segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PT manda recado para Wilma: "Não tem conversa com DEM"

Está no jornal Correio da Tarde de hoje:

Em resposta às declarações da governadora Wilma de Faria (PSB) de que poderá conversar com o senador José Agripino (DEM), com vistas às eleições de 2010, o presidente estadual do PT, Geraldo Pinto, disse, hoje de manhã, em entrevista ao CORREIO DA TARDE, que o partido do presidente Lula (PT) não aceitará composição local com PSDB e DEM, que fazem aposição ao governo federal.

Geraldão, como é conhecido o dirigente petista, disse que essa decisão faz parte de uma resolução do partido, que já foi referendada pelos participantes da legenda. "Nossa resolução diz que não faremos alianças com partidos que representam (na visão petista) o conservadorismo. Por tanto, não aceitaremos composição com DEM e PSDB. O PT não participa de qualquer grupo em que estejam esses dois partidos", avisou.

Caso o PSB resolva firmar parceria com os partidos de oposição a Lula, adverte Geraldão, estará saindo da base aliada e não fará parte do palanque do presidente no Estado. Entretanto, ele disse que não acredita nessa possibilidade.

"Entre conversar e firmar compromisso existe uma distância muito grande. Nós somos aliados do PSB e acredito que o a governadora vai permanecer na base", declarou.

A posição petista é mais maleável com relação ao PPS, que também faz oposição ao presidente Lula. Presidido pelo deputado estadual Wober Júnior no Rio Grande do Norte, o PPS conta com o aval do PT para permanecer na base governista. "Não temos restrições ao PPS, que é um aliado local da governadora e já faz parte desse grupo", informou.

A posição irredutível do PT coloca a governadora, mais uma vez, em posição difícil, no que diz respeito ao arco de alianças que irá fazer. Além de vetar o diálogo com DEM, o partido quer que a governadora corte relações com o PSDB, do ex-senador Geraldo Melo, que a apoiou no segundo turno das eleições de 2006.

O recado mandado pelo partido de Lula à governadora será bem recebido pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que não mede esforços para fazer o partido romper com Wilma e aderir ao grupo de oposição no Estado, mesmo encontrando resistência das bases partidárias.

Objetivo do partido será unir governistas para fortalecer palanque de Dilma no RN

Em reunião do diretório estadual, no último sábado (1º), o PT definiu suas prioridades para as eleições de 2010 e como participará do processo de escolha do candidato a governador que irá apoiar no pleito do ano que vem. O principal objetivo da sigla será unir a base aliada em torno de um só nome para consolidar, dessa maneira, um palanque forte para a candidatura da Ministra Chefe da Casa Civil Dilma Roussef (PT) à presidência da república.

"Nossa estratégia política para o próximo ano é viabilizar, no Estado, a futura candidatura de Dilma à Presidência da República, reforçando a nossa base de aliança nacional. Então, somaremos esforços para reproduzir em âmbito local a aliança nacional. Ao mesmo tempo em que reafirmamos nossa aliança política preferencial com o PSB, participando do governo estadual, buscaremos aprofundar o diálogo com os demais partidos da base do governo Lula, entendendo a importância de fortalecer a aliança estadual com a participação do PMDB e do PDT", informou Geraldão. O partido também definiu que participará do processo de escolha do candidato a governador dos aliados de Lula no Estado por meio da realização de debates sobre o Rio Grande do Norte a ser realizado com os quatro pré-candidatos da base - Iberê Ferreira (PSB), João Maia (PR), Robinson Faria (PMN) e Carlos Eduardo (PDT) -, cada um em data diferente. A legenda irá procurar os governadoráveis para agendar os debates.

"A Executiva estadual do PT promoverá encontros com os pré-candidatos e partidos da base aliada visando discutir e colaborar na formulação de propostas de governo, explicitar a posição em relação à candidatura presidencial, ao arco de alianças estadual e a participação do PT no futuro governo", explicou Geraldão.

O PT também definiu que lutará por espaços na chapa majoritária; tentará ampliar os mandatos que possui na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal; e discutirá as políticas do governo Lula com a população. "Os petistas potiguares reafirmam o compromisso de dialogar com a sociedade sobre o impacto positivo das medidas que o governo Lula vem tomando, com êxito, no combate à crise econômica", concluiu.

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