quinta-feira, 5 de março de 2009

Professores acampam em frente à praça dos "Três Poderes"

Os professors da rede pública esta dual e municipal deram início, na manhã de hoje, ao "acampamento" em frente à Praça Sete de Setembro, também conhecida com praça dos "Três Poderes". A mobilização faz parte do calendário de atividades da categoria grevista, com movimento deflagrado no início da semana por tempo indeterminado.
Na próxima sexta-feira, ocorrerá a segunda rodada de negociação entre o comando de greve e o Governo do Estado. Os professores ainda aguardam o retorno do município. A estimativa atual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN) é que 70% da categoria do Estado estejam de braços cruzados e, da rede municipal, 50%.
Ontem, o secretário estadual de Educação Ruy Pereira, em coletiva à imprensa, declarou que o Estado cumpre o piso nacional do professor e concederá a partir de 1º de abril próximo a primeira fase de promoções, anunciando R$ 31 milhões para serem aplicados em três anos. Ruy Pereira afirmou que o Estado está sensível à pauta de reinvindicações, no entanto existem barreiras orçamentárias que devem ser obedecidas.
Hoje pela manhã, um dos representantes da coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), João Oliveira, afirmou que o cumprimento do piso nacional não é a maior reivindicação do movimento grevista, revelando que as perdas salariais são a maior preocupação. De acordo com o sindicalista, a categoria acumula perdas salariais desde 2006, com pontos pendentes desde a greve de 2007, quando a então secretária Ana Crisitina Cabral chegou a ameaçar exonerar os professores grevistas. "Trabalhamos com perdas de 39%, mas se formos colocar certinho no papel passaram de 40%. O Estado tem que pagar o que é de direito do professor", diz o coordenador.
João Oliveira comentou ainda sobre a promessa de pagamento das promoções, citando que a categoria fica receosa porque, em outras ocasiões, o Governo se comprometeu, até publicou alguns nomes e nunca cumpriu. De acordo com o representante do Sinte, existem diversas ações na Justiça tratando do assunto, então, a promessa atual é apenas mais uma. "Ruy está sendo solicito se propondo a pagar, mas só acreditaremos quando for real. Em nossas contas, são quase 20 mil promoções, pois há professores com uma ou duas pendentes, tanto de nível como de letra. Além disso, ele quer que os professores se submetam à avaliação, como prevê a lei a partir de 2006, mas não concordamos porque os processos são anteriores. A lei nunca vem para prejudicar, só para beneficiar", comenta.
No município, o Sinte alega que mais uma vez protocolou o pedido de audiência com a prefeita Micarla de Sousa, reafirmando possuir uma pauta de reinvidicações de conhecimento da Secretaria Municipal de Educação desde a administração anterior. "Os professores acumulam perdas de 34%. Além disso, o Sinte defende a inserção dos educadores infantis no Plano de Cargos dos Professores, pois são do mesmo órgão e com a mesma função: educar. A pauta foi entregue no ano passado e agora mais uma vez", comenta João Oliveira.
JORNAL DE HOJE

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