educacional brasileira.

Para Lúcio de Castro, problema do Brasil não é emocional, é tático: 'Time é pessimamente treinado'

O comentarista Lúcio de Castro não acredita que a seleção brasileira esteja sofrendo com problemas emocionais. Para ele, mesmo que os jogadores se emocionem, isso não influencia negativamente. O grande entrave ao jogo do Brasil é tático, decorrência de um time 'pessimamente treinado'. Para Lúcio, o fato de os treinos serem constantemente abertos atrapalha e deixa evidente o quão insuficientes e mau conduzidos são estes treinamentos.

Saiba porque você deveria tomar diariamente uma colher de canela e mel

O mel precisaria ser orgânico, o que nos garante que ele tenha sido processado naturalmente sem acréscimo de nenhuma substância

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A canela e o mel são dois alimentos nutritivos, com muitas propriedades para a saúde e além disso, com um delicioso sabor. Se as combinamos potencializamos seus benefícios e também facilitamos seu consumi diário.
Para reduzir o peso, aumentar as defesas, melhorar a digestão, cuidar das articulações, prevenir doenças cardiovasculares, tratar a insônia e o esgotamento ou aumentar a libido. Estas são algumas das propriedades que nos proporcionará essa mistura.
Benefícios
A mistura de canela e mel, consumidas diariamente como explicaremos a seguir, nos proporcionarão os seguintes benefícios para a saúde.
  • Baixar de peso: nos ajuda a ativar o metabolismo e a reduzir a ansiedade por consumir açúcar. Além disso, a canela é um regulador dos níveis de glicose no sangue e também nos ajuda a eliminar o excesso de líquidos e gordura no nosso organismo. Tomaremos misturados com água quente entre as refeições.
  • Aumentar as defesas: essa combinação é altamente calorífera e também funciona como um antibiótico natural. Ou seja, nos ajuda a expulsar o frio do corpo e a prevenir doenças causadas por vírus e bactérias.
  • Combater e aliviar as dores de garganta: suas propriedades antibióticas e anti-inflamatórias nos permitem tratar faringite, amidalite, afonia, disfonia etc. Misturamos uma colher de sopa com água morna e a tomaremos de gole em gole e fazendo gargarejos.
  • Melhorar a saúde das articulações: graças a suas propriedades caloríferas e antioxidantes, essa mistura é ideal para doenças como a artrose, osteoartrite, etc.
  • Reduz o risco de doenças cardiovasculares: já que melhora a circulação, reduz o colesterol, fortalece o coração e regulariza seu ritmo.
  • Aumentar a libido: a canela é considerada um dos melhores afrodisíacos naturais, tanto para homens quanto para mulheres. Tomaremos uma colher de sopa de manhã e outra antes de deitar.
  • Melhora a digestão e combate a acidez: neste caso tomaremos uma xícara de água morna com uma colher de sopa desta mistura, preferencialmente antes da refeição, ainda que se possa tomar depois em forma de infusão.
  • Obter energia e evitar o esgotamento: suas propriedades caloríferas e tonificantes nos ajudam a revitalizar nosso organismo. Tomaremos uma colher de sopa dessa mistura preferencialmente em jejum.
  • Rejuvenescer o organismo: tanto internamente quanto externamente. Graças a suas propriedades antioxidantes ajuda a diminuir os danos nos tecidos causados pela passagem do tempo, por isso um bom remédio de beleza e também nos ajuda a prevenir as doenças crônicas.
  • Combater a insônia: tomaremos uma colher de sopa com um copo de água quente antes de deitar.
O que precisamos?
Somente precisamos de canela e mel, mas esses devem ser da melhor qualidade.
O mel precisaria ser orgânico, o que nos garante que ele tenha sido processado naturalmente sem acréscimo de nenhuma substância. Além disso, de preferência ser mel cru, que é aquele que não foi cozido em alta temperatura para que pareça sempre liquido. Quer dizer, que com o frio ele deveria endurecer. Pode-se esquentá-lo em banho-maria para derretê-lo sem que perca suas propriedades.
Por outro lado, a canela será também ecológica e, se for possível, de Ceilão. O aroma nos permitirá averiguar sua qualidade.
Como consumir?
Como doses padrão, tomaremos diariamente uma colher de sopa desse preparo. Para as crianças pequenas a dose padrão será uma colher de sobremesa.
Podemos misturá-la com um pouco de água quente, e terá o sabor de uma infusão adocicada, ou também com água fria e, dessa maneira, será uma bebida refrescante e saudável. Também podemos combiná-la com suco, leite e iogurte, mas sempre sem cozinhar.
Lembre-se sempre de consultar seu médico antes de realizar qualquer tratamento, principalmente em casos de dúvida e/ou se se apresenta alguma disfunção crônica como diabetes, já que os produtos naturais também têm contraindicações como qualquer outra medicação e seu consumo excessivo pode causar efeitos colaterais indesejáveis.

Fonte: Site Melhor com Saúde

Lei obriga escolas brasileiras a exibirem filmes nacionais

As escolas de educação básica terão agora que exibir no mínimo duas horas mensais de filmes de produção nacional.
A alteração na Lei 9.394 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27).
A exibição dos filmes constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica das escolas.

sábado, 21 de junho de 2014

O que a vida oferece – Vicente Serejo

Leitores queridos, quero compartilhar com vocês este texto da escritora Martha Medeiros, de quem sou admiradora. A intenção é de que tais palavras inspirem o final de semana de vocês, suscitando o desejo de dar novas chances à simplicidade, à vida. Espero que gostem!
“Conversando outro dia com um senhor saudosista, ele me contou que quando sua filha tinha uns dez anos de idade, ele costumava pegá-la pela mão e propunha: ‘vamos dar uma volta na rua pra ver o que a vida oferece?’
Tanta gente aí esperando ansiosamente para ver o que a vida oferece, só que não sai de casa e, quando sai, não tem o olhar curioso nem o espírito aberto para receber o que ela traz. Infelizmente, já não caminhamos pela rua, a não ser num ritmo acelerado, com trajeto definido e com o intuito de queimar calorias. Marchamos rumo a um melhor condicionamento físico, o que é um belo hábito, mas flanar, não flanamos mais. Não passeamos. As ruas estão esburacadas, há muitas ladeiras, o trânsito é barulhento e selvagem, compreende-se.
Mesmo assim, a despeito de todos os inconvenientes, é preciso dar uma chance à vida, colocando-nos à disposição para que ela nos surpreenda. Ao sair sem pressa, paramos numa banca de revistas e descobrimos uma nova publicação. Dizemos “bom dia” para o jornaleiro e ele, gentil, nos troca uma nota de valor alto. Na calçada, encontramos um velho amigo. Ou um artista famoso. Ou alguém que sempre nos prejudicou e hoje está mais prejudicado do que nós, bem feito.
Na rua, pegamos sol. Paramos para tomar um suco de maracujá com maçã. Flertamos. Um novo amor pode surgir de uma caminhada tranquila numa rua qualquer. E uma nova proposta de trabalho pode surgir de um esbarrão num ex-colega: estava mesmo pensando em te procurar, cara! Se continuasse apenas pensando, nada aconteceria. Na rua, o jeito de se vestir de uma moça inspira a gente a resgatar uma jaqueta que não usávamos mais. Bate de novo a vontade de ter um cachorro. Descobrimos que é hora de marcar um exame minucioso no joelho direito, por que ele incomoda tanto?
Encontramos umas amigas num bistrô e paramos um instantinho para conversar, e então ficamos sabendo de uma exposição que não se pode perder. Passamos por uma livraria e damos mais uma namoradinha num livro que nos seduz. Ajudamos uma senhora que está saindo com várias sacolas de um supermercado, não custa dar uma mão. Aceitamos o folheto entregue por um garoto na esquina, anunciando uma cartomante que promete trazer seu amor de volta em três dias.
Você joga o folheto no lixo, e não no meio-fio. Você compra flores para sua casa. Você observa a fachada antiga de um prédio e resolve voltar ali com uma máquina fotográfica. Você entra numa igreja, não fazia isso há anos. Reencontra um ex-namorado que passa de carro e oferece uma carona. Você nem tinha percebido como havia caminhado e como estava longe de casa. Aceita a carona. Um novo amor não surgiu, mas seu antigo amor foi resgatado em menos de três dias, nem precisou de cartomante. Pode nada disso acontecer, óbvio. Mas sem dar uma chance à vida é que não acontece mesmo”.

Por que malhar na academia no Brasil custa o triplo do que nos EUA?

Não é só a carga tributária, mas também o modelo de negócios 'all inclusive' das academias, que transformam a manutenção da boa forma num investimento pesado

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Que o Brasil é um país caro e que os brasileiros pagam mais por serviços que no exterior são acessíveis à maior parte das pessoas, não é novidade. Não à toa, o preço do iPhone, que nas lojas nacionais chega a custar o triplo dos Estados Unidos, virou símbolo do peso dos impostos no bolso da população. Contudo, há um setor em franca expansão que encontra disparidade inexplicável de preço e modelo de negócios, se comparado ao mercado americano: o de academias de ginástica. Com mais de 32 mil academias e 53 milhões de alunos, os Estados Unidos são o maior mercado de academias do mundo. O Brasil é o segundo maior em número de estabelecimentos (30,7 mil) e o quarto em alunos (7,8 milhões). Mas os preços das mensalidades não espelham tal proximidade. Dados da principal associação do setor, aInternational Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), mostram que um aluno norte-americano pode contratar um plano de academia por 10 dólares (22,50 reais) em redes populares como na Planet Fit. Os que desejam investir mais, pagam cerca 150 dólares (340 reais) nas academias de Manhattan da rede Equinox, a mais exclusiva do país. Os clubes de esporte que cobram preços exorbitantes — 200 dólares, no caso (ou 450 reais) — oferecem até mesmo campo de golfe aos alunos. Já no Brasil, o valor mínimo está em torno de 50 reais, enquanto a mais cara, a unidade da Bodytech no Shopping Iguatemi, em São Paulo, cobra mensalidade de 900 reais de seus alunos. O valor pode saltar para mais de 1.000 reais se os planos forem mensais ou trimestrais, por exemplo.
Diferentemente do caso do iPhone, em que o Custo Brasil (que consiste dos altos encargos aliados à infraestrutura ruim) é o principal peso no valor do produto, o que impulsiona as altas somas das mensalidade de academias de ginástica é o modelo de negócios. As maiores redes do país cobram mensalidades de 300 a 500 reais e oferecem dezenas de serviços que, em muitos casos, os alunos não estão interessados em adquirir. Já o mercado americano cobra menos porque desenha seus planos de acordo com a vontade dos alunos. Há pacotes apenas para os que querem fazer musculação, outros para aulas de spinning ou grupos de corrida. É possível optar por aulas de pilates, yoga e dança, pagando separadamente. Um alívio maior nos preços também se deve ao fato de as academias americanas possuírem poucos instrutores de treino, deixando à disposição do aluno um amplo serviço de personal trainers, desde que estejam dispostos a pagar por isso.
Grandes redes do país, como a Companhia Athletica, não pretendem navegar nos mares da flexibilização de planos. Segundo Richard Bilton, presidente da empresa cuja mensalidade de um plano anual está em torno de 500 reais, a estratégia é fidelizar alunos e acompanhar seu desenvolvimento. O modelo de negócios atual, diz ele, é justamente adaptado a esse objetivo. Já Luiz Urquiza, presidente do grupo Bodytech, acredita que a cultura do ‘self-service’, tão enraizada nos Estados Unidos, não foi bem aceita no Brasil. “O brasileiro não se identificou com essa cultura em vários setores, como postos de gasolinas ou caixas de supermercados. Aqui as pessoas gostam de ser mais assistidas”, afirma.
Mas a expansão das redes de academia de baixo custo, como a SmartFit, que pertence à BioRitmo, mostra o contrário. Como oferecem apenas musculação e aparelhos de exercício aeróbico (esteiras e bicicletas ergométricas), cobram mensalidades mais baratas, em torno de 50 reais. Em contrapartida, não há aulas ou direito à contratação de personal trainer. Entre 2009 e 2014, a rede SmartFit ganhou 120 unidades — muitas em bairros de classe média alta que permanecem lotadas dia e noite. O público é atraído pelo preço mais acessível, mas também pela possibilidade de pagar apenas pelo serviço que quer adquirir — lógica que tende a agradar clientes de qualquer faixa de renda.
O produto mais próximo do modelo que é oferecido aos clientes americanos é o GymPass, um programa de compra de aulas avulsas que começa a ser aceito em muitas academias do país — 2 mil unidades aderiram até junho deste ano. Segundo o sócio-fundador da empresa, César Carvalho, apenas nos cinco primeiros meses deste ano as compras de diárias em academias e aulas individuais cresceram 200% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2013, a GymPass passou a oferecer planos corporativos de até 69,90 reais ao mês. “Nossas pesquisas mostram que 80% das pessoas que começam a frequentar as academias do plano corporativo não faziam academia antes. Ou seja, as aulas avulsas são uma ótima porta de entrada de novos alunos no mercado”, afirma o empresário.
Ainda que as grandes redes não estejam dispostas a flexibilizar planos, em parte devido ao fato de o consumidor brasileiro aceitar pagar pelo que não vai consumir, os empresários do setor já perceberam que oferecer menos serviços por um valor menor é estratégia para lá de lucrativa. Tanto que Urquiza, da Bodytech, a mesma que cobra a mensalidade de 900 reais, acaba de lançar a marca Fórmula, cujo pacote custa a partir de 100 reais. ”Há pessoas que estão mais preocupadas com o dinheiro e não fazem tanta questão de um serviço personalizado. Só querem uma academia perto de casa”, diz o empresário. Nos Estados Unidos, apesar de o número de academias quase se equiparar ao do Brasil, seu faturamento é de 50,6 bilhões de reais, segundo a IHRSA. No mercado nacional, os ganhos não chegam a 6 bilhões de reais ao ano. A carga tributária certamente suga parte dessas cifras — mas, muito além dos impostos, as diferenças de resultados mostram um dinamismo nos Estados Unidos que o setor ainda não conseguiu encontrar no Brasil.


Fonte: Veja

FRASE DE HOJE

Artigo de Paulo Afonso Linhares

ORGULHOSAMENTE SÓS

Paulo Afonso Linhares

Num gravíssimo momento da vida político-institucional portuguesa, em 1932 tornou-se presidente do Conselho de Ministros - órgão de cúpula da administração do Estado lusitano de então - o economista conservador António de Oliveira Salazar que, após "legitimado" através de plebiscito  realizado em 1933, o povo português lhe conferiu poderes absolutos e imperiais. E não e era para menos, pois, pelo sistema de votação adotado, todas as abstenções eram computadas como "sim" e o resultado foi uma esmagadora vitória daquilo que se transformaria numas das mais prolongadas, retrógradas  e sanguinárias das ditaduras do século XX.  A concepção salazarista se traduzia numa espécie decorporativismo de Estado autoritário fundado na doutrina do nacionalismo econômico radical e na noção de autarcia, ou seja, de um Estado de economia fechada que basta a si mesmo, tendo como ferramentas o protecionismo e o isolacionismo. Por isto que o lema isolacionista e imbecilóide  do regime salazarista era: Orgulhosamente sósE isto  dizia tudo!

Quando se pensava que o ideário salazarista estava morto e enterrado, quatro décadas após a patética morte do velho Salazar, eis o isolacionismo, de feição meramente política, rebrotou com força cá neste sertão potiguar, entre cactáceas e bromeliáceas: o casal reinante no governo do Rio Grande do Norte, Carlos Augusto Rosado e a governadora Rosalba Ciarlini Rosado, resolveram romper com o vice-governador Robinson Faria, do PSD, além de alijar do governo os aliados peemedebistas liderados pela dupla Garibaldi Filho/ Henrique Alves. O mais grave, porém, foi igualmente o distanciamento que mantiveram do senador José Agripino, presidente nacional e estadual do seu partido, o DEM, além do deputado federal Felipe Maia e outras lideranças democratas. Enfim, embora tenha Rosalba conseguido o governo com o apoio de todas essas forças políticas, Carlos/Rosalba resolveram governar sozinhos, orgulhosamente sós, como rezava o jargão salazarista.

O que não estava no script de Rosalba, pessoa inegavelmente dotada de vocação política, era uma carrada de enormes problemas que desarranjam as diversas áreas de seu governo desde os  primeiros dias. De princípio foi criado um conselho político composto  por ela, o marido/mentor político Carlos Augusto, Robinson Faria, José Agripino, Garibaldi Filho, Henrique Alves e João Maia. Ao que parece, esse conselho somente se reuniu uma vez para as fotos da imprensa. E nada aconselhou, pois, Carlos/Rosalba optaram por um perigoso isolamento político,  tendo como consequência  inevitável o agravamento da crise do seu governo, que passou a ter feição própria, pois, não dava mais para continuar de olho no retrovisor com acusações ao governo anterior de Wilma de Faria/Iberê Ferreira de Souza. Na verdade, Rosalba "micarlizou" o seu governo, com todos os erros e trágicos detalhes da passagem de sua aliada Micarla de Souza pela Prefeitura Municipal de Natal.

Enfim, os aliados se foram todos e os correligionários de DEM, à frente o senador José Agripino, também, "pegaram o beco". O mentor político Carlos Augusto, no usufruto da fama de estrategista, nem assim tão merecida, decerto apostava na capacidade  de articulação política que desenvolvera nos três mandatos da esposa Rosalba frente à Prefeitura de Mossoró, quando tivesse que montar o projeto de reeleição da governadora, além uso em favor da Rosa dos poderes miraculosos da Copa da FIFA . De começo, um erro elementar de perspectiva política,  apontado por nove entre dez analistas política do RN: as práticas políticas de Mossoró seriam inservíveis na aplicação a um contexto mais amplo; assim, por exemplo, o relacionamento da Prefeitura mossoroense com a Câmara Municipal de Mossoró  jamais poderia servir de modelo para as relações bem mais complexas que o governo do Estado do Rio Grande do Norte deve manter com a Assembleia Legislativa,Tribunal de Justiça e Ministério Público. Aliás, no bojo de uma dessas crises de relacionamento, quando estava em pauta o repasse das parcelas duodecimais ao Tribunal de Justiça e Ministério Público,a governadora Rosalba os comparou - mal comparando mesmo! - a dois garotos birrentos que brigam põe aumento das respectivas mesadas. Agressão inadmissível, a partir da qual o diálogo interinstitucional ficou dificílimo. Fato é que, não mais podendo imputar a Wilma/Iberê as dificuldades do seu governo, Rosalba voltou as baterias para os outros poderes, acusando-os de drenar parcelas substanciais da receita estadual para gasto perdulário e pouco criterioso.  Diante do princípio da separação dos poderes jamais poderia enveredar por esse caminho.


Por fim, muito tem vociferado Rosalba e seus seguidores com a derrota que lhe foi imposta pelo senador Agripino na recente convenção do DEM, que negou legenda àquela para pleitear a reeleição às eleições de outubro próximo. Fala de traição, em fidelidade de trinta anos etc, enquanto o presidente do DEM fria e precisamente argúi a questão de sobrevivência política do partido e de suas lideranças parlamentares como impeditiva de um atrelamento ao projeto de reeleição da governadora Rosalba. Na verdade, o senador Agripino apenas cobrou a conta pelo olvido e distanciamento que lhe foram imposto pelos correligionários Carlos Augusto/Rosalba, que optaram por governar o RN, no quadriênio 2011-2014, orgulhosamente sós. E conseguiram, mas, a um custo difícil da avaliar neste momento. 

Todos pelo Brasil. Todos?

Luciano Siqueira

Literalmente derrubado por severa virose, eis que encontro tempo, e disposição, para ver TV - e me deparo com uma brusca mudança no conteúdo das pautas jornalísticas. O noticiário e programas de amenidades dedicam tempo quase exclusivo à Copa do Mundo. Com sentido positivo, exaltando o selecionado brasileiro, registrando uma multiplicidade enorme de manifestações populares de entusiasmo - ruas ornamentadas, depoimentos, pequenas histórias envolvendo torcedores de todas as idades, em toda parte. Gaúchos da fronteira, agricultores do Nordeste, vendedores ambulantes, vigias, repentistas, forrozeiros, apostadores, matriarcas, garis... são agora personagens de destaque na TV o dia inteiro. Todos torcendo pelo Brasil, no clima da Copa.

É como se os canais televisivos, inclusive a autodenominada Venus Platinada, tivessem esgotado sua munição contra a realização do torneio em nosso País. Pois é claro se não houvesse o pleito presidencial em outubro, a grande mídia estaria fazendo a obra de sempre, na base do "pra frente Brasil". O que interessa hoje é reunir todas as forças e argumentos possíveis para enfraquecer a presidenta Dilma, e tentar derrotá-la - questão de honra e objetivo central da oligarquia financeira internacional e dos seus conjurados brasileiros. Assim, o tema Copa do Mundo, o maior exercício de distorção da realidade dos últimos tempos na mídia brasileira, vinha concentrando a munição direitista. 

Por que, de repente, a grande mídia mudou de atitude? Certamente não terá sido por amor ao Brasil. É bem possível que pesquisas tenham revelado o que os barões midiáticos tanto temem: se posicionarem abertamente na contramão do sentimento da maioria da população. Se até o final das novelas é determinado em parte por pesquisa prévias, por que não terão pesquisado o humor do nosso povo antes de botar gosto ruim na Copa a partir de hoje?

Ora, quando a Copa se realiza em outros continentes, o Brasil inteiro se volta para a competição. Por que não aconteceria agora, a Copa aqui, diante dos nossos olhos e com chances reais de levarmos a taça, mesmo com a imensa campanha contra?

Oxalá o povo brasileiro obtenha a dupla vitória: conquiste o hexa e derrote, mais uma vez, a mídia todo poderosa.

E aí? Topa um camarãozinho?

A Seleção, o camarão
e o caranguejo

Neymar Chora ao ouvir o hino nacional (http://copadomundo.ig.com.br/2014-06-17/l)
É grande a expectativa quanto à atuação do Brasil contra Camarões. Creio seja consensual a convicção de que a Seleção não vai bem. O time está tem timing. Sem timing porque tímido e tímido porque sem tino. E quem não tem um bom time treme, trupica, cai. Maktub!* É o destino.


Algo está muito errado. A situação se complica porque Camarões não tem nada a ganhar mesmo que vença, mas pode botar tudo a perder a quem não resta outro recurso a não ser ganhar. Pelo que apresentou até agora, é como se a Seleção estivesse com medo de tomar o mesmo caminho que a Espanha que assumiu ligeiro, pateticamente, sua condição falimentar e foi logo desclassificada. Não sei exatamente o que há, mas percebo claramente que não há o que devia haver: futebol, força, arranco, drible, gol.


É claro que não se pode esquecer o passado reluzente, os grandes tempos de esplendor, os lances geniais, o grito, a emoção, o "vamos minha gente!" Mas não se pode esquecer: como evento, o futebol tem no agora o seu tempo e na efemeridade desse agora sua pequena eternidade. 


É com essa pequena eternidade que me preocupo; que não dê tempo de mudar tudo e que a Seleção se perca. E afinal, mergulhando num mar coalhado de camarões o Brasil ande pra trás, se enganche na tarrafa já que não tem Tafarrel, se encolha tristemente e transforme em caranguejo.
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* Maktub é do árabe e significa algo como "estava escrito".

Por  Emanoel Barreto

Globalização e futebol

Eduardo Bomfim

No último amistoso à Copa Mundial de futebol da seleção norte-americana em Boston, chamou a atenção dos jornalistas um slogan em inglês no estádio traduzido ao espanhol e português.

Dizia “Uma nação. Uma equipe”. Significa para os Estados Unidos, num evento transmitido para mais de um bilhão de pessoas, mesmo que eles não sejam uma referência internacional do futebol, a reafirmação do sentimento de coesão nacional.

Um conceito que devia servir a todos os povos tanto quanto a nossa hospitalidade que deve ser aplicada sem exceções durante o evento.

Quanto aos EUA o slogan é útil aos desígnios do seu constitucional “destino manifesto proclamado por Deus” em comandar a humanidade através da sua cultura, civilização, geopolítica.

O Brasil ao sediar a Copa Mundial de futebol sofre duplo ataque, seja porque é um País vocacionado à prática do futebol, fator integrante da nossa cultura, pentacampeão mundial, seja porque é uma das nações emergentes integrantes dos Brics, a 7ª economia global.

Para o Mercado, a geopolítica anglo-americana, o mote é utilizado para querer transformar a Copa Mundial de futebol numa reedição social do furacão Katrina, o Brasil em terra arrasada, nem que para isso tenha que “morrer também o mar” como dizia Garcia Lorca.

Exacerbando nossas vicissitudes, fabricando através da grande mídia tempestades de surtos coletivos com o objetivo de anular nossas virtudes de povo criativo, realizador, o nosso sentimento de autoestima, a capacidade de fazer algo relevante à confraternização entre as nações do mundo.

Quando bombardeiam a Copa do Mundo o que desejam mesmo é sufocar o espírito em comum do povo brasileiro. E de um Estado soberano. Contando para isso com a falácia difundida pelo Mercado, aceita por alguns setores contemplados com a “sociologia do desgosto com o Brasil”, de uma falsa cidadania global, de um cosmopolitismo artificial porque não é real, num fictício mundo sem fronteiras.

Quando na realidade vários povos já dizem um contundente não à hegemonia unipolar da Nova Ordem mundial.

Porque o que está em curso, em várias partes do planeta, é a luta intensa pela ressoberanização dos Países, em defesa de outra ordem global multipolar que assegure a autodeterminação das nações, a democracia, a paz e o progresso social da humanidade.

Governo do Estado não sabe quando pagará 13º

Do Blog  Panorama Político
Enquanto muitas prefeituras já pagaram a primeira parcela do décimo terceiro salário, equivalendo a 40% do total, o Governo do Estado não tem qualquer previsão de quando poderá fazer o mesmo.
A Assessoria de Imprensa do Governo informou ao Blog, que o secretário de Planejamento Obery Rodrigues não tem previsão para o Governo pagar a primeira parcela.
Desde setembro do ano passado, o Governo do Estado paga o salário mensal atrasado a parte do funcionalismo, o que traduz a economia delicada do Executivo e deixa os servidores na dúvida se até mesmo haverá esse pagamento adiantado de parte do décimo terceiro salário.

‘Droga não se derrota com droga’, diz papa sobre legalização

‘Droga não se derrota com droga’, diz papa sobre legalização
Foto: Alessandro Biachi / Reuters
O papa Francisco declarou nesta sexta-feira (20) ser contra a legalização de qualquer tipo de entorpecente, inclusive a maconha. "Quero expressar com total clareza que a droga não se derrota com droga. A droga é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos", afirmou, em nota publicada pelo escritório de imprensa do Vaticano. Para o pontífice não só é discutível do ponto de vista legislativo como não produz os efeitos que foram prefixados. Francisco se disse preocupado principalmente com o aumento do risco entre jovens e adolescentes. "Jovens que querem se livrar da dependência da droga e que se empenham para reconstruir a vida devem ter estímulo e olhar para frente com confiança", orientou. Durante uma audiência que teve presença de participantes da 31ª edição da Conferência Internacional para o Controle de Drogas (Idec), o papa também defendeu que o uso de psicofármacos às pessoas que continuam a usar drogas não "resolve o problema", já que, segundo ele, "as drogas substitutivas também não se mostram como um tratamento suficiente, mas um modo velado de se render perante a este fenômeno". Ele desejou que os participantes da Idec “alcancem os objetivos de coordenar as políticas antidroga, compartilhar informação e desenvolver uma estratégia operacional contra o tráfico". Informações da Agência EFE.

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