sábado, 27 de setembro de 2014

Opinião: Alocação de recursos públicos na Educação é feita de maneira ingênua

"Em tempos de eleição, diversas ideias surgem como a panaceia para a Educação brasileira. No entanto, em geral, essas propostas estão baseadas em 'achismos'", afirma Priscilla Tavares

Fonte: UOL Educação


A qualidade da educação básica brasileira é um tema discutido diariamente nos jornais do país. Quase todas as matérias apresentam um raio-X da escola pública e concluem que o quadro é grave: a infraestrutura é precária, faltam professores e recursos pedagógicos, os salários são baixos etc.
O diagnóstico da educação básica deixou há algum tempo de basear-se em evidências pontuais ou mesmo anedóticas. Com a criação do Saeb e da Prova Brasil, passamos a contar (literalmente) com exames que medem a proficiência dos estudantes brasileiros de ensino fundamental e médio, ao final de cada etapa da escolarização, em língua portuguesa e matemática. Mais recentemente, o Ideb passou a ser o principal termômetro da qualidade da educação, ao combinar dados de aprendizado e fluxo escolar.
Esses foram grandes passos da política educacional: a divulgação sistemática dos resultados das avaliações externas de aprendizagem, combinadas com informações de contexto escolar e de suporte familiar dos alunos é fundamental não só para traçar o diagnóstico da qualidade da educação, como também (e principalmente) para fornecer informações que definam o tratamento adequado para suas moléstias.
Infelizmente, este não é o uso que os formuladores de políticas educacionais nas esferas federal, estadual e municipal têm dado para as avaliações. A divulgação dos dados limita-se a uma análise de elevador enfadonha, que pouco tem a dizer sobre o sucesso das políticas implantadas nas redes municipais e estaduais de ensino.
Em tempos de eleição, diversas ideias surgem como a panaceia para a educação brasileira. No entanto, em geral, essas propostas estão baseadas em "achismos" e argumentos carregados de lógicas que o senso comum dificilmente consegue contradizer. Mas não há evidências científicas que comprovem sua eficácia e apontem seus possíveis efeitos colaterais.
Assim como um medicamento que não pode ser administrado a qualquer paciente, as ações implantadas na sala de aula não são necessariamente bem sucedidas a qualquer grupo de alunos. A literatura mostra, por exemplo, que os alunos mais pobres e com maiores deficit de aprendizado beneficiam-se de políticas de ampliação da jornada escolar. Os efeitos sobre os demais estudantes não são consensuais.
Apesar de evidências como esta, nos acostumamos a ouvir as promessas de universalização das políticas e de aumento dos gastos. É verdade que no Brasil o gasto por aluno na educação básica é inferior à média observada nos países da OCDE, por exemplo. No entanto, sem medir os verdadeiros impactos das políticas educacionais não é possível conhecer seu custo-efetividade. Assim, não conseguimos estabelecer regras para a boa alocação de recursos na área. Em resumo: sem essas avaliações, a alocação de recursos é feita de maneira, no mínimo, ingênua. Para não dizer irresponsável.
Nos últimos anos, os governos municipais e estaduais implantaram uma enxurrada de ações nos sistemas educacionais: melhoria da formação continuada dos professores, programas de bônus, adoção de materiais e métodos estruturados de ensino, mudanças na gestão escolar etc. Apesar disso, a cada divulgação dos dados do Saeb/Prova Brasil, recebemos a mesma velha notícia: melhoramos nos anos iniciais do ensino fundamental, mas estamos estagnados ou pioramos nos anos finais e no ensino médio.
É verdade que políticas educacionais geram melhorias de longo prazo. Mas, se as ações implantadas de fato surtem efeito, os resultados uma hora precisam aparecer. Anos atrás, acreditava-se que os dados de aprendizado do Saeb/Prova Brasil melhorariam quando os estudantes oriundos do 5º ano bem sucedido chegassem ao 9º ano e ao ensino médio. Não aconteceu. Isto sugere que estamos desperdiçando recursos, fornecendo um tratamento inócuo a gerações e gerações de estudantes.
Enfim, não podemos continuar julgando o mérito das políticas educacionais apenas com base em suas boas intenções. É preciso ser agnóstico. Para descobrirmos qual é o remédio para melhorar a educação, devemos conduzir pesquisas rigorosas do ponto de vista científico que avaliem o impacto das ações, programas e políticas propostas para a área educacional. Para isso, é necessário continuar produzindo dados confiáveis das avaliações externas dos sistemas educacionais e contar com o conhecimento, "know-how" e isenção dos pesquisadores acadêmicos das melhores instituições de ensino superior do país.

“Empresas financiam candidatos em busca de facilidades no poder público”

Candidato a deputado federal, Carlos Alberto cobra reforma política urgente

CARLOS-ALBERTO
Consciente da importância de um mandato político e da necessidade de lutar pelo desenvolvimento do Rio Grande do Norte, o professor Carlos Alberto, 46 anos, candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), valeu-se de sua experiência no Departamento de Administração da UFRN para formular uma proposta a ser executada, caso se eleja para a Câmara Federal.
Carlos Alberto foca a sua atuação em três reformas necessárias: o pacto federativo, a reforma política e a reforma tributária, além de cinco eixos considerados importantes para o futuro do Estado: educação; segurança, justiça e cidadania; trabalho; desenvolvimento e infraestrutura e turismo.
Filho de família seridoense, esta é a segunda vez que Carlos Alberto disputa um cargo eletivo. No pleito de 2012, foi companheiro de chapa do deputado Fernando Mineiro na disputa pela Prefeitura do Natal. Professor da UFRN, onde ingressou em 1999, possui bacharelado em Administração de Empresas e mestrado em Administração de Recursos Humanos pela UFRN e doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo – USP.
Reformas
Segundo o candidato, o pacto federativo proposto engloba a divisão da receita dos impostos entre estados, municípios e união: “Essa divisão vem prejudicando os municípios, que não conseguem investir diretamente nas melhorias e demandas específicas de cada um”, disse. A saúde, na sua opinião é o serviço público mais prejudicado pela atual fórmula adotada na repartição dos recursos públicos.
Sobre a reforma política, Carlos Alberto considera que ela é necessária e urgente: “A grande maioria dos políticos que se elegem, em todas as casas legislativas, só o conseguem devido ao elevado gasto de suas campanhas eleitorais”, afirma. E acrescenta: “O financiamento das campanhas eleitorais percorre um caminho viciado, onde empresas privadas financiam candidatos em busca de facilidades na contratação de obras e serviços pelo poder público”.
Carlos Alberto, que conhece bem a luta dos empresários norte-riograndenses, afirma que a necessidade de se fazer uma reforma tributária no Brasil é uma unanimidade. “O governo federal vem promovendo medidas pontuais de desoneração, mas o problema tem que ser atacado de frente pelo Congresso Nacional. O elevado número de taxas, contribuições e impostos tem levado a economia brasileira a crescer menos do que poderia”.
Eixos de atuação
O plano de atuação parlamentar do candidato Carlos Alberto está organizado em cinco capítulos: educação; segurança, justiça e cidadania; trabalho; desenvolvimento e infraestrutura e turismo.
Como professor dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação em Turismo e, atualmente, coordenando o curso de Administração da UFRN, Carlos Alberto acredita que é possível avançar nesta area, multiplicando as conquistas: “O desafio do país não é mais o do enfrentamento da miséria, mas sim o de fazer com que as pesoas atinjam um patamar socioeconômico compatível com o dos habitantes dos países desenvolvidos”.
Para o professor Carlos Alberto, segurança, justiça e cidadania são temas distintos, mas que possuem um inimigo em comum, a ação criminosa do tráfico de drogas, responsável pela escalada de violência no Brasil e no Rio Grande do Norte. “Defendemos a melhoria da infraestrutura de segurança para o estado, apoiando a ampliação do efetivo e a modernização das instalações e de equipamentos das polícias civil e militar”.
As relações de trabalho, na opinião de Carlos Alberto, evoluem ao longo do tempo e muitas são as propostas para a modernização das relações trabalhistas: “Buscaremos a intermediação nas negociações para que se garanta a trabalhadores e empregadores leis trabalhistas modernas e adequadas ao ganho de qualidade de vida no trbalho e a repartição da riqueza gerada para ambos”.
Para o candidato Carlos Alberto, deve-se ter a consciência de que a capacidade de trabalho é na maioria das vezes a única maneira de um trabalhador ascender socialmente. Em contraponto, afirma, as empresas buscam desenfreadamente ganhos de produtividade. “Esses dois objetivos, devem caminhar na mesma direção para que haja ganho para as empresas e os trabalhadores”.
E para consolidar o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte, o professor Carlos Alberto pretende destinar suas emendas para a elaboração de projetos estruturntes para o desenvolvimento do Estado, tais como: a construção de um novo porto, a contratação de um estudo para que se dê a integração do Estado à ferrovia Transnordestina, a retomada dos estudos para a implantação de indústrias produtoras de PVC, em parceria com a Petrobras, além de um plano de transporte na região metropolitana de Natal que o planeje para os próximos 30 anos.
Durante quatro anos, Carlos Alberto foi subsecretário de Turismo do Rio Grande do Norte. Neste período coordenou a eleboração de três planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, para os polos Costa das Dunas, Seridó e Costa Branca. “Nossa atuação como parlamentar será voltada para que esse planejamento seja implementado”.
Segundo Carlos Alberto, apesar dos esforços dos parceiros envolvidos na atividade turística em nosso estado, o turismo do Rio Grande do Norte vem a cada ano perdendo força: “Isto acontece dado a falta de prioridade do governo estadual. A secretaria foi abandonada sem orçamento e com constantes mudanças físicas e de gestão que atrapalharam seu pleno funcionamento”.

Ex-deputado Ney Lopes anuncia sua desfiliação partidária: “Acabou-se”

Ele alega ter sido praticamente expulso pelo presidente nacional do partido, senador José Agripino


Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir
Joaquim Pinheiro
Repórter de Política
O ex-deputado Ney Lopes, afirmou na manhã deste sábado que dará entrada no seu pedido de desfiliação do DEM no próximo dia 6 de outubro porque não reúne mais condições de permanecer na legenda após ter sido praticamente expulso pelo presidente nacional do partido, senador José Agripino no episódio que envolveu a governadora Rosalba Ciarlini quando teve o seu direito de disputar a reeleição negado. “A decisão do senador José Agripino foi autoritária e antidemocrática”, disse o ex-deputado, que foi um dos parlamentares brasileiros de maior prestígio internacional, principalmente por ter presidido o Parlatino – Parlamento Latino Americano, onde realizou um trabalho de integração entre Países do Caribe e América Central, principalmente.
Ney Lopes disse que sai do DEM, que considera uma legenda em extinção, mas não deixa a vida pública, inclusive pretendendo ser candidato nas eleições estaduais de 2018. “Sou da mesma geração de Garibaldi Filho, José Agripino, Henrique Eduardo e todos estão em intensa atividade política. Por que não poderei ser candidato para continuar contribuindo com o Rio Grande do Norte?, questiona. Ele informa que depois de consolidada a decisão de sair do DEM vai esperar pelas mudanças, que no seu entendimento certamente ocorrerão no sistema político brasileiro. “Vou esperar para definir meu próximo partido”, ressalta, prevendo que o atual sistema político-eleitoral deve extinguir alguns partidos.
Questionado se sairá do DEM com mágoas, Ney Lopes disse que não, mesmo considerando-se injustiçado pela cúpula nacional da legenda que tem como principal dirigente o senador José Agripino. “Não tenho ressentimento nem sou inimigo pessoal do presidente do partido, mas entendo que venho sendo preterido há muito tempo, e agora fui mais uma vez desconsiderado. Sou membro permanente e vitalício da Executiva Nacional por ter sido presidente do Instituto Tancredo Neves e nunca fui chamado para participar das reuniões do partido”, disse ele.
INJUSTIÇA À ROSALBA
Por fim,o ex-deputado Ney Lopes diz que o DEM é um partido em fase de extinção, prevendo que após as eleições deste ano deverá fazer uma fusão com outras legenda, provavelmente com o PMDB. “O DEM acabou-se”, resumiu Ney Lopes, lembrando que o partido cometeu também uma grande injustiça com a governadora Rosalba Ciarlini quando lhe negou a legenda para se aliar com o PMDB e apoiar a candidatura do deputado Henrique Eduardo Alves para governador do Rio Grande do Norte. “Rosalba tinha o direito e legitimidade para ser candidata à reeleição, mas foi preterida numa atitude autoritária e antidemocrática”, reiterou o ex-deputado.

Principais desafios a serem enfrentados pelo próximo presidente na área de Educação

Candidatos apontam propostas para valorizar os professores, aumentar vagas em creches e facilitar o acesso de jovens a universidades
Fonte: Rádio Bandnews FM

Valorizar os professores, aumentar vagas em creches e facilitar o acesso de jovens a universidades. Esses são apenas alguns dos desafios do próximo presidente da República na área da educação e o tema da segunda reportagem da série especial que você ouve nessa semana.

Para superar os desafios na educação, os candidatos ao Palácio do Planalto prometem diferentes projetos para a área. Marina Silva, do PSB, quer a formação inicial e continuada de professores e o estabelecimento de planos de carreira e salários.
Já Aécio Neves, do PSDB, aposta na criação de incentivos para melhorar a formação, a carreira e a remuneração dos professores e o Aprimoramento do modelo do PRONATEC.
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, do PT, quer fortalecer programas como o SISU, ENEM e o Ciência sem Fronteiras. 
O candidato do PV, Eduardo Jorge, propõe um piso nacional para os profissionais, que podem ter adicionais municipais, estaduais ou federais.
Pastor Everaldo, do PSC, quer expandir o PROUNI para ensino técnico, médio, fundamental e infantil, para que alunos de baixa renda tenham acesso a ensino privado.
O candidato do PRTB, Levy Fidelix, sugere o uso da informática para melhorar o ensino básico no país. Outra aposta seria uma melhor alimentação do alunos e a reestruturação do ensino e dos salários.
O plano de governo de José Maria, do PSTU, sugere para a área da educação, a destinação de 10% do PIB.
Eymael, do PSDC, promete incentivar a municipalização do ensino fundamental e ampliar o ensino integral no ensino fundamental.
A candidata do PSOL, Luciana Genro, propõe a criação de um Plano Nacional de Educação que não assegura os 10% do PIB para a educação pública.
Mauro Iasi, do PCB, quer uma educação igualitária, onde todos tenham acesso a ensino de graça e de qualidade.
E Rui Costa Pimenta, do PCO, sugere um sistema único de educação estatal, sob o controle dos trabalhadores e a estatização das escolas privadas.

Cinco informações sobre a melancia que você provavelmente não sabia

A melancia é uma fruta que goza de boa popularidade entre muitas pessoas, graças ao seu sabor doce e ao fato de ser muito refrescante e por conter uma grande quantidade de água

6u54u34
De fato, a melancia contém cerca de 90% de água. É por isso que contém diversas propriedades que são muito boas para nosso organismo, mesmo que a maioria delas seja desconhecida. A seguir, falaremos cinco coisas a respeito da melancia que muitas pessoas provavelmente não sabem.
1- É rica em antioxidantes
A melancia é uma gruta rica em antioxidantes, principalmente em licopeno. Inclusive, tem mais desse composto do que o tomate cru. Tal composto é um antioxidante muito efetivo, capaz de deter os efeitos dos radicais livres, além de fortalecer o sistema imunológico.
Ainda, o licopeno ajuda na luta contra o dano celular, por isso é sumamente efetivo para evitar certos tipos de câncer. Assim, o melhor a fazer é consumir essa fruta pelo menos três vezes por semana. As sementes também têm ótimas propriedades, assim, é recomendável consumi-las.
2 – Causa a sensação de saciedade
Debido ao fato de ser composta essencialmente por água, a melancia é excelente para provocar a sensação de saciedade e, dessa forma, nos ajudar a comer menos. Para isso basta comer um pedaço da fruta antes de comer para que nos sintamos mais satisfeitos com uma menor quantidade de comida.
Dessa maneira, é possível evitar o sobrepeso ou a obesidade. Como sabemos, a melancia tem muita polpa, assim conseguimos aproveitá-la melhor.
3 – É boa para mulheres grávidas
Consumir melancia durante a gravidez é muito bom, já que ela contém altos níveis de vitamina C. Além disso, como já se sabe, essa vitamina é perfeita para evitar e combater doenças respiratórias, como a gripe e o resfriado comum.
De fato, algumas pessoas comem melancia com um pouco de limão, o que, sem dúvida, acrescenta as quantidades de vitamina C que o corpo recebe. Lembre-se que também é possível preparar água com melancia.
4 – Evita as câimbras
A melancia é de grande ajuda para todas as pessoas que praticam algum tipo de esporte. O fato de conter uma boa quantidade de potássio e vitamina B6 essa fruta torna-se excelente para evitar as tão dolorosas câimbras que afetam os músculos enquanto fazemos alguma atividade física.
Esses componentes ajudam o organismo a absorver as proteínas da melhor maneira, evitando as câimbras. Nesse sentido, o melhor é comer um pouco da fruta alguns minutos antes de praticar exercícios. Também é possível consumi-la depois da prática de algum esporte, graças ao fato de que é uma fruta muito refrescante devido ao seu teor de água.
5 – É boa para o coração
Alguns estudos recentes realizados nos Estados Unidos demonstraram que a melancia é boa para o coração, pois consumi-la diariamente mantém a pressão ou tensão sanguínea nos níveis ideais, prevenindo doenças cardíacas e vasculares. Não obstante, um dos problemas a respeito é que os interessados devem consumir uma melancia e meia por dia para obter os mesmos resultados em todos os momentos. Para quem conseguir, fica a dica.

Fonte: Melhor com Saúde

Lançamento de livro causa muita polêmica e irrita deputados federais

Livro "Nobre Deputado" revela como funciona o esquema de desvio de verba pública na politica brasileira

Livro-Nobre
Um livro esclarecedor da realidade da vida política de um deputado federal com atuação no Congresso Nacional em Brasília. É assim que pode ser definido “O Nobre Deputado – Relato chocante (e verdadeiro) de como nasce, cresce e se perpetua um corrupto na política brasileira”, do juiz Marlon Reis, lançado nesta sexta-feira em Natal.
Num texto fácil, direto, esclarecedor – e estarrecedor -, o autor lança luz sobre as falhas do sistema político brasileiro, sobretudo as brechas por onde escorrem verbas públicas que deveriam servir exclusivamente para o bem comum, mas que, na prática, terminam alimentando o caixa de campanhas eleitorais e fornecendo comissões a uma cadeia de políticos – geralmente prefeitos e governadores.
O livro também aborda os esquemas de compra de apoio político de lideranças, como são identificados e aliciados os cabos eleitorais, e explica o porquê do custo absurdo das eleições brasileiras. “O resultado de qualquer eleição brasileira já está definido muito antes do encerramento da votação. A vontade do eleitor individual não vale nada no processo. O que conta é a quantidade de dinheiro arrecadado para a campanha vencedora, que usa a verba num infalível esquema de compra de votos. Arrecadou mais, pagou mais. Pagou mais, levou. Simples assim. Claro que a arrecadação se dá por expedientes muito distantes da legalidade e de qualquer noção de lisura”, escreve o magistrado, já na introdução da obra.
Segundo Marlon Reis, que escreveu “Nobre Deputado” após realizar uma série de entrevistas com políticos e participantes do esquema que utiliza emendas parlamentares inseridas no Orçamento Geral da União para abastecer caixas de campanha, “as entrevistas desvendam o comprometimento do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas com uma gigantesca máquina que vicia todo o processo eleitoral do Brasil de forma assustadoramente eficiente”.
O livro é dividido em duas partes. A primeira intitula-se “De onde vem o dinheiro”. Nela, o autor desvenda o político brasileiro, fala sobre o assalto ao orçamento, destrincha como os convênios são usados para desviar dinheiro público, aborda as licitações viciadas, os assuntos privados e agiotagem na política. Na segunda parte, o foco é “Como converter dinheiro em votos”, onde explica que “todo mundo tem seu preço”, a importância do cabo eleitoral, que é quem decide a eleição, quem realmente tem poder nessa relação (quem pede e quem manda e quem ameaça), além de como se dá a compra de voto e também o mito do voto secreto.
De acordo com o autor, os deputados atuam em Brasília para inserir emendas no OGU. Paralelamente, atuam junto a prefeitos e presidentes de entidades que irão receber os recursos destinados às obras. Todos são cientes de que parte dos recursos será destinada às obras. Outra parte, geralmente 20%, vai para o deputado. É uma forma de remunerar o parlamentar pelo trabalho. Afinal, encartar uma emenda não é fácil, dá trabalho, e depois tem que lutar pela liberação do recurso. E mais: o deputado precisa do dinheiro para se reeleger. Como ele vai continuar destinando emendas para prefeituras e associações se não conseguir se reeleger? Então, todos entendem e participam do esquema. É assim que acontece.
GRANDE FARSA
A grande farsa eleitoral brasileira é o tema do livro. Através de um personagem, Cândido Peçanha, “um deputado eleito democraticamente” para representar o povo do seu Estado, o autor inicia uma série de revelações, descobertas por meio de conversas com políticos, agenciadores, prefeitos, lideranças políticas, cabos eleitorais, presidentes de fundações, e revela: “A política é movida a dinheiro e poder. Dinheiro compra poder, e poder é uma ferramenta poderosa para se obter dinheiro. É disso que se trata as eleições”.
Em vários momentos, Cândido Peçanha conversa direta e francamente com o leitor/eleitor: “Saiba que você não faz diferença alguma quando aperta o botão verde da urna eletrônica para apoiar aquele candidato oposicionista que, quem sabe, possa virar o jogo. No Brasil, não importa o Estado, a única coisa que vira o jogo é uma avalanche de dinheiro. O jogo é comprado. Vence quem paga mais. Sempre foi assim, e sempre será, pois os novatos que ingressam com ilusões de mudança são cooptados ou cuspidos pelo sistema”.
No relato do modo de operação do esquema, O Nobre Deputado faz conhecer as fontes que abastecem as campanhas eleitorais. “Elas são muitas, porém vou me ater às mais importantes: as emendas parlamentares, os convênios celebrados entre os governos e as licitações fraudulentas”.
ASSALTO AO ORÇAMENTO
Logo no segundo capítulo, destaca-se o assalto ao orçamento geral da união. E resumo, revela como uma quantia destinada a obras públicas servem também para somar recursos para a conta particular dos prefeitos e multiplicar o caixa do partido. “Com um bom contador, conhecimento do sistema, influência e contatos certos, o parlamentar encaminha habilmente para o seu caixa de campanha parte do dinheiro que arrecada para distribuir benesses em sua base eleitoral. Quando bem feita, essa operação não atrai a atenção de ninguém e é aprovada pelos tribunais de conta”, diz.
O Nobre Deputado relata que, geralmente, um parlamentar tem ligado a ele duas ou três fundações, para as quais destina emendas parlamentares. Além disso, no Estado, cada deputado tem de 15 a trinta municípios administrados por aliados. As emendas parlamentares, então, são destinadas a esses municípios ou fundações, para construção de postos de saúde, compra de ambulância, construção de escolas e creches. Para cada obra, pelo menos 20% vai para o caixa dois do deputado.
Ou como diz o deputado fictício Cândido Peçanha: “As emendas são a chave da próxima eleição. É o nosso financiamento público de campanhas. Ao definir o orçamento, nós já fixamos as verbas que irão parar em nossas entidades e nas prefeituras amigas. Desde a elaboração da emenda, cada detalhe é pensado para que o dinheiro possa mais tarde ser destinado a alguma prefeitura ou instituição que receba essa quantia, ciente do compromisso assumido. Precisamos ter certeza de que uma parte significativa do dinheiro das emendas retornará para a nossa campanha eleitoral”, revela.
Marlon: “Dinheiro compra poder, e poder é uma ferramenta para se obter dinheiro”
Não faltou polêmica após o lançamento do livro “Nobre Deputado”, que já pode ser considerado um marco na discussão sobre corrupção no país, e um divisor de águas quando se trata do tema. Manifestos favoráveis da sociedade de um lado, debates públicos no meio, e irritação dos deputados de outro. O Congresso Nacional entrou com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o magistrado.
Na época, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que a casa deveria processar o autor e pedir reparação. A representação contra Reis no CNJ diz respeito apenas à sua conduta como magistrado. “Marlon Reis achacou a honra de 513 deputados com suposições, como se todos fôssemos responsáveis pela conduta de um parlamentar que não identifica quem seja”, ressaltou o parlamentar.
A mesma linha foi adotada por vários deputados que criticaram o livro. “A publicação traz acusações gravíssimas. Esse juiz não pode destruir a imagem do Parlamento dessa forma”, disse o líder do DEM, o deputado pernambucano Mendonça Filho. “Deveríamos pedir direito de resposta contra isso”, também reclamou Fernando Ferro (PT-PE).
Além de escrever o livro, Marlon Reis é autor do projeto de lei da Ficha Limpa e coordena o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que recolhe assinaturas para a apresentação ao Congresso de um projeto de reforma política.
Apesar das críticas, as revelações de Reis receberam declarações de apoio por parte de vários profissionais. “Reis é um magistrado comprometido com a moralização das eleições, marcadas por abusos e uso indevido dos meios de comunicação, em benefício de candidatos, inclusive, com veiculação de pesquisas tendenciosas. Ele é o Montesquieu do mundo contemporâneo por sua luta por um processo eleitoral sem corrupção”, frisou o advogado Djalma Pinto. “É uma obra que tira a última máscara da velha política e com isso evidencia a necessidade de uma mudança estrutural no Brasil”, completou o juiz Douglas de Melo Martins, atualmente coordenador do programa de mutirões carcerários do CNJ.
REPERCUSSÃO
O trabalho foi divulgado numa reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que usou um ator representando um personagem fictício, o deputado Cândido Peçanha, criado pelo juiz para o livro. Na avaliação de muitos deputados, o personagem mostrou uma visão generalizada dos parlamentares, dando a entender que todos agem da mesma forma.
“Foi abuso e ataque explícito ao parlamento por parte de um magistrado. É nosso dever fazer alguma coisa”, bradou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). “As diversas alusões traduzem exercício impróprio do direito de informar sem possibilitar o direito de defesa, vilipendiando a imagem do Congresso.”
“A intenção não foi generalizar, mas mostrar como agem os parlamentares que adotam tais práticas”, rebateu Reis. “Minhas críticas são dirigidas à parcela dos deputados que se elege por meio do desvio de recursos públicos e do abuso do poder econômico, não à Câmara dos Deputados como instituição central para a democracia”, acentuou Marlon Reis, destacando que não tem receio de uma representação no órgão de controle do Judiciário.
“Estou há mais de 17 anos na magistratura sem qualquer menção negativa nos meus apontamentos funcionais. Como juiz só me pronuncio nos autos, mas como cidadão, professor, autor de diversos livros e pesquisador acadêmico tenho e exerço o direito à liberdade científica. Meu objetivo foi revelar como o poder transforma dinheiro em poder”.
No Rio Grande do Norte, o trabalho de Reis recebeu a adesão do juiz eleitoral Herval Sampaio, que conjuntamente com o autor de Nobre Deputado lançou seu livro “Abuso de Poder nas eleições” esta semana em Natal.

Candidatura camaleônica

5 falácias e 2 incertezas da candidatura de Marina Silva
A candidata Marina Silva posa de vítima e brada: parem de querer me destruir. Mas é Marina quem começou o processo da sua auto-destruição.
Flávio Aguiar, na Carta Maior

Falácia 1: Marina posa de vítima e brada: “parem de querer me destruir”. Mas é Marina quem começou o processo da sua auto-destruição. Em primeiro lugar, ela mesma liquidou com a Marina que conhecíamos, do passado. E ela mesma se liquida diariamente, incinerando-se a cada dia que passa para ressurgir “outra” no dia seguinte. Foi assim no episódio do casamento gay, por exemplo, o primeiro destas recentes incinderações programadas. Isto nos leva a...

Falácia 2: Um bordão da candidatura de Marina, trombeteado inclusive internacionalmente, é que ela seria a primeira “mandatária verde” eleita no mundo. Isto poderia ser verdade para a Marina de antes de 2010. A de 2014 tem ligação umbilical com o capital financeiro, que sustentou suas conferências ao longo do tempo, e cujos representantes herdados da candidatura de Eduardo Campos redigiram seu programa econômico. Esta ligação, e não alguma pretérita ligação com os “povos da floresta” ou com a própria “floresta”, será o eixo de sua governança, se eleita. O que nos traz à mente a...

Falácia 3: Marina apregoa que vai governar “para além das alianças”, com “os bons” de todos os partidos. Este bordão lembra aquele “Serra é do bem” de campanha passada. Mas além disto, este propósito é impossível para qualquer candidato, a menos que queira fechar o Congesso Nacional. Como o PT, no caso de vitória de Marina, não estará para alianças, o PSB terá uma bancada pequena, a Rede ainda não existe, e o PMDB ficaria dividido, ela terá mesmo de se apoiar nos remanescentes do PSDB e do DEM, partidos em declínio eleitoral mas capazes ainda de grande articulação com o capital financeiro. Este passo coloca na pauta a...

Falácia 4: Em suas transformações mirabolantes, Marina afirma que manterá – talvez ampliará – os programas sociais. Isto não tem base de sustentação diante de sua equipe econômica e da que terá por aliados depois de uma vitória nas eleições, todos absolutamente contrários a tais políticas. Aqui se inclui, como política social, a de valorização do salário mínimo, que afundará junto com as outras, além do compromisso para a aplicação prioritária dos recursos do pré-sal em educação e saúde, a política externa soberana e de perspectiva multilateral e multipolar. Para sobrenadar ou sobrevoar estas contradições, que prenunciam graves crises no país, Marina quer se afirmar como uma liderança messiânica, do tipo Jânio ou Collor, que vence no grito a corrida de obstáculos que é governar. Porém até mesmo esta disposição é falaciosa pois aí vem a...

Falácia 5: Ao invés de uma liderança carismática forte, as transformações de Marina (que lembram uma peça do dramaturgo gaúcho Qorpo-Santo, “Hoje sou um e amanhã outro”) vão aproximando seu perfil mais e mais de um FHC descorado pelo tempo. Já não se trata mais do “esqueçam o que que escrevi”, mas de “esqueçam o eu eu disse ontem” – com algumas exceções, é claro, onde despontam a falácia do tal “Banco Central Independente” e a política de livre flutuação cambial, além do reatrelamento do Brasil às políticas desastrosas dos Estados Unidos e da União Europeia.

Mas além de falácias, a candidatura de Marina vem chamando à tona algumas incertezas. Por exemplo: 

Incerteza 1: Apregoa-se que tudo vai mudar no segundo turno, com tempo igual de exposição na propaganda obrigatória para ambas as candidaturas. Isto é incerto. Antes Marina estava no limbo da vice-presidência de uma candidatura que na verdade construía uma ponte para 2018. Esta também era a sua perspectiva, a de Marina, com sua Rede em gestação. A tragédia trouxe a candidata para as luzes da ribalta. Já com seus quase dois minutos e exposição na mídia, a candidata teve que começar a se definir melhor – e os resultados desta definição não têm sido bons para ela. Os quase dois minutos limitam – mas ao mesmo tempo protegem – a sua candidatura. Com mais tempo, haverá a necessidade de mais definições, e mais claras. O resultado pode não ser bom.

Incerteza 2: Somando e diminuindo os fatores antes enumerados,a “rede eleitoral” (não o seu projeto de partido) lançada pela candidata, na esteira de seus votos em 2010 e da herança do candidato tragicamente desaparecido, alcançou fundamentalmente o aprisco de Aécio Neves para crescer, desossando a candidatura deste. Esta rede, com seus elementos muito díspares segundo as análises disponíveis – evangélicos, ambientalistas vidrados pela Marina anterior (a que desapareceu nas dobras da atual), jovens de classe média unilateralmente insatisfeitos com a política, velha classe média que pensa que direitos são privilégios, pessedebistas descrentes na própria candidatura, et alii – vai se concentrando cada vez mais na colheita do antipetismo latente ou manifesto em todas as frentes. Assim num segundo turno eventual, Marina começará sendo a candidatura deste tempero: o antipetismo. Será isto suficente para vencer? Duvido. Será ele o suficiente para governar, caso vença? Certamente não. Marina terá de demonstrar que pode governar, para além das falácias acima expostas. Vai ter que se definir em torno do seu programa anunciado, não apenas como uma “metamorfose ambulante”. E aí a cobra vai fumar.

De tudo fica uma única certeza. Ao fazer bico e pose de vítima, Marina se esqueceu da máxima do saudoso Vicente Mateus: “quem sai na chuva é pra se queimar”

sábado, 13 de setembro de 2014

Desfazendo inverdades

O dia em que os entrevistadores foram obrigados a se explicar para Dilma


Luis Nassif

Em geral, entrevistas com autoridades visam obrigar o entrevistado a sair da zona de conforto das afirmações não questionadas. Na entrevista de hoje, ocorreu o contrário: Dilma obrigou os colunistas do jornal a saírem da zona de conforto das afirmações reiteradas que, pela força da repetição - e da falta de contraponto -, tornaram-se verdades acabadas para seus leitores.
Além disso, entrevistas ao vivo reduzem o poder de manipulação da edição, do uso de frases tiradas do contexto.
Por exemplo:
Energia
Mostrou que o aumento da energia este ano está ligado à seca, a maior da história, não à redução tarifária imposta no ano passado.
Defendeu a revisão tarifária, pelo fato das usinas já estarem depreciadas. Se a renovação da concessão não é onerosa, não haveria porque incluir nas tarifas itens como depreciação - que a encareciam.
Rebateu a ideia de que a manutenção da oferta este ano tivesse qualquer ligação com as termelétricas construídas no período FHC.
Rebateu enfaticamente os que afirmaram que o setor elétrico está quebrado. Quebrado é quem não pode honrar seus compromissos. Não é o caso do setor elétrico que está com problemas apenas de descompasso de caixa.
Nenhum de seus argumentos foi rebatido, porque as críticas sempre focaram os pontos errados.
Na atual crise sobressaem as seguintes questões:
Coloca em xeque o modelo elétrico desenvolvido pela própria Dilma, enquanto Ministra das Minas e Energia. Pelo modelo há contratos de longo prazo e o mercado à vista. Quando a geradora não consegue entregar a energia combinada, tem que ir no mercado à vista se suprir. Em tempos de escassez profunda de água, como o atual, há uma explosão no mercado à vista que desequilibra financeiramente o sistema. Esse mecanismo precisa ser revisto.
O erro da renovação dos contratos de concessão não estava no conceito mas no valor arbitrado para a antecipação dos contratos. As companhias estaduais não aceitaram. A Eletrobras foi obrigada a engolir e, com isso, o governo feriu gravemente um dos grandes pilares de investimento no setor.
Além disso, não há clareza suficiente, no novo modelo, sobre o que é de responsabilidade da concessionária e do governo.
Casamento homossexual
Mais claro, impossível.
O governo é a favor da criminalização da homofobia, do casamento civil homossexual, da união estável e da adoção. Mas só pode arbitrar na parte que lhe cabe: os contratos civis.
Na condição de Estado laico, não compete ao governo interferir no casamento religioso, que depende de cada religião. A César o que é de César... Algo tão óbvio e que tem sido mascarado nas manchetes de jornais.
Reajuste de combustíveis
Dilma mostrou que nos seu governo, o reajuste do preço da refinaria foi superior ao do IPCA no período.
Quando se levantou o bordão de que os preços internos de combustível teriam que acompanhar os preços internacionais, liquidou a questão com o caso norte-americano do gás de xisto. Nos Estados Unidos, cobram-se US$ 4 dólares; no mercado internacional, é US$ 12 a US$ 15. Por que não se igualam os preços? Porque a prioridade é a recuperação da indústria siderúrgica e da petroquímica norte-americana, garantindo empregos e recuperação da economia.
Ninguém contraditou seus argumentos.
A questão central sequer foi abordada: a análise do fluxo de caixa da Petrobras versus os compromissos assumidos com o pré-sal.
Sobre as CPIs
Pretender que a presidente responda pela ineficácia das CPIs é demais. Lembra o filho de uma amiga que, cada vez que o carro para em um semáforo, brada: "É culpa da Dilma!". Assim como na cobrança sobre o apoio de Sarney e Collor, parece faltar aos jornalistas a noção sobre independência dos poderes, sobre as atribuições do presidente da República.
Os jornalistas - velhas raposas políticas - sabem disso. Mas sabem que atribuir tudo à presidente tem eficácia junto aos leitores. Desde que a presidente não esteja ao vivo para rebater. A resposta foi óbvia. As CPIs tem na maior parte das vezes apenas interesses políticos. A oposição é representada. E não cabe à presidente interferir em outro poder.
Destaque para o tratamento respeitoso conferido à entrevista, sem os bordejos televisivos, de muito jogo de cena agressivo e pouco conteúdo.

Mais empregos com carteira assinada

Brasil gera 101,4 mil novos empregos formais em agosto

É o melhor resultado em três meses e consolida posição do País como um dos poucos a preservar o trabalho em meio à crise internacional

A economia brasileira criou 101.425 novos empregos com carteira assinada em agosto, contra 11.796 vagas formais em julho e 25.363 em junho. Este é o melhor resultado dos últimos três meses, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (11), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Com esse desempenho, o Brasil se firma como um dos poucos países do mundo a continuar ofertando trabalho, mesmo em meio a uma das piores crises internacionais da história, destacou o ministro da pasta, Manoel Dias. O saldo é a diferença entre 1.748.818 admissões contra 1.647.393 demissões.
“Como havíamos previsto, o ritmo das demissões na indústria de transformação continua caindo. O saldo deste mês foi de apenas um terço do saldo do mês anterior, pois houve alta na atividade industrial em muitos setores, contrariando muitas previsões que têm sido feitas por ai”, comentou o ministro.
Somente neste ano, já foram gerados 751.456 novos empregos formais. O setor que mais gerou empregos foi novamente o de serviços, com 71,2 mil novas vagas. O desempenho está associado, segundo o ministro, à importância crescente dos serviços no dia-a-dia dos brasileiros e na ascensão de um grande número pessoas para a classe média. “As pessoas tem melhorado de vida e procurado serviços que trazem mais conforto para o seu dia a dia”, explicou.
O desempenho também foi positivo em vários setores, com destaque para indústria de alimentos, uma das que mais contratou, conforme estava previsto no mês anterior, onde foram agregadas 13 mil novas vagas. A indústria química e a indústria da madeira também cresceram, junto com a de papelão e celulose, que é considerada indicativo de melhoria na economia, pela produção de embalagens.
O comércio também foi destaque, com 40 mil novas vagas. O ministro do Trabalho e Emprego considerou que esse desempenho está associado ao nível de consumo e a preparação do setor para o final de ano. “Devemos ter também a contratação de temporários nos próximos meses, o que deve manter a geração de postos aquecida”, continuou Manoel Dias, lembrando que a Confederação Nacional do Comércio estimou, esta semana, a contratação de mais de 137 temporários para o final de ano.
Houve perdas pontuais nos setores da indústria e na agricultura, esse último explicado pelo ministro como um resultado da “desmobilização da mão de obra, uma vez que se trata de uma atividade sazonal”.
O final do ciclo do café, em Minas Gerais e no interior de São Paulo, deixou o saldo de empregos na agricultura negativo em 9 mil postos, mas com tendência de recuperação para os próximos meses. O setor começa a se preparar para as safras de verão, como as de soja e milho e sente os reflexos da procura internacional pela carne brasileira, que vai demandar mais insumos para a alimentação das criações. “A indústria de alimentos foi a que mais contratou este mês”, lembrou o ministro. 
Construção Civil
A retomada dos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, segundo o ministro, também está aquecendo o emprego na construção civil. Esse mês o aumento nas vagas foi de 2,39 mil, com destaque para as áreas de preparação dos empreendimentos, o que indica que o setor deve continuar demandando mão de obra nos próximos meses, para o início das construções. O setor também está reagindo às medidas de estímulo ao crédito, que visam manter esse mercado aquecido.
Mais vagas em regiões mais carentes
O Caged de agosto também confirma a melhoria no nível de emprego nas regiões mais carentes do País. Em relação ao estoque de empregos, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais abriram novas vagas no mês.
Entre os destaques está o Ceará, com 9,5 mil novas vagas, Pernambuco com 8,5 mil novas vagas e Alagoas com 4,2 mil novas vagas. No Pará, o mês registrou 5 mil novas vagas.
Fonte:  Portal Brasil

Lula: Marina não precisa contar inverdades para chorar

Lula: Marina não precisa contar inverdades para chorar
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou neste sábado, 13, as declarações da candidata à presidência Marina Silva, que chorou ao falar do ataques da sua ex-legenda. "A dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar", disse durante ato de campanha em Sapopemba, negando que tenha feito ataques a sua ex-correligionária. "Nunca falei mal da dona Marina e vou morrer sem falar. Ela que tem de se explicar por que falou mal do PT", afirmou. Lula disse ainda que não costuma utilizar nome de adversários do palanque do PT. "Vocês nunca me viram xingando uma adversária, eu prefiro falar bem do meu candidato", disse, ressaltando que nunca deixou de ter relação de amizade por conta de disputas eleitorais. "Agora não vai chorar na impressa porque eu nunca falei dela a não ser nesse comício", disse. O ex-presidente lembrou que Marina saiu o seu governo quando ela quis e explicou por que escolheu a presidente Dilma Rousseff para ser sua sucessora. "Na hora que eu tinha de escolher para quem ia entregar o direito de dirigir o País, tinha de entregar para a pessoa que achava mais preparada", disse. Segundo ele, questionavam o fato de Dilma nunca ter tido um cargo executivo, mas ele disse que sabia que ela aprenderia a governar. "E a bichinha é inteligente e aprendeu", disse. O ex-presidente disse ainda que "um verdadeiro líder não muda de partido toda hora", alfinetando Marina. "um verdadeiro líder não muda de opinião toda hora, ele evolui." Lula participou na manhã deste sábado, 13, de uma caminhada ao lado dos candidatos petistas Alexandre Padilha e Eduardo Suplicy e também do prefeito Fernando Haddad. Durante uma parte do percurso, o ex-presidente entrou em algumas lojas, parou para tomar um café e tirou fotos com a população. Depois, Lula e seus correligionários terminaram o percurso em um carro de som. Ao discursar, Haddad fez uma defesa da presidente Dilma e disse que ela "está enfrentando a crise mantendo emprego". Ele aproveitou para criticar a candidata Marina Silva e sua proposta de autonomia do Banco Central. "Se a gente der autonomia para o Banco Central, é desemprego na certa", disse o prefeito.

Pesquisa elege as dez piores dores do mundo; você concorda com a sequência?

Todo mundo já sentiu algum tipo de dor, mas cientistas descobriram que algumas dores são mais intensas que outras. Veja quais são e se você sofre com alguma delas

y434y3
Pode parecer estranho, mas sentir dor é vital para a boa manutenção da saúde. É a dor quem avisa quando existe algo de errado com o corpo, motivando a busca de tratamento ou ajuda. Definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como uma resposta automática do organismo quando estimulado ou uma experiência sensorial desagradável associada a uma lesão real ou potencial, a dor pode ser medida por um método bastante simples.
Com base em uma escala de dor, cientistas pediram a diversos pacientes que atribuíssem uma nota à dor que estavam sentindo, em que zero significava ausência de dor e dez representava a pior dor já sentida. Dos dados coletados, foram selecionadas as dores que mais receberam notas entre 9 e 10 pelos pacientes questionados. Estas dores superariam até mesmo sensações causadas por cortes profundos ou ácido na pele. Confira abaixo as dez piores dores do mundo e veja se você sofre ou já sofreu com algumas delas.
1. Infarto do Miocárdio
O tipo mais penoso de dor é o infarto do miocárdio, que ocorre quando uma parte do músculo cardíaco deixa de receber sangue pelas artérias coronárias, causando dor súbita e aguda. Caso o paciente não seja atendido rapidamente, a falta de oxigenação pode levar à morte.

2. Dor do parto
Causada por contrações que começam leves e em tempos espaçados aumentam a intensidade. A dores do parto se estende por todo o abdômen e costas. Partos normais sem anestesia podem ser dolorosos, mas a recompensa vale a pena.

3. Dor de Dente
A mais intensa dor de dente é causada por abscessos (inflamação com pus) na raiz, geralmente ocasionados por cáries não tratadas.

4. Cólica Renal
É um quadro agudo causado pelos cálculos renais ou pedra nos rins, que se instala mais nos homens do que nas mulheres e provoca grande dor. Os episódios mais doloridos ocorrem pela movimentação dessas pedras ou obstrução do canal de passagem da urina, o ureter, que conecta o rim à bexiga.

5. Cólica Biliar
Causada por um problema chamado pedra na vesícula, a cólica acontece quando a vesícula biliar se inflama ou quando pedras se movimentam para canais que conduzem a bile. Inicialmente a cólica se manifesta na região estomacal e depois passa para o lado direito do abdome.

6. Dor de Cabeça
Não estamos falando de qualquer dor, mas da enxaqueca, um tipo severo de dor de cabeça associada a sintomas como enjoos, náuseas, visão turva e sensibilidade à luz, barulho e odor. Uma crise de enxaqueca pode durar de poucas horas a vários dias.

7. Hipertensão Intracraniana
Provocada pelo rompimento de uma artéria no cérebro. A dor aumenta gradativamente até se tornar insuportável. Esse transtorno só acontece quando não há tumor. Algumas pessoas também apresentam zumbido no ouvido, náuseas, vômitos e paralisia dos nervos cranianos.

8. Lombalgia Aguda
Dor na parte lombar das costas com sensação de paralisação. Essa dor súbita costuma ser causada por uma ruptura ou lesão de hérnia de disco, mas também pode acontecer com o indivíduo realiza um movimento brusco, por exemplo.

9. Neurite Herpética
Infecção viral que causa a inflamação de vários nervos ao mesmo tempo. A dor fica insuportável quando atinge o nervo intercostal, próximo às costelas.

10. Gota
A Gota é a última da lista, mas nem por isso dói pouco. Doença reumática do tipo inflamatória causada pelo acúmulo de ácido úrico nos tecidos e articulações. Predomina na população masculina (95%) e a dor tende a ser muito intensa quando atinge o dedão do pé.


Fonte: Bah

Blog do Prof. Ozamir Lima - Designer: Segundo Freitas