domingo, 27 de novembro de 2011

Profissões além das tradicionais ou da moda

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Profissionais de estatística, economia e contabilidade têm tido espaço para atuar em diversas empresas

Por Sílvia Gusmão

Medicina, direito e engenharia estão entre as profissões tradicionais, frequentemente, associadas a status, bons salários e estabilidade na carreira. O que leva muitos vestibulandos, estimulados pelos pais ou pelo colégio, sentirem-se atraídos por elas na hora escolher o curso. Outras, já são alvo de muito interesse, porque estão na moda e são constantemente decantadas na mídia. Moda, gastronomia, publicidade, jornalismo, estão entre elas. O problema é que ter a chancela de tradicional ou estar em evidência não significa que a opção por elas, seja garantia de emprego ou de boa remuneração. No entanto, há outras que, por desconhecimento ou preconceito, são subestimadas pelos estudantes no momento de definir a carreira. Apresentam um mercado em expansão e, muitas vezes, oferecerem boas perspectivas de emprego.

É o caso, por exemplo, de enfermagem. Trata-se de uma das profissões da área da saúde que mais rapidamente emprega. Oferece inúmeras oportunidades de trabalho em hospitais, nos homecares e nos Programas de Saúde da Família junto às comunidades. O aumento da expectativa de vida da população tenderá a ampliar ainda mais as possibilidades de emprego para os enfermeiros. No entanto, este cenário otimista é inversamente proporcional à procura dos estudantes pelo curso. A profissão emprega bem, mas atrai pouco.

Há outras opções além das engenharias, para quem gosta de lidar com números. Profissionais de estatística, economia e contabilidade têm tido espaço para atuar em diversas empresas da inciativa privada e do setor público, porque estão em alta, hoje, especialistas que saibam interpretar dados e traçar planos de investimento para as instituições. Outra alternativa é geologia, que oferta áreas de atuação ligadas ao meio ambiente e à mineralogia, no gerenciamento de recursos naturais.

Esses exemplos demonstram que pode valer a pena os estudantes olharem para outras profissões, além daquelas já “conhecidas”.

Nota do Ministério Público, em resposta a Wilma

NOTA

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, em razão de notas à imprensa elaboradas pela ex-Governadora do RN, Wilma Maria de Faria, e seu filho, advogado Lauro Maia, em que se faz adjetivações negativas a respeito da atuação desta Instituição e se lança um “desafio”, vem a público esclarecer o seguinte:
a) É comum que investigados, confrontados com fortes indícios e evidências de sua participação em ilícitos procurem desviar o “foco” do noticiário, por meio da desgastada estratégia de tentar acusar e desafiar o órgão investigador;
b) Quanto à acusação de má-fé por parte desta Instituição, muito provavelmente pelo fato de se ter dado publicidade a provas, indícios e evidências de que a ex-Governadora do RN, Wilma Maria de Faria, e seu filho, advogado Lauro Maia, tiveram participação na cadeia criminosa revelada na operação “Sinal Fechado”, esta deve ser prontamente repelida;
c) Não existiu qualquer razão metajurídica para tanto. Não houve “pirotecnia jurídica”, mormente diante de peças bem elaboradas, claras e tecnicamente precisas. Não existem “medos políticos inconfessáveis” por parte desta Instituição. Ao contrário, o Ministério Público tem se pautado pela investigação e acusação a quem quer que seja, como no caso presente, independentemente de sua suposta importância ou “lado” na cena política; Aliás, todas as menções a Srª Wilma Maria de Faria e ao advogado Lauro Maia constantes nas petições advém de informações obtidas a partir de diálogos mantidos entre os investigados, que de forma expressa registram tais pessoas como beneficiárias das ações da organização criminosa, tendo o Ministério Público, como é de seu dever, levado os fatos ao Poder Judiciário, que reconheceu a procedência dos pedidos e determinou a realização das diligências necessárias à continuação da apuração dos fatos. Não há uma única afirmação feita pelo Ministério Público que não esteja baseada em elementos de evidências e provas, notadamente as próprias palavras dos demais investigados e pessoas referenciadas em interceptações judicialmente autorizadas.
d) Não é verdade que um membro do MPRN teria afirmado inexistir provas contra a ex-Governadora do RN, Wilma Maria de Faria, e seu filho, advogado Lauro Maia, na coletiva de imprensa dada na tarde do dia 24 passado. O que se afirmou foi que não havia necessidade de busca e apreensão na residência destes investigados, dado que, muito provavelmente, não seriam ali encontradas provas a esse respeito, uma vez que os fatos ocorreram em meados de 2009;
e) Ora, as petições levadas a público com autorização judicial, que continuam à disposição no “site” da Instituição (www.mp.rn.gov.br), descreveram de forma minuciosa as diversas provas acerca da participação dos investigados em comento, colhidas ao longo de nove meses de apurações, como diálogos em que se afirma, categoricamente, que George Olímpio pagou vantagem indevida (“propina”) a Lauro Maia, bem como fez promessa de pagamento de vantagem indevida a este investigado, além de comunicações telemáticas em que George Olímpio revela que participou ativamente da elaboração de projeto de lei de autoria da investigada Wilma Maria de Faria, tendo recebido a própria mensagem por ela encaminhada à Assembléia Legislativa, com o projeto de lei que resultou na sanção da Lei n.º 9.270/09, o que representou indício de que as propostas a Lauro Maia se destinavam, em verdade, à sua mãe, então gestora máxima do Executivo Estadual;
f) O interrogatório do investigado José Gilmar de Carvalho Lopes (Gilmar da Montana), tomado no dia da operação, e, portanto, após a elaboração das referidas petições corrobora a prova e evidências até então conhecidas, reforçando ainda mais o que já havia sido apurado, principalmente quando o mesmo afirma que, de fato, George Olímpio lhe confidenciou que ofereceu promessa de vantagem indevida à investigada Wilma Maria de Faria, consistente em cota de 15% (quinze por cento) da sua parcela nos futuros lucros do Consórcio INSPAR, como forma de garantir a vitória deste consórcio na licitação para a inspeção veicular no RN;
g) Diversas provas já colhidas na investigação Ministerial, portanto, dão conta da implicação e envolvimento da Ex-Governadora Wilma de Faria e seu filho Lauro Maia no aludido esquema;
h) Importante repisar, apesar de ser de conhecimento público, que o Ministério Público Estadual contesta veementemente a constitucionalidade da Lei n. 9.270/09, que trata da Inspeção Veicular no Estado do Rio Grande do Norte, tanto que representou ao Procurador-Geral da República em face de tal vício, tendo sido ajuizada no Supremo Tribunal Federal a competente Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin n° 4.551). A Adin está sob a relatoria da Ministra Carmén Lúcia, em pauta para julgamento;
i) Por fim, é de se reconhecer que é absolutamente compreensível a insatisfação e, mesmo, a revolta, expressadas por pessoas que estão sendo investigadas por fatos tão graves quanto os descortinados com a operação “Sinal Fechado”. É, inclusive, uma reação humana natural e esperada a autodefesa diante da magnitude dos fatos. Todavia, o papel do Ministério Público sempre será regido pelo aspecto técnico, não se deixando envolver partidária e emocionalmente em qualquer caso, nem aceitando desafios pessoais. Afinal, no Estado Democrático de Direito cada instituição deve exercer as suas atribuições, sendo as ações do Ministério Público pautadas dentro da estrita ordem constitucional, da qual jamais se afastará;
j) O Ministério Público do Rio Grande do Norte reafirma o seu total compromisso com a verdade, não havendo qualquer interesse em imputar culpa a pessoas realmente inocentes. Por outro lado, com a mesma serenidade,afirma que jamais deixará de investigar quem quer que seja, inclusive aqueles que, não se sabe por qual motivo, parecem imaginar que estão acima da lei.
Natal/RN, 26 de novembro de 2011.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Wilma emite nota sobre envolvimento de seu nome em escândalo

A ex-governadora Wilma de Faria divulgou, na tarde de sexta-feira, nota em que se pronuncia sobre citação de seu nome no processo que resultou na Operação Sinal Fechado.

Eis a nota:

AO POVO DO RIO GRANDE DO NORTE

MAIS UMA VEZ, SEMPRE DE MÁ FÉ, O MEU NOME É ENVOLVIDO EM NOTICIÁRIO ESCANDALOSO COMO SE PARA JULGAR A HONRA DE ALGUÉM BASTASSE APENAS SUBSTITUIR A VERDADE PELA PIROTECNIA JURÍDICA.

TODA A OPINIÃO PÚBLICA SE RECORDA QUE, ANTES MESMO DA MINHA POSSE PARA O PRIMEIRO GOVERNO, FUI VÍTIMA DE DENÚNCIA ESCABROSA DE POSSUIR UMA CONTA MILIONÁRIA NA SUÍÇA. DENÚNCIA ESTA QUE DESMORALIZEI PERANTE A JUSTIÇA E O POVO.

AO LONGO DOS MEUS DOIS GOVERNOS FUI, VÁRIAS VEZES, ACUSADA INJUSTAMENTE DA PRÁTICA DE CONVIVER COM ILICITUDES, SEM SEQUER SER RÉ EM QUALQUER AÇÃO JUDICIAL QUE APURE CRIMES DE CORRUPÇÃO.

HÁ NOVE MESES OS FATOS ANUNCIADOS NA CHAMADA OPERAÇÃO “SINAL FECHADO” SÃO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL QUE, NÃO INCLUIU MEU NOME NA RELAÇÃO DOS ACUSADOS E NÃO PEDIU QUALQUER MEDIDA CONTRA MIM.

A MÁ FÉ SE CARACTERIZOU QUANDO INDAGADO PELA IMPRENSA DURANTE ENTREVISTA COLETIVA, SOBRE AS ACUSAÇÕES OBJETIVAS CONTRA MIM, UM REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO LIMITOU-SE, DE FORMA PRECÁRIA, A DIZER QUE NÃO HÁ PROVAS CONTRA A MINHA PESSOA.

SOU RÉ, SIM, DE UMA MÁ FÉ QUE INSISTE EM TRANSFORMAR EM VERDADE DESEJOS, FRUSTRAÇÕES E MEDOS POLÍTICOS INCONFESSÁVEIS.

NA ELABORAÇÃO DA MENSAGEM CRIANDO A LEI DE N. 7290, EM DEZEMBRO DE 2009, QUE INSTITUIU O SERVIÇO DE INSPEÇÃO VEICULAR NO RIO GRANDE DO NORTE, OS RITOS LEGAIS FORAM, RIGOSROSAMENTE, OBSERVADOS E CUMPRIDOS.

O GABINETE CIVIL DO GOVERNO SUBMETEU A MENSAGEM AOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO JURÍDICO DO ESTADO, PARA, SÓ ENTÃO, ENCAMINHAR AO PODER LEGISLATIVO, ONDE A LEI FOI APROVADA, EM SESSÃO PÚBLICA.

A INSPEÇÃO VEICULAR, PREVISTA NA LEGISLAÇÃO FEDERAL, FOI TAMBÉM COBRADA PELO PRÓPRIO MINISTÉRIO PÚBLICO, PREOCUPADO COM O CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL.

A LEI QUE SANCIONEI NUNCA FOI QUESTIONADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO OU PELO PODER JUDICIÁRIO.

O ENVOLVIMENTO DO MEU NOME É UM ATO DE ABSOLUTA MÁ FÉ. NÃO SOU RÉ E AS 189 LAUDAS DA PETIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO MOSTRAM QUE NÃO SOU. NÃO HÁ NA PEÇA ACUSATÓRIA NENHUMA DENÚNCIA QUE EXIJA DE MIM PELO MENOS UMA EXPLICAÇÃO.

NÃO QUERO ACREDITAR QUE A INSISTÊNCIA DA MÁ FÉ TENHA SE TRANSFORMADO EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POLÍTICO DA PARTE DE UMA INSTITUIÇÃO QUE TEM O DEVER DE BEM ACUSAR OS CULPADOS, MAS TAMBÉM DE BEM DEFENDER A VERDADE, PARA NÃO PRÉ-JULGAR INOCENTES, EXPONDO À SANHA DA OPINIÃO PÚBLICA, INTENCIONALMENTE CONFUNDIDA.

DESAFIO QUE PROVEM QUALQUER ENVOLVIMENTO DA MINHA PESSOA NAS DENÚNCIAS DE RECEBIMENTO DE PROPINAS OU DE CONIVÊNCIA COM LOBISTAS.

SEMPRE ESTIVE E CONTINUO À DISPOSIÇÃO DO POVO E DA JUSTIÇA PARA PRESTAR TODOS OS ESCLARECIMENTOS QUE A SOCIEDADE JULGAR NECESSÁRIO.

NADA TEMO. NEM AS MAIS SÓRDIDAS AMEAÇAS. PARTAM DE ONDE PARTIREM. A MINHA HONRA NÃO CONSEGUIRÃO FERIR.

WILMA MARIA DE FARIA

Nível das provas do primeiro dia de vestibular aumentou, dizem professores

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR
O nível das provas do primeiro dia do Vestibular 2012 da UFRN aumentou em relação ao exame do ano passado. A avaliação é dos professores Alexandre Pinto (Química) e Jonas Filho (Biologia). Eles fizeram as provas para sentir a dificuldade e disseram que, em geral, a média de acertos pode diminuir.

Para Alexandre Pinto, a prova de química apresentou duas questões que são passíveis de contestação. “Química apresentou alguns probleminhas. Em duas questões, havia um detalhe que pode causar contestação. Eram problemas no tratamento dos conceitos químicos”, comentou.

O professor disse que as provas do primeiro dia seguiram a mesma matriz exigida pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). “O vestibular trouxe provas com o mesmo eixo temático do Enem, com a interdisciplinaridade e contextualizando com questões do cotidiano”.

Alexandre Pinto arriscou dizer que, se tivesse que apontar a prova mais difícil, apostaria em química. “A novidade, que considero positiva, foi uma questão que envolvia conhecimento em filosofia. Era para o aluno apontar a diferença entre lei e hipótese”.

Já a prova de física, segundo o professor, não apresentou grandes dificuldades. “Foi uma prova de nível médio, mas não muito difícil. Havia questões bem homogêneas. Estava bem demarcada, com a parte de mecânica, eletromagnetismo. Não vi nenhum problema de compreensão”, avaliou.

O professor Jonas Filho contou que a prova de biologia se concentrou muito em ecologia, com quatro da 12 questões objetivas. “Isso era esperado, porque ecologia é um assunto importante”, disse, acrescentando que o nível da avaliação foi “médio”.

“Houve duas ou três questões mais capciosas, em que o aluno precisa ter um senso mais apurado para não cair em pegadinha”. Jonas Filho elogiou a prova de matemática. Em sua opinião, as questões estavam “extremamente contextualizadas”. “No geral, o grau de dificuldade superou o do vestibular passado, mas não foi nada assustador”.

Mais de 2,5 mil estudantes faltam no primeiro dia do Vestibular

De acordo com o balanço divulgado pela Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), 2.564 candidatos faltaram no primeiro dia do vestibular e estão eliminados do certame. A informação repassada pela presidente da Comperve, Magda Pinheiro equivale a 8,5% de candidatos faltos em relação ao mais de 30 mil inscritos.
 (Júlio Rocha/DN/D.A. Press)

Ainda segundo Magda, o primeiro dia do vestibular está sendo considerado tranqüilo, apenas um registro de ocorrência de eliminação de candidato dentro da salasde aplicação de provas, com material impresso de dicas de cursinho.

Irã ameaça ensinar aos EUA significado de ‘uma verdadeira guerra’

O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, avisou aos Estados Unidos que seu país está preparado para ensinar “o que significa uma verdadeira guerra”.

“O Irã é muito forte neste momento e está preparado para mostrar aos EUA o que significa uma autêntica guerra, se eles realizarem um ato de loucura”, disse Vahidi perante uma multidão de Voluntários Islâmicos na cidade de Bushehr, informaram a imprensa local.

As frequentes notícias sobre armas e preparação bélica e os desafios às potências “arrogantes”, especialmente EUA e Israel, aumentaram no Irã depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) demonstrou sua suspeita que o programa nuclear iraniano tem uma vertente militar.

Vahidi advertiu neste domingo (27) que “os que ameaçam a nação iraniana devem decidir até que ponto estão dispostos a se sacrificar e quantos deles estão dispostos a morrer”.

“Também devem saber por quanto tempo poderiam suportar uma guerra e em que medida iriam tolerar assistir ao afundamento de seus navios de guerra e ter em mente como vão se proteger dos golpes destrutivos e poderosos dos mísseis e foguetes do Irã”, acrescentou.

O ministro advertiu ao Governo dos EUA que não devem crer que tem experiência em guerras, porque no Iraque o regime de Saddam Hussein “se rendeu” e no Afeganistão ocuparam o país porque “não havia ninguém para lutar”, mas agora, “sua situação em ambos países é muito adversa”, com uma resistência crescente.

Além disso, os iranianos advertiram que não duvidarão em recorrer à guerra econômica e que, se forem atacados, podem cortar o Estreito de Ormuz, pelo qual sai um terço do petróleo que se consome no mundo.

Isto poderia criar escassez de petróleo em muitos países, disparar ainda mais os preços e provocar uma hecatombe de consequências imprevisíveis em uma situação de crise que já afeta grande parte do mundo.

(EFE)

OAB só recomenda três cursos no RN

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional) recomenda apenas três dos 16 cursos de Direito ativos no Rio Grande do Norte: UFRN, Uern Mossoró e Farn. No Estado, 18,75% dos cursos atingiram a nota mínima e conquistaram o selo OAB, que atesta a qualidade de instituições de ensino superior em seus cursos de Direito e Ciências Jurídicas. O percentual, entretanto, é quase três vezes maior que o nacional. Em 2007 - última edição do selo - a OAB só recomendou um curso de Direito no Estado: UFRN.

No país, a OAB Nacional recomenda apenas 90 dos 1.210 cursos de Direito (7,4%). Nenhum deles no Acre e em Mato Grosso. Nestes estados, os cursos ou não atingiram a nota mínima ou estão submetidos a processos de supervisão do Ministério da Educação ou tiveram parecer desfavorável da Comissão Nacional de Educação Jurídica da OAB Nacional. O anúncio foi feito durante a 21ª Conferência Nacional dos Advogados.

Parado em blitz, juiz dá carteirada e prende PM



Após ter seu carro oficial parado por agentes de uma blitz da Lei Seca em Copacabana (zona sul do Rio), o desembargador Cairo Ítalo França David, do Tribunal de Justiça do Estado, deu voz de prisão a um tenente da PM alegando que, por ser uma autoridade, não deveria ser fiscalizado. A informação foi divulgada pelo governo do Estado. O desembargador, da 5ª Câmara Criminal, estava em carro oficial que era conduzido por Tarciso dos Santos Machado. Ao ser parado pelos policiais, o motorista se recusou a estacionar na baia de abordagem e parou o veículo no meio da rua. Além disso, se negou a fazer o teste do bafômetro e a entregar os documentos do carro.

David, então, desceu do veículo e disse aos agentes que não deveria ser fiscalizado por ser uma autoridade e deu voz de prisão para um dos integrantes da operação. O carro do magistrado foi rebocado, e o motorista foi multado por se recusar a fazer o teste e a entregar os documentos.

Os envolvidos foram levados para a 13ª DP, em Ipanema (zona sul), onde o caso foi registrado. Os agentes da Operação Lei Seca também foram à delegacia prestar depoimento como testemunhas. Após ouvir as declarações, o delegado Sandro Caldeira concluiu que não houve abuso de autoridade por parte dos agentes da operação e liberou o policial. (Folha de S.Paulo)

Suplente atrás das grades



Da deputada Fátina Bezerra(PT-RN)recomendando ao senador José Agripino (DEM), cujo suplente, João Faustino foi preso na operação Sinal Fechado, que não se antecipe à Justiça na condenação de agentes públicos acusados de ilícitos.

"Se o preso fosse um aliado do governo Dilma, Agripino estaria esbravejando. Mas, como se trata de seu suplente, clama pela inocência do suspeito." (Renata Lo Prete - Folha de S.P

Com ação de R$ 50 bilhões usineiros assustam governo

Poucos assuntos assustam tanto o governo quanto 299 processos movidos pelo setor sucroalcooleiro. As usinas dizem que a União lhes deve R$ 50 bilhões, o equivalente à arrecadação anual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Esse crédito teria sido acumulado entre 1985 e 1989, período no qual a União tabelou os preços do açúcar e do álcool. As empresas alegam que os valores fixados então eram menores que seus custos de produção. Em sua defesa, a União afirma que os preços eram definidos levando em conta outros fatores, como os subsídios concedidos ao setor.

Em Brasília, o Tribunal Regional Federal decidiu em favor dos usineiros numa causa de R$ 7 bilhões. A sentença entrou em fase de execução. A Procuradoria-Geral da União tenta sustar o processo, obrigando os empresários a mostrar as notas fiscais que comprovariam seu crédito. Os usineiros não aceitam apresentar os documentos. O caso foi parar nas mãos do ministro Castro Meira, do Superior Tribunal de Justiça.(Felipe Patury - Época)

Justiça autoriza crianças a trabalhar em lixões, fábricas de fertilizantes e obras

Juízes e promotores de Justiça de todo país concederam, entre 2005 e 2010, 33.173 mil autorizações de trabalho para crianças e adolescentes com menos de 16 anos, contrariando o que prevê a Constituição Federal. O número equivale a mais de 15 autorizações judiciais diárias para que meninos e meninas trabalhem nos mais diversos setores: de lixões a atividades artísticas. O texto constitucional proíbe que pessoas com menos de 16 anos sejam contratadas para qualquer trabalho, exceto como aprendiz, a partir de 14 anos. Os dados do ministério foram colhidos na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Eles indicam que, apesar dos bons resultados da economia nacional nas últimas décadas, os despachos judiciais autorizando o trabalho infantil aumentaram vertiginosamente em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Maiores índices - Na soma do período, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina foram as unidades da Federação com maior número de autorizações. A Justiça paulista concedeu 11.295 mil autorizações e a mineira, 3.345 mil.

Adolescência modifica cérebro e altera QI

Um estudo divulgado recentemente nos Estados Unidos confirma o que os pais há muito suspeitavam: a adolescência pode acarretar modificações no cérebro. Pesquisadores descobriram que o quociente intelectual (QI) pode aumentar ou baixar entre os 13 e os 18 anos - e a estrutura do cérebro reflete o aumento ou declínio. Os resultados mostram a primeira evidência direta de que a inteligência pode se modificar após os primeiros anos da infância e proporciona esperanças quanto à possibilidade de melhorar a capacidade do cérebro. Embora os pesquisadores ainda discutam o que os testes de QI medem, eles concordam que suas avaliações podem prever a capacidade de aprender e desempenhar determinadas tarefas e, até certo ponto, futuras realizações acadêmicas e o desempenho no trabalho.

Alfabetizados?, mais de 40% dos alunos brasileiros não sabem ler e escrever

No primeiro semestre deste ano, a Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) realizada pela 1ª vez nas capitais de todo o País por crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, apontou que 43,9% não aprenderam o que era esperado em Leitura. Em relação à Escrita, 46,6% não atingiram o esperado. Parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a prova foi aplicada em escolas públicas e privadas e mostrou que nas particulares nem todos os alunos atingem 100% de aproveitamento. No caso da Leitura, 48,6% dos estudantes da rede pública tiveram o desempenho esperado. Nas particulares, o percentual foi de 79%. Em relação à Escrita, aprenderam o esperado 43,9% dos alunos da rede pública e 86,2% daqueles que estudam na rede privada.

domingo, 20 de novembro de 2011

DN DE HOJE

[POLÊMICA] BELO MONTE

Belo Monte e os artistas

Formou-se uma grande polêmica, desde ontem, a partir de um vídeo publicado no youtube com depoimentos de artistas globais declarando-se contrários à construção da usina hidroelétrica de Belo Monte.

Sábado tranquilo para o Lupi?

Sábado tranquilo para o governo?

O caso Lupi refluiu na imprensa. Nenhum jornal, nem a temida Veja, nem mesmo a Istoé, trouxeram novos escândalos, ou sequer citaram os antigos com manchetes ou matérias escandalosas.

Crianças negras atrasadas na escola são o dobro das brancas

O percentual de crianças negras de 7 a 14 anos que estão mais de dois anos de atrasadas na escola é o dobro do registrado entre as brancas. Enquanto 16,7% dos alunos negros estão nessa situação, entre os brancos, o índice é apenas 8%. Os dados compilados pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) são referentes a 2009 e reforçam a tese de que as desigualdades entre negros e brancos se repetem no ambiente escolar.

O fator socioeconômico geralmente é o mais usado para justificar o “atraso” escolar dos estudantes negros em relação aos brancos. Isso porque a condição social do aluno tem grande impacto na aprendizagem e a maioria da população de baixa renda do país é negra. Mesmo quando são considerados alunos de um mesmo nível econômico, os não negros têm desempenho superior aos negros.

É o que aponta um levantamento feito pelo economista Ernesto Faria, do Portal Estudando Educação. Comparando as notas de matemática e português da Prova Brasil de 2007, alunos de uma mesma faixa de renda e cor da pele diferentes também têm notas desiguais. Entre os 25% de estudantes mais pobres do 5° ano do ensino fundamental, a nota dos brancos é, em média, 8 pontos superior nas duas disciplinas. Entre os 25% mais ricos, a distância é ainda maior: os alunos brancos atingem 24 pontos a mais em português e 25 a mais em matemática.

Para André Lázaro, especialista na temática de diversidade em educação, uma das explicações para esse resultado é que, em geral, os alunos negros frequentam escolas com pior infraestrutura em comparação aos não negros. Essa situação foi revelada pelo Relatório das Desigualdades Raciais, lançado este ano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em todas as etapas de ensino, os negros enfrentam piores condições que os brancos.

Enquanto 9,6% dos alunos brancos do 9° ano do ensino fundamental frequentam escolas com nenhuma adequação, entre os negros, o índice é de 12,9%. Já no 5° ano, 27,9% dos brancos frequentam escolas com estrutura exemplar – entre os negros, o patamar é de 22%.

“Além da questão estrutural das escolas, não tenho dúvida de que a dimensão cultural é fortemente explicativa do resultado escolar. O racismo tem um impacto muito forte na educação. Os modelos e exemplos educacionais dos livros didáticos, por exemplo, ignoram a dimensão da cultura negra e com isso você tem uma escola em que o negro não se vê”, destaca Lázaro, que foi secretário de Diversidade do Ministério da Educação (MEC) e hoje é consultor da Organização dos Estados Ibero Americanos (OEI).

Um dos autores do Relatório das Desigualdades, o professor Marcelo Paixão avalia que a discriminação existente no ambiente escolar acaba por agravar as diferenças entre negros e brancos. “O espaço escolar deveria ser de formação de cidadania – quando isso não é feito de maneira crítica ele se torna um instrumento de perpetuação das assimetrias”, diz.

Para a diretora de Educação no Campo e Diversidade do MEC, Vanessa Faria, tais resultados são reflexo da própria dificuldade da sociedade em reconhecer que existe racismo no país – situação que se repete no ambiente escolar. Em questionário aplicado em 2007 aos estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), menos de 3% se consideravam racistas, mas 60% disseram já ter presenciado uma situação de discriminação pela cor da pele e 30% afirmaram ter parentes racistas.

“A escola reflete o que acontece na sociedade. Por anos acreditou-se no Brasil que não existia o racismo, e fica difícil superar um problema quando ele é negado”, ressalta Vanessa. Para ela, a diferença de escolarização entre negros e brancos tem diminuído nos últimos anos, e a escola está mais aberta para o debate. “Nunca se falou tanto na questão da igualdade racial, mas este é um processo em construção. Os anos de estudo da população negra crescem em ritmo maior do que entre os brancos”, afirmou.

(Agência Brasil)

Resolução do Conselho preocupa pais e educadores

Uma recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) está provocando incômodo entre pais e educadores. Para a matrícula no período letivo de 2012, a indicação é de que as escolas aceitem, para o 1º ano do ensino fundamental, apenas matrículas de crianças com seis anos completos até o início do ano letivo. A data limite é 31 de março. Caso seja seguida a indicação, várias crianças que fazem aniversário depois da data devem repetir a série.

É o caso da aluna Júlia Lima, que completa 6 anos em abril. Este ano, a menina cursa o Infantil 5 e se destacou na Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Melo Jaborandi, no bairro São Cristóvão. Esperta, a garotinha já conhece palavras. “Essa história vai é desestimular a menina. Porque ela não vai mais ter contato com as amiguinhas e ver tudo que já viu de novo?”, questiona a mãe, Juliana Ferreira de Lima.

A indicação não é uma obrigatoriedade. Cada escola deve discutir, com os pais, se os alunos mostram ou não um desenvolvimento cognitivo para acompanhar o 1º ano. Ainda assim, de acordo com a secretária da Educação Básica, do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, é preciso levar em consideração que as diferenças de aprendizado nos primeiros anos de vida, entre 5 e 6 anos, são determinantes.

“Duas crianças que nasceram no mesmo ano, mas uma em janeiro e outra em dezembro, são completamente diferentes”, informa a secretária. Segundo ela, não é papel do CNE impedir e determinar matrículas abaixo da idade. “Cabe ao Conselho orientar”, informa. A indicação é válida para todas as escolas, sejam públicas ou privadas.

A alfabetização precoce, segundo Pilar, pode ser prejudicial. Cada criança tem um ritmo diferente e, de acordo com a secretária, o aprendizado da leitura e da escrita demanda uma série de atividades. “Tornar as crianças mais novas companheiras de crianças mais velhas podem atrapalhar, inclusive, a autoestima”, explica.

De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Educação, Edgar Linhares, o nível de aprendizagem da criança não pode ser determinado por uma regra única. “Até porque existem crianças que têm a primeira infância (até os seis anos) muito bem vivida e estimulada, principalmente aquelas que nasceram em uma família com muitos filhos. Esses meninos e meninas tendem a se desenvolver mais depressa, a interatividade e a capacidade de aprender aumentam”, informa.

O conselheiro atribui à recomendação como uma inadequação. “A lei já determina que deve-se verificar cada situação de cada criança”, informa. De acordo com Linhares, não deve ter a “menor graça ter aulas de assuntos em que a criança já domine”.

(O POVO)

Superbactérias que nos ameaçam

Ciência Hoje Online:
O problema da resistência a antibióticos
. O surgimento de bactérias resistentes a quase todas as drogas antimicrobianas desafia a medicina. O artigo de capa da CH de novembro fala sobre as principais superbactérias, responsáveis por um número crescente de infecções e mortes em todo o mundo.
. Nas últimas décadas, o mundo tem testemunhado uma grande proliferação de bactérias patogênicas, envolvidas em uma variedade de doenças, que apresentam resistência a múltiplos antibióticos.
. O termo superbactérias, muito usado atualmente, refere-se a bactérias que acumularam vários genes determinantes de resistência, a ponto de se tornarem refratárias a praticamente todos os antimicrobianos utilizados nos tratamentos médicos, deixando clínicos e cirurgiões sem muitas opções para combater as infecções.
. Sem dúvida, um dos mais importantes fatores envolvidos na proliferação de superbactérias é a ampla utilização de antibióticos no ambiente hospitalar, na população extra-hospitalar (comunitária) e na agropecuária.
. Leia a matéria na íntegra http://migre.me/6bVit

Revista britânica fala do Brasil e a ditadura

Reportagem da revista britânica The Economist, desta semana, trata do atraso brasileiro em lidar com os crimes da ditadura, em relação aos países vizinhos. Segundo a publicação, “somente agora”, com a criação da Comissão Nacional da Verdade, aprovada pelo Congresso Nacional no fim do mês passado, é que “serão examinados assassinatos, torturas e desaparecimentos” entre o período de 1946 e 1988. O projeto deve ser sancionado pela presidente Dilma Roussef no próximo dia 23, lembra a publicação. Ainda segundo a revista, os últimos três presidentes brasileiros sofreram com o regime militar instaurado no país entre 1964 e 1985 — Dilma foi torturada, Lula foi preso e Fernando Henrique, “forçado ao exílio”

O DRAMA DE HUGO CHÁVEZ

Inchaço e fadigaO presidente participa de uma cerimônia militar em Caracas, em 6 de novembro: câncer 
de próstata com metástases nos ossos 
e um tumor maligno no cólon

Inchaço e fadiga
O presidente participa de uma cerimônia militar em Caracas, em 6 de novembro: câncer 
de próstata com metástases nos ossos 
e um tumor maligno no cólon


VEJA

Há um mês, o presidente venezuelano Hugo Chávez beijou a imagem de gesso do médico José Gregorio Hernández (1864-1919), idolatrado como santo em seu país, em agradecimento à “cura” de seu câncer. Jogo de cena. A foto acima, feita duas semanas atrás, desvela a realidade. O rosto inchado, a pele ressecada, a ausência de cabelos e o aspecto cansado compõem o retrato de um homem doente, muito doente. “Sua aparência mostra que o tratamento continua, e que o câncer ainda está ativo ou poderá voltar”, diz o oncologista Ademar Lopes, de São Paulo. Essa avaliação é reforçada por um conjunto de relatos detalhados da evolução do câncer de Chávez, produzidos por fontes da Venezuela, aos quais VEJA teve acesso. Segundo tais relatos, ele não só segue doente como seu quadro clínico se complica a cada dia.

O câncer, que estava restrito à próstata e ao cólon, há muito se espalhou, com metástases nos ossos. As fontes venezuelanas, apoiadas em exames médicos, afirmam que a sobrevida de Chávez dificilmente superará um ano.

Valeu, Santa Cruz!

O Santa Cruz do meu irmão, Adonias Filho, infelizmente, vacilou. Perdeu o troféu da série D em casa, com Arrudão lotado, para o Tupi. A tristeza só não é maior porque,o tricolor do Arruda JÁ saiu da famigerada e desprestigiada série D. Só isso vale a comemoração! Valeu, Santa!

País vive epidemia de mortes por acidentes de motos

Desde 2007, moto mata mais que carro - Efrém Ribeiro/Meio Norte
Efrém Ribeiro/Meio Norte - Desde 2007, moto mata mais que carro
O aumento da frota de motos em circulação no Brasil se tornou responsável por uma das piores epidemias que o País já enfrentou. Foram 65 mil mortes em acidentes com motocicleta nos últimos dez anos - número equivalente ao total de americanos mortos na Guerra do Vietnã. E não é nas grandes metrópoles litorâneas ou do Sudeste que as mortes têm maior peso nas estatísticas. São as pequenas cidades do interior, especialmente do Nordeste, Norte e Centro-Oeste do País, que concentram as maiores taxas de mortalidade por quantidade de motos ou motonetas em circulação - em municípios como São Gonçalo do Piauí (PI), Ribeirãozinho (MT) e Aurora do Tocantins (TO).
Em números absolutos, as mortes em cada uma dessas cidades podem não impressionar. São duas, três, dez por ano. Por isso, não provocam tanto barulho. Mas, quando somadas, configuram uma epidemia só comparável à provocada pelos assassinatos. E as vítimas têm o mesmo perfil: jovens de 20 a 29 anos, do sexo masculino e de baixa renda. Nessa faixa etária, nem câncer nem enfarte nem nenhuma outra doença mata mais do que as motos. Só as armas de fogo.
Liderança
Entre as capitais, São Paulo ocupa apenas o 13.º lugar no ranking da mortalidade envolvendo motociclistas. O Rio fica em 15.º. A campeã, com uma taxa três vezes maior, é Boa Vista (RR), seguida de perto por Palmas (TO). O Ministério da Saúde se diz preocupado com o crescimento das mortes, mas há poucos programas de abrangência nacional em curso para combater a epidemia. O aumento das mortes está diretamente ligado ao avanço da frota sobre duas rodas que, de 2000 a 2010, cresceu quatro vezes de tamanho. É exatamente a mesma taxa de crescimento do número de mortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Número de pretendentes é cinco vezes superior ao de crianças para adoção

O número de pessoas interessadas em adotar é quase cinco vezes superior ao de crianças e adolescentes à espera de uma nova família. O levantamento, realizado em 10 de outubro pelo Cadastro Nacional de Adoção (CNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que há 4,9 mil crianças e adolescentes registrados no CNA e 26.936 pretendentes inscritos. Segundo o órgão, o perfil exigido pelos pretendentes ainda impede muitas adoções. Os interessados apenas em crianças brancas chegam a 36,54% do total. Entretanto, o índice de crianças brancas é de 33,82%. Além disso, 58,95% querem filhos de até 3 anos, apesar de meninos e meninas acima de 4 anos serem a maioria. Outro dado importante é que, entre pretendentes, 22.341 desejam adotar apenas uma criança, enquanto 3.780 delas têm irmãos.

Brasil perde dois milhões de alunos na educação pública

O número de matrículas na educação básica pública está em queda no Brasil, como comprovam dados preliminares do Censo Escolar 2011 divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2009, o País apresentava um total de 43 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio. Hoje, são 41 milhões estudantes. A queda no índice de natalidade do País e a menor taxa de reprovação dos alunos são fatores apontados como preponderantes para que o ensino fundamental (1º ao 9º ano) conviva com o ingresso cada vez menor de alunos. Em todo o território nacional, a quantidade de crianças que ingressaram nessa etapa caiu de 27,6 milhões para 25,8 milhões, o que equivale a uma redução de 6,5%.

Marketing de alimentos infantis desrespeita lei de incentivo ao aleitamento

Já no primeiro mês de vida, quando deveriam só mamar no peito, 17,8% das crianças brasileiras provam outros tipos de leite e alimentos. Na avaliação de Rosana De Divitiis, coordenadora da International Baby Food Action Network (Ibfan Brasil), entidade pró-aleitamento, o que faz os pais darem esses alimentos aos bebês é a propaganda maliciosa das empresas. "A indústria não tem como competir com leite materno de forma honesta", diz. Em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Ibfan faz uma checagem anual para ver se empresas estão cumprindo a lei que restringe a divulgação de leites, fórmulas, alimentos de transição, chupetas e mamadeiras. Na pesquisa deste ano, as entidades acharam 95 irregularidades em produtos de 76 empresas. Problemas - Os maiores problemas observados são os rótulos dos produtos e a forma como são expostos nos pontos de venda. A legislação obriga os fabricantes a incluir alertas sobre a importância da amamentação e proíbe promoções ou sugestões de semelhança com o leite materno. Nos mercados, esses itens não podem receber destaque.

Pesquisa avalia a educação infantil no Brasil

A Fundação Carlos Chagas realizou, em parceria com diversas universidades brasileiras, a pesquisa Consulta sobre a qualidade da educação infantil, que avaliou quase todos os quesitos como inadequados nas escolas públicas. O estudo analisou pontos como motricidade, arte, música, brincadeiras de faz de conta, promoção e aceitação da diversidade, interação com os professores etc. Este último, inclusive, foi o único que se mostrou satisfatório. Os dados foram apontados pelo doutor em Letras, Augusto Batista. O pesquisador acredita que as crianças da rede privada começam a estudar já sabendo de muitas coisas devido aos "eventos de letramento" vivenciados nas famílias. Batista diz que quando os pais leem livros, jornais, e-mails, contam histórias e inserem a criança nesses processos, estimulam a compreensão.

Testes da vacina contra dengue começam até o fim do mês em Fortaleza

Começam até o fim do mês, em Fortaleza (CE), testes em crianças e adolescentes de uma vacina contra a dengue. No Brasil, outras quatro capitais participam dos testes clínicos: Vitória (ES), Natal (RN), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS). A aplicação da vacina candidata a prevenir a dengue será feita em três doses e deve durar dois anos. Em Fortaleza, os testes ocorrem na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a coordenação do professor Luís Carlos Rey. Serão escolhidos 800 voluntários entre moradores de bairros com alta incidência da doença e que tenham entre 9 e 16 anos. Vale lembrar que, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 25% dos casos de morte por dengue no Brasil, em 2007, foram de pessoas com menos de 15 anos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CONCURSO POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ

Estados não cumprem lei do piso nacional para professor

Aprovada há mais de três anos, a lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação, informa a reportagem de Fábio Takahashi e Luiza Bandeira, publicada na edição desta quarta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A legislação prevê mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, por 40 horas semanais, excluindo as gratificações.

A lei também assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas para poderem atender aos estudantes e preparar aulas.

A regra visa melhorar as condições de trabalho dos docentes e atrair jovens mais bem preparados para o magistério.

O levantamento da Folha mostra que a jornada extra-classe é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem, incluindo São Paulo, onde 17% da carga é fora da classe. Entre esses 15, quatro (MG, RS, PA e BA) também não pagam o mínimo salarial.

O ministério da Educação afirma que a lei deve ser aplicada imediatamente, mas que não pode obrigar Estados e municípios a isso.

A maior parte dos Estados que descumprem a lei disse que vai se adequar à regra.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação recomendou a seus sindicatos que entrem na Justiça.


Editoria de Arte/Folhapress




Folha

Distribuição de rendimento permanece desigual, informa IBGE


Rendimento médio foi R$ 1.202.
Em 2010, o rendimento médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimento foi R$ 1.202, informou o IBGE após computar dados do Censo. Na área rural, representou 46,1% (R$ 596) daquele da zona urbana (R$ 1.294).

O rendimento médio mensal das mulheres (R$ 983) representou 70,6% dos homens (R$ 1.392), sendo que esse percentual variou de 70,3% na região Sul (R$ 1.045 para as mulheres e R$ 1.486 para os homens) a 75,5% na região Norte (R$ 809 das mulheres contra R$ 1.072 dos homens).

Em termos regionais, Centro-Oeste (R$ 1.422) e Sudeste (R$ 1.396) tiveram os rendimentos mais elevados, vindo em seguida o Sul (R$ 1.282).

A região Nordeste teve o menor rendimento (R$ 806), 56,7% do verificado no Centro-Oeste, enquanto o segundo mais baixo foi o da Norte (R$ 957,00), que representou 67,3% do valor do Centro-Oeste.

A parcela dos 10% com os maiores rendimentos ganhava 44,5% do total e a dos 10% com os mais baixos, 1,1%. Já o contingente formado pelos 50% com os menores rendimentos concentrava 17,7% do total.

O Índice de Gini, que mede o grau de concentração dos rendimentos, ficou em 0,526. Ele varia de zero, a igualdade perfeita, a um, o grau máximo de desigualdade.

Nas regiões, o mais baixo foi o da Sul (0,481) e o mais alto, da Centro-Oeste (0,544). O Índice de Gini da área urbana (0,521) foi mais elevado que o da rural (0,453).

A distribuição das pessoas de 10 anos ou mais por classes de rendimento mostrou que, na área rural, os percentuais de pessoas nas classes sem rendimento (45,4%) e até um salário mínimo (15,2%) foram maiores que os da urbana (35,6% e 4,8%, respectivamente).

Já a parcela que ganhava mais de cinco salários mínimos mensais ficou em 1,0% na área rural e 6,0% na urbana.

Os percentuais da parcela feminina foram maiores que os da masculina nas classes sem rendimento (43,1% e 30,8%), até ½ salário mínimo (8,0% e 4,6%) e até 1 salário mínimo (21,5% e 20,8%).

O percentual de pessoas sem rendimento na população de 10 anos ou mais de idade foi mais elevado nas regiões Norte (45,4%) e Nordeste (42,3%) e mais baixo na Sul (29,9%), ficando próximos os da Sudeste (35,1%) e Centro-Oeste (34,8%).

Quanto ao contingente que recebia mais de cinco salários mínimos mensais, os percentuais das regiões Nordeste (2,6%) e Norte (3,1%) ficaram em patamar nitidamente inferior ao das demais. O indicador alcançou 6,1%, na região Sul; 6,7%, na Sudeste; e 7,3%, na Centro-Oeste.

Cabral: de veneração a Lula para confronto com Dilma

As relações do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do PMDB, com Dilma Rousseff, nem de longe são parecidas com as que mantém com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o Palácio do Planalto, Cabral adotou uma estratégia de confronto desde o início da discussão da partilha dos royalties e acabou isolado no Congresso.

A mobilização de 150 mil cariocas e fluminenses na semana passada, porém — se não sensibilizou os representantes dos estados não produtores, que ameaçam fazer protestos a favor da partilha igualitária —, acendeu uma luz vermelha no gabinete presidencial.(Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense)

Lula careca e sem barba

A ex-primeira-dama Marisa Letícia raspou a barba e cortou o cabelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz tratamento contra um câncer na laringe. A decisão prevê antecipar a queda causada pela quimioterapia usada em seu tratamento. O ex-presidente cultivava a barba, que se tornou uma marca pessoal, desde quando era sindicalista, nos anos 1970.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Curso Preparatório para Concurso Polícia Militar 2011 – Ceará



Curso Preparatório para Concurso Polícia Militar 2011 – Ceará

Seja um Soldado da Polícia Militar do Estado do CEARÁ ! O cursinho CNSC irá ministrar o curso exclusivo para o concurso da Polícia Militar - Soldado Feminino e Masculino.Curso à vista: R$ 120,00 ou R$ 150,00 (cheque para 30 dias).


Disciplinas e Professores

Língua Portuguesa: Ozamir lima
Matemática: Ranieri
Raciocínio Lógico- Ranieri
Atualidades – Ozamir Lima e Cezar Silva
História do Brasil- Cezar Silva
Geografia do Brasil -Marlete
Legislação.Cezar Silva


Início das aulas: 28 de novembro de 2011
Horário das aulas: 19h às 22h


Local: A combinar após o fechamento da turma

INFORMAÇÕES: 94076267

Concurso: Polícia Militar do Estado do Ceará
Cargo: Soldado
Vagas: 1.000, sendo 950 para homens e 50 para mulheres
Inscrições: 25 de novembro a 16 de dezembro
Prova objetiva: 26 de fevereiro de 2012

sábado, 12 de novembro de 2011

As Cataratas do Iguaçu entram para as Sete Novas Maravilhas da Natureza

Foto: Amannda Oliveira

Após uma campanha incessante através dos veículos de comunicação tradicionais e novas mídias, a cidade de Foz do Iguaçu teve um motivo para comemorar nesta sexta-feira (11). As cataratas de Foz do Iguaçu entraram para a lista das Sete Novas Maravilhas da Natureza.

O anúncio foi feito no começo da noite no site da Fundação New Seven Wonders e recebido com festa em Foz do Iguaçu e na vizinha Argentina que conclamaram seus habitantes a sair as ruas e festejar, parecia final de copa do mundo.

A Amazônia também entrou para a lista , fazendo com que o Brasil seja o único país do mundo a dispor de duas maravilhas da natureza na lista.

Foto: Amannda Oliveira

Também fazem parte da nova relação Baía Ha Long, Vietnã; Jeju-do, Coreia do Sul; Komodo, Indonésia; Rio Subterrâneo de Porto Princesa, Filipinas; e Table Mountain (Montanha da Vida), África do Sul.

GAZETA DO OESTE - CAPA DO DIA


TRIBUNA DO NORTE - CAPA DO DIA


Edição impressa

DN DE HOJE



Lei facilitará punição para quem dirigir alcoolizado

Tornar crime o ato de dirigir alcoolizado e acabar com a obrigatoriedade do teste do bafômetro vai pacificar as decisões das cortes de Justiça e até das cortes superiores no país. A avaliação é do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Para o ministro, a vantagem da proposta do Senado, Projeto de Lei 48, aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa, ''é que ela tira a necessidade da mensuração e acrescenta qualquer meio como prova, como vídeo e testemunha”.

Droga, problema de todos

A prevenção como principal estratégia no combate às drogas é o tema abordado pelo médico, antropólogo e professor universitário Antonio Mourão Cavalcante, em artigo publicado na edição deste sábado (12) no O POVO. Confira:

A sociedade continua muito preocupada com o problema das drogas. A mídia destaca em suas páginas a clamorosa situação. A violência se manifesta pelo abuso do consumo e suas consequências físicas e psíquicas. E, igualmente, pela violência que suscita o tráfico. A briga de traficantes, querendo ocupar territórios de vendas e o acintoso ajustamento de contas – condenados à morte – os consumidores em débito. Forma-se esse caldo de violência, com um cortejo de medo, dor e desilusão das famílias atingidas. O que fazer?

Até hoje, as políticas mais exitosas – em todo o mundo – foram aquelas que focaram o problema em termos de prevenção. Não nego a necessidade da repressão, nem o apoio através de uma rede de tratamento. São políticas complementares, enxugando o prejuízo. E, deixem-me dizer mais, o tratamento raramente deve consistir em internação. Aliás, qualquer que seja a abordagem, os resultados são decepcionantes.

Voltemos à prevenção. Os trabalhos mais proveitosos deveriam ser voltados para dois pontos essenciais: fortalecimento da família, melhoria da educação. Os pais precisam ser mais valorizados e – somente – a família é capaz de conseguir algum resultado. O Estado não pode, jamais, substituir o papel de um pai e uma mãe. E, a escola é uma caricatura se não se faz em tempo integral. Lugar de menino é em casa ou na escola.

Agora, todas estas questões precisam ser tocadas como prioridades. Nada é tão importante quanto investir maciçamente em educação. Há que convocar a todos – esforço nacional – para que as famílias sejam ajudadas e as escolas funcionem como escolas. Nada é mais prioridade que formar nossa juventude dentro de princípios e valores democráticos, de solidariedade, honestidade e justiça.

Puxe esse assunto em seu condomínio. Discuta esse tema no bairro onde você mora. Na escola onde seus filhos estudam. Na igreja que você frequenta. Mobilizemos nossa cidade.

Chegou a hora de arregaçar as mangas. Silenciar é ser cúmplice.

Boa Noite, Bertolt Brecht

Louvor do revolucionário

Quando a opressão aumenta
Muitos se desencorajam
Mas a coragem dele cresce.
Ele organiza a luta
Pelo tostão do salário, pela água do chá
E pelo poder no Estado.
Pergunta à propriedade:
Donde vens tu?
Pergunta às opiniões:
A quem aproveitais?

Onde quer que todos calem
Ali falará ele
E onde reina a opressão e se fala do Destino
Ele nomeará os nomes.

Onde se senta à mesa
Senta-se a insatisfação à mesa
A comida estraga-se
E reconhece-se que o quarto é acanhado.

Pra onde quer que o expulsem, para lá
Vai a revolta, e donde é escorraçado
Fica ainda lá o desassossego.

Pesquisa aponta que eleitores desaprovam divisão do Pará

Pesquisa aponta que eleitores desaprovam divisão do Pará
Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta (11) mostra que 58% dos eleitores do Pará são contrários à divisão do estado em três unidades federativas (Pará, Tapajós e Carajás). A pesquisa ouviu 880 eleitores com 16 anos ou mais em 42 municípios do Pará, entre segunda (7) e quinta (10), e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O levantamento foi encomendado pelas TVs Tapajós e Liberal e pelo jornal Folha de S.Paulo. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. No dia 11 de dezembro, os paraenses decidirão em um plebiscito se são favoráveis ou contrários à criação dos novos estados. Nesta sexta, já começou nas emissoras de rádio e na TV locais a campanha das frentes pró e contra a divisão do Pará. No plebiscito, os eleitores paraenses responderão a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Carajás?” e “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós?”

Quatorze juízes são investigados no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte possui 14 magistrados que respondem processo administrativo no Tribunal de Justiça do Estado. O número foi divulgado em levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e não considera os índices do Judiciário Federal e do Tribunal Regional do Trabalho. A lista, portanto, poderá ser endossada.

Não há desembargador sendo investigado no RN. Todos os magistrados são juízes, e, apesar da divulgação, tiveram seus nomes mantidos em sigilo. São nove pedidos de providência; três processos administrativos disciplinares e uma representação. Todos os procedimentos foram abertos este ano.

O número é quase ínfimo se comparado ao total de magistrados que atual em território potiguar pela Justiça Estadual: 191. Ou seja, 7,3% da magistratura apresentaram indícios que motivaram investigação. Em comparação com outros Estados da região, contudo, o número é alto. Pernambuco e Paraíba, por exemplo, têm, cada um, três magistrados em investigação em sindicância.

Apenas dois pedidos de processo partiram da própria Corregedoria de Justiça. Os demais interessados são pessoas que se sentiram lesadas em alguma proporção por decisão ou ato dos magistrados. Os motivos são os mais diversos: reclamação contra sentença ou excesso de prazo; afronta ao princípio da imparcialidade; infração administrativa etc.

No cenário nacional, as corregedorias gerais dos Tribunais de Justiça detectaram 693 processos e sindicâncias. Piauí lidera a lista com 211 magistrados investigados, seguido por São Paulo, com 134, e o Amazonas, com 59 processos.

Nominuto

"A igreja católica não é democrática"

Carlos Skarlack


“A Igreja Católica não é democrática”. Se extraída de alguma obra literária, a assertiva remeteria a uma das partes da Trilogia A Busca do Graal, do inglês Bernard Cornwell: o Herege. Ou se proferida, por alguém de outra doutrina ou linha de pensamento contrário, ou diferente do credo ou sistema católico, o mesmo até poderia ser perfilado como autor de uma heresia, como formularia Georges Duby . Todavia, expressa por uma das mais respeitadas lideranças do catolicismo de Mossoró – quiçá do Rio Grande do Norte -, como o é, o padre Sátiro Calvanti Dantas, no mínimo, está fadada a provocar uma grande polêmica. Pois, é isto que pensa o padre Sátiro Cavalcanti, sobre a denominação a qual tem dedicado toda sua vida. A definição foi feita, nesta entrevista especial ao CORREIO DA TARDE.

CORREIO DA TARDE - Padre Sátiro Cavalcanti Dantas, como está o processo de cobrança de mensalidades escolares da rede privada em Mossoró?

PADRE SÁTIRO DAVALCANTI - Hoje a definição de planilhas, cobranças e outras questões são de responsabilidade de cada escola, que apresenta a planilha diretamente aos pais dos alunos.

A palavra cartel, assim é terminantemente descartada.

Hoje é muito difícil usar a palavra cartel para definir as mensalidades das escolas particulares, pois cada colégio tem suas necessidades avaliadas internamente. Tudo isso feito com acompanhamento do Ministério Público, a quem temos que apresentar todos os contratos.

Existe uma reclamação contra a Medida Provisória que rege o setor?

Infelizmente é uma Medida Provisória que vem da época do governo do ex-presidente de Itamar Franco e o Congresso Nacional não tem coragem de votar uma outra atualizando, pois atinge a classe média e os senhores parlamentares não querem perder votos.

Isto é prejudicial para as escolas privadas?

Essa Medida Provisória em vigor deixa as escolares particulares de mãos atadas sobre a cobrança das mensalidades. As escolas, mesmo com um alto nível de inadimplência, não podem cobrar; não podem suspender provas nem adotar outras providências. Para se ter uma idéia de nossa dificuldade, ao aluno cujos pais pagaram apenas a matrícula e chega ao final do ano sem quitar nenhuma mensalidade, a única arma que o colégio tem é não renovar a matrícula do mesmo.

Isso resolveria o problema?

Não. Mesmo nessa situação a direção da escola ainda assim tem que liberar a transferência de graça. E infelizmente alguns pais se baseiam nessa medida; alguns ficam até rodando de colégio em colégio para não pagar as mensalidades devidas. E o que é pior, os estabelecimentos de ensino nada podem fazer para receber o que lhes é de direito.

Qual o índice de inadimplência na rede privada de ensino em Mossoró na atualidade?

É uma média de 40% de inadimplência neste mês de novembro. Pelo menos aqui no Colégio Diocesano Santa Luzia.

O que as escolas particulares tem feito buscando solucionar o problema?

Este ano passamos a cobrança para os bancos pensando que iria melhorar. Mas não houve muita diferençam não.

As escolas contam com suas obrigações...

Isso é uma realidade que os pais precisam ver. O Colégio Diocesano não é uma família que está investindo nela mesma. O Colégio Diocesano tem obrigações. Por exemplo, a própria Diocese não usufrui dos bens do estabelecimento, mas tem sua taxa mensal.

Por falar na Diocese, como se procede à sucessão do colégio e dos órgãos paroquiais?

Olha a Igreja Católica não é democrática. Participa e defende a democracia, mas a Igreja Católica não é democrática. Todas as atitudes, suas resoluções finais dependem de certa maneira do Papa ou do Bispo.

Como assim?

Na Igreja Católica se tem os Conselhos; em termos locais o bispo até ouve, mas não está obrigado a seguir as orientações nas questões que esses Conselhos colocam. Por exemplo, quando existe a nomeação dos dirigentes de colégios, de faculdades e outros setores, é tudo ad nutun, ou seja: é conforme a vontade, ao arbítrio do bispo. O bispo nomeia, e até quando ele achar conveniente.

O senhor que está há muitos anos no comando do Colégio Diocesano Santa Luzia, o que pensa sobre o futuro da instituição?

No caso do Colégio do Diocesano Santa Luzia eu acho que já está no tempo mudar. A Igreja Católica, mesmo que esteja aí já com 265 papas, sempre tem mudado de comando. E está de pé, mesmo com tantas mudanças no comando. Então, é hora de mudar, e aqui também deve mudar.

Então teremos mudança no comando do Colégio Diocesano?

Agora mesmo nós temos cinco padres em Roma. E desses cinco o bispo vai orientar um para a direção do Colégio Diocesano. Ou até já os orientou para a sucessão do Colégio Diocesano e a Faculdade Diocesana que está apenas com o curso de Teologia.

Não deveria haver um maior investimento na Faculdade de Teologia?

Particularmente eu acho que é inconcebível tanto esforço para instalarmos essa Faculdade de Teologia para termos só um curso. A Faculdade de Teologia comporta outros, mas temos aí só o Curso de Filosofia.

Existem condições para a implantação de outros cursos?

A Faculdade de Teologia tem plenas condições de oferecer outros cursos, a partir das instalações físicas. Por exemplo, o curso de Psicologia, de Filosofia e até de Comunicação Social.

Este é um momento propício já que a cidade tem recebido várias Faculdades, não?

Por fala nisso, o que temos aí é uma gama de cursos que estão chegando a Mossoró. Uns alugando salas e dando nome de Faculdade. É Faculdade disso e daquilo. Muitas sem as devidas condições.

Que avaliação o senhor faz do funcionamento da Igreja Católica?

Começo pelo passado. As comunidades escolhiam seus bispos. Como exemplo, lembro que Santo Agostinho, Ambrosino e outros foram aclamados por suas comunidades. O Santo Agostinho foi aclamado com 34 anos. Não era homem de igreja. Quem era da igreja era a mãe dele. Ele, procurando a verdade na Filosofia, encontrou na Bíblia, e em pouco tempo o povo o aclamou. Naquela época os bispos eram aclamados pelo povo. Hoje não. É o próprio Papa; aí, nas comunidades os padres nas Dioceses são nomeados pelos Bispos.

Esse processo é prejudicial ao funcionamento da igreja?

Isso prejudica a Igreja Católica sim, pois não existe a participação direta da comunidade como no cristianismo inicial se praticava. Ora, se a Igreja Católica exige tanta democracia; se quer um espírito democrático, porque na parte da administração eclesiástica fica tudo a cargo do bispo, no caso da igreja particular que é a Diocese?

O senhor discorda do processo atual da escolha dos bispos?

Manda-se para Roma uma lista aprovada, não pela Diocese, mas por uma Nunciatura. São três nomes. Mas, ora, nessa lista já não vai uma sinalização de quem se deseja? E o papa nomeia o Bispo daquela igreja numa nomeação direta.

O senhor já chegou a ser consultado sobre a escolha de algum bispo?

Eu recebi anos atrás, umas consultas sobre alguém que poderia ter condições de ser bispo. E eu indiquei alguns nomes. Desses nomes só acertei um.

O que o senhor defende, então?

O que penso é que se o bispo diocesano fosse escolhido pelo clero e pelo povo, teria esse aspecto democrático. Talvez ferisse essa linha monárquica, pois a Igreja Católica ela é monárquica. Sei que a é Igreja Católica não é democrática.

Mas tem quem defenda essa falta de democracia que o senhor aponta.

Para muitos pensadores essa linha que está aí, faz com que igreja mantenha a unidade e que tenha resistido a tantas reformas e heresias enfrentadas e, que tenha vencido apesar de nós padres que somos relapsos, e hoje ela seja uma das instituições mais antigas.

O senhor disse no início da entrevista que já é ora de mudanças no comando do Colégio Diocesano Santa Luzia e na Faculdade Diocesana. Então, está preparado para deixar esses cargos que ocupa há algum tempo?

Sem dúvida nenhuma estou preparado e com o coração aberto para aquele que vier a ser indicado para me substituir.

O senhor poderia indicar alguém?

Não vou indicar nomes, pois tudo depende da última palavra que é do bispo. Mas, considero que temos pessoas preparadas, da mesma forma como tivemos para substituir padre Américo Simonetti. Muita gente até pensava que tudo ia acabar, mas a igreja é assim, sempre vem outro e comigo não será diferente. Afinal, a igreja é de Jesus, e ele disse "Eu estarei convosco até a consumação dos séculos". E você como um bom evangélico, sabe muito bem disso, não precisa eu lhe explicar que você sabe.

Como o senhor acompanha uma série de denúncias contra líderes religiosos da Igreja Católica em algumas partes do mundo?

Se alguém cometeu erro é por ser humano. E toda igreja é feita por pecadores. Mas Jesus disse: Eu estarei convosco e mandarei o Meu Espírito. Aliás, como evangélico, e dos bons, você sabe que esse problema é humano e bíblico.

O senhor já pensa no futuro de instituições como a Funsern, a FM Santa Clara, o Mosteiro e outros organismos que comanda?

Já estou pensando seriamente até mesmo em reformular o Estatuto da Funsern, pois é muito rígido. Penso no futuro, claro, pois eu não nasci para semente, e já ta hora de certa mudança do estatuto onde existe uma assembléia. Vai depender dessa assembléia que hoje é o peso principal.

O senhor pretende efetuar algumas mudanças?

Eu pretendo dentro de seis meses fazer uma mudança para que com minha morte a instituição não morra. Que continue com suas propriedades e continue seu trabalho.

Como ex-presidente do Conselho Estadual de Educação como o senhor avalia o nível do nosso ensino atualmente?

Eu passei 12 anos no Conselho Estadual de Educação. Lembro que eu ia a Natal toda quarta-feira. Fui presidente do Conselho cinco vezes. Fazíamos seminários regionais com vários outros Conselhos Estaduais participando. Colocamos a revista do Conselho em dia. Os membros eram homens imbuídos de trabalho, e tínhamos influência. Dávamos parecer sobre o próprio ensino primário. Hoje não vemos mais a participação do Conselho Estadual de Educação em nada. No meu tempo o Conselho era exigente para se instalar uma escola; era feita uma ou mais visitas e existia supervisão. E eram cumpridas as exigências.

Hoje não existe mais esse rigor do Conselho Estadual de Educação na hora de se instalar uma nova escola?

Hoje o que existe é um relaxamento. Atualmente, em toda cidade se abre uma casa, bota um ar condicionado e diz que é uma escola.

Em Mossoró existem casos desse tipo?

Claro. Aqui em Mossoró, a cidade está sendo poluída de Faculdade de fim de semana. Algumas inclusive com Pós-Graduação disso e daquilo.

Mas temos instituições sérias?

Hoje, temos cinco universidades. Tem a nossa UERN; a UFERSA e a Escola Técnica Federal; temos particulares a Mater Christi e a UnP.

Faz-se necessário o aumento de Faculdades, mas com qualidade, não?

Essa é a verdade. Por exemplo, o que assistimos foi um grande crescimento da Uern, graças ao professor Walter Fonseca, que teve a coragem de na marra, espalhar a Uern que era mais aqui com o Campus de Mossoró e os Campi Assu, Patu e Pau dos Ferros. E a instituição precisa continuar crescendo, contanto que tenha qualidade.

Como o senhor avalia o nível do nosso ensino?

Quanto a qualidade sabemos que existe uma perda, uma queda na qualidade. O próprio professor formado sente um vazio pedagógico. Quanto ao nível do alunado podemos dizer que no passado ele era mais bem formado; melhor preparado, com menos conteúdo e mais profundidade. Hoje se tem menos conteúdo e mais superficialidade.

Os alunos estão prejudicados, em sua opinião?

Existe um grande prejuízo sim. Você veja que um aluno fazendo Pedagogia; um aluno tendo aula todo dia, como não é o nível de aprendizado dele. Agora, imagine um aluno que apenas vai aos sábados, aí recebe uma apostilha, numa dessas casas emprestadas, e ao final recebe um diploma dessa Faculdade.

Cite um caso concreto.

Um caso concreto é o Exame de Ordem da OAB. Por que tanta reprovação da OAB? As Faculdades não estão cumprindo seu papel. Não está havendo seriedade. Os alunos não estão preparados. É tanto que houve esse questionamento contra a OAB

Também está existindo questionamentos contra o ENEM...

Eu sou favorável ao ENEM. Mas, se não tiver cuidado o Enem vai ser uma caixa de corrupção. Se não houve uma fiscalização séria, vai virar corrupção.

O senhor acredita que os problemas do ENEM possam ser contornados?

Eu tenho esperança de que o Governo Federal vai encontrar uma forma para que se tenha um espelho do ensino no Brasil.

Como um dos fundadores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) como o senhor avalia a atual condição da instituição?

Na greve geral da instituição, eu que sou um péssimo twiteiro; no coração da greve eu dei várias opiniões. E a opinião mais certa foi à seguinte: Senhor reitor, que é o líder, se reúna com suas lideranças dos professores, funcionários e alunos. Se reúna com eles e convoquem, marquem uma audiência, um encontro pessoal com a senhora governadora Rosalba Ciarlini. E que ela vá pessoalmente, levando seus assessores e conversem. Nada de papel pra lá, papel pra cá que isso não resolve nada. Foi o melhor conselho que dei.

Como acompanha os entendimentos entre Uern e Governo?

Se houver algum prejuízo para a Uern, e eu frisei isso, o prejuízo será do Estado também, já que a Universidade é do Estado. A Uern não é instituição privada, e por isso, se ela tiver prejuízo o Estado terá prejuízo.

O senhor é um defensor do diálogo?

Sou e falo isso com experiência própria. Na histórica crise entre o então prefeito Dix-huit Rodado e o doutor Laplace Rosado, eu assumi a responsabilidade de reordenar a situação na Uern. Eu lembro que encontrei a Uern com sete meses de atraso de salários; com telefones em atraso, e de vagar, conversando, chegamos aquele grande plano que foi o ápice da estadualização.

Ali houve uma grande mobilização da comunidade mossoroense como um todo...

Nunca mais vi um movimento mossoroense, com total engajamento como o que houve pela estadualização da Uern. Ali participaram as igrejas, os clubes de serviços, a maçonaria, a indústria, o comércio a classe política; todos se uniram e foi tão brilhante, que nunca mais vi aquela união em Mossoró.

O senhor tem acompanhado o governo Rosalba Ciarlini?

Por enquanto, a bem da verdade, não tive condição de ter um acompanhamento da administração. Acompanhei parte da crise, das mudanças. Mas quase exclusivamente baseado na imprensa; na favorável e na contrária.

Vem aí mais uma eleição municipal em que escolheremos o prefeito ou prefeita da cidade. O senhor acredita em mudança de cenário?

Tenho impressão que ainda é cedo, apesar dos prazos que avançam. Mas, como eu dizia sempre a Nilo Santos. Assim como você, Nilo gostava dessas matérias polêmicas. Eu dizia que daqui há 40 anos não deveríamos ter preocupações pois o comando de Mossoró estaria ocupado.

Mas já se passaram alguns anos desse período dos quarenta...

Vamos ao histórico. Quando criamos a Uern, havia um grupo de idealistas. E um dos pensamentos era tirar Mossoró das mãos de uma família...

O senhor se refere a família Rosado...

É (pausa para risos)... mas, infelizmente, aquele grupo se viu nas mãos e foi instrumento da confirmação da presença dessa família na instituição. E atualmente, pelo esquema, pelos movimentos que assistimos na cidade, ainda não vai ser agora a mudança. Estamos noutro tempo; temos partidos mais fortes, inclusive um que pode influenciar pois ocupa o Governo no plano Federal (PT), mas acho que ainda não haverá mudança. Acho que ainda é muito cedo para dizer que haverá uma mudança total.

Esse tempo está próximo?

Eu acho que ainda não será nesse período que haverá mudança totalmente. O que é mudança total? Mudança completa de nomes de família.

Por falar em mudança, o senhor chegou a ser convidado, em algum momento, a entrar na disputa eleitoral ?

Houve uma época em que houve convites. Eu mesmo fui convidado a ser candidato, quando lançaram a candidatura de Dx-huit. Padre Américo (Simonetti) também foi convidado, mas dissemos que nosso trabalho era na igreja. Atualmente existe uma febre em procurar os padres para a política está diminuindo.

Qual a sua opinião sobre a participação de líderes religiosos nas disputas eleitorais?

Que se tenha homens fé, cristãos, evangélicos, católicos, que exerçam a política partidária na profissão e, não os padres, que teriam que sair de seu trabalho paroquial. A política é uma das funções da fé. Uma delas é o político viver a sua fé, suas atitudes, a defesa dos excluídos, na defesa de seus concidadãos. Mas por outro lado, há um ponto que alguém dirá negativo, a não-presença de sacerdotes no Congresso, embora já exista um bom número de evangélicos.

O que senhor ainda espera do governo Fafá Rosado que vai entrar para o seu último ano?

Olhe desejaria, e disse isso a ela em uma missa. Aliás, aqui no Colégio Diocesano Santa Luzia tem a palmeira imperial que é homenagem a ela que é primeira e única ex-aluna que chegou ao cargo de prefeita de Mossoró. Ela que foi catequizada na paróquia de São Vicente. Tem um laço muito estreito com a família dela, entre mim e a família de dona Odete e de seu Dix-neuf Rosado e todos os seus filhos.

O que o senhor disse para a prefeita Fafá Rosado?

Disse a ela que deixe a Prefeitura de Mossoró com a periferia com escola, posto de saúde e moradia. Vamos acabar com esse negócio de que Mossoró é só o centro. Mossoró não é só o centro, a Praça Vigário Antônio Joaquim e a Praça Rodolfo Fernandes. A Mossoró grande chama-se periferia e é lá que se precisa, pois é onde estão o mais necessitados. A creche, o posto de saúde, a escola e a moradia. É isso que peço a nossa prefeita Fafá Rosado.

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