quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Educação no estado é caótica

O coordenador do Sindicato dos Educadores do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), João Oliveira, é enfático em opinar sobre as diferenças entre as escolas pública de Natal e aquelas geridas pelo Governo do Estado. Segundo ele, a educação estadual do RN é simplesmente caótica, enquanto município tem situação "razoável".

"As escolas da Secretaria Municipal de Educação (SME) não estão no nível ideal, mas funcionam", afirma Oliveira. Para ele, "funcionar" significa ter o material necessário e conseguir coordenar adequadamente o quadro de professores. "No município houve certo cuidado com a educação.

Existem professores para as disciplinas e isso se justifica pelo fato de que foram feitos concursos ao longo da última gestão da SME", afirma. Além da contratação de novos profissionais, o coordenador também comenta sobre o processo seletivo de convocação feito pelo município. "Isso serve como uma espécie de professor substituto que dá as aulas em casos de doenças ou férias. Dessa forma os alunos não ficam sozinhos em sala de aula", garante.

Um outro fator apontado como diferencial é a maior quantidade de investimentos. "O município aplica mais verbas. Lá existe certo cuidado com a educação". É claro que, não sendo a situação ideal, ela tem muitas falhas. Entre as apontadas estão as escolas municipais Ivonete Maciel, no bairro de Nova Cidade e Nossa Senhora das Dores, na Comunidade do Mosquito. As duas unidades merecem atenção da nova gestão da SME e de uma reforma na estrutura.

Nas escolas estaduais, entretanto, os problemas são bem maiores, de acordo com João Oliveira. As faltas apontadas passam também pela necessidade de reforma mas, pior que isso, pela ausência de materiais básicos como carteiras escolares, professores e, até mesmo, ASGs. "Falta laboratório, salas de aula, biblioteca, pessoal, etc. A escolas Floriano Cavalcante, por exemplo, passou todo o ano passado sem professores de português e matemática", revela o educador.

Ele justifica o fato pelo descaso e pela falta de concursos já apontados e pela grande rotatividade no cargo de secretário estadual de Educação. "Existe um descompromisso das administrações. Em oito anos o secretário do estado mudou 12 vezes, enquanto em Natal, Justina Iva permaneceu durante toda a gestão de Carlos Eduardo", pontua. Natal possui 4.200 professores contratados para a rede pública de ensino. Em todo o Rio Grande do Norte este mesmo número é de cerca de 30 mil profissionais.
Correio da Tarde

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