terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Governo garante: Não haverá mudança de leis trabalhistas

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a melhor solução para impedir demissões é a realização de acordos entre trabalhadores, patrões e sindicatos. Essas negociações, segundo ele, permitiriam alternativas como férias coletivas ou suspensão de horas extras.

Em entrevista à TV Brasil, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Mantega negou que o governo esteja estudando flexibilizar a legislação trabalhista para manter o nível de emprego. "Não estamos estudando mudanças na CLT. Apostamos sim nas negociações feitas entre trabalhadores, patrões e sindicatos para impedir demissões", disse.

O ministro destacou ainda que a manutenção do emprego é o principal compromisso do governo para que o crescimento econômico tenha continuidade.

Mantega previu, durante a entrevista, que o País fechará 2008 e 2009 com a inflação dentro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na avaliação do ministro, a desaceleração da economia internacional e a queda dos preços das commodities no mercado internacional compensarão a alta do dólar e impedirão a alta da inflação no final do ano. "Vamos fechar o ano com a inflação dentro das metas e, no ano que vem, será ainda mais fácil cumprir a meta", disse Mantega.

O ministro não quis, no entanto, avaliar se a expectativa de queda na inflação abre espaço para um corte da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ele lembrou que a crise financeira internacional contribuiu para conter a expansão do crédito, o que deve impedir o aumento da inflação provocado pelo crescimento da demanda.

Sobre o crescimento da economia, Mantega reafirmou que a situação do Brasil ainda é melhor que em outros países do mundo. Na avaliação do ministro, mesmo com a desaceleração da economia, o país crescerá acima da média mundial. "Como a economia brasileira crescerá, aqui não haverá deflação, mas queda da inflação provocada pela retração da demanda", previu.

COMENTO:

Eu sou contra as mudanças de leis trabalhistas. Não posso concordar com um projeto de flexibilização que não oferece nenhuma garantia ao trabalhador. A proposta não cria mecanismos de controle da flexibilização, daí porque eu me posiciono contrariamente.

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