quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A crise medonha

Agnelo Alves
Jornalista

Deixo à margem dos acontecimentos, que são muitos, os aspectos políticos, mesmo considerando todos importantes e até consequentes entre si. Mas o quadro econômico neste momento está acima de todos.

É possível que, por várias vezes, o Brasil tenha enfrentado crises iguais ou até piores, mas é certo que em nenhuma outra oportunidade – foram muitas – o quadro foi tão grave. Não apenas conjuntural como especificamente brasileiro.

Deixemos para outra oportunidade a conjuntura política da presidente Dilma Rousseff ter sido uma candidata diferente do que fora como presidente no primeiro mandato e, sobretudo, diferente da candidata que venceu para o segundo mandato.

As providências estão adotadas. Não entendo de economia, mas, entre analistas econômicos e estudiosos, ainda não apareceu quem discordasse pelo menos das primeiras providências. Aumento de impostos para começo de conversa, sim senhor, além de economizar tostão por tostão.

Acabar com os desperdícios, as benevolências, de um tudo, as custas das arrecadações dos impostos, enfim, do que só é possível com a famosa “guitarra” da inflação. E vem como verdade absoluta o ditado: “Ou o Brasil acaba com a guitarra, isto é, a inflação, ou a inflação acaba com o Brasil”.

Os governos estaduais também. Os demais poderes, idem. Vejam o Poder Judiciário, aqui do Estado, o nosso Rio Grande do Norte. O desembargador Cláudio Santos assumiu o seu comando imediato, a Presidência do Tribunal de Justiça – anunciando, até antes de sua posse, que faria mudanças – e já está adotando as providências cabíveis, ferindo interesses pessoais, excessos, toda uma carga de benefícios que teve o seu momento e até a sua legitimidade.

Ninguém tenha ilusões. As medidas de emergência para vencer a crise que está aí, braba, são o aumento de impostos e poupar tostão por tostão. Antes fizeram com a Petrobras o que todos sabemos. A Petrobras resistiu e vai vencer o que não tenho certeza que o “lava-jato” sozinho resolveria. Com certeza que não.

Portanto, o sacrifício, inevitável, vai ser geral. Aí está o aumento dos impostos, chegando ao bolso de todos.

E vem mais.

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Quem tem um tostão poupe dois.

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E o apagão? Quem não estava esperando acontecer?

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Está prometido um 2015 melhor do que o presente 2015. Que bom. É melhor trabalhar com dois anos no sacrifício.

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E o Fórum Econômico Mundial? Não boto fé.

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Mas ninguém tenha dúvida. As providências, agora, foram anunciadas. O que virá em seguida é a volta do projeto do Poder. É o natural.

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Os países mais ricos do mundo estão apertando seus cintos, Japão, Alemanha, França...

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Se o governo não cuidar de 2015, o ano seguinte, 2016, será pior. “É melhor prevenir do que remediar”. Já dizia quem sabe.

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O Papa Francisco está revolucionando a Igreja. Esteve nas Filipinas, onde reuniu seis milhões de pessoas. É o estadista do século. Não há dúvida. 

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Os países ricos estão encarando a crise. O Japão, a Alemanha e a França. A Rússia está de mal a pior. Só os Estados Unidos estão escapando, mas Obama vem aí com mais impostos para os mais ricos.

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A Grécia está aos pedaços. Portugal está amargando. A Espanha ainda não saiu da crise.

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