quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Educação quase zero

Li hoje cedo, a coluna do jornalista Woden madruga, no jornal Tribuna do Norte e uma matéria sobre a educação brasileira, merece ser postada para refletirmos a respeito do atual estágio do nosso sistema educacional.

Leia:

O Brasil continua na rabeira mundial quando o assunto é educação. O pior da história é que o nosso país desceu quatro batentes em relação à pesquisa anterior. Estava no 76º lugar e agora acomodou-se no 80º, isso num ranking onde aparecem 129 países. A pesquisa é da Unesco (órgão das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e seus números foram divulgados ontem. O foco da pesquisa trata de “matrículas no ensino primário, analfabetismo de jovens e adultos, repetência e evasão e paridade entre gêneros no acesso à escola”. O índice do Brasil é inferior ao da Bolívia, que aparece em 75º lugar, ao do Equador (74º), ao da Venezuela (69º) e ao Paraguai (68º).

Segundo a notícia publicada em O Globo, no topo da lista dos países bem-sucedidos na sua política de Educação, está o Cazaquistão, com índice 0,995, na escala até 1, seguido do Japão, da Alemanha e da Noruega. Você, caríssimo leitor, sabe onde fica o Cazaquistão? Farei o mesmo teste de conhecimento quando chegar à redação. De surpresa. Google não vale.

O relatório da Unesco aponta outras marcas catastróficas do Brasil. Somos a única nação da América Latina com mais de 500 mil crianças em idade escolar sem estudar. Em 2006, eram 600 mil. Nesse grupo de desafortunados estão, além do Brasil, mais 16 países. Entre eles, o Iraque (empatado com o Brasil), a Índia (7,2 milhões) e a Nigéria, que é a lanterninha, com 8,1 milhões.

O Brasil também faz bonito no item “taxa de repetência latino-americana”. O Brasil de Lula está em segundo lugar, perdendo apenas para o Suriname, nosso abastado vizinho do Norte. O indicador de repetência do Suriname é de 20,3%; a do Brasil, 18,7%. A média da América Latina está na casa dos 6,4%, e nos países do Caribe, coisa em torno de 2,9%.

Acrescenta a matéria de O Globo que o ranking “é elaborado com base no Índice de Desenvolvimento de Educação para Todos (EDI, em inglês). Mesmo mantendo o mesmo índice da edição anterior (0,901), referente a 2005, o Brasil caiu porque foi ultrapassado por três países e perdeu outras cinco posições por causa da substituição de nações listadas no ranking. De 2005 para 2006, o Brasil foi ultrapassado por Turquia, com quem estava empatado, Colômbia e Emirados Árabes.”

COMENTO:

A pesquisa da Unesco é muito mais do que dados estatísticos, é uma ferramenta para ajudar os governos nas políticas educacionais, pois mostra onde estão os pontos fortes e os pontos fracos de cada país.São números assustadores que evidenciam a falência do atual modelo de gestão educacional do Brasil.Ocupamos uma das últimas posições do ranking internacional que avaliou o ensino de ciências em alunos com cerca de 15 anos de 57 países. Atrás do Brasil, estão apenas a Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Qatar e Quirguistão.Aparecemos em décimo quinto lugar,empatado com Moçambique,no ranking de maiores taxas de repetência do mundo,na escola primária.Estamos entre um grupo de apenas 12 países onde se concentram três quartos de todos os adultos analfabetos do mundo, aponta um relatório da (ONU).Portanto precisamos repensar o nosso sistema educacional,é necessário mudar o modelo de escola.

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