domingo, 28 de setembro de 2008

As voltas que a eleição dá

DEU NO JORNAL DO BRASIL
Favoritos, às vezes, se desmancham na reta da chegada. A história está cheia de exemplos

De Raphael Bruno:

A uma semana do primeiro turno, as pesquisas se tornam um dos principais elementos das campanhas eleitorais por todo o pais. Militantes, partidos, candidatos e eleitores aguardam ansiosamente a próxima divulgação dos números que podem alterar, radicalmente, estratégias inteiras. Nas últimas eleições, contudo, as pesquisas de intenção de voto não têm se mostrado um espelho fiel do resultado final das urnas. Casos e mais casos de surpresas e reviravoltas de última hora se multiplicam desde 2004.

Em algumas capitais, para comemoração de uns candidatos e desespero de outros, a diferença entre o que a última pesquisa Ibope realizada antes das eleições municipais de 2004 e os votos computados pela urna eletrônicas chega a ser gritante. Em Boa Vista, por exemplo, Mauro Nazif (PSB) liderava, a poucos dias do pleito, com 45% das preferências do eleitorado. Nas urnas, não passou dos 30%. O adversário mais próximo nas pesquisas, Roberto Sobrinho (PT), alcançava 20%. No dia 3 de outubro de 2004, ganhou 32% dos votos válidos. De quebra, ainda faturou o segundo turno.

Em outras capitais, a divergência entre o que apontavam as pesquisas e o resultado final redesenhou totalmente a disputa política. Em Maceió, o Ibope dava que o adversário de Cícero Almeida, hoje no PP, na época no PDT, no segundo turno, seria o peemedebista José Wanderley, que tinha 23% das intenções de voto. Wanderley saiu das urnas com 19%, enquanto Alberto Sextafeira (PSB) seguiu para enfrentar Cícero no segundo turno, saindo dos 20% que as pesquisas lhes davam para 26% na contagem da urna.

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