Papa é favorável a dispensa de padres que queiram casar
Do Terra
Sem deixar de defender o celibato sacerdotal, Bento XVI afirmou no livro "Luz do mundo", lançado nesta terça-feira, que se um sacerdote vive com uma mulher e deseja casar "o melhor a fazer é casar e abandonar o sacerdócio", em uma clara demonstração de maior disposição para conceder dispensas. "Nessas situações devem-se examinar se existe uma verdadeira vontade matrimonial e se querem construir um bom casamento. Se for assim, devem-se tomar esse caminho", manifestou o papa na obra escrita por Peter Seewald, ao comentar o caso do fundador dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel, que vivia com sua mulher e filhos.
As palavras do papa, segundo os observadores vaticanos, demonstram uma "maior disposição" do Pontificado a conceder as dispensas aos sacerdotes que queiram pendurar os hábitos e casar-se, após a rigidez de João Paulo II. Fontes eclesiásticas, todos os anos chegam ao Vaticano 1,2 mil pedidos de dispensas sacerdotais, das quais em média 500 são concedidas.
No livro, Bento XVI fala sobre homossexualidade, "que existe também dentro da Igreja", e afirma que é incompatível com o sacerdócio, já que de outra maneira o celibato não faria sentido. O papa reitera que os homossexuais não podem ser sacerdotes, "porque sua orientação sexual se distancia da paternidade que define os sacerdotes".
Tais palavras foram duramente criticadas por grupos homossexuais da Itália e outros países europeus. Embora reconheça que há sacerdotes homossexuais, o papa pede que "ao menos não exercitem de maneira ativa essa inclinação", para permanecerem fiéis as suas obrigações.
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