Orçamento é 52% menor do que em 2010
JOTTA PAIVA-Defato
Da Redação
O secretário de saúde do Rio Grande do Norte, urologista e ex-presidente da Unimed, Domício Arruda, chama atenção pelo bom humor e experiência. Mas será preciso bem mais que isso para que dê conta da pasta mais complicada do executivo estadual, principalmente devido à falta de profissionais e o que é pior, de recursos.
Segundo ele, o orçamento da Saúde de 2011 é 52% menor do que o de 2010. Isso fará com que os investimentos caiam na mesma proporção. "O que foi investido no ano anterior nós vamos fazer pela metade", declarou. A saída, em mais um ano que não se conseguirá superar uma crise que se arrasta há anos, é contar com boas estratégias e influências para atrair dinheiro federal. "A equipe técnica da secretaria da saúde vai procurar recursos de fora do orçamento para poder equipar os hospitais", completou.
Antes de se dedicar ao aparelhamento dos hospitais, especialmente no interior, é preciso resolver problemas crônicos e urgentes, como a falta de médicos. A situação mais grave diz respeito, como sempre, aos ortopedistas, que continuam em falta. No hospital Tarcísio Maia, por exemplo, só 60% da escla de plantão foi fechada até agora. O restante (40%) precisa ser contratada.
Em Pau dos Ferros, além de não ter ortopedistas, faltam medicamentos, material básico e combustível para as ambulâncias do Hospital Regional Cleodon Carlos. "Não temos antibióticos, antiinflamatórios, falta até luva e o pior é que o hospital está sem poder licitar", disse o diretor administrativo Lucas Batalha.
Em Apodi, o quadro é semelhante. O atraso no pagamento dos fornecedores e o fim dos contratos dos médicos celetistas têm prejudicado o atendimento ao público no Hospital Regional Hélio Morais Marinho. Além de ter perdido cinco profissionais da escala, a unidade tem de atender pacientes ambulatoriais devido ao recesso coletivo dado pelas prefeituras do polo as suas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF).
Em Assu, Domício Arruda teve de tomar medidas emergentes para evitar o colapso. Na sexta-feira, 7, ele anunciou na rede social, Twitter, que o Hospital Nelson Inácio dos Santos ficaria sem alimento para os pacientes no final de semana. Foi preciso o secretário recorrer ao prefeito Ivan Júnior para que o socorresse enquanto organizava o quadro.
Até o momento, o Hospital Regional Dr. Agnaldo Pereira da Silva, em Caraúbas, parece estar na melhor situação, depois que a direção conseguiu fechar a escala de plantão. Ainda assim, segundo a diretora Sânsia Fernandes, o fornecimento de carne para a alimentação dos pacientes foi interrompido por falta de pagamento.
A unidade também não dispõe de especialidades como ortopedia, cardiologia e pediatria, sendo necessário referenciar os pacientes para Mossoró ou Natal. "Na última sexta-feira, 7, encaminhamos um paciente grave de 11 anos para o Tarcísio Maia, mas quando chegou lá também não tinha pediatra", contou Sânsia, que foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Prefeitura de Mossoró.
COOPERATIVAS
A falta de médicos no quadro funcional do Estado preocupa Domício Arruda, por isso, ele disse que vai tentar uma parceria positiva com as cooperativas médicas, para superar problemas mais urgentes.
UTI NEONATAL
Esse problema crônico continuará sem solução imediata segundo o secretário. "Temos esse problema em Mossoró, mas também em Natal e até no serviço privado", explicou Domício.
APARELHAMENTO
O governo tem cinco ações prioritárias para a saúde, uma delas é dotar os hospitais de condições para prestar assistência às cidades com o apoio do Samu. "Temos 32 ambulâncias que ajudarão na saúde do interior. Seis ficarão em Natal e as outras serão distribuídas entre Mossoró e o resto do interior".
DESCENTRALIZAÇÃO
Domício Arruda nomeou como subsecretária da pasta a ex-gerente da saúde de Mossoró, Dorinha Bulamarqui, que, segundo ele, terá autonomia para tomar decisões dos assuntos administrativos de Mossoró e interior. A secretária adjunta, que também foi anunciada como livre para tomar decisões é a ex-secretária de saúde de Natal, Ana Tânia.
Da Redação
O secretário de saúde do Rio Grande do Norte, urologista e ex-presidente da Unimed, Domício Arruda, chama atenção pelo bom humor e experiência. Mas será preciso bem mais que isso para que dê conta da pasta mais complicada do executivo estadual, principalmente devido à falta de profissionais e o que é pior, de recursos.
Segundo ele, o orçamento da Saúde de 2011 é 52% menor do que o de 2010. Isso fará com que os investimentos caiam na mesma proporção. "O que foi investido no ano anterior nós vamos fazer pela metade", declarou. A saída, em mais um ano que não se conseguirá superar uma crise que se arrasta há anos, é contar com boas estratégias e influências para atrair dinheiro federal. "A equipe técnica da secretaria da saúde vai procurar recursos de fora do orçamento para poder equipar os hospitais", completou.
Antes de se dedicar ao aparelhamento dos hospitais, especialmente no interior, é preciso resolver problemas crônicos e urgentes, como a falta de médicos. A situação mais grave diz respeito, como sempre, aos ortopedistas, que continuam em falta. No hospital Tarcísio Maia, por exemplo, só 60% da escla de plantão foi fechada até agora. O restante (40%) precisa ser contratada.
Em Pau dos Ferros, além de não ter ortopedistas, faltam medicamentos, material básico e combustível para as ambulâncias do Hospital Regional Cleodon Carlos. "Não temos antibióticos, antiinflamatórios, falta até luva e o pior é que o hospital está sem poder licitar", disse o diretor administrativo Lucas Batalha.
Em Apodi, o quadro é semelhante. O atraso no pagamento dos fornecedores e o fim dos contratos dos médicos celetistas têm prejudicado o atendimento ao público no Hospital Regional Hélio Morais Marinho. Além de ter perdido cinco profissionais da escala, a unidade tem de atender pacientes ambulatoriais devido ao recesso coletivo dado pelas prefeituras do polo as suas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF).
Em Assu, Domício Arruda teve de tomar medidas emergentes para evitar o colapso. Na sexta-feira, 7, ele anunciou na rede social, Twitter, que o Hospital Nelson Inácio dos Santos ficaria sem alimento para os pacientes no final de semana. Foi preciso o secretário recorrer ao prefeito Ivan Júnior para que o socorresse enquanto organizava o quadro.
Até o momento, o Hospital Regional Dr. Agnaldo Pereira da Silva, em Caraúbas, parece estar na melhor situação, depois que a direção conseguiu fechar a escala de plantão. Ainda assim, segundo a diretora Sânsia Fernandes, o fornecimento de carne para a alimentação dos pacientes foi interrompido por falta de pagamento.
A unidade também não dispõe de especialidades como ortopedia, cardiologia e pediatria, sendo necessário referenciar os pacientes para Mossoró ou Natal. "Na última sexta-feira, 7, encaminhamos um paciente grave de 11 anos para o Tarcísio Maia, mas quando chegou lá também não tinha pediatra", contou Sânsia, que foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Prefeitura de Mossoró.
COOPERATIVAS
A falta de médicos no quadro funcional do Estado preocupa Domício Arruda, por isso, ele disse que vai tentar uma parceria positiva com as cooperativas médicas, para superar problemas mais urgentes.
UTI NEONATAL
Esse problema crônico continuará sem solução imediata segundo o secretário. "Temos esse problema em Mossoró, mas também em Natal e até no serviço privado", explicou Domício.
APARELHAMENTO
O governo tem cinco ações prioritárias para a saúde, uma delas é dotar os hospitais de condições para prestar assistência às cidades com o apoio do Samu. "Temos 32 ambulâncias que ajudarão na saúde do interior. Seis ficarão em Natal e as outras serão distribuídas entre Mossoró e o resto do interior".
DESCENTRALIZAÇÃO
Domício Arruda nomeou como subsecretária da pasta a ex-gerente da saúde de Mossoró, Dorinha Bulamarqui, que, segundo ele, terá autonomia para tomar decisões dos assuntos administrativos de Mossoró e interior. A secretária adjunta, que também foi anunciada como livre para tomar decisões é a ex-secretária de saúde de Natal, Ana Tânia.
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