domingo, 21 de abril de 2013

Henrique quer ‘dar um bolo’ no PT potiguar: candidatura própria já

O sentimento de que se faz necessária a definição de uma candidatura própria ao governo do Estado por uma frente de esquerda e centro-esquerda toma conta do PT e de outros partidos que se identificam com um projeto diferenciado do que se viu na Prefeitura de Natal, Micarla à frente e no Governo do Estado, sob o jargão de Rosalba, mas com José Agripino o símbolo da extrema direita no Estado e os Alves que se decidiram se relacionar com PT no mesmo diapasão do bispo do Auto da Compacidade que, tratava “os pequenos com uma empáfia só comparável à bajulação com que tratava os grandes”. É evidente a movimentação de Henrique Eduardo, com a complacência ativa de Garibaldi Filho no sentido de articular uma “frentona” de apoio a Dilma em 2014, onde o PT potiguar submete-se a jogar de gandula ou forma um time à la Davi para enfrentar o rolo compressor dos Golias associados. O que Henrique, com toda a desfaçatez, articula é o apoio, por sinal já insinuado de Rosalba Ciarlini a reeleição de Dilma Rousseff. Neste contexto ele seria o candidato ao Senado e João Maia, o vice, já que Robinson Faria está completamente fora do tabuleiro dos semideuses do Olimpo-tiguar. Se o PT não quiser ser pego de calças curtas tem que se articular urgentemente. Chamar o que lhe resta de aliados e até buscar partidos que estão cheios de ex-petistas que se afastaram da sigla na medida em que o PT se aproximou do centro-direita onde muito deu e nada ganhou. O projeto Fátima Bezerra/Senadora é o mais lógico, o mais sensato, o mais importante para o PT Nacional e para o PT potiguar. Mas, por isso mesmo, deverá ser execrado no caldeirão dos bruxos locais, os pajés que também são caciques. Alimentei ilusões quanto a uma chapa Garibaldi/Governador com Fátima/Senadora, cabendo a vice governadoria a Márcia Maia por trazer a força de Wilma ao palanque, ou Larissa, por dividir um pouco Mossoró, onde Rosalba volta a ser vaiada. Mas, começo a crer que se o PT quiser ser chamado para o tabuleiro do xadrez político tem que já ir com um nome ao governo e outro ao senado. Se houver disposição de se compor uma chapa com a base aliada federal aqui no Estado, abre-se mão do que for preciso abrir, mas se der errado, como me parece que Henrique trabalha para tanto, poderemos conversar com as esquerdas do Estado e os partidos que quiserem lutar contra a hegemonia dos caciques da taba de Poti.

CRISPINIANO NETO

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