quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Governadores querem derrubar piso dos professores

Recebo o Jornal Tribuna do Norte hoje cedo, e leio que o piso salarial do magistério está sob ameaça,pois seis governadores argumentam ser impossível manter a lei do piso salarial,porque eles querem os professores lecionando mais de seis horas de aula por dia.Esses gestores são os verdadeiros inimigos da educação, e graças a eles é possivel que idéia agora pegue.Uma atitude realmente vergonhosa!!

Leia a matéria completa:

Governadores de cinco Estados questionaram no Supremo Tribunal Federal (STF) lei de julho deste ano que fixou em R$ 950 o piso salarial dos professores no País. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), entregou a ação ontem ao presidente interino do STF, Cezar Peluso, e disse esperar adesão unânime dos governadores à causa. Na ação, que tem pedido de liminar, Yeda e os governadores dos Estados de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina e do Ceará sustentam que a lei, que deveria regulamentar o piso salarial, extrapolou. Segundo eles, a lei teria transformado o piso salarial em vencimento básico, que pode ser elevado com o acréscimo de vantagens.

Conforme os governadores, não há previsão nos orçamentos para isso. “A lei do piso foi transformada no Congresso em um lei geral que trata de contratos”, afirmou a governadora tucana. “Nós não temos como arcar com isso”, completou. De acordo com ela, a lei determina mudanças repentinas nos contratos entre o Estado e os professores, o que seria inconstitucional. “Além de fixar um piso salarial, dispôs sobre jornada de trabalho de servidores estaduais e municipais e impôs aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios regras desproporcionais, por implicarem despesas exageradas e sem amparo orçamentário”, alega a ação.

Os governadores garantem que não são contra a fixação do piso. Mas contra as outras novas regras impostas pela lei. Eles contestam, por exemplo, a determinação para que 33% da carga horária dos professores seja dedicada a atividades fora da sala de aula, que não envolvam interação com os alunos, como pesquisa. A lei também previu uma jornada máxima de 40 horas semanais. “Em uma rápida análise, percebe-se que o legislador dispôs, efetivamente, acerca da jornada de trabalho dos profissionais da educação básica”, reclamam os governadores. Segundo eles, esse assunto (jornada de trabalho) deve ser tratado pelo chefe do Executivo local.

De acordo com a ação, é necessário que o STF aja rapidamente porque há risco para a autonomia e o desenvolvimento do sistema de ensino dos Estados e dos municípios. Para os governadores, a manutenção da lei implicará necessidade de contratação de milhares de novos professores. “O aumento dos custos é estimado em milhões de reais anuais para cada Estado”, sustentam os governadores.
Tribuna

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