sábado, 23 de janeiro de 2010

Professores da rede pública estadual iniciam negociações pela campanha salarial deste ano

Os professores da rede pública estadual de ensino já iniciaram a campanha salarial 2010. Terminado o ano letivo 2009 nas escolas, as promessas que não foram cumpridas desde a última greve, no início do ano passado, já estão mexendo com os ânimos da categoria. De acordo com o diretor do Sinte, em Mossoró, Jadson Arnaud, os professores estão em dúvida quanto à progressão por letras garantida por lei.

"Está havendo dúvida da categoria em relação à letra, porque o governo aprovou uma lei em regime de urgência, fruto das reivindicações da greve, inclusive essa foi a única pendência no fim da greve. A lei foi aprovada, mas as letras não foram pagas e isso deveria ser retroativo ao mês de agosto", explica Jadson. Segundo ele, o governo prometeu pagar essa progressão do plano de carreira dos professores a partir deste mês.

"O governo disse que em janeiro estava garantido nosso avanço de uma letra; além do aumento de 5% pela letra, nós ganharíamos mais 5% pelo retroativo. Além disso, o governo nunca negou nosso 1/3 de férias em janeiro e até agora ainda não foi pago", explica o diretor do sindicato.

Em virtude desse descumprimento, a categoria protocolou um ofício no qual solicita audiência com o secretário estadual de educação, Ruy Pereira. "Além dessa questão, nós queremos discutir o aumento do piso salarial, que está previsto para fevereiro, percentual de aumento para funcionários aposentados e a nossa campanha salarial para 2010", afirma Jadson. Até agora, os professores ainda aguardam uma resposta à solicitação.

Sobre o risco de greve, ele garante que apesar de não ser iminente, a categoria sempre pensa nessa possibilidade. "Todo ano há risco de greve, se eu dissesse que não, estaria mentindo. Com a campanha, nós estamos justamente tentando entrar em acordo para saber o que podemos fazer. A greve é a última alternativa encontrada quando não há acordo, então, através da categoria, decidimos pela greve", disse Jadson.

No entanto, ele acredita que não será necessário optar por essa medida. "Nós acreditamos no diálogo e se tudo que for prometido for cumprido, não há porque fazer greve. Essa é a última alternativa", garante o diretor do Sinte.
Mossoroense

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