sábado, 16 de junho de 2012

A hora da limpeza política no BNB


Em artigo no O POVO, neste sábado (16), o médico, antropólogo e professor universitário Antonio Mourão Cavalcante comenta sobre “denúncias de falcatruas, favorecimentos e corrupção” no BNB. Confira:
Presidente Dilma, mais uma vez, nós nordestinos, ficamos revoltados com as notícias divulgadas sobre o Banco do Nordeste (BNB). Nós esperávamos que uma agência de fomento ao desenvolvimento apresentasse números e fatos que atestassem a pujança dessa região. Que os relatórios indicassem as melhoras promovidas pelas ações do banco. Ele era um dos orgulhos do povo nordestino. Qual o quê. Fomos, mais uma vez, agredidos por denúncias de falcatruas, favorecimentos e corrupção. Nada que possa traduzir preocupação com a arrancada para o desenvolvimento. Mas um tráfico violento de influências de grupos unicamente focados em levar vantagem em tudo. Máfias.
Uma completa desfiguração de propósitos. O BNB foi loteado por interesses ditos partidários. Na realidade, grupos de assalto. De traficantes de jogo espúrio.
Cara presidente, é oportuno que se diga: nada disso é feito com o apoio do povo nordestino. Sentimo-nos, como a senhora, totalmente enganados. Estamos sendo logrados. Não concordamos, nem desejamos isso. Esse pessoal não tem qualquer identidade com o que pensa o povo nordestino. Nós reprovamos com toda força. Eles não têm qualquer legitimidade nesses propósitos.
Portanto, nós estamos atentos às medidas corretivas que a senhora deseja aplicar. É preciso erradicar esse mal que vem de muitos anos e de muitos governos. O BNB precisa ser um banco técnico, com sensibilidade social. A solução não é a partilha entre partidos políticos da base aliada. A senhora conhece muito bem o público (políticos) com os quais lida. A finalidade do banco não é a de alojar políticos corruptos que trafiquem empréstimos graciosos e sem quaisquer garantias.
Assuma, com coragem, as medidas higienizadoras que o fato requer. Não ceda às pressões de parasitas sanguessugas. Tem que ser uma limpeza radical. Reestruturação é diferente de rearranjo entre pares.
Os nordestinos que lutam por um Brasil diferente e forte, saberão aplaudir seu gesto de coragem. A faxina, presidente, é urgente. Não aguentamos mais tanta ignomínia.

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