A polêmica do parto anônimo

Está tramitando na Câmara dos Deputados o Projeto n. 2747/2008, o qual prevê o denominado “parto anônimo”. Para quem não está familiarizado com o tema, trata-se da possibilidade de a mulher, quando tem o filho, não precisar se identificar na ocasião do parto e, assim, “anonimamente”, poder deixar a criança no hospital. A instituição de saúde se encarregaria de encaminhar o bebê para a adoção.

A origem desse projeto advém de uma prática medieval que teve curso principalmente na Europa, quando se chamava “A Roda dos Enjeitados”. Nas portas das igrejas e dos conventos, havia um cilindro giratório de madeira. Neste, as mães poderiam deixar os bebês e ir embora, sabendo que os filhos seriam cuidados. A versão “moderna” teria sido reeditada em alguns países europeus, quando a mulher faz o parto, não se identifica e deixa o filho. A prática, ao que se sabe, teria voltado em alguns hospitais na Europa e seria mais procurada por imigrantes ilegais.