Deficiência escolar começa no ensino básico
O volume de recursos destinado à educação básica triplicou entre 2000 e 2009. No mesmo período, também avançou o acesso de crianças e adolescentes às escolas, e mesmo assim, especialistas e educadores sugerem que muitos ainda não conseguem notas suficientes para ingressar nas universidades. “Apenas 11% dos que concluem o ensino básico conseguem um nível razoável de absorção do conteúdo de ciências exatas, como matemática”, diz Mozart Neves Ramos, conselheiro da ONG Todos pela Educação. A falta de excelência educacional e de aperfeiçoamento também preocupam o professor Murilo Mangabeira, 27 anos, que leciona para os ensinos fundamental e médio no Distrito Federal. "É uma convenção achar que escola pública tem que se contentar com o básico. O básico não é suficiente", afirma o professor. Instituições com fraca infraestrutura e a escassez de professores com formação adequada também pesam na educação. “A falta de valorização do professor é um dos principais fatores da baixa qualidade do ensino básico, o que faz com que poucas pessoas se interessem em estudar pedagogia”, afirma Mozart Ramos. Fonte: Correio Braziliense (DF)
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