sábado, 31 de agosto de 2013

Preocupações excessivas afetam QI dos mais pobres, segundo estudo

QI e inteligencia realPaga-se um alto preço por ser pobre. O deficit não é só na conta bancária, mas nas capacidades cognitivas. Diversos estudos já fizeram a correlação entre baixa renda e comportamento contraprodutivo: pessoas que ganham mal são menos propensas a seguir corretamente um tratamento médico, tendem a se endividar, têm mais dificuldades para levar um negócio adiante e costumam desistir de compromissos assumidos, o que renova o ciclo da pobreza.
De acordo com uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Science, o problema não está na falta de escolaridade formal, uma das explicações mais comuns para essas condutas. Os cientistas alegam que as preocupações dos pobres são tantas que eles acabam consumidos mentalmente, a ponto de afetar o QI, coeficiente de inteligência.
“Não estamos dizendo que os pobres são menos inteligentes que os outros”, esclarece o economista Sendhil Mullainathan, pesquisador de Harvard e principal autor do estudo. Segundo ele, o que acontece é que os problemas são tantos que as pessoas não conseguem se concentrar, dificultando a execução de tarefas que exigem compromisso intelectual. Isso não significa, contudo, que a condição cognitiva seja permanente. À medida que diminuem as preocupações com comida, escola para os filhos, acesso ao serviço de saúde e contas para pagar, entre outras, os indivíduos voltam a ser tão intelectualmente capazes quanto qualquer outro.

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