domingo, 15 de março de 2009

Um tribunal para julgar bandidos de colarinho branco

Funciona na Holanda um tribunal internacional para julgar crimes contra a Humanidade. De quando em quando se ouve que um ex-ditador foi condenado, houve até um que cumpriu pena, acusado de genocídio na antiga Iugoslávia.

Por que não viabilizar um tribunal internacional para julgar crimes econômicos? A idéia foi proposta décadas atrás pelo então senador Marcos Freire, num seminário em Canelas, Rio Grande do Sul, sobre o "Diálogo Norte-Sul", promovido pelo governo da Alemanha. Até Fernando Henrique, então apenas sociólogo, estava presente.

O mundo vive uma de suas piores crises econômicas dos tempos modernos. Recessão, estagnação, crescimento negativo, falências aos montes e, acima de tudo, desemprego em massa. Como essas coisas não acontecem por coincidência, fica evidente a existência de responsáveis. De culpados. Parece fácil identificá-los, como acontece nos Estados Unidos. São os especuladores, os banqueiros que jogaram com o crédito, os dirigentes de grandes empresas ávidos de locupletar-se em seus falsos lucros.

Aqui no Brasil é a mesma coisa. A crise nos pegou de jeito, conforme números divulgados há muito, mas explodindo esta semana. Serão os culpados apenas os estrangeiros? Nem pensar. Aí estão os bandidos do colarinho branco, que todo mundo conhece.

Não seria o caso, ao menos enquanto o tribunal internacional não é criado, de o Congresso aprovar um tribunal nacional? O diabo é quando os processos chegarem à fase da identificação dos colaboradores, co-réus, incrustados na máquina pública... (Carlos Chagas )

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