sábado, 28 de maio de 2011

Mino Carta: PT esqueceu os trabalhadores

Por Mino Carta

A posição da mídia nativa em relação ao Caso Palocci intriga os meus inquietos botões. Há quem claramente pretenda criar confusão. Outros tomam o partido do chefe da Casa Civil. Deste ponto de vista a Veja chega aos píncaros: Palocci em Brasília é o paladino da razão e se puxar seus cadarços vai levitar.
Ocorre que Antonio Palocci tornou-se um caso à parte ao ocupar um cargo determinante como a chefia da Casa Civil, mas com perfil diferente daqueles que o precederam na Presidência de Lula. José Dirceu acabou pregado na cruz. Dilma foi criticada com extrema aspereza inúmeras vezes e sofreu insinuações e acusações descabidas sem conta. A bem da sacrossanta verdade factual, ainda no Ministério da Fazenda o ex-prefeito de Ribeirão Preto deu para ser apreciado pelo chamado establishment e seu instrumento, a mídia nativa.
As ações de Palocci despencaram quando surgiu em cena o caseiro Francenildo, e talvez nada disso ocorresse em outra circunstância, porque aquele entrecho era lenha no fogo da campanha feroz contra a reeleição de Lula. Sabe-se, e não faltam provas a respeito, de que uma contenda surda desenrolava-se dentro do governo entre Palocci e José Dirceu. Consta que o atual chefe da Casa Civil e Dilma não se bicavam durante o segundo mandato de Lula, o qual seria enfim patrocinador do seu retorno à ribalta.
E com poderes largos, como grande conselheiro, negociador junto à turma graúda, interlocutor privilegiado do mercado financeiro e do empresariado, a contar com a simpatia de amplos setores da mídia nativa. Um ex-trotskista virou figura querida do establishment, vale dizer com todas as letras. Ele trafega com a devida solenidade pelas páginas impressas e nos vídeos, mas é convenientemente escondido quando é preciso, como se envergasse um uniforme mimético a disfarçá-lo na selva da política.
Murmuram os botões, em tom sinistro e ao mesmo tempo conformado: pois é, a política… Está claro que se Lula volta à cena para orquestrar a defesa de Palocci com a colaboração de figuras imponentes como José Sarney, o propósito é interferir no jogo do poder ameaçado e garantir a estabilidade do governo de Dilma Rousseff, fragilizado nesta circunstância.

A explicação basta? Os botões negam. CartaCapital sempre se postou contra a busca do poder pelo poder por entender que a política também há de ser pautada pela moral e pela ética, igual a toda atividade humana. Fatti non foste a viver come bruti, disse Dante Alighieri. Traduzo livremente: vocês não foram criados para praticar, embrutecidos, a lei do mais forte. Nós de CartaCapital poderemos ser tachados de ingênuos, ou iludidos nesta nossa crença, mas a consideramos inerente à prática do jornalismo.
No tempo de FHC, cumprimos a tarefa ao denunciar as mazelas daqueles que Palocci diz imitar, na aparente certeza de que, por causa disso, merece a indulgência plenária. Luiz Carlos Mendonça de Barros, André Lara Rezende, e outros fortemente enriquecidos ao deixarem o governo graças ao uso desabrido da inside information, foram alvo de CartaCapital, e condenados sem apelação. Somos de coerência solar ao mirar agora em Antonio Palocci.
Em outra época, os vilões foram tucanos. Chegou a hora do PT, um partido que, alcançado o poder, se portou como os demais, clubes armados para o deleite dos representantes da minoria privilegiada. Devo dizer que conheço muito bem a história do Partido dos Trabalhadores. A primeira reportagem de capa publicada por uma semanal sobre a liderança nascente de Luiz Inácio da Silva, dito o Lula, remonta a começos de fevereiro de 1978. IstoÉ foi a revista, eu a dirigia. Escrevi a reportagem e em parceria com Bernardo Lerer entrevistei o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, na vanguarda de um sindicalismo oposto ao dos pelegos.
Dizia a chamada de capa, estampada sobre o rosto volitivo do jovem líder: Lula e os Trabalhadores do Brasil. Já então sabia do seu projeto, criar um partido para defender pobres e miseráveis do País. Acompanhei a trajetória petista passo a passo e ao fundar o Jornal da República, que nasceu e morreu comigo depois de menos de cinco meses de vida, fracasso esculpido por Michelangelo em dia de desbordante inspiração, passei a publicar diariamente uma página dedicada ao trabalho, onde escreviam os novos representantes do sindicalismo brasileiro. Ao longo do caminho, o partido soube retocar seu ideário conforme tempos diferentes, mas permaneceu fiel aos propósitos iniciais e como agremiação distinta das demais surgidas da reforma partidária de 1979, marcado por um senso de honestidade e responsabilidade insólito no nosso cenário.
Antonio Palocci é apenas um exemplo de uma pretensa e lamentável modernidade, transformação que nega o passado digno para mergulhar em um presente que iguala o PT a todos os demais. Parece não haver no Brasil outro exemplo aplicável de partido do poder, é a conclusão inescapável. Perguntam os botões desolados: onde sobraram os trabalhadores? Uma agremiação surgida para fazer do trabalho a sua razão de ser, passa a cuidar dos interesses do lado oposto. Não se trataria, aliás, de fomentar o conflito, pelo contrário, de achar o ponto de encontro, como o próprio Lula conseguiu como atilado negociador na presidência do sindicato.
Há muito tempo, confesso, tenho dúvidas a respeito da realidade de uma esquerda brasileira, ao longo da chamada redemocratização e esgotadas outras épocas em que certos confrontos em andamento no mundo ecoavam por aqui. Tendo a crer, no momento, que a esquerda nativa é uma criação de fantasia, como a marca da Coca-Cola, que, aliás, o mítico Che Guevara bebia ironicamente às talagadas na Conferência da OEA, em 1961, em Punta del Este. Quanto à ideologia, contento-me com a tese de Norberto Bobbio: esquerdista hoje em dia é quem, aspirante à igualdade certo da insuficiência da simples liberdade exposta ao assalto do poderoso, luta a favor dos desvalidos. Incrível: até por razões práticas, a bem de um capitalismo necessitado de consumidores.
Nem a tanto se inclina a atual esquerda verde-amarela, na qual milita, digamos, o ultracomunista Aldo Rebelo, disposto a anistiar os vândalos da desmatação. E como não anistiar o ex-camarada Palocci? Lula fez um bom governo, talvez o melhor da história da República, graças a uma política exterior pela primeira vez independente e ao empenho a favor dos pobres e dos miseráveis, fartamente demonstrado. CartaCapital não regateou louvores a estes desempenhos, embora notasse as divergências que dividem o PT em nome de hipócritas interpretações de uma ideologia primária.
Na opinião de CartaCapital, e dos meus botões, não é tarefa de Lula defender o indefensável Antonio Palocci, e sim de ajudar a presidenta Dilma a repor as coisas em ordem, pelos mesmos caminhos que em 2002 o levaram à Presidência com todos os méritos.

Frei Betto: A Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero

Os gays e a Bíblia
por Frei Betto

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).
No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.
A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama…).
Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?
Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.
Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?
Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Senado planeja Código Florestal mais rígido

Cotados para as relatorias do Código Florestal no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) já trabalham para mudar pontos polêmicos no texto aprovado pela Câmara, informa a Folha de S.Paulo desta sexta-feira. Luiz Henrique quer alterar a anistia aos desmatadores, enquanto Rollemberg tem na mira as regras para que os Estados participem de regularização ambiental. Luiz Henrique deve fechar o texto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). O peemedebista adotou um discurso alinhado com os ambientalistas. 'Não quero deixar margem para anistiar quem degradou as áreas para enriquecimento ilícito.'

O governo rejeita a anistia. O texto da Câmara legaliza todas as atividades agrícolas em APPs (Áreas de Preservação Permanente), como várzeas e topos de morros, mantidas até julho de 2008. Ligado aos ambientalistas, Rollemberg quer reduzir o poder dos Estados na regularização ambiental. A ideia é que o governo federal estabeleça as regras e que os Estados só tenham autonomia para ampliar áreas protegidas.

Bolsa Família é única renda de 88% dos beneficiários

Apesar de o governo repassar anualmente R$ 15 bilhões para o atendimento a cerca de 13 milhões de famílias com Bolsa Família, a porta de saída do programa continua muito distante: 88% dos beneficiados nunca conseguiram ter um único rendimento mensal proveniente do mercado formal de trabalho, entre 2004 e 2007, é o que informa o Estadão. Dos 51,4 milhões de pessoas entre 16 e 64 anos registradas no Cadastro Único do Bolsa Família, apenas 6,4 milhões, o que representa 12%, apresentaram renda além do benefício pago pelo governo federal.

Os problemas enfrentados pelas pessoas atendidas pelo programa constam do estudo do doutor em estatística Alexandre Leichsenring apresentado no 4º Congresso do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), em Brasília, que teve início na quarta-feira e se encerra hoje. O estudo cita desde a baixa escolaridade até a falta de creches para que os pais possam deixar os filhos pequenos na hora de ir trabalhar. Essas dificuldades impedem que essas pessoas, de fato, consigam sair da situação de pobreza .

Bahamas, Cuba e Venezuela estão na agenda de Lula

O ex-presidente Lula foi contratado pelo grupo empresarial mexicano Salinas para ser palestrante durante a convenção de mais de 1.000 funcionários da empresa Elektra, de propriedade do grupo, a ser realizada nas Bahamas. O tema da palestra, que contará com a presença do presidente do grupo empresarial, Ricardo Benjamin Salinas, será a integração econômica e de investimentos entre empresas mexicanas e brasileiras.

Ele embarca para o Caribe na segunda-feira (30) e, na quarta-feira, voa a Cuba, onde um encontro com Fidel Castro é possível, mas ainda não está confirmada, segundo a assessoria de imprensa do ex-presidente. Na sexta-feira (3), Lula desembarca na Venezuela para participar de um evento e de uma reunião já marcado com o presidente Hugo Chávez. O petista volta ao Brasil no sábado.

[Professor] UFERSA abre concurso para professores com salários de até R$ 7.333,66

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR


Profissionais graduados e pós-graduados nas áreas de Matemática, Engenharia Civil, Engenharia Química, Ciências Sociais, Engenharia Elétrica, Biotecnologia, Farmácia, Economia e Zootecnia poderão participar do processo seletivo para o quadro permanente de professores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. No total, são dez vagas distribuídas em dois concursos: Edital Nº 007/2011 e Edital Nº 008/2011.

As vagas destinadas ao cargo de Professor Efetivo Adjunto e Assistente estão distribuídas nos campus da UFERSA de Mossoró, Angicos e Caraúbas. As inscrições começaram na última segunda-feira, 23 de maio, e vão prosseguir até o dia 23 de junho. Para os candidatos com doutorado a taxa é de R$ 130,00 e com o título de mestre R$ 90,00.

Os candidatos vão se submeterem à prova escrita, de aptidão didática e do exame de títulos com todas as etapas da seleção acontecendo na UFERSA Mossoró. O salário de Professor Adjunto é de R$ 7.333,66, mais auxílio alimentação no valor de R$ 304,00 e, o de Professor Substituto é de R$ 4.651,58, mais o auxílio alimentação no mesmo valor. O regime para ambas as categorias é de dedicação exclusiva, com carga horária de 40 horas semanais.

Prefeitura do interior do RN abre concurso público com 99 vagas

A Prefeitura Municipal de Pedra Preta, no Rio Grande do Norte, lançou concurso público com 99 oportunidades efetivas para todos os níveis escolares. O Instituto de Treinamento, Capacitação e Seleção de Pessoal (ITCSP) é o organizador da seleção. As remunerações não foram informadas no edital de abertura.

Os cargos oferecidos para quem tem formação de nível fundamental são os de auxiliar de serviços gerais, coveiro, motorista, mecânico, merendeira e vigia. Já quem possui nível médio pode concorrer aos postos de agente comunitário de saúde, atendente de consultório dentário, agente administrativo, agente sanitário, digitador e agente de epidemias, entre outros. Quem tem graduação pode tentar as vagas de assessor jurídico, dentista, médico de urgência, ginecologista, assessor contábil, psicólogo, nutricionista, engenheiro e professor, entre outros.


Quem quiser concorrer no certame pode se inscrever pelo site www.itcconcursos.com.br até o dia 28 de maio. A taxa de participação custa R$ de R$ 30 a R$ 50. As datas de aplicação das provas objetivas, práticas e de títulos serão divulgadas posteriormente.



Do Correioweb

Greve do sprofessores está mantida após reunião com o governo

Marco Carvalho - repórter

Em greve há 25 dias, os servidores ligado ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) permanecerão por tempo indeterminado sem retornar às salas de aula da rede estadual de ensino. A decisão veio após o diálogo com autoridades da administração estadual na manhã desta sexta-feira, 27. Apesar disso, a presidente do Sinte, Fátima Cardoso, saiu com a impressão positiva do encontro e já há a perspectiva de atendimento das reivindicações da classe.
O encontro na Governadoria reuniu o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, e o secretário de Administração, José Anselmo de Carvalho. Para Paulo, houve um avanço significativo nas negociações e o diálogo também serviu para acabar com tensões entre os protestantes e o Executivo.

A boa notícia para os servidores foi a informação de que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) superou a meta estipulada. Nos primeiros cinco meses do ano, cerca de R$ 300 milhões chegaram aos cofres do Governo, quando a expectativa não ultrapassava os R$ 220 milhões. Esse aumento pode vir a garantir o atendimento das reivindicações feitas pelo Sinte.

O chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, declarou que o Governo está no caminho certo, mas pede cautela na interpretação dos números. “Não podemos garantir que esse aumento do ICMS seja estável. Vamos aguardar para ver “, disse.

Paulo voltou a descartar os reajustes imediatos para as categorias e reiterou a necessidade de negociação global com as categorias paralisadas.
impressão foi positiva para os sindicalistas. “Cada vez mais temos a certeza de que o Governo atenderá as nossas reivindicações. Na próxima sexta-feira poderemos ter um panorama melhor da situação com a atualização do limite prudencial e o estudo de impacto das reivindicações no orçamento”, comemorou Fátima Cardoso.

A categoria pede o cumprimento do plano de cargos e também a equiparação dos salários dos profissionais da educação com os funcionários dos demais âmbitos estaduais.

sábado, 21 de maio de 2011

Professores e policiais civis realizam protesto durante visita da governadora a Mossoró

Insatisfeitos com o andamento das negociações com o governo do Estado, os professores da rede estadual de ensino e representantes da Polícia Civil organizaram um protesto com o objetivo de dialogarem diretamente com a governadora Rosalba Ciarlini. O protesto, que inicialmente seria realizado no centro da cidade, aconteceu durante as comemorações do aniversário de 25 anos do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).
Os servidores tiveram que aguardar por mais de duas horas pela chefe do Executivo estadual, já que a chegada de Rosalba ao hospital, prevista para as 16h30, e ocorreu somente às 18h45. Enaltecidos, os grevistas foram em direção à governadora com gritos de protesto.
"Trabalhador na rua, Rosalba a culpa é sua", era o principal hino entoado pelos servidores, que tiveram suas expectativas de diálogo com ela frustradas, após entrar imediatamente no Hospital, cercada por um forte de esquema de segurança. "Essa atitude da governadora só mostra que ela não tem consideração pela categoria. Até agora ela não demonstrou nenhum interesse na negociação", diz a professora Edna Marques. A afirmação de Edna não difere da fala dos demais professores que estiveram presentes à mobilização.
Para a educadora Edila Costa, a governadora se mostra intransigente. "Ninguém aguenta mais essa situação. Se pelo menos ela sentasse e conversasse diretamente com a categoria, propondo até um reajuste salarial a longo prazo, mas nem isso ela faz", desabafa. Cansados de esperar, os professores encerraram o protesto pouco tempo após a chegada de Rosalba ao Tarcísio Maia.
Representantes da Uern, com indicativo de greve para o dia 31 deste mês, também participaram do protesto. Além dos professores, a Polícia Civil, que decretou greve na última segunda-feira (16), também espera um posicionamento mais objetivo da governadora.
"A gente torce para que o governo se sensibilize, pois até agora ele tem se mostrado ditatorial, e quem mais paga com essa situação é a população carente, que está sem acesso à educação, à segurança etc... A greve é um movimento justo, um direito que nós temos", explica Erivan Fernandes, diretor de Comunicação do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol/RN).


Omossoroense

Depoimento da professora Amanda Gurgel

Secretária irá encaminhar proposta para encerrar greve dos professores

Por Erta Souza, do Diário de Natal

A secretária estadual de educação Betânia Ramalho deve apresentar até a próxima terça-feira, 24, uma proposta para os cerca de 18 mil professores da rede que estão em greve desde o dia 2 maio. Os professores reivindicam a equivalência salarial dos demais planos de carreira e o comprometimento do governo de que vai encaminhar a revisão do plano de cargos da categoria para a Assembleia Legislativa.

Segundo um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no RN (Sinte/RN), José Teixeira, caso a secretária Betânia Ramalho apresente uma proposta "irrecusável" será convocada uma assembleia geral extraordinária da categoria para que o assunto seja discutido. "Se isso não ocorrer vamos avaliar o movimento somente no dia 31, quando será realizado um novo encontro da categoria", disse. No dia 26, o Sinte promove um encontro com professores de diversas cidades do interior do RN ao lado do Machadão, a partir das 9h.

Enquanto professores e o governo do estado discutem reivindicações e propostas, aproximadamente 300 mil alunos da rede pública de ensino continuam sem aula. Aluno do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Antônio Fagundes, no conjunto Santarém, Ednaldo Marques, 13, está sem aula de geografia desde que o início do mês. "Espero que os professores voltem logo porque estamos sendo prejudicados", relata o adolescente.

Com 33 anos de experiência em sala de aula, a professora Maria Irene Tarquino conta que nunca participou de um movimento grevista porque pensa primeiro nos alunos. "Já pensei em aderir algumas vezes porque nossa situação é difícil mesmo, mas fico com pena de imaginar que os alunos vão ficar tanto tempo sem aula", confessa.

Embora seja a mais longa até o momento, a greve dos professores não é a única que está prejudicando a população. Com a paralisação da Polícia Civil desde a última segunda-feira, as delegacias estão fechadas. Apenas os flagrantes podem ser feitos nas delegacias de plantão da Zona Norte e Zona Sul. Estão suspensos serviços como registro de boletim de ocorrência, investigações, emissão de certidões e atestados, além de encaminhamentos de inquéritos à Justiça.

Os usuários que utilizam a frota de ônibus para se locomover em Natal estão sofrendo por antecipação. É que os motoristas e cobradores devem iniciar na segunda-feira, 23, uma paralisação. O garçom Maxwell Macedo, 23 anos, sai de casa às 6h30 para ir à faculdade, no Centro, e depois segue para o trabalho no bairro de Lagoa Nova. "Ainda não sei como fazer, mas vou falar com amigos para ir de carona. Será um transtorno para nós que moramos na Zona Norte", reclama o garçom que reside no Santarém.

sábado, 14 de maio de 2011

Professores brasileiros enfrentam o desprestígio da profissão

CNE aprova diretrizes que flexibilizam ensino médio

Por Cinthia Rodrigues

Compartilhar: O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou novas diretrizes para o ensino médio. A resolução vai dar liberdade a escolas e sistemas de ensino para que montem a grade curricular mais interessante aos alunos com ênfase em trabalho, ciência e tecnologia e cultura. Emendas serão feitas ao texto original, mas segundo a assessoria do órgão elas apenas esclarecem pontos e não alteram o conteúdo.

A expectativa é que as novas diretrizes criem diversidade de projetos que atraiam os jovens em instituições públicas e privadas. Uma escola pode ter um projeto político pedagógico que enfatiza música, outra física, outra comunicação e o que mais a equipe achar que a comunidade precisa. “Cada escola ou sistema está liberado para dar mais tempo a uma ou outra área sem se prender a cargas horárias. Tem que ensinar matemática, português e outros conteúdos sim, mas pode ser dentro de um projeto sobre o que for melhor para a comunidade, pode ser uma hora ou 200 horas”, explicou o relator da proposta, José Fernandes de Lima. O texto segue agora para homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad e deve ser publicado em algumas semanas.

A flexibilização é uma proposta do conselho debatida há 8 meses e que sugere aprendizado por projetos e uma divisão menos rigorosa de disciplinas. Os Estados – responsáveis por 90% das matrículas nesta etapa – já haviam aprovado o projeto apresentado em janeiro. Em São Paulo, o secretário-adjunto, João Cardoso Palma, disse que é “muito favorável” ao agrupamento de disciplinas.


O ensino médio tem os piores indicadores de aprendizado e conclusão da educação brasileira: apenas metade dos matriculados conclui os estudos e 10% aprende o que seria o mínimo adequado segundo as expectativas vigentes.

Aprovadas as diretrizes, novas expectativas de aprendizagem devem ser produzidas menos baseadas em conteúdos muito específicos. Será promovido um debate em todos os Estados para formular quais devem ser as bases mínimas esperadas.

FILME BAIANO REPRESENTA O BRASIL EM BARCELONA

O documentário “Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano”, que retrata a influência do cantor e compositor João Gilberto na formação musical dos Novos Baianos, grupo que revolucionou a música brasileira na década de 70, será o representante brasileiro na versão internacional do Festival In-Edit 2011, realizado em Barcelona, na Espanha.

Petrobras tem lucro recorde de R$ 10 bilhões no trimestre

O lucro da Petrobras no primeiro trimestre do ano foi além das expectativas e atingiu 10,98 bilhões de reais, alta de 42 por cento em relação ao lucro de 7,7 bilhões de reais registrado há um ano, informou a companhia nesta sexta-feira. Segundo a empresa, o lucro -- o maior já registrado para qualquer trimestre -- cresceu principalmente devido ao aumento do valor do barril do petróleo, à elevação da produção, e ao crescimento das vendas de gás natural, além de um melhor resultado no lado financeiro.

Estimativa média com sete analistas ouvidos pela Reuters indicava lucro de 10,1 bilhões de reais no primeiro trimestre. A produção da empresa cresceu 3 por cento no primeiro trimestre, registrando média diária de 2,627 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural). (Reuters)

Brasileiros continuam discriminados e humilhados na Espanha

O Aeroporto de Madri, porta de entrada da capital espanhola, mantém uma sala exclusiva para trancafiar brasileiros e outros estrangeiros que, barrados na alfândega, aguardam repatriação. As autoridades retiram os pertences dos turistas, que não recebem comida e não têm lugar para dormir. Procurado pela coluna, o Consulado do Brasil na Espanha não explicou por que brasileiros continuam sendo “presos” no aeroporto. Brasileiros detidos na sala contam que a maioria tem passagens de volta, dinheiro e em alguns casos até cartas-convite de residentes de lá. Em 2010, quase 2 mil brasileiros foram barrados na Espanha.

Já na economia, vitória brasileira: crescimento de 7%, contra -1% espanhol. O Itamaraty explica que o caso de brasileiros presos no Aeroporto de Madri “preocupa muito e há muito tempo o governo brasileiro”. A Embaixada da Espanha atribui as detenções à falta de documentos e diz que o números de brasileiros detidos em Madri “tem diminuído”. (Cláudio Humberto)

Presidentes de partidos sem expressão ou sem perfil

Carlos Chagas


Com todo o respeito, mas os principais partidos, com raras exceções, estão disputando o campeonato nacional com o segundo time, daí as arquibancadas vazias. Em vez de figuras exponenciais em suas presidências, como era de praxe, os partidos são hoje dirigidos por políticos de menor expressão e perfil, desconhecidos até da maioria de seus correligionários.
O PMDB, para começar: de Ulisses Guimarães a Orestes Quércia, Paes de Andrade e até Michel Temer, está presidido por Waldir Raupp, senador por Rondônia, que pelo noticiário ainda não reuniu uma só vez a executiva nacional. Nenhum pronunciamento se conhece de sua autoria, apenas ocupa a vaga aberta com a ida de Michel Temer para a vice-presidência da República, abrindo-se a dúvida sobre quem manda mesmo na legenda.
O PT, depois de fundado e presidido pelo Lula, seguido de José Dirceu, vê-se agora conduzido por Rui Falcão, deputado estadual em São Paulo, senão contestado ao menos ignorado pelo fundador e pela presidente Dilma Rousseff. Fosse feita uma enquete entre os companheiros do país inteiro, quantos responderiam conhecer o passado e até o nome do atual presidente?
O PSDB sofreu uma diminuição de fato, pois o atual presidente, Sérgio Guerra, sequer conseguiu manter sua cadeira no Senado, representando Pernambuco. Conformou-se com a eleição para deputado federal. É dos que mais se pronunciam, mas perdeu a unanimidade. José Serra gostaria de ocupar a vaga, coisa de que Aécio Neves e Geraldo Alckmin discordam, preferindo a continuação do titular, que influenciam.
O PTB, de Getúlio Vargas e João Goulart, vive hoje num cone de sombra, presidido pelo ex-deputado Roberto Jefferson, cassado e permanentemente excluído das reuniões com o governo, de Lula a Dilma Rousseff. Jamais cumprimentou a presidente e não foi convidado para sua posse, apesar de o PTB integrar a base parlamentar oficial e ter ministros. Jefferson detém o controle das bancadas mas não aparece.
Leonel Brizola, se estivesse entre nós, perguntaria quem é Ernani Mello, substituto de Carlos Lupi, que foi para o ministério do Trabalho desde os tempos do Lula. Já não era figura nacional, apesar do esforço continuado para suceder o criador do PDT, mas deixou a presidência mais ou menos como Michel Temer deixou o PMDB, atuando na sombra.
Duas exceções, em matéria de ausência de líderes de primeiro time, são registradas no DEM, cujo presidente é o senador José Agripino, e no Partido Socialista, presidido pelo governador Eduardo Campos. Fala-se muito na paulicéia em Gilberto Kassab, prefeito da capital e articulador da fundação do PSD, mas trata-se de um exagero da mídia concentrada na maior cidade do país. Afinal, poucos o conhecem em Araçatuba, Pindamonhangaba ou Ribeirão Preto. Menos ainda tem lembrança do que foi o velho PSD, mas ganhará um prêmio quem supuser o que vai ser.
Vale o mesmo para os pequenos partidos de pouca expressão e ainda menor conhecimento de quem são seus condutores, uma evidência de que, acima e além da reforma política, precisaria acontecer uma revolução na vida partidária. Também, a culpa é deles, que quase sem exceção só pensam em conseguir nomeações.

Sindicato busca negociação com o Governo

A direção do Sinte e representantes da base foram à Casa Civil do Estado para mais uma reunião com representantes do Governo. O encontro, que durou cerca de uma hora e meia, não trouxe novidades para a negociação. Mais uma vez o Sinte foi informado de que o Estado não tem condições financeiras para arcar com as reivindicações da categoria.

“Embora a Secretaria continue dizendo que o Governo não tem recursos financeiros, estamos reafirmando as nossas reivindicações.”, disse a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso. A dirigente ressaltou também a disposição do Sindicato para discutir pacificamente as solicitações da categoria. “O que queremos é uma proposta e que ela seja justa. Se o Governo vai implantar mais 30% dos outros Planos de Carreira, nós também queremos isso.”, afirmou .


SINTE-RN

Mitos e verdades sobre a vacinação contra gripe

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe já ocorre há 13 anos, mas ainda é muito comum o receio da população para as consequências da vacina, temendo, por exemplo, que se contraia a doença justamente pela administração da vacina.

A gripe ou influenza é uma doença geralmente autolimitada, caracterizada por sintomas como febre alta, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca - sintomas que podem durar de três a quatro dias.

Apesar de ser uma doença benigna, idosos, bebês, gestantes e portadores de doenças crônicas podem evoluir com complicações da doença, como pneumonia bacteriana. Está comprovado que a vacina protege contra o desenvolvimento de pneumonias, diminui o número de internações e reduz a mortalidade nesta população.

MITOS E VERDADES:

- Após a aplicação da vacina, é normal adquirir a gripe.
A vacina é composta por vírus inativados, portanto, não pode induzir o desenvolvimento da doença. Além disso, o medicamento leva 15 dias para fazer efeito. Muitas vezes, os sintomas que ocorrem nos primeiros dias, após a vacinação, são decorrentes de resfriados (que já estavam incubados) e que apresentam sintomas mais leves como dor de garganta, coriza e febre baixa. Estes sintomas podem ser decorrentes de uma gripe que já tenha sido adquirida e que venha a se manifestar logo após a vacinação.

- A vacina perde a validade e eficácia no organismo.
A composição da vacina varia anualmente, pois os vírus estão em constante mutação. Periodicamente, os centros de vigilância epidemiológica, coletam amostras de secreções respiratórias dos pacientes com gripe para determinação dos vírus que estão em circulação para assim confeccionar a vacina. Desta forma, a vacina do ano anterior não protege contra os vírus que estão circulando atualmente.

- Muitas pessoas não podem fazer uso da vacina por problemas de saúde.
A contra-indicação absoluta para vacinação é a alergia “verdadeira” (reação anafilática) à proteína do ovo. Condições específicas devem ser avaliadas pelo seu médico.

Aumento da carga horária nas escolas divide os educadores


Com o intuito de aumentar o tempo de permanência dos alunos nas escolas do País, a Comissão de Educação do Senado aprovou, na semana passada, dois projetos de lei.
O primeiro projeto estipula o aumento de 75% para 80% na frequência mínima exigida para a aprovação dos alunos do ensino básico. Já o segundo prevê a ampliação da carga horária mínima anual de 800 para 960 horas para os alunos do ensino infantil, do fundamental e do ensino médio.
Segundo informações do jornal “O Globo”, essa ampliação poderá ser garantida de duas maneiras: a partir do aumento do turno diário das escolas em 40 minutos ou com a extensão do calendário escolar entre 20 e 40 dias. As duas matérias agora seguem para a apreciação da Câmara dos Deputados.
Na rede pública de ensino, a aprovação do projeto envolve uma série de questões. “Se virar lei, o município vai ter que se adequar”, afirma a gerente executiva de Educação de Mossoró, Ieda Chaves. Ela comenta, no entanto, que não acredita que o aumento na carga horária seja sinônimo de melhoria na qualidade do ensino.
A mudança, segundo a gerente, não envolve só o aumento da carga horária, mais a ampliação do número de professores, pessoal de apoio, acréscimo no consumo de água e energia. “Todo e qualquer município vai ter que se adequar a essa situação”, diz.
Ela cita o programa Mais Educação, que tem como objetivo proporcionar educação em tempo integral, mas comenta que, nesse caso, outras atividades estão envolvidas, como reforço escolar, e não apenas o ensino.
Além disso, na educação integral o trabalho desenvolvido no contraturno é realizado por monitores e a ampliação da carga horária exige a contratação de novos professores.
Ieda Chaves comenta que, caso o projeto se torne lei, os municípios terão dois anos para se adequarem à realidade. “Tornando-se lei, o município vai se adequar tranquilamente”, diz ela, em relação ao tempo previsto e menciona que em 160 horas cabem muitas atividades para caber em 200 dias letivos.
Já na rede particular de ensino, a aprovação do projeto não deve proporcionar mudanças a todas as escolas, porque a carga horária de boa parte dos colégios da rede privada já é superior ao que é estipulado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).



Matéria completa está disponível na versão impressa – caderno Mossoró
Com informações da repórter Luciana Araújo

sexta-feira, 6 de maio de 2011

[Greve da educação] Nota à população

Greve da educação

Em três meses, Governo Rosalba arrecada R$ 164 milhões a mais e diz que não tem dinheiro

Depois de quatro meses de conversas infrutíferas, os trabalhadores em educação decidiram entrar em greve para garantir seus direitos. O governo Rosalba admite esses direitos,mas jura que não tem dinheiro para honrá-los e pede 120 dias para estudar o caso.

Quanto ao argumento de não ter dinheiro. Toda sociedade sabe que essa é a desculpa de todo mal pagador. Segundo o Dieese, o Rio Grande do Norte arrecadou, só no primeiro trimestre deste ano, nada menos que R$ 776 milhões. Isso só com o ICMS! Nada menos que R$ 110 milhões a mais que a arrecadação do mesmo período do ano anterior.

Quer mais? O Rio Grande do Norte também recebeu mais dinheiro do FUNDEB este ano. Segundo dados oficiais, de janeiro a abril, o Governo Federal repassou quase R$ 200 milhões para o Estado. Precisamente R$ 54 milhões a mais que no ano anterior.

Quanto aos 120 dias de prazo pedidos pelo Governo, é bom traduzir a proposta para a realidade. Ao todo são mais quatro meses, o que remeteria a resposta às reivindicações lá para setembro deste ano. É bom lembrar que as obrigações administrativas deste governo se iniciaram em janeiro deste ano. Assim, o governo Rosalba quer 9 meses para dar respostas a reivindicações óbvias e justas! Uma gestação duvidosa sem nenhuma garantia de parto.

E depois disso, o Governo Rosalba ainda fala em “estar aberto a negociação”. Para o Sinte-RN, negociar é ir pra mesa com soluções concretas para que todas as partes saiam ganhando. Já para o Governo, negociar é passar horas em conversas infrutíferas sem respostas concretas ou avanços de qualquer tipo.
Não adianta o Governo tentar manipular a sociedade com informações falsas. A greve continuará até que os direitos adquiridos pelos trabalhadores em educação sejam respeitados e haja condições dignas de funcionamento das escolas.



SINTE-RN

terça-feira, 3 de maio de 2011

Assembleia em Apodi delibera deflagração da greve



Os trabalhadores em educação, reunidos em assembleia na Regional de Apodi nessa terça-feira (03) ratificaram a decisão da assembleia estadual, realizada em Natal. A greve foi aprovada por unanimidade.Essa decisão mostra a indignação da categoria que não aguenta mais o descaso desse governo com educação do nosso estado.

Brasil analfabeto

Publico coluna do jornalista Woden Madruga sobre o censo 2010


Saíram os números do Censo Demográfico de 2010 anunciados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O país está com 190 milhões, 755 mil e 799 habitantes e pela primeira vez na história, derna de Pedro Álvares ao almirante Lula Ignácio da Silva, os números revelam que a população brasileira tem menos brancos do que negros, pardos, amarelos e indígenas. Bom, mas não foi isso que me chamou a atenção. Fiquei espantado com a revelação de que o Brasil de Lula e de Sarney tem ainda 9.6% da sua população constituída de analfabetos. Isso representa mais ou menos 14 milhões de pessoas (com 15 anos de idade ou mais) que não sabem ler nem escrever. Mais: que o maior número de analfabetos está no Nordeste: 19,1%.

A informação publicada em todos os jornais do país destaca que do Nordeste analfabeto, o Estado em pior situação é Alagoas, do senador Renan Calheiros. Mais de 530 mil alagoanos (24,3% de sua população de 2 milhões e 210 mil habitantes) não sabem ler nem escrever. A região que tem o menor número de analfabetos é o Sul: 5,1%.

Os analfabetos do Nordeste representam 53,3% da população analfabeta do Brasil que é, segundo o Censo divulgado pelo IBGE, um contingente de 7 milhões e 430 mil pessoas, da Bahia ao Maranhão. Procurei ver o número de analfabetos do Rio Grande do Norte, mas não consegui localizar. Acho que não deve ser muito diferente do de Alagoas, não. Outro dado triste: o número de analfabetos nordestinos aumentou em relação ao censo de 2000, quando era de 51.4%.

Acrescenta a informação:

- As maiores taxas de analfabetismo estão nas zonas rurais (isso em todo o país). Enquanto a taxa nas áreas urbanas chega a 7,3%, no campo é de 23,2%. Com exceção de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, todas as outras unidades da federação têm taxa de analfabetismo que supera 10%. Alagoas também ostenta o título de “campeã” nesse quesito: 38,6% da população rural com 15 ou mais não sabem ler nem escrever. Nas áreas urbanas também a maior taxa está em Alagoas: 19,58% da população.

Segundo o IBGE, o Brasil não vai conseguir cumprir a meta estabelecida em Dakar quando, há 10 anos, foi realizado o Fórum Mundial de Educação, que pretendia baixar para 6,5% o percentual das pessoas que não sabem ler ou escrever.

Mas, quem sabe, hein gente, se depois da Copa do Mundo de 14, as coisas não melhoram? Os nossos políticos preferem investir na construção de estádios de futebol do que em Educação. Isso sem falar na tal “famigerada” mobilização urbana, que ninguém sabe o que danado é, mas está a todo instante no discurso vazio dos tais “gestores” públicos.

O RN no censo

No Censo de 2010 o Rio Grande do Norte aparece com 3 milhões e 170 mil habitantes. As dez cidades mais populosas são: Natal, com 803.811 habitantes; Mossoró, 259.886; Parnamirim, 202.413; São Gonçalo do Amarante, 87.700; Macaíba, 69.538; Ceará-Mirim, 67.844; Caicó, 62.727; Açu, 53.245; Currais Novos, 42.668, e São José de Mipibu, 39.771.

Natal é a sétima capital nordestina mais populosa, acima apenas de João Pessoa (723.514) e Aracaju (570.937). A capital mais populosa do Nordeste (a terceira maior do país) é Salvador, com 2.675.556 habitantes. Seguem Fortaleza, 2.452.185; Recife, 1.536.934; São Luís, 1.011.943; Maceió, 932.608, e Teresina, 814.439 habitantes.

População cresce acima da média no interior do Brasil

Sob provável impacto de forte migração para o interior, a população nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, nos últimos dez anos, aumentou bem acima da média nacional, e o País viu suas cidades médias crescerem, em número de habitantes, num ritmo mais forte que os demais municípios. Os dados se destacam na Sinopse do Censo Demográfico 2010, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também apontou redução do povoamento de mais de 1/4 das cidades - nelas, havia menos habitantes do que no Censo 2000. A marcha para os Estados menos urbanizados do País, além de acentuar a reversão de uma tendência histórica, de deslocamentos populacionais massivos em direção ao litoral, assinala o aumento da pressão ambiental sobre biomas importantes ameaçados de devastação, como a Amazônia e o Cerrado.

Em vários aspectos do Censo 2010, o Norte e o Centro-Oeste se destacam pelo ritmo do crescimento que apresentam - que, curiosamente, também se reduziu na última década, embora tenha mantido ritmo forte, respectivamente de 2,09% e 1,91%. Nelas, ficam os dez Estados com maiores taxas médias de crescimento populacional: Amapá, Roraima, Acre, Distrito Federal, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul. A situação contrasta com o resto do País: Nordeste e Sudeste - apesar de ainda deterem o maior contingente populacional do Brasil - tiveram incremento semelhante, respectivamente de 1,07% e 1,05% anuais, abaixo da média nacional, de 1,17%, a menor da história. A região Sul ficou com a média mais baixa: apenas 0,87. No Rio Grande do Sul foi registrada a menor taxa estadual do Brasil, 0,49%.

Para o IBGE, as diferenças regionais e estaduais se devem principalmente às migrações. Foram elas, dizem técnicos do instituto, que ajudaram a turbinar a população “da fronteira” do País. Em 1980, Norte e Centro-Oeste, juntos, tinham 11,4% dos habitantes do País; no ano passado, 15,7%. Já a região Sul recuou de 16% para 14,4%. Só na última década, a população nortista cresceu 0,7 ponto, e a do Centro-Oeste, 0,6 - a sulina perdeu 0,4. No Sul, só Santa Catarina cresceu. Sudeste e Nordeste, porém, mantiveram o primeiro e o segundo lugares em população: nos dez anos passados, juntas, responderam por 63,4% do incremento populacional (mais 13,3 milhões de pessoas). Mesmo assim, houve queda proporcional: em 91-2000, 64,9% e 14,9 milhões a mais.

“A população está se espalhando. O fluxo migratório já não ocorre em direção aos grandes centros, e sim aos médios, principalmente cidades que são novos polos econômicos”, disse o presidente do IBGE, Eduardo Nunes. “Trata-se de um fenômeno de descentralização à medida em que a sociedade continua crescendo, embora em ritmo mais lento, mas ela não se dirige mais exclusivamente para o eixo Rio-São Paulo. Há concorrência maior.”

Proporção de pobres caiu em uma década no Brasil



Menos pobres, mas ainda muitos pobres. No Brasil retratado em 2010 pelo Censo Demográfico do IBGE, uma proporção menor dos brasileiros vivia nos extratos mais baixos de rendimento em comparação a 2000, mas a maioria morava em domicílios com renda familiar per capita de até um salário mínimo. No ano passado, praticamente um em cada sete residências tinha renda domiciliar per capita até 1/4 de salário mínimo; uma em cada três, de meio a um; e mais de uma em duas tinha rendimento por pessoa de até um salário mínimo - em todos esses grupos sociais, porém, esses números modestos significaram melhoria em relação à década anterior. O instituto constatou que, após a faixa de um a dois salários, os resultados dos dois censos se aproximaram, até convergir nos grupos depois de três a cinco - a antiga classe média, que ficou onde estava.

De 2000 para 2010, reduziu-se a proporção de domicílios sem rendimento, de 4,6% para 4,3%; com renda até 1/4 de salário mínimo de 21,3% para 13,5%; até 1/2, de 41,3% para 32%; até um, de 66,6% para 60,7%. Somados, no ano passado, havia, em todo o País, 32.285.163 domicílios com renda per capita de até um salário. Isso equivalia a 56,32% das residências permanentes ocupadas no Brasil. Quase 2,5 milhões de domicílios não tinham qualquer rendimento, enquanto 15.843.897 tinha renda familiar per capita de até 1/2 salário. O aumento do salário mínimo ao longo da década - de 237,7%, para uma inflação oficial (pelo IPCA) de 89% - e os programas sociais são apontados como causas da melhoria de renda dos mais pobres ocorrida no período.

Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, os dados mostram uma redução da desigualdade de renda. “O contingente brasileiro que em 2000 ganhava renda inferior a meio salário mínimo hoje é muito menor”, disse Nunes. Ele citou programas de transferência de renda e o aumento real do salário mínimo entre as principais causas da a mudança. “São programas que atingem exatamente essa parcela da população. O foco é justamente a parcela de menor renda”, disse. Para Nunes, as faixas consideradas prioritárias pelo Bolsa-Família são próximas àquela que o IBGE usa como critério para a distribuição de renda: 1/4 do salário mínimo. “É a faixa mais próxima do limite do público alvo do Bolsa Família. Se esse grupamento tem uma fonte adicional de renda, isso vai contribuir para aumentar o ganho de contingente.” Ele também destacou a expansão da economia na última década, com a criação de mais de 10 milhões de novos postos de trabalho.

Expansão do agronegócio “infla” cidades

O sociólogo Donald Sawyer, do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília (UnB), avalia que a migração contribui pouco para o crescimento populacional nas regiões Norte e Centro-Oeste. Segundo ele, o fenômeno é resultado do processo vegetativo natural e da fecundidade elevada nas últimas décadas. “O impacto (na Amazônia e principalmente no Cerrado) não é causado por questão demográfica, mas pela produção de commodities”, diz Sawyer. Segundo ele, ao contrário de atrair população, a expansão de fronteiras agrícolas e agropecuárias muitas vezes ocupa o espaço do êxodo do campo para cidades como Manaus, a capital que mais cresceu entre aquelas com mais de 1 milhão de habitantes.

Nunes lembra que a região Norte possui as mais altas taxas de fecundidade do País e diz que há uma combinação de dois fenômenos para o aumento da população acima da média nacional nessa região e no Centro-Oeste: o natural e a atração pelo agronegócio. Mato Grosso, por exemplo, onde fica o polo formado por Lucas do Rio Verde, Sinop e Sorriso, foi o que mais cresceu nos últimos 30 anos.

Já a capital amazonense cresceu 2,51% ao ano no período investigado, passando de nono para o sétimo lugar no ranking dos maiores municípios, que é liderado por São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Apenas Manaus e Brasília cresceram mais de 2% entre os municípios mais populosos. Já o maior crescimento entre todas as capitais se deu em Palmas, 5,21% anuais, enquanto a média das demais cidades do Tocantins foi de 1,25% ao ano. A pesquisa também permite constatar que 27% das cidades brasileiras tiveram, no período, redução no número de habitantes - 1.508 municípios, em 5.565.

Segundo o trabalho, 1.017 das cidades que perderam gente tinham até 10 mil moradores. A redução se concentrou fortemente nas menores cidades, 61% das 118 com até 2 mil moradores.



Fonte:AE

CENSO DEMOGRÁFICO DE 2010

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ssexta-feira (29-04-2011) a síntese dos dados consolidados do Censo Demográfico de 2010. A série histórica mostra como foi o crescimento da população de Natal, que tinha 20.392 habitantes quando foi feito o primeiro censo demográfico, em 1872, caiu no levantamento feito doze anos depois e atingiu um ritmo acelerado a partir da Segunda Guerra Mundial. Entre 1940 e 1950, a população cresceu 88,2%. De 54.834 para 103.215. Nas quatro décadas seguintes, o ritmo de crescimento foi de 55,9%, caindo para 17% no início do milênio e para 13,3% na última década, isso já em função da falta de espaço físico para crescer.

Natal tem uma das maiores densidades populacionais do Brasil. São 4.808 habitantes espremidos em cada quilômetro quadrado. Já em Parnamirim, município que teve a quarta maior taxa de crescimento populacional do Brasil na década passada, há 1.638 habitantes por quilômetro quadrado. Em terceiro lugar vem São Gonçalo do Amarante e em quarto, a pequena Passa e Fica. Na outra ponta da estatística estão Galinho, com 6,31 habitantes/km2, Pedro Avelino (7,53) e São Fernando (8,41).

domingo, 1 de maio de 2011

Merenda escolar para alunos do IFRN

Em cumprimento ao que determina o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), os campi Natal-Central, Natal-Zona Norte e Currais Novos do Instituto Federal do RN (IFRN) estão oferecendo merenda escolar aos seus alunos. Segundo a diretora de Gestão e Atividades Estudantis da instituição, Solange da Costa Fernandes, acredita-se que até o final deste ano, a merenda seja distribuída em todas as unidades do IFRN. Ela conta que o cardápio está sendo elaborado por nutricionistas do Instituto, e que é composto por frutas variadas, bebidas lácteas, pães e biscoitos. “No turno em que estudarem, os alunos terão direito a duas refeições de qualidade - um lanche e um almoço/jantar”, afirma.



Note

Blog do Prof. Ozamir Lima - Designer: Segundo Freitas