domingo, 28 de abril de 2013

Premiar crimoso: fim de pensão a assassino de parente


 Garibaldi Alves quer pôr fim a uma aberração da previdência brasileira: assassinos de cônjuges ou parentes recebem pensão do INSS até serem condenados em última instância. Suzanne Richthofen, por exemplo, foi beneficiada pela anomalia. A informação é de Lauro Jardim, na VEJA:

''Alves apresentou uma proposta ao Congresso que proíbe o pagamento quando houver indícios claros de participação do parente, como confissão ou prisão em flagrante. Se o réu for inocentado ao fim do processo, terá direito ao valor retroativo.''

As revistas do fim de semana


capas27
Já nas bancas de todo o Brasil as três principais revistas semanais, trazendo em suas capas os temas mais abordados no cotidiano, alguns com destaque na cobertura da imprensa durante a semana e nos comentários de milhares de usuários das redes sociais.

A IstoÉ trata do debate nacional gerado pela explosão da violência, cada vez mais sem controle, e envolvendo delinquentes abaixo dos 18 anos e que praticam crimes confiantes no famigerado Estatuto Menor.
A revista Época aborda os pontos em comum entre o milionário Eike Batista e um personagem da novela Salve Jorge, da Globo. Os negócios do capitalista muitas vezes são protegidos pela estrutura socialista dos bancos estatatais comandados pelo PT.
E a Veja estampa na capa o tema mais comentado e o mais importante da semana no mundo político: as manobras do governo Dilma para amordaçar o Poder Judiciário, numa ação bem articulada pelo Foro de São Paulo e que também está em andamento na Argentina.

A.M

“Tem vaga, mas não há capacitação para ocupar”, diz superintendente da CDL


Adelmo Freire explica que cargos têm sido ocupados por pessoas de fora do estado em virtude da carência de qualificação
Por Felipe Gibson
Aquecido em relação aos dois últimos anos, o 2013 do comércio potiguar aguarda o termômetro do Dia das Mães para confirmar a continuidade dos bons resultados. Aguardando o comportamento das vendas na primeira grande data do ano para o setor, o superintendente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Natal), Adelmo Freire, espera um clima positivo para o consumo na capital. Entretanto, há pouco mais de um ano da Copa do Mundo de 2014, Freire enxerga deficiências na qualificação de mão de obra e investimentos públicos da cidade. Na entrevista a seguir, o superintendente da CDL Natal fala ainda sobre inovação, uso de tecnologias no comércio potiguar e dos fatores que vão pesar para o setor manter o bom crescimento do começo do ano no estado.
Adelmo Freire explica que investimento público na qualidade de vida da população afeta diretamente o comércio. (Foto: Wellington Rocha)

No Ar: Em janeiro e fevereiro o RN apresentou índices de crescimento entre os melhores do país. O que influenciou essa alta?
Adelmo Freire: 
Fizemos uma avaliação de 2012 e 2011 não favorável ao comércio. A situação econômica nacional e internacional estavam atreladas, pois afetam diretamente a economia local. Assim passamos por 2012 com percentuais bem menores do que o ano anterior. O governo tentou incentivar consumo com a redução de impostos, mas mesmo assim não se chegou ao patamar de 2010. Em janeiro e fevereiro temos características muito próprias em relação à movimentação turística da cidade. Quando a temporada é boa, o comércio varejista. Não é que as pessoas compram muito quando visitam Natal. É uma movimentação em cadeia, o hotel enche, o restaurante enche, precisam comprar para manter a rede, e isso afeta tanto o comércio, quanto as pessoas que atuam no setor. Esse é o diferencial do começo do ano.

E a previsão para o restante de 2013?
A expectativa é que se mantenha esse crescimento, apesar de a maioria das medidas do governo federal não ter continuado. Mas de qualquer maneira já percebemos uma certa movimentação da economia. O fantasma da inflação tem voltado a aparecer. Tudo pode refletir de forma positiva ou negativa, porque o que leva o consumidor ao consumo é o efeito psicológico. Se as notícias forem boas, ele fica mais a vontade de consumir. Se as notícias são negativas, existe preocupação. Temos agora essa situação negativa da ameaça da inflação, mas é algo que ainda não chegou a contaminar o setor. A expectativa é ter uma avaliação melhor nas datas promocionais, como o Dia das Mães, a primeira grande data do ano para o comércio. Já vai nos dar uma ideia no sentido do consumidor estar aberto à situação positiva de consumo.
Já há estimativa de crescimento para o Dia das Mães?Estamos esperando crescer 6,5% em relação ao ano passado. Logicamente em 2012 pelo fato das medidas do governo federal terem começado justamente nessa época, a data foi muito positiva. É um crescimento, mas não como ocorreu do ano passado em comparação a 2011. Ainda assim uma alta favorável, que mostra o momento quente do comércio. A questão do smartphone – o governo federal zerou os impostos do produto – também pode incrementar a data, pois é um presente que representa muito as vendas no Dia das Mães. Outro setor que pode ser diferencial é o de eletrodomésticos, na parte dos televisores. Está chegando a Copa das Confederações, realizada em junho e julho, e devem ocorrer muitas promoções. O segmento faz o link entre o evento e a data promocional. Vamos saber mais desse comportamento quando a data se aproximar, quando as pessoas começarem a consumir e o volume de mídia crescer.
Em relação ao mercado de trabalho? Como você avalia o volume de contratações no RN?
Tivemos um marco muito bom. Foram abertas mais de 1.200 vagas para comércio e serviços, um número até expressivo nos últimos anos. É o término da temporada do emprego temporário e o começo das contratações, que ocorrem nesse período de pós-carnaval e março. O número mostra que já há  necessidade. O mercado imobiliário, na área de serviços, está voltando a ficar aquecido, o que gera  contratação de mão de obra. Como já entramos na reta final de eventos voltados para a Copa, vamos sentir a movimentação nos setores. Shoppings vão reabrir e aumentar as bases. Também tem a entrada de novas redes no mercado. Estão se criando boas perspectivas futuras para o comércio local.
Qual sua avaliação sobre a preparação da cidade para receber a Copa do Mundo?O que tem animado um pouco o comércio são as decisões tomadas pela Prefeitura de Natal. O novo prefeito assumiu agora e tem mostrado algumas propostas muito imediatas para atender a Copa do Mundo. Isso é favorável para o comércio. Um problema muito grave para o setor ocorre em relação à movimentação da cidade. Quando você tem barreiras, prejudica automaticamente o processo de vendas. Natal sofreu uma transformação muito grande nos últimos dez anos não só no sentido de ter novos bairros, mas bairros que se transformaram em grandes bairros. A especulação imobiliária criou alguns nichos de comércio para atender essa demanda. É o caso da região da avenida Maria Lacerda, que hoje tem um polo comercial. Com relação ao evento em si, há toda uma movimentação de entidades para a preparação de mão de obra. Nas pesquisas, Natal é sempre vista como tendo um povo hospitaleiro, mas temos que melhorar o atender bem. Somos receptivos, mas temos que mostrar o serviço na relação do negócio, do comércio em si. Existe toda uma preocupação em capacitar melhor para isso.
O fator qualificação tem avançado?Avançou muito pouco ainda. Temos hoje uma situação clara em que há vagas e faltam pessoas para preenchê-las, e isso tem crescido muito. Tem vaga, mas não há capacitação para ocupar a vaga. Já temos isso há muito tempo e a tendência é piorar, no sentido de não atender essas vagas. A carência dessa questão ocorre devido ao crescimento rápido. A capacitação não vem no mesmo ritmo. Shoppings se ampliam rapidamente e novas redes chegam à cidade. O que antes era algo lento, acontece de uma hora para a outra. O ritmo da qualificação não acompanha e isso gera uma dependência muito forte no setor.
Essa carência tem mais a ver com a questão da oferta de capacitação ou das pessoas buscarem isso?Estamos dando oportunidade a pessoas de fora para preencherem esses espaços. Pessoas de outros mercados começam a vislumbrar mercados onde há essa carência e acontece o preenchimento dessas vagas. Isso ocorre quando se tem uma cidade bem vista em termos de qualidade de vida, pelas características da capital, e que ao mesmo tempo traz oportunidades. O que alerto é a mão de obra local enxergar isso. Temos um crescimento enorme de universidades e faculdades nos últimos dez anos e consequentemente do volume de vagas. As pessoas precisam correr atrás disso para aproveitar as oportunidades. Como falei antes, tudo acontece de forma muito rápida e as pessoas estão sendo lentas nessa movimentação. Assim o de fora vai preencher, e tem muita gente chegando para ocupar até cargos de gestão.
O comércio local tem conseguido inovar?Quando digo que novas redes estão chegando ao mercado, isso automaticamente provoca uma mudança de comportamento por parte das empresas locais a se equipararem em grau de tecnologia, de atendimento e tomada de gestão. Tem ocorrido claramente essa mexida quando entram redes de fora com processos inovadores e novos. Para competir não basta ser uma bandeira da terra. O consumidor é exigente e quer um padrão diferenciado. Na hora de comparar, ele vai observar quem pode oferecer melhor esse tipo de atendimento. Tem empresas locais que correram atrás e hoje são referência. Aquelas que não chegarem a esses padrões vão perder espaço naturalmente.
Quais são as tendências do mercado potiguar para 2013?Precisamos de uma melhora nos investimentos públicos. Aqui temos uma influência muito forte dos órgãos públicos no mercado. A mão de obra está muito ligada a esse setor e ainda não temos um processo favorável em melhorias de investimento do setor público em relação ao estado e à capital.
Em que segmentos específicos esses investimentos são necessários?
Não vou nem falar da mobilidade urbana, pois já toquei no assunto. São questões da segurança, educação e saúde. Sem investimentos nessas áreas você não melhora a qualidade de vida da população. Você não vê grandes ações nesses setores, e sim para tapar buracos, preencher necessidades imediatas. Essa situação afeta diretamente o comércio porque você tem de melhorar o poder de compra das pessoas. Sabemos que o Nordeste é a bola da vez e que estamos tendo uma grande migração de classes sociais nos últimos anos, mas tem de haver continuidade nos investimentos para que se acompanhe o processo da melhora do poder aquisitivo.
Como o comércio potiguar tem aproveitado as novas tecnologias e a internet?O e-commerce, ou comércio eletrônico, cresce cada vez mais no país. Porém ainda não é tão rápido porque a população ainda utiliza muito essas tecnologias como instrumentos de pesquisa e não de compra. Ainda há desconfiança e insegurança nesse processo e nossa região ainda não dá tanta credibilidade ao sistema, até porque as bases dessa relação são de fora. A população ainda gosta de ver o produto, pegar e sair com ele na mão. Sabemos que o acesso à ferramenta é algo comum e algumas empresas locais já estão tirando proveito disso, principalmente para fidelizar o cliente. No e-commerce já tivemos algumas tentativas locais, mas nada de forma grandiosa.
Cada vez mais surgem novos nichos de mercado. Qual sua opinião sobre essa segmentação? São novas oportunidades a serem exploradas?
Acho que o nicho é mais uma questão de dar exclusividade. Temos a migração de classes sociais e melhoria de poder aquisitivo fazendo com que a população compre coisas que antes eram um sonho. Quando você passa dessa fase, entra em outra, da exclusividade e dos produtos personalizados. Você atende uma necessidade, e agora pensa exclusividade, em comprar o produto não junto com outros, mas em uma loja específica. São sentimentos que ocorrem. Por que as classes A e B natalenses estão começando a voltar ao consumo de rua, fugindo um pouco dos shoppings? Porque no shopping há o movimento intenso, muita gente, e no comércio de rua é possível observar lojas criando modelos de atendimento com mai.s personalidade e exclusividade. É o manobrista, a ação personalizada, a loja que conhece o cliente e que vende para um público específico.
É um movimento contrário da ideia do shopping tirando o público do comércio de rua.
O comércio de rua sempre convive com essa luta se vai ou não acabar. Mas ele concentra características que os shoppings não possuem. Se você vai em busca de eletrodomésticos nos bairros de Cidade Alta ou Alecrim, encontra 15 lojas do setor. No shopping se tem no máximo duas ou três. O processo de pesquisa é muito mais amplo, além do volume de área física. Outro processo é a questão do movimento de transporte. Muitos ônibus passam nesses polos comerciais, o que gera uma circulação maior de pessoas. Pesa também o preço mais baixo das mercadorias. Agora o grande problema do comércio de rua é a infraestrutura, a segurança, o estacionamento, entre outras questões

A nossa dor e a dor dos outros


Insuportável assistir, na semana que passou (e talvez na semana que se inicia), o choroso noticiário de TV a respeito das bombas que explodiram na maratona de Boston no último dia 15, com mortos e feridos. O episódio foi, de fato, violento, lastimável, condenável sob todos os aspectos. Como afirmou o governo cubano, em sua reprovação ao episódio, deve ser rechaçado todo ato de terrorismo “em qualquer lugar, sob qualquer circunstância e quaisquer que sejam as motivações alegadas”.

A despeito da justa indignação que as explosões causaram, a repercussão na grande mídia brasileira foi exagerada. A exaustiva ruminação do fato, até em seus detalhes mais inexpressivos, deu a impressão de que a dor dos norte-americanos vale mais do que a dor do resto do mundo, chancelada que foi como a dor suprema da humanidade nos dias que correm.

Não é. É larga e intensa, é legítima, merece irrestrita solidariedade, mas não é a dor maior do mundo. 

Valeria mais que a dos palestinos massacrados cotidianamente pelo genocídio sionista apoiado pelos EUA? Mais que a dos sírios, esmagados por uma guerra insuflada por Israel e pelo imperialismo norte-americano? Mais que a dor dos tantos afegãos e iraquianos mortos pelas guerras que lhe foram travadas pelo império? Fiquemos por aqui. Há muito mais dor no mundo, boa parte disseminada pelo expansionismo belicista norte-americano. Valeriam menos que o justo sofrimento dos bostonianos? Não. Definitivamente não.

Há outro aspecto que o episódio revela: quem promoveu a explosão ocorrida à margem dos sofisticados serviços de segurança dos EUA? Ainda não se respondeu a esta questão, ao menos até o momento em que redijo esta nota. Bem pode ser um daqueles paroxismos de violência típicos da sociedade norte-americana. Ao invés de armar-se até os dentes, entrar numa escola e matar quem está pela frente, talvez o autor tenha preferido bombas. Ou então fruto do fanatismo político. 

Dos 53 atentados terroristas frustrados nos EUA após a explosão das Torres Gêmeas, 43 foram atribuídos aos chamados “hate groups”, ou seja, esses enlouquecidos grupos ligados à truculenta e crescente extrema-direita norte-americana, como informa o jornalista Clóvis Rossi, em artigo sob o título “Deus salve a América. Se der”, publicado na Folha de S. Paulo dias atrás. Segundo Rossi, esses grupos cresceram em 813% só nos primeiros quatro anos do governo Obama.

Mas há os suspeitos de sempre: os árabes e seus descendentes, particularmente os muçulmanos, entronizados no maniqueísta e epidérmico imaginário norte-americano como os autores de todos os males, inimigos públicos preferenciais. Não é por menos que os muçulmanos dos EUA temam se tornar alvo de represálias após o episódio de Boston, ainda que, através de várias de suas associações, tenham condenado explicitamente as explosões. O porta-voz do Conselho das Relações Americano-Islâmicas, Ibrahim Hooper, disse que recebeu “chamadas de ódio habituais”, segundo noticiou o Vermelho. 

Embora a autoria do atentado ainda não esteja descoberta, o New York Post já menciona a existência de um suspeito de origem saudita sob guarda em um hospital da cidade. Por outro lado, dois passageiros e suas malas foram retirados de um voo da United Airlines que decolaria do aeroporto Logan, em Boston, na última terça-feira, 16. Suas identidades não foram reveladas, mas sabe-se que eles falam árabe. 

O lamentável episódio de Boston confirma um certo autocentrismo do conjunto da sociedade norte-americana, cada vez mais alheia ao que chama de “resto do mundo” e, a meu ver, alienada e enfermiça. Nunca me esqueço que seus protestos contra as guerras de hábito perpetradas pelos EUA mundo afora afloram apenas quando começam a chegar os corpos dos seus filhos mortos em combate. É aí que ela se sensibiliza. Quanto aos mortos do outro lado, do lado que em diversos países resistiu à invasão ianque, bem, quanto a esses que morrem aos milhares, pouco se lhes dá. A dor do “resto do mundo” não importa tanto, vale menos, certamente. 


Luiz Manfredini

Juiz mandante de assassinatos vai para a cadeia


 Acusado de ser mandante do assassinato de um colega, o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva. No entendimento da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, ficou provado que o réu participava de um esquema de venda de sentenças e benefícios a detentos com a ajuda de um parente. Em outro processo, Teixeira é alvo de suspeitas de planejar a execução do juiz Alexandre Martins em março de 2003.

O desembargador Adalto Dias Tristão, que relatou o caso, reformou a decisão da 9ª Vara Criminal da Comarca de Vitória, que havia absolvido o juiz. Segundo o TJ-ES, o réu facilitava a progressão de regime e alvarás de soltura para presos em troca de dinheiro. As denúncias do Ministério Público capixaba revelam que um interno da Casa de Detenção de Vila Velha chegou a comprar a liberdade por R$ 20 mil.  (Informação do site Consultor Jurídico - Victor Vieira)

Efeitos da violência


 O nome do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, provável candidato a vice-governador na chapa de Pezão (PMDB), confirma um efeito provocado pela violência, no estado do Rio de Janeiro, nos últimos 20 anos.

Após passar pela Secretaria de Segurança ou pela chefia da Polícia Civil, os ex-secretários buscam a política e são, em geral, bem-sucedidos. Alguns exemplos:
General Nilton Cerqueira, secretário de Segurança, Hélio Luz, Polícia Civil (governo Marcelo Alencar), coronel PM Josias Quintal, secretário de Segurança, Álvaro Lins, Polícia Civil (governo Garotinho), Zaqueu Teixeira, Polícia Civil (governo Benedita), delegado PF Marcelo Itagiba (governo Rosinha).    (Maurício Dias - Carta Capital)

O gerentão da gerentona


 Segundo Lauro Jardim(VEJA) há pelo menos um ministro que questiona Dilma Rousseff nas reuniões. Sempre presente  ao lado da presidente, Aloizio Mercadante passou a sentir-se tão à vontade que palpita e discorda na frente de aliados da presidente em alguns encontros — atitude temerária para os subordinados desde o início do governo.

Enquanto isso, Josias de Souza diz no seu blog que Mercadante desistiu de disputar o governo de São Paulo a pedido de Dilma. Em público, disse que preferiu dedicar-se ao Ministério da Educação. Em privado, contou que a presidente “não abre mão” de tê-lo no comitê de campanha e na equipe do segundo mandato, se for reeleita.
''Na expressão de um dirigente do PT, Dilma “caiu de amores” por Mercadante. E vice-versa. A afinidade é tanta que já desperta ciúmes. Um observador neutro da paisagem ironiza: Mercadante ainda não foi formalmente nomeado coordenador da reeleição. Mas todos acham que ele já está com um certo sotaque.''

domingo, 21 de abril de 2013

Meu Pé de Laranja Lima: filme candidato a best-seller

Por Luiz Carlos Merten/AE

Tudo começou quando a produtora Katia Machado, tocada pela história de Zezé, resolveu adaptar “Meu Pé de Laranja Lima”. O livro de José Mauro de Vasconcelos vendeu mais de 1 milhão de exemplares no País, foi traduzido para 52 línguas e, na Coreia do Sul, chegou a ganhar uma edição em quadrinhos. De novo no Brasil, originou um filme (em 1970) e três telenovelas. Katia encomendou o roteiro a seu amigo Marcos Bernstein. Ocorreu o que poderia parecer improvável - Bernstein gostou tanto da história e do próprio roteiro (que escreveu com Melanie Dimantas) que só faltou suplicar a Katia que o deixasse dirigir. Ela topou, e fez muito bem. “Meu Pé de Laranja Lima”, que estreia nesta sexta-feira, 19, em mais de cem salas, é um belo filme e um provável candidato a best-seller.

Divulgação
Apesar da história regional, o livro publicado em 1968 se torna universal por tratar de temas comuns com humanismo
Apesar da história regional, o livro publicado em 1968 se torna universal 
por tratar de temas comuns com humanismo

É verdade que o livro alcançou esse número extraordinário ao longo de quase meio século, ou seja, atravessando gerações. Mas, se o boca a boca funcionar, Bernstein e Katia podem sonhar com o sucesso. Será merecido. E o importante é que o filme é bom. Bernstein tem currículo. Coescreveu, com João Emanuel Carneiro (autor de “Avenida Brasil”), o roteiro de “Central do Brasil”, de Walter Salles. Dirigiu “Do Outro Lado da Rua”, com Fernanda Montenegro e Raul Cortez. Que ninguém espere dele uma versão derramada da história do menino que foge da miséria de sua pequena vida refugiando-se no mundo da imaginação. Zezé elege a árvore do título como amiga (e confidente). A versão de 1970, de Aurélio Teixeira, carregava nos sentimentos para arrancar lágrimas. Bernstein chega a ser minimalista. Ele diz que nunca viu “O Corvo Amarelo”, clássico japonês (de Heinesuke Gosho), famoso pelo uso da cor, também sobre a infância carente, do qual seu filme parece herdeiro.

A história é regional e vira universal por sua humanidade. “Meu Pé de Laranja Lima já participou de festivais no exterior e, em toda parte, o público se interessa pelos personagens, se comove com a narrativa”, conta Bernstein. “No Festival de Roma, foi escolhido por um júri de jovens como o melhor filme infantojuvenil.” E tem mais. “A história de Zezé é um triunfo da imaginação. Para quem vive de contar histórias, como eu, seja como roteirista ou diretor, tem tudo a ver.” Era um filme cheio de desafios. Criança, árvore, não falta nem mesmo um trem como personagem decisivo na trama. “O trem, como a própria árvore, é essencial. Como se faz isso? Filmei com o mesmo sentimento com que escrevemos, Melanie e eu. Mas o filme não seria tão bom sem esse elenco maravilhoso.” Bernstein conseguiu reunir atores como José de Abreu, Fernanda Viana (do Grupo Galpão), Caco Ciocler. O grande achado foi o garoto João Guilherme Ávila, que faz Zezé.

“Ele é ótimo. Fizemos uma preparação, mas quando chegava a hora de filmar dava para ver a entrega”, diz o diretor. O garoto retribui os elogios. “Foi muito legal fazer o filme com todos esses grandes atores. Foram generosos comigo. É muito bom poder dizer que fiquei amigo do Zé, do Caco.” Zé de Abreu vem de um dos maiores sucessos de sua carreira - o Nilo da novela “Avenida Brasil”. Ele se surpreende com o alcance da novela. “Filmamos antes do estouro de Avenida Brasil. Teria sido muito mais complicado, se o filme tivesse sido feito durante, ou depois.” As filmagens foram realizadas em Cataguases, interior de Minas, onde o pioneiro Humberto Mauro iniciou, nos anos 1920 e 30, um ciclo fundamental do cinema brasileiro.

MEU PÉ DE LARANJA LIMA Direção: Marcos Bernstein. Gênero: Infantil (Brasil / 2012, 97 min). Classificação: 10 anos.

Apodi e apodienses na história da abolição mossoroense


Por Marcos Pinto
A historiografia  potiguar,  atinente  ao   pujante  processo  que  culminou  com  a  abolição  da  escravidão  negra  em terras  mossoroenses,  aponta  para  o  relevantes  papéis   desempenhados  por  Apodienses  radicados  naquelas  plagas.  Nesta  saga  de sangue, suor  e  lágrimas  destacam-se  os  Srs.  CLEMENTINO  DE  GÓIS  NOGUEIRA, opulento  e respeitado  comerciante, e  EUSÉBIO  BELTRÃO, dono  do  Iate  denominado  de  ”APODI”.
Quando  os  notáveis  abolicionistas  mossoroenses  começaram  a  campanha  em  prol  da  libertação  negra, numa  trajetória  de  lutas  e  de  glórias, que  começou  no  final  de  Janeiro  de  1883  e  terminou  na  heróica data  de  30  de  Setembro  do  mesmo  ano, Eusébio  Beltrão  fazia  o  trajeto  marítimo Porto  Franco (imediações  da  cidade  de Grossos-RN) ao  porto  da  cidade  de  Recife-PE, conduzindo  mercadorias  compradas  por  comerciantes  da  praça  de  Mossoró.
EUSÉBIO  era  o  mestre  no  intercâmbio  de  idéias  do  CLUBE  DO CUPIM,com  os  abolicionistas  mossoroenses. Este  Clube  foi  criado  por  abolicionistas  Recifenses,  para  angariação  de  fundos  que  eram  aplicados  na  compra  de  alforrias  de  escravos, bem  como  de  proporcionar  acolhida  aos  que  vinham fugidos  e  perseguidos  pelos temidos  e  famosos  Capitães-do-Mato.
Na  busca  pela  consolidação  da  luta  pela  libertação  negra  em  Mossoró, criaram  o  CLUBE  DOS  ESPARTACUS, com  a  notável  contribuição  dos  referidos  Apodienses.
O  Presidente  do  CLUBE  DO  CUPIM  era  o  rico  comerciante  pernambucano  JOSÉ  MARIA  CARNEIRO  DA  CUNHA, primo  legítimo  do  pai  de  Eusébio –  o  Prof. JOAQUIM  MANOEL  CARNEIRO  DA CUNHA  BLETRÃO, que  foi  o segundo  professor  de  primeiras  letras  na  então  Vila  do  Apodi, em  1841, e que  foi  o    proprietário  do  primeiro  imóvel  residencial  totalmente  construído  em  alvenaria  em  Apodi, que  é  aquele  casarão  senhorial  onde  durante  muitos  anos  residiu  a  doceira  e  boleira  mais famosa  do  Apodi, dona  COTÓ,  tia  paterna  do  saudoso  professor Raimundo  de  Tião  Lúcio (Raimundo  Pereira).
Apodi e o "Casarão de Dona Cotó" (reprodução)
Na  sua  árdua  faina, EUSÉBIO  BELTRÃO  conduzia  escravos  fugitivos  do  Recife, escondidos  no  porão  do  Iate  ”APODI”, remetidos   por João  Ramos, João  Klapp  e  Dr. José  Maria  Carneiro  da  Cunha, Diretores  do  celebrado  ”CLUBE  DO  CUPIM”.
O  Eusébio  conduzia  cartas  dirigidas  aos  componentes  do  CLUBE  DOS  ESPARTACUS.
Para  burlar   a  vigilância  dos  senhores  dos  escravos, escreviam  que  seguiam  tantas  ”levas de  abacaxis”. O  contexto  em que  encontramos  o  Sr. CLEMENTINO  DE  GÓIS  NOGUEIRA  desempenhando  a  honrosa  missão de  acolhida  e  proteção  aos  escravos  fugitivos, encontra-se  nas  páginas  do  livro  ”SUBSÍDIOS  PARA  A  HISTÓRIA  DA  ABOLIÇÃO  DO CATIVEIRO  NO  RIO  GRANDE  DO  NORTE”. Autor: João  Batista  Galvão – Coleção  Mossoroense – Vol.  CCXI – Ano  1982), senão  vejamos:
“Contava  ROMUALDO  GALVÃO  que  certa  vez  fugira  um  cativo  da  Província  de  Pernambuco  e se  homiziara  sob  a bandeira  da  ”LIBERTADORA  MOSSOROENSE”.  Com  poucos  dias, chega  um  Senhor  de  Engenho  pedindo  o  escravo  de  sua  propriedade.  Romualdo  quer  adquirí-lo  para  alforriar  e  propõe  a  importância de  Cr$  2.00  atuais  e  a  resposta  foi  esta:
-  O  senhor  não  tem  dinheiro  que  pague  uma  surra  que  desejo  dar  em  minha  terra, nesse  negro!.
Enfim, conduz  o escravo garantido  por  lei.
Romualdo  Galvão, Romão  Filgueira e  Durval  Fiúza  comissionam  Rafael  Mossoroense  e  mais  outros  ex-escravos  mascarados  e  mandam  retomar  o  negro,  após os limites do  município  e  em  seguida  dar no  senhor  de  escravos  umas  pancadas,  e  esconder  o  cativo  na  propriedade  denominada  de  ”Garrafa”, no  Apodi,  do  tio  de  Romualdo, de  nome Clementino  de Góis  Nogueira,  já  referido”.
Desse  dia em diante,  o  lugar  mais  seguro  e  ermo  para  esconder  os  escravos  fugidos passou a ser   o  sítio  ”Garrafa”, onde  os  mesmos  eram  acolhidos  com  a  recomendação  de  que  fosse  divulgado  que eram  de propriedade dele Clementino.
Este  bravo  apodiense  tinha  outra  minudência  histórica:  Era  amigo  íntimo  de  JESUÍNO  BRILHANTE, o famoso  ”Cangaceiro  Romântico”, a  quem  acolhia/escondia em seu suntuoso casarão com sobrado, quando  este vinha  a  negócios  em  Mossoró.
CLEMENTINO  era  descendente  direto  de  Antonia  de  Freitas  Nogueira, fundadora  do  Apodi. Era, também, irmão  de  Bernardino de  Góis  Nogueira, bisavô  materno  do  professor ROBSON  LOPES,  de  saudosa  e  veneranda  memória.
Marcos Pinto é advogado, historiador e pesquisador

Fonte:Jornalista Carlos Santos

Henrique quer ‘dar um bolo’ no PT potiguar: candidatura própria já

O sentimento de que se faz necessária a definição de uma candidatura própria ao governo do Estado por uma frente de esquerda e centro-esquerda toma conta do PT e de outros partidos que se identificam com um projeto diferenciado do que se viu na Prefeitura de Natal, Micarla à frente e no Governo do Estado, sob o jargão de Rosalba, mas com José Agripino o símbolo da extrema direita no Estado e os Alves que se decidiram se relacionar com PT no mesmo diapasão do bispo do Auto da Compacidade que, tratava “os pequenos com uma empáfia só comparável à bajulação com que tratava os grandes”. É evidente a movimentação de Henrique Eduardo, com a complacência ativa de Garibaldi Filho no sentido de articular uma “frentona” de apoio a Dilma em 2014, onde o PT potiguar submete-se a jogar de gandula ou forma um time à la Davi para enfrentar o rolo compressor dos Golias associados. O que Henrique, com toda a desfaçatez, articula é o apoio, por sinal já insinuado de Rosalba Ciarlini a reeleição de Dilma Rousseff. Neste contexto ele seria o candidato ao Senado e João Maia, o vice, já que Robinson Faria está completamente fora do tabuleiro dos semideuses do Olimpo-tiguar. Se o PT não quiser ser pego de calças curtas tem que se articular urgentemente. Chamar o que lhe resta de aliados e até buscar partidos que estão cheios de ex-petistas que se afastaram da sigla na medida em que o PT se aproximou do centro-direita onde muito deu e nada ganhou. O projeto Fátima Bezerra/Senadora é o mais lógico, o mais sensato, o mais importante para o PT Nacional e para o PT potiguar. Mas, por isso mesmo, deverá ser execrado no caldeirão dos bruxos locais, os pajés que também são caciques. Alimentei ilusões quanto a uma chapa Garibaldi/Governador com Fátima/Senadora, cabendo a vice governadoria a Márcia Maia por trazer a força de Wilma ao palanque, ou Larissa, por dividir um pouco Mossoró, onde Rosalba volta a ser vaiada. Mas, começo a crer que se o PT quiser ser chamado para o tabuleiro do xadrez político tem que já ir com um nome ao governo e outro ao senado. Se houver disposição de se compor uma chapa com a base aliada federal aqui no Estado, abre-se mão do que for preciso abrir, mas se der errado, como me parece que Henrique trabalha para tanto, poderemos conversar com as esquerdas do Estado e os partidos que quiserem lutar contra a hegemonia dos caciques da taba de Poti.

CRISPINIANO NETO

A cultura do medo


(*) Célio Pezza
O medo é uma reação que surge a partir do contato com algum estímulo físico ou mental que gera um alerta no organismo. Este processo dispara uma resposta fisiológica que libera hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, preparando o indivíduo para lutar ou fugir. Antes dessa reação temos a ansiedade, onde o individuo teme e sofre por antecipação. Na verdade crescemos familiarizados com o medo e, desde pequenos, nossos pais nos incutem algum tipo de medo, como o medo do escuro, das pessoas desconhecidas, do homem do saco, do bicho papão, das bruxas, dos fantasmas e assim por diante.
Quando crescemos, continuamos sob a cultura do medo: medo da morte, medo de se perder numa rua vazia, medo do pecado, medo da inflação, medo de tudo. A cultura do medo é a melhor forma de manipular as pessoas e muito utilizada para controle das massas. Já Maquiavel aconselhava o Príncipe a instigar o medo nos seus súditos, porque este era mais potente e duradouro que o amor. Governar pelo medo! Esta era a sua orientação, sempre seguida fielmente pelos tiranos e opressores.
A própria educação se deu historicamente através de castigos e do medo. Na verdade a maior parte do mundo é educada pelo medo, para o medo e com medo. Uma criança com medo torna-se obediente e incapaz de impor sua vontade e desta forma o medo torna-se uma limitação do seu potencial. Na vida adulta a cultura do medo continua e temos medo de guerras, de terroristas, de bandidos, de pessoas mal encaradas, de sair nas ruas.
Também temos medo das autoridades, da policia, da morte, dos castigos divinos, das ofensas aos santos, das blasfêmias, de perder o emprego, de ficarmos doentes e assim por diante. Os governos usam e abusam da cultura do medo e com isso vão restringindo a nossa liberdade, nossa criatividade, nosso questionamento e nosso conhecimento. Andamos cheios de medos e essa é a melhor forma de sermos manipulados. Basta uma série de reportagens sobre um tipo especial de gripe e no dia seguinte temos filas para tomar vacinas.
As noticias sobre atentados terroristas, nos fazem ver bombas em todos os pacotes e isso dá margem a aceitarmos de formas humilhantes uma série de imposições das autoridades durante viagens internacionais. Na verdade, uma grande parte das noticias têm exatamente a intenção de nos manter em constante medo. Quanto mais medo, melhor. Quanto mais medo, mais fácil de manipular. Nas religiões também é desta forma; medo de pecar, medo de fazer qualquer coisa que possa provocar a ira divina e como consequência, um grande castigo, como ir para o inferno e sofrer penas atrozes pela eternidade. Onde existe o medo não há espaço para a sabedoria, mas, infelizmente, fomos criados para temer a tudo.
Platão disse que podemos perdoar uma criança que tem medo do escuro, mas a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. A verdade é que a maior parte dos medos desaparece com o conhecimento e, sem medo, começamos a questionar e não mais aceitar muitas das tolices que nos dizem. Por isto, os Príncipes de Maquiavel espalhados pelo mundo tanto se esforçam na manutenção da ignorância e dos medos.

(*) Célio Pezza é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra – Recomeço.

Governo Dilma bate recorde e compra 9,3 mil ônibus escolares em 2012


Governo Dilma bate recorde e compra 9,3 mil ônibus escolares em 2012
Foto: Divulgação
A presidente Dilma Rousseff entregou quase 9,3 mil ônibus escolares do Programa Caminho da Escola ao custo de R$ 1,8 bilhão, apenas fruto de investimentos federais em 2012. O número é recorde e representa cinco vezes o número de veículos adquiridos no ano anterior. As aquisições do primeiro trimestre deste ano pelos prefeitos somam quase 1,4 mil ônibus, que custaram R$ 282 milhões bancados pela União, Municípios e Estados e por financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2010, ano em que Dilma foi eleita, o então presidente Lula desembolsou R$ 806 milhões para distribuir 4,3 mil ônibus pelo país, mais que o dobro do valor investido no ano anterior. Ao somar investimentos federais, recursos estaduais e municipais e empréstimos, foram entregues 3.4 mil ônibus em 2009 e 6,2 mil veículos escolares em 2010. No primeiro ano de mandato de Dilma, o Caminho da Escola concedeu 2,2 mil coletivos. Segundo o Ministério da Educação, "quem faz o pedido dos veículos são as próprias prefeituras, com base nos dados do censo escolar" e o critério para definir a quantidade de meios de transporte é o número de alunos matriculados nas escolas de educação básica da zona rural que utilizam sistema. Informações do Estado de S. Paulo.

Falsa boa ideia


Em artigo no O POVO deste domingo (21), o sociólogo André Haguette comenta do movimento da redução da maioridade penal. Confira:
Cansados, apavorados, nos precipitamos todos – 93% da população – para uma solução imediata e simplória, a redução da idade penal. Cansados, apavorados, não medimos as consequências, não raciocinamos em longo prazo; queremos nos ver livres da violência hoje, agora, chutando com os dois pés o que pode ocorrer amanhã e, sobretudo, sem nos questionar sobre se acertamos o alvo. Vale a pena meditar sobre o depoimento do leitor Diego Almeida dado ao excelente colunista político Érico Firmo: “Não me importo do que será a vida deles (condenados) após cumprirem penas. Me importo em saber que ele não matará mais os homens e mulheres de bem enquanto estiverem enjaulados”.
Quer dizer que os menores de idade após cometerem um crime são descartáveis e que eu e a sociedade não devemos mais nos importar com eles? Até o lixo a gente recicla! E após o encarceramento de três, seis, oito anos, quais as chances de voltarem a matar, tipo bomba-relógio? O “enjaulamento” os terá curado, redimido, purificado, socializado? Não importa saber se o “enjaulamento” diminuirá a incidência dos crimes e, em particular, dos homicídios? E, sobretudo, não importa perguntar quais provas temos para afirmar que a redução da idade penal diminuirá a incidência de crimes?
Há dados policiais questionadores que devemos olhar com carinho: os adolescentes assassinam mais ou são mais assassinados? Estatísticas mostram que jovens de 15 a 24 anos representavam, em 2007, 38,5% das vítimas de homicídios, embora correspondessem a cerca de 20% da população brasileira. Já os crimes contra a vida eram 8% das infrações cometidas por jovens (estatísticas citadas por Érico Firmo). O que deve nos preocupar: a violência contra os jovens ou a violência cometida por jovens? Sem dúvida, as duas coisas porque elas são consequências de uma mesma situação, o aumento da violência generalizada no País.
A atitude que me parece correta é a seguinte: o que provoca essa situação generalizada e, de maneira específica, o que provoca o crime de jovens de 16 a 18. Salvo exceções, como em casos de psicopatologia, o crime só ocorre em condições provocadoras, em um terreno favorável, o que significa dizer que ele é permitido socialmente. A política correta seria a de eliminar os condicionantes que incitam ao crime ou que o permitem. Será a redução da idade penal um desses condicionantes?
Para mim, são significativas as estatísticas do Ministério da Justiça em revelarem que são 140 mil os presos de 18 a 24 anos, sendo esta faixa de idade com maior representação nos presídios brasileiros. Ou seja, a aplicação do direito penal normal não impediu ações violentas por parte desses jovens. Ao contrário, os dados demonstram que a prática do crime é maior nessa faixa do que entre aqueles que contam com 16 a 18 anos. Se o encarceramento de estilo adulto não diminui a criminalidade entre jovens de 18 a 24 anos, por que o mesmo tipo de encarceramento diminuiria os crimes cometidos por jovens de 16 a 18? E que, após soltura, 70% recidivam. Um sucesso!
Não basta, no entanto, escrever que a redução da idade penal é uma solução de facilidade que erra o alvo. É necessário discutir as verdadeiras soluções. Mas não há espaço aqui para isso.

Justiça condena 23 policiais militares pelo Massacre do Carandiru



.No início da madrugada deste domingo (21), 23 dos 26 policiais militares acusados da morte de 15 detentos no Massacre do Carandiru foram condenados pelo Tribunal do Júri. O juiz José Augusto Nardy Marzagão, que presidiu o julgamento, fixou a pena em 156 anos de reclusão para cada um, em regime inicial fechado. Os réus podem recorrer em liberdade. Roberto Alberto da Silva, Eduardo Espósito e Maurício Marchese Rodrigues foram absolvidos.
O julgamento durou seis dias, após um jurado passou mal na noite do segundo dia e os trabalhos ficaram suspensos por um dia e meio.
O Massacre do Carandiru é conhecido como o maior massacre do sistema penitenciário brasileiro e ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante a invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do Presídio do Carandiru.
O único envolvido cujo julgamento chegou ao final, coronel Ubiratan Guimarães, foi inocentado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em fevereiro de 2006. Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros vítimas na invasão do complexo penitenciário do Carandiru. O militar foi assassinado em setembro de 2006, em crime do qual a namorada foi acusada e depois absolvida (em novembro do ano passado), por falta de provas.
(Agência Brasil)

sábado, 20 de abril de 2013

Marin desafia Dilma: ‘Ninguém me tira da CBF’

 

Reeleito para a presidência até 2015, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, ameaça “botar a boca no mundo” se a presidenta Dilma articular sua substituição pelo ex-jogador Leonardo, hoje no PSG da França, ou Ronaldo, como ela cogita, por não suportar os vínculos dele com a ditadura. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também quer ver José Maria Marin pelas costas. (Do site do Claudio Humberto)

sábado, 13 de abril de 2013

EUDO LEITE:a Polícia não investiga poderosos


Há uma boa justificativa para o fato de existirem bem menos pessoas presas atualmente no Brasil por decorrência de investigações do Ministério Público do que aqueles que são detidos pela Polícia Civil, conforme apontou diretor da Associação Nacional dos Delegados de Polícia, Magnus Barreto. E o motivo disso não tem nada a ver com o fato do MP poder ou não investigar. Segundo o presidente da Associação dos Promotores de Justiça do RN (Ampern), Eudo Leite, o motivo é que o MP investiga crimes praticados por poderosos, enquanto as polícias prendem pessoas mais humildes.
“Magnus tem alguma razão no que está dizendo pelo simples fato de que quem está investigando os crimes de corrupção, de colarinho branco, os poderosos, é o Ministério Público. A Polícia está investigando só preto, pobre e prostituta. Portanto esses vão para cadeia normalmente no Brasil”, afirmou o presidente da Ampern.
Segundo Eudo Leite, “os políticos, a classe econômica poderosa nesse país, a gente tem uma grande dificuldade de colocar na cadeia. Mas o MP tem feito um trabalho exemplar. Tem investigado, tem acusado. Tem conseguido prisões para permitir que o processo possa andar, prisões preventivas, que permitem a não destruição de provas”.
Além disso, o fato das condenações não terem sido deferidas até o momento, em muitos casos, não é consequência da investigação, mas sim do ritmo processual mesmo. “Condenação ou não, aí é um problema do sistema judicial brasileiro. É um problema de cultura. É um problema do processo ser muito mais complexo, ter grandes advogados, que cria uma grande dificuldade para o processo tramitar adequadamente. Na verdade, os poderosos, a quem o MP atinge, realmente, há muito mais dificuldade para que eles sejam condenados”, analisou.
Jornal de Hoje

Corpo de Bombeiros tem déficit de 2.500 homens


O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte tem um déficit de 2.500 homens. Hoje, o CBRN conta com um contingente de 675 policiais. Considerando a população do Estado – em torno de 3,2 milhões –, o número ideal de bombeiros deveria ser de 3.200 homens. Apesar do déficit alto, o tenente Cristiano Couceiro afirmou que a corporação consegue dar uma resposta satisfatória a quem procura a instituição. “De janeiro a março deste ano, realizamos mais de 1250 ações preventivas de vistorias e análises de projetos de edificações em bares, boates e pubs na Região Metropolitana de Natal”, informou Couceiro.
Em março, a corporação convocou todos os proprietários de recepções (festas de casamentos e formaturas) da capital para reuniões visando orientá-los sobre os procedimentos de regularização destes ambientes. Este mês, serão realizadas a 3ª e 4ª Fiscalizações Preventivas Integradas. A data para as ações ainda será confirmada.
Apesar do déficit de pessoal, o comando do CBRN está otimista e acredita que o cenário vai mudar até a Copa do Mundo de 2014. “Percebo que há uma vontade política de mudar a realidade. Nos próximos anos devemos receber, pelo menos, mil bombeiros”, disse o comandante Elizeu Lisboa.
Outro desafio – destacou o comandante – é possibilitar uma maior valorização dos praças, através da garantia de uma justa ascensão profissional. “A grande evasão de militares demonstra que algo precisa mudar”, sentenciou. Até o fim de 2012, 60 bombeiros deixaram a corporação por aposentadoria.
 Tribuna do Norte

Senai abre cursos profissionalizantes


O Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta, do SENAI-RN, está com inscrições abertas até o dia 15 de abril, para nove cursos profissionalizantes. Tanto as inscrições quanto os cursos são gratuitos.
Podem se inscrever estudantes de escolas estaduais de Natal que cursam o 2º ou 3º ano do ensino médio.
Os interessados devem procurar a Secretaria Escolar do Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta, munidos de Carteira de identidade, xerox do CPF, declaração de escolaridade e comprovante de residência.
Os cursos, relacionados abaixo, com horários e duração, fazem parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC).
Costureiro – 160 horas – manhã
Costureiro – 160 horas- tarde
Operador de Máquinas de Corte – 160 horas – manhã
Modelista – 210 horas – manhã
Modelista – 210 horas – tarde
Desenhista de Moda – 160 horas – manhã
Desenhista de Moda – 160 horas – tarde
Padeiro – 200 horas – manhã

“O mercado de trabalho está necessitando de profissionais capacitados nas ocupações referidas e é uma  excelente oportunidade tanto para as empresas como para a sociedade em geral”, afirma a diretora do Clóvis Motta, Waldenice Cardoso.

BOA NOITE, Cecília Meireles



Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Conheça cinco possíveis maneiras de melhorar o trânsito no Brasil


Do EcoD  
O total de veículos nas ruas do Brasil mais que dobrou nos últimos dez anos, atingindo o total de 64,8 milhões apenas em dezembro de 2010, segundo levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). E não para por aí, a Agência Internacional de Energia apontou que em 2035 haverá cerca de 1,7 bilhão de carros nas ruas.  
No Rio de Janeiro, por exemplo, as pessoas gastam, em média, quase uma hora e meia no percurso casa-trabalho, sendo que 5% da população chega a perder mais de duas horas no trânsito. O EcoD mostrou que, entre os cariocas, o ônibus foi citado como principal meio de locomoção, com cerca de 47% de usuários, já 19% dos entrevistados na pesquisa vão a pé para o trabalho, 10% usam van, 3% o metrô, e 1% se locomove de trem.   Conheça possíveis maneiras para melhorar o trânsito do Brasil:
Compartilhamento de carros  
O EcoD já mostrou que o chamado car sharing (compartilhamento de carros, em português) pode ser uma boa solução para pessoas que utilizam carros por curtos períodos de tempo. O modelo de aluguel de carros permite que o motorista utilize o automóvel e deixe-o em um lugar estratégico para que o próximo locatário possa dirigir.
Segundo um estudo da Universidade de San José, na Califórnia, feito com empresas do ramo nos Estados Unidos, um único automóvel pode ser usado por até 13 pessoas durante o dia.  A americana ZipCars, por exemplo, que detém quase metade do mercado mundial, cobra US$ 8,00 por hora de uso, em qualquer dia da semana, por exemplo. No Brasil, o valor varia entre cerca de R$13,00 e R$47,00.
Pedágio Urbano  
Cobrar pedágio nas áreas centrais da cidade mostrou ser uma solução de sucesso em Londres e em Cingapura. Os recursos arrecadados no pedágio são investidos no transporte público.  
Bogotá foi o país pioneiro da América Latina a aderir ao modelo, em 2012. Segundo o prefeito da cidade, Gustavo Petro, a cobrança não é pela posse do carro e sim por utilizá-lo em áreas de riscos.
Além de ser uma ferramenta para combater o congestionamento, o pedágio urbano também auxilia as cidades a economizarem bilhões de dólares em perda de produtividade econômica, custos com saúde pública e ainda ajuda a melhorar a qualidade ambiental da região.
Corredores e faixas exclusivas para o transporte público  
Curitiba e Bogotá já utilizam esta solução, e cada vez mais cidades aderem ao modelo. Reservar uma faixa exclusiva para o transporte público é uma maneira de garantir agilidade no percurso, segundo especialistas. Na cidade brasileira, este sistema é utilizado desde 1974.
Um dos projetos para a Copa do Mundo de 2014 são corredores expressos, como previsto no Rio de Janeiro, que pretende beneficiar cerca de 1,5 milhão de passageiros diariamente. São: T5 (28 km de faixa exclusiva para ônibus ligando a Barra à Penha) e os BRTs (ônibus de trânsito rápido) na Avenida Brasil, Barra-Deodoro e Barra-Zona Sul.
Ciclo vias e ciclofaixas  
A bicicleta tem sido um meio de transporte muito utilizado atualmente nas cidades brasileiras. Mas, o perigo de pedalar entre os carros pode fazer com que algumas pessoas temam usar a bike como o principal meio de transporte.
A prefeitura de São Paulo, cidade conhecida por seus extensos engarrafamentos, pretende implantar 400 km de vias exclusivas para as bicicletas até 2016, o projeto é intitulado Sou + SP de Bicicleta.
Recentemente, ciclistas da capital paulista se reuniram para cobrar medidas de segurança no trânsito. A iniciativa foi motivada pelo acidente com o jovem de 21 anos, o limpador de vidros David Santos, que teve o braço decepado ao ser atingido por um carro em alta velocidade enquanto pedalava na ciclofaixa da Avenida Paulista.  
Carros para mais passageiros e pistas de incentivo para caronas  
Dados apresentados no EcoD apontam que se todas as pessoas que vão de carro ao trabalho pegassem uma carona uma vez por semana, o trânsito das cidades diminuiria 12%. Isso representa toneladas de CO2 que deixariam de ser emitidos e quilômetros de engarrafamento a menos.   Por isso, outra opção para diminuir o número de carros nas ruas é incentivar a carona. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram implantadas pistas exclusivas para automóveis com mais de dois ou três passageiros, nas vias urbanas. A iniciativa é uma tentativa de motivar os motoristas a oferecerem caronas.
A carona solidária também pode ser uma boa opção. O modelo funciona tanto em empresas e escolas quanto para pessoas do mesmo bairro. O sistema é simples: basta encontrar alguém que tenha um itinerário parecido e combinar para que um dê carona ao outro.
Pode funcionar em revezamento (cada dia é utilizado o carro de uma pessoa) ou os “caroneiros” podem contribuir com uma quantia referente ao combustível, por exemplo. Não há limite de distância, pode ser uma carona para a próxima esquina ou até outra cidade. Saiba mais!

Escrito por  


O tomate virou celebridade

O fruto vermelho está para o PT como a maçã para Adão e Eva.

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Desde o pãozinho de queijo do Itamar Franco, nenhum produto comestível havia alcançado tanta popularidade quanto o tomate da era Dilma Rousseff. Ganhou as capas das duas principais revistas semanais do país, Veja e Época, que reproduzem em reportagens especiais os aspectos econômicos da subida de preço, provocada por uma inflação que parece querer retomar uma velha notoriedade dos tempos de um interino Sarney, e pelo grau de picardia que o fato alcançou pelo país, com piadas de todos os gostos e matizes, bem ao nível da vermelhidão enganosa do PT.
Alex medeiros

Previdência do servidor: especialistas cobram gestão profissional e mais rigor no controle


Por Ricardo Souza

A previdência dos estados e municípios apresenta números bastante contraditórios. Enquanto em alguns estados e municípios já existe uma poupança acumulada, gestão profissional e até superávits, em outras a situação é calamitosa, faltando dinheiro para garantir o pagamento dos benefícios previdenciários no presente e no futuro.

Preocupados com esse problema, especialistas em regimes próprios de previdência social (RPPS) reuniram-se nesta sexta, em sua Assembleia Nacional, no Plenarinho III (2º andar), do edifício da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, em Recife.

Dentre as grandes preocupações dos especialistas está o atraso do pagamento das contribuições previdenciárias por estados e municípios, a escolha de pessoas sem conhecimento técnico para gerir as entidades, a ausência de recursos e as mudanças na estrutura da sociedade.

Para enfrentar esses problemas, será discutido um Anteprojeto de Lei de Desenvolvimento dos RPPS que exige a profissionalização do setor, o fortalecimento da fiscalização, a possibilidade de intervenção nas entidades e até a definição de crimes contra o equilíbrio financeiro das previdência.

A escolha de Recife para sediar a Assembleia deveu-se ao fato de Pernambuco ser um estado-polo, tendo formado os primeiros especialistas na área. Para participar da Assembleia foi necessário ter concluído o curso de especialista em RPPS, ser professor de algum curso dessa natureza ou, ainda, ter feito especialização, mestrado ou doutorado com a elaboração de artigo, monografia, dissertação ou tese focada em regimes próprios de previdência social.

O evento elaborarou uma Carta dos Especialistas que será encaminhada ao Ministério da Previdência Social, entidades previdenciárias e personalidades da política nacional.

Obra de Clarice Lispector é finalista em importante premiação


 
Livro que no Brasil teve 
inúmeras edições foi traduzido 
nos Estados Unidos somente no
 ano passado


A primeira tradução para o inglês de Um Sopro de Vida (A Breath of Life), o último romance de Clarice Lispector, por Johnny Lorenz, é finalista do Prêmio de Melhor Livro Traduzido nos Estados Unidos, na categoria Ficção. O anúncio dos dez finalistas, escolhidos entre os 25 nomeados, foi feito nesta quarta-feira (10) pelo centro de investigação literária que criou a premiação, o Three Percent, da Universidade de Rochester, no estado norte-americano de Nova Iorque.
O Prêmio de Melhor Livro Traduzido nos Estados Unidos é atribuído anualmente ao melhor livro traduzido para o inglês, publicado no mercado norte-americano, considerando a qualidade da obra e da tradução. Segundo a organização, a premiação é “uma oportunidade para honrar e distinguir tradutores, editores e outros agentes literários que ajudam a disponibilizar a literatura de outras culturas aos leitores americanos”.

A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá em Nova Iorque no dia 4 de junho. O autor e o tradutor das obras premiadas nas categorias de Ficção e Poesia receberão um prêmio de US$ 5 mil dólares (cerca de 3.800 euros) cada, atribuído pela Amazon.

Clarice Lispector decidiu ser escritora em 1933, aos 13 anos. Em 1942, publicou sua primeira obra, Perto do Coração Selvagem. Ela escreveu 36 livros, entre os quais A Paixão Segundo G.H, A Vida Íntima de Laura, A Mulher que Matou os Peixes, Laços de Família e A Maçã no Escuro.

Um Sopro de Vida

Quando a escritora Clarice Lispector terminou 'Um sopro de vida (Pulsações)', às vésperas de sua morte, por câncer, em 1977, sabia que este seria o seu livro definitivo. O livro era de fato o sopro de vida de Clarice, que precisava escrever para se sentir viva. Na história, ela fala de um homem aflito que criou uma personagem, Angela Pralini, seu alter-ego. Mas ora ele não se reconhecia em Angela, porque ela era o seu avesso, ora odiava visceralmente o que via refletido naquela estranha personagem-espelho. O último romance de Clarice Lispector, foi editado nos Estados Unidos em 2012 pela New Directions. A escritora brasileira morreu aos 57 anos.

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